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O SEMEADOR DE VITÓRIAS [ entrevista ]

EDUCAÇÃO FÍSICA – ATIVIDADE FÍSICA REGULAR –


“MOVIMENTO” – SONO REPARADOR – MEDITAÇÃO –
PREPARADOR FÍSICO E MENTAL –

Entrevista - Nuno Cobra –


Revista Planeta, edição 344 -

Por Fátima Afonso,

Preparador físico de grandes nomes, como Ayrton Senna,


Rubens Barrichello e Abílio Diniz, Nuno Cobra acaba de lançar
um livro onde mostra os principais aspectos do seu método, que
trabalha não só o corpo mas também a mente e o espírito.

Por Fátima Afonso

PLANETA – Em seu livro, A Semente da Vitória (Editora Senac), você


afirma que, quando alguém resgata o poder do corpo, transforma-se
mental e espiritualmente. Explique-nos de que maneira isso se dá.
Nuno Cobra – O meu trabalho é uma nova forma de trabalhar o corpo.
Eu acredito que, nesta nova era, nós temos de avançar um pouco
mais isso. Durante todo o século 20, nós tivemos a ditadura do
raciocínio, do intelecto, onde o corpo praticamente não existia. Nos
anos 80, quando ele foi descoberto, passou-se a buscar o culto ao
corpo. Acho que isso é muito pouco.
A minha proposta é fazer do corpo um caminho para você atingir a
pessoa como um todo, para desenvolver o potencial humano,
chegando à mente, à emoção e ao espírito. Ele é o que nós temos de
mais palpável, de mais concreto, e é o nosso maior patrimônio. Então,
as coisas que você faz com ele têm um significado extremamente
forte no seu espírito, na sua mente; ficar falando com uma pessoa um
milhão de palavras não tem o valor de uma postura, de uma atividade.

"Olimpíadas: massacre ao corpo e vitórias conseguidas de forma


irreal."
PLANETA – A partir do corpo, você trabalha, por exemplo, a auto-
estima...
Nuno Cobra – Exatamente. Para vencer o mundo e as pessoas, você
tem de vencer a si mesma. As pessoas não se valorizam, não se
ocupam com elas próprias. A minha proposta é esse chamamento
para o indivíduo se interiorizar, se cuidar. Com isso, vai começar a
perceber que ele existe dentro da vida dele. Como você vai trabalhar
espiritualmente uma pessoa que não existe? É totalmente sem
sentido. Você reza, faz uma porção de orações, mas isso não é
trabalhar o espírito; você está ali pedindo sempre, não está dando
nada, nem se transformando. Eu tenho uma religião própria: a religião
de que você tem de se cuidar.
Todo mundo diz assim: “Mas como é que se desenvolve a pessoa
espiritualmente? Fazendo ginástica? É ridículo...” O meu negócio não
é fazer ginástica para ficar forte e burro, não, mas dar à pessoa uma
filosofia de vida, para que ela comece a se cuidar mais, a dormir e se
alimentar melhor. Com isso ela vai estar exuberante diante da vida e
vai ser agradável, delicada, vai amar o seu semelhante. Não é que ela
vai ser boa para poder ir para o céu, mas porque é bom ser bom, isso
lhe faz bem. Ajudar as pessoas é a nossa finalidade aqui na Terra,
mas isso não é porque o indivíduo é o máximo, mas porque ele está
no seu equilíbrio, vive bem, está centrado.

