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Departamento de História
Tavira Islâmica
Docente: Dr. Panayotis Sarantopoulos
Discente: Ana Rita Faleiro, nº 18889, H.V.A.
Cadeira: Métodos e Técnicas de Arqueologia II
Évora, Junho de 04
Tavira Islâmica
Introdução
Por certo que os seus únicos encantos não são a praia, o sol e
os turistas. Por trás da sua primeira fachada turística, Tavira tem muito
Assim, fica aqui o desfio de, com a ajuda deste breve trabalho
Índice
Introdução .......................................................................... 1
Conclusão ......................................................................... 16
Anexos .............................................................................. 17
Bibliografia........................................................................ 29
o seu nome. Nas fontes medievais1, aparece Ťabira (ou seja, com um “t”
afirmar que este topónimo parece derivar de tabara, étimo árabe que
entre a serra e o mar, mas sempre protegida por factores naturais, não
nos é difícil perceber porque razão lhe terão os árabes atribuído este
nome.
muçulmano.
1
Note-se que a primeira referência que há a Tabira deve-se a al-Idrici, na sua obra Nuzhat al-muxtâq fi
ikhtirâq al-Âfâq, ou “O contentamento do ambicioso na descoberta dos horizontes”, obra terminada ca. de
1154.
Será este o futuro castelo de Tavira, a antiga alcaria islâmica mas que
Manuel Maia).
já a alcaria Tabira; é importante notar que nesta altura, esta alcaria era
termo de Cacela).
mas também para todo o Garb al-Andaluz: revolta dos Ibn Qassi3
chefes locais. Estes Ibn Qassi montaram o seu “quartel general” (passo
2
Pensa-se que terá sido esta alcaria que terá dado nome ao rio que banha parte de Tavira, o rio Gilão; por
outro lado, este nome poderá derivar de um bispo moçárabe que lá viveu, o bispo Julianus.
3
Ibn Qassi foi um muladie que comandou o movimento sofista no Garb al-Andaluz.
Terreiro da Vila.
Âmir Ibn Mahîb. No entanto, este homem, anos mais tarde (1151) foi
Sobe assim ao poder outro chefe local – Âli al-Wuhaibî; este também vai
Tabira. Nesta altura, por curioso que pareça vai aliar-se a Ibn Arríque –
monta cerca a Tabira durante dois. No entanto, mais uma vez, Tabira
anos mais tarde foi enviado para esta zona um governador almôada.
K RAT UKŠUNUBA.
da dinastia berbere”4.
torna-se “presa” fácil dos ataques cristãos. Foi atacada em 1243 e conta
são até hoje recordados, existindo uma calçada com esse título –
4
KHAWLI, A. “Tavira Islâmica – Novos dados sobre a sua História, in Tavira, Território e Poder, pg.
135
Algarve;
Rahman III;
Silves.
Walqût.
Murcia.
Oriente islâmico.
Santiago.
Castelo, futura alcaria, sido este primeiro hishn? O Dr. Manuel Maia,
ele era mais como uma “ponta, uma zona avançada, que controlava a
que foi feita em taipa ciclópica e o seu percurso seria bastante idêntico
sabida”. Por essa mesma razão, nos anexos, foram incluídos dois
Igreja de Santa Maria), indo por detrás da Rua de Mouros, seguia então
qual se juntava.
de Trás os Muros que poderá ter sido outra torre albarrã; esta última
poderia guardar a porta da Vila Fria, uma porta que dava acesso à
Desta época são ainda outras torres, como por exemplo a Torre
Muros ou ainda uma edificação almôada que terá dado origem à actual
Torre de Vigia.
trabalho, pelo que este ponto funcionará mais como um resumo do que
Ponte conhecida por de Santiago (ver foto 1). Nada nos prova uma
militar de Santiago.
antigo Castelo, tal como já tem vido a ser referido ao longo deste
Para além das muralhas, das quais ainda são visíveis alguns
Fria e Pelames.
importante foi o Vaso de Tavira, do qual farei uma breve análise nos
como por exemplo tigelas, uma floreira do séc. XI, o “Cantil do gato”
(peça que numa das faces apresenta a cara de um gato, derivando daí o
dúvida uma panela que ainda continha caracóis que remonta aos séc.
XI-XIII.
quer que nos voltemos, eles lá estão, parecem dizer-nos “nós estivemos
na cidade que têm nomes com ela relacionados – refiro-me por exemplo
Tavira Islâmica...
Anexos...
Bibliografia:
http://www.limag.com/Textes/ZekriMostafa/ColloqueAlg
arve.htm;
http://www.sotavent.de/tavilesf.htm
www.oz-diagnostico.pt/conservacao.htm