PLANETA – Uma pessoa desestruturada emocionalmente pode


chegar à cura a partir desse trabalho que você propõe?
Nuno Cobra – A emoção é a rainha do corpo, da vida. Eu costumo
dizer que o cérebro é completamente burro. Imagine uma pessoa que
está querendo emagrecer; ela começa a comer menos, só que o
cérebro não sabe. Então, ele conclui o quê? “Bom, a pessoa não
comeu, portanto, está perdida no deserto ou está doente. Assim, vai
aproveitar duas mil vezes mais o que ela ingeriu. Para emagrecer, a
pessoa tem de comer várias vezes por dia. Você vê que é esquisito...
Tudo que está no cérebro, entra em contato com o mundo através dos
órgãos dos sentidos; são eles que levam as informações para o
cérebro, as quais são guiadas pela emoção. Então, a verdade não
existe; existe aquilo que você entende como verdade. Esse cérebro
burro é a grande arma para você ter sucesso e ser feliz. Os meus
atletas foram os melhores, mas podiam não ser. Só que eles
acreditaram que eram. É muito comum, por exemplo, alguém dizer:
“Como fulano pode ter tanto sucesso, se ele foi um péssimo aluno?”
Só que, quando se formou, ele falou: “Eu sou o máximo.” Foi lá e
arrebentou. O outro que estudou pra caramba concluiu: “Eu acho que
não sei.” Não adianta o indivíduo saber, se ele sofreu mais as
conseqüências do tripé de anulação.

"Ayrton Senna: potencial privilegiado explorado com sabedoria."

PLANETA – O tripé da anulação é a religião, a educação e os pais...


Nuno Cobra – Sim, é o conjunto estonteante da sociedade que acaba
com toda perspectiva de a pessoa ser feliz, ter sucesso e saúde. Nós
temos uma cultura da doença, da dor; você nasce para ser triste. As
pessoas que representaram Jesus Cristo crucificado foram infelizes;
elas poderiam tê-lo mostrado, por exemplo, ascendendo ao céu ou
sorrindo com as crianças... Eu vejo Jesus Cristo como um cara muito
forte, cheio de músculos, um corpo muito bonito, com um coração
espetacular, no sentido fisiológico; ele devia ter um consumo máximo
de oxigênio de 50 ml. Porque ele andava feito um desgraçado, não
parava, falava, comia pouco – era um verdadeiro atleta, uma pessoa
extraordinária. Por que não passam Jesus Cristo com músculos
bonitos?

PLANETA – Se você colocar um Jesus Cristo assim, exuberante


fisicamente, vão dizer que está fazendo culto ao corpo e esquecendo
do espírito....
Nuno Cobra – Mas eu sou contra o culto ao corpo; eu só quero dizer
que Jesus era um atleta na melhor acepção da palavra, não dessa
forma horripilante que são as Olimpíadas de hoje, que é um massacre
ao corpo.

PLANETA – Você é contra as Olimpíadas...


Nuno Cobra – Totalmente. Em 96, em um programa sobre o tema, eu
falei: “Nós estamos no ano do massacre ao corpo.” Por quê? Eles
tomam tudo quanto é medicamento para conseguir isso de uma
maneira irreal. Antes da Olimpíada do México, em 72, quase não
havia dopping; aí era bonito. Agora a coisa ficou como todo o nosso
mundo: se depravou.

PLANETA – Ao que parece o seu método engloba técnicas de


neurolingüística e visualização criativa...
Nuno Cobra – Há 40 anos eu fazia a mesma coisa de hoje. Há 25
anos, as pessoas falavam assim: “Nossa, Nuno, o seu trabalho é
holístico!” Eu não sabia o que era isso, mas achava uma palavra
bonita. Agora, há uns 15 anos, as pessoas passaram a dizer que faço
um trabalho neurolingüístico, porque uso muito as palavras.
A Ana Mesquita, uma menina que foi fazer a travessia do Canal da
Mancha, chegava na metade do percurso e dizia: “Puxa! Ainda falta a
metade!” Eu troquei o ainda pelo só. Ou seja, só falta metade; cada
metrinho que você fez é um metro a menos. Outra coisa que disse pra
ela: “A Terra não é redonda? Depois da metade você vai começar a
nadar pra baixo.” O fato é que ela chegou na metade e começou a
nadar rapidamente; quando atravessou mais da metade do canal,
havia uma corrente. Ela nunca poderia atravessá-la, mas conseguiu!
Porque achou que estava nadando pra baixo.
Dizem que isso é neurolingüística, mas isso é Nuno Cobra, a vida
inteira eu fiz isso... Agora dizem: “Nuno, o seu trabalho é de
inteligência emocional”. Mas eu sempre falei da emoção, e todo
mundo meteu o pau... Na década de 60, eu já falava em chegar ao
cérebro pelo músculo e ao espírito pelo corpo. Todo mundo me
chamava de louco; fui até proibido de dar aula de educação física na
USP.

PLANETA – Segundo você, a maioria das pessoas não está doente,


mas também não está saudável. Qual é a sua definição de saúde?
Nuno Cobra – Para mim, a saúde não é o estado da não-doença, mas
a plenitude da vida; é a pessoa alegre, espiritualizada. Saúde é ver
essa manhã ensolarada e contemplar Deus, a beleza, a vida, essa
coisa extraordinária que temos de graça. As pessoas estão tristes
porque não são saudáveis.
Certo dia, um médico chegou pra mim e disse que estava doente. Ele
havia feito tudo quanto é exame e não dava nada. Aí, eu virei pra ele e
disse: “Você não está doente; o problema é que você não tem saúde,
ou seja, a sua saúde está no limite; nós temos de levá-la para
patamares superiores, onde você possa realmente estar longe
daquele limite no qual, em contato com a doença, você fica doente.
Porque saúde é você estar em contato com a doença e não ter a
doença. O Magic Johnson, por exemplo, quando teve Aids, nunca
ficou doente, porque ele era saudável.

PLANETA – Você arriscaria utilizar o seu método com uma pessoa


que tivesse um câncer, por exemplo?
Nuno Cobra – Nós já tivemos infinitos casos de pessoas com câncer
que se curaram. Agora, eu não faço nada, faço um programa de
saúde. Não fiz nada para o Ayrton Senna, por exemplo. Eu propus
uma argumentação científica, incentivei, mostrando o que ele havia
conseguido. Só que ele dizia assim: “Nuno, você tem toda a razão,
tudo está nessas cinco letras mágicas, que é o fazer.”
O câncer é uma boa amostragem do que a sociedade moderna
conseguiu. Nosso organismo é muito resistente, só que as pessoas
conseguem adoecer, porque o cérebro é burro. O indivíduo tanto fala
que tem alguma coisa que o cérebro faz alguma coisa. O câncer é
fabricado. Da mesma forma, a pessoa que tiver esse mal e fizer um
trabalho mental, um relaxamento, acreditando que não tem nada, ela
passa a não ter mesmo.
Eu fiquei mais de 40 anos à margem do academicismo, da sociedade,
me protegendo. Agora eu resolvi colocar o meu método para o povo.
Eu vejo as pessoas na fila do SUS e sei que elas não têm saúde, mas
não estão doentes ainda; muitas já chegaram a ficar. Mas todas
podem se curar através do método Cobra, que é sono, alimentação,
atividade física, relaxamento, meditação e programação mental.

PLANETA – Qualquer pessoa que não tenha acesso a você, se dormir


bem, tiver uma alimentação boa e atividade física, vai dar a volta por
cima?
Nuno Cobra – Ela consegue pelo seguinte: como é que meu método
funciona? Modéstia à parte ele é magistral, porque não precisa de
mim. A minha intenção é não ser aquela pessoa que é a bengala. Por
que meu livro se chama A Semente da Vitória? Para ficar claro que
nós plantamos uma semente. Em muitas pessoas ela frutificou, e
esses vieram com um potencial privilegiado, como Ayrton Senna.
Outros tinham um potencial menor, mas ele é sempre muito maior do
que a pessoa pode explorar. Porque ela acredita pouco nela, devido
ao tripé da anulação. Imagine uma pessoa com 20 anos que foi
podada, anulada, castrada, vilipendiada pelo pai. A religião, por sua
vez, cria o pecado, a dúvida, a iniqüidade, o medo, os complexos de
culpa... Essa pessoa não vai mais render nada. Eu passei por esse
tremendo tripé e, por ser sensível, percebi isso mais do que as outras
pessoas. Por ser um educador durante 32 anos, eu vivenciei essa
realidade de massacre que os professores fazem com os alunos.
Então, todo mundo, ao invés de jogar para cima, joga para baixo. O
mestre deveria ser aquele que vê as coisas boas num mundo de
coisas ruins que estão acontecendo.

"Esportes para crianças: exercício prático de interação social."

PLANETA – Você afirma no livro que o elogio – muito pouco utilizado


hoje em dia – é um dos atos mais fortes da sociedade. Por quê?
Nuno Cobra – Porque o nosso organismo funciona muito em cima
daquilo que nós trazemos à tona na nossa vida diária. Nós temos uma
infinidade de aspectos guardados no nosso interior: todo homem é
extremamente bom e extremamente mau; todo homem é forte e fraco.
A pessoa vai fazer aquilo que a marca, que a reforça ou aquilo que é
reforçado nela. Se um pai elogiasse mais o filho, evidentemente
dentro da sua cabeça estariam mais presentes os acertos que teve
durante a vida – por isso o elogio é a maior força da sociedade.
Na nossa vida, a mente é fundamental; a sua vida vai ser aquilo que
você pensa que é. O exercício de uma ação cria uma forma de
conduta de vida. Por que o garoto vai para a Febem, de lá para a
penitenciária, da penitenciária ele se torna especialista, vai receber
pós-graduação em crime? Porque reforçaram nele aquele aspecto; o
elogio que ele teve foi por matar um determinado cara, numa distância
que não era fácil. Se falassem pra ele: “Puxa, que beleza esse salto
que você desenvolveu”, o garoto ia querer fazer salto. Por isso o
esporte é a coisa mais forte na sociedade, não feito com a finalidade
de ser campeão, mas para a criança ver que ela consegue coisas
espetaculares.

PLANETA – Muitos atletas, em excelente forma física, não passam


por essa transformação que você consegue com o seu método...
Nuno Cobra – Não passam porque eles vêem o esporte como alta
competição, como um fim em si mesmo, o que é péssimo. Quando
você tem o esporte como meio, ele é um elemento espetacular, uma
forma de educar as pessoas, é o elemento mais extraordinário que a
sociedade possui e se devia usar mais isso.
PLANETA – Pensando assim, o professor de educação física, que tem
contato direto com o aluno, poderia ser um grande transformador...
Nuno Cobra – Ele é a peça mais importante numa sociedade.
Infelizmente a Secretaria da Educação do Estado acabou agora com
as aulas de educação física. Através do esporte, você endereça a
criança para onde quiser. No jogo, por exemplo, ela tem a bola, aquilo
que mais ama, e passa para o outro, que faz a cesta. Ou seja, a
criança se realiza na ação do outro; ela cria relações de interação
social muito mais fortes do que se assistir a um milhão de aulas
teóricas.

"Presidiários: recuperação possível a partir da descoberta da


auto-estíma."

PLANETA – Em que etapa a meditação entra no seu método?


Nuno Cobra – A meditação é um recurso muito útil para a pessoa se
interiorizar. Na minha época, existia um tabu muito grande em relação
a ela. Eu aprendi a meditar acidentalmente. Eu era acanhado,
medroso, franzino e, quando transformei o meu corpo, transformei
também minhas emoções, minha mente, meu espírito. Comecei esse
trabalho numa ilha. Ali havia uma ponte pênsil que balançava, e sob
ela passavam as corredeiras fortes. Quando voltava para casa, eu
costumava parar nessa ponte e olhar as águas. E percebi que,
fazendo isso, eu atingia outro estágio mental e me sentia muito bem.
Então, passei a fazer aquilo rotineiramente.
Quando comecei a fazer o mesmo com os meus atletas, vi que eles
alcançavam mais performance, tinham mais recursos de
concentração. Mas era difícil falar em meditar há dez anos, porque se
acreditava que meditar é para hindu, chinês, etc. Só que a pessoa
medita várias vezes por dia e não se dá conta. Então, comecei a usar
recursos visuais: uma folhinha balançando ao vento, incenso, etc.
A meditação entra no meu método, normalmente, depois da primeira
parte, que é a elaboração de uma estrutura orgânica que começa de
dentro para fora. Você vai lá no coração, que é o músculo número um,
para o qual ninguém liga, mas é muito importante. Daí você passa
para os músculos exteriores; entra com a alimentação e o conceito de
sono; e, mais pra frente, com a meditação. Mas meditação sozinha
não adianta, é um conjunto de tomadas de atitude.
PLANETA – Assim como a atividade física sozinha não resolve...
Nuno Cobra – Também não adianta nada, o cara fica forte e burro.
Tem de ser um conjunto de atitudes. No meu método o a é o sono, o b
é a alimentação, o c é o exercício. Se você faz o exercício e não tem
os dois pré-requisitos, está perdendo tempo, envelhecendo e correndo
risco.

PLANETA – O exercício ideal seria uma caminhada?


Nuno Cobra – Caminhada... Com o passar do tempo, pode até ser
uma corrida. A pessoa, no entanto, não vai correr porque quer, mas
porque transformou tanto o seu aparelho cardiovascular que um dia
ela tem condições de correr. Quando você tem eficiência
cardiovascular suficiente, a corrida flui, sem cansar, com a mesma
freqüência cardíaca.
No começo a pessoa deve passear como em um shopping, sem parar
para ver as lojas. Começa com dez minutos, com cinco; se for muito
obesa, faz um dia sim, um dia não. Porque, além da parte
cardiovascular, você tem os ligamentos, os tendões, as articulações,
que devem ser também preparados; não se pode, de repente, sair
fazendo exercícios. É necessário procurar o centro, o equilíbrio.

PLANETA – Você foi preparador físico de grandes vencedores, como


Senna, Mika Hakkinen, Barrichello, Abílio Diniz, etc. Entre os seus
clientes, houve algum fracasso retumbante?
Nuno Cobra – O meu trabalho é com o corpo. E por quê? Porque ele
não tem falha, nossa máquina é perfeita como o universo. Eu trabalho
com bioquímica. Então, não tem como não ter sucesso. Não é o Nuno
Cobra que é mágico, feiticeiro, como se falou certa época na
televisão, jornais, etc., em relação aos trabalhos que a gente fez com
o Senna. Mágica é a vida, o organismo, o corpo. O organismo se
organiza, você só precisa dar as comidinhas certas, sono,
alimentação, atividade física, meditação, programação mental e
trabalhar o cérebro burro. Não tem como dar errado. Por isso apelo
para essas pessoas que trabalham com terapia tradicional para que
percebam que saber de cabeça é não saber nada. Quando você
vivencia com o corpo uma ação concreta de conquista é que o seu
comportamento se transforma.

PLANETA – Hoje em dia quem pode ser seu cliente? Porque o que a
gente houve falar é que Nuno Cobra é o preparador físico de grandes
nomes...
Nuno Cobra – Mas aí é que está, eu estou querendo levar a campo
esse trabalho de alguma maneira. Estou com uma equipe bolando
coisas em computador, algo para que todos possam ter acesso,
inclusive econômico, porque eu quero fazer as pessoas se
modificarem.

PLANETA – Você teve uma experiência fantástica com penitenciários


também. Seria muito importante colocar o seu conhecimento em
prática no Brasil, sobretudo em uma época em que se está tendo
rebeliões com freqüência...
Nuno Cobra – Eu poderia ajudar demais, porque não existem pessoas
que não têm jeito. O que existe é um governo sem vergonha, sem
talento, sem vontade e sem saber o que fazer. O que mais me tocou
na vida foi receber cartas de pessoas que eu trabalhei dez anos
antes. Eu chorava, porque a pessoa tinha família, havia encontrado o
caminho certo, não era mais um anti-social, mas um cidadão
produtivo, porque um dia ele recebeu carinho, teve seu lado bom
despertado. Eu tenho idéias maravilhosas; aliás, não tenho teorias,
mas práticas.

Fonte:
http://www.terra.com.br/planetanaweb/344/transcendendo/mente/sem
eador_vitorias.htm

Fonte:
Revista Planeta - Edição 344 - Maio de 2001 -

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