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Nota Introdutória
A pressão sobre a Educação na procura de uma resposta perante os desafios colocados por um mundo em constante
mutação reflecte-se na premissa qualidade. É isto que Everhart nos refere. Citando Artur Dagge, “no campo educativo, as
referências que têm necessariamente de enquadrar a definição de indicadores de qualidade são, por natureza, implícitas,
complexas e multi-dimensionais. São implícitas porque resultam da mediação entre o que os normativos impõem e a sua
concretização contextualizada; são complexas, porque têm de atender a uma multiplicidade de condicionantes do acto educativo
em si (por exemplo, constrangimentos pessoais dos alunos ou das famílias, cultura de escola, características dos recursos
humanos e materiais); são multi-dimensionais, pois na formação do ser humano intervêm múltiplos sistemas de referência (física,
moral, espiritual, ética, relacional, social…)”. À luz destas considerações, surgiu o projecto de Auto-Avaliação das Bibliotecas
Escolares, lançado pelo Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, o qual se integra, por sua vez na avaliação dos
estabelecimentos de ensino e dos docentes. Sendo o objectivo essencial do modelo de auto-avaliação “desenvolver uma
abordagem essencialmente qualitativa, orientada para uma análise dos processos e dos resultados e numa perspectiva formativa,
permitindo identificar as necessidades e os pontos fracos com vista a melhorá-los”(in Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas
Escolares”, procurámos identificar os pontos fortes e os pontos fracos da nossa biblioteca, neste domínio.
Diagnóstico
Planeamento
Contribuir para um maior desempenho das competências transversais dos alunos, com vista ao seu sucesso escolar e
educativo;
Justificação da Escolha
Desde há bastante tempo, tem sido preocupação da equipa da biblioteca e do Agrupamento, formalizada no Projecto
Educativo, a questão relacionada com as literacias, reconhecendo a necessidade de, na actual sociedade cognitiva, nos
empenharmos na criação de uma cultura educativa baseada na informação, na autonomia e na interacção. Com a aplicação do
processo de testagem do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, nomeadamente com a selecção do Domínio A,
conseguiu-se ir mais além, adveio algum conhecimento, pois já uniformizámos procedimentos e documentos no âmbito da literacia
da informação, concretamente, um guião de pesquisa (adaptação do Big 6), para os alunos dos 2º e 3ºciclos, bem como alguns
guias tutoriais (Etapas para a Apresentação de um Trabalho Escrito, entre outros), acompanhados das respectivas matrizes,
incorporando a definição de critérios de avaliação. No presente ano lectivo, a implementação do Plano de Avaliação contribuirá
para a consolidação das competências de informação adquiridas pelos alunos, medindo o seu impacto junto das aprendizagens,
bem como junto das práticas dos professores, pretendendo-se verificar eventuais evoluções.
Uma outra justificação prende-se com a necessidade de ir ao encontro do principal objectivo do Projecto Educativo do
Agrupamento, que consiste em melhorar as aprendizagens dos alunos, elevando-se as taxas de sucesso escolar. Estamos
plenamente convictos de que a biblioteca escolar pode e deve constituir mais do que uma alternativa, um complemento, uma mais-
valia à construção do conhecimento, à construção do sucesso educativo.
Ficámos plenamente convencidos que a auto-avaliação da biblioteca é fundamental e indispensável para o seu
desenvolvimento, afirmação e reconhecimento, junto da comunidade educativa. Sim, porque a sua implementação foi desde o
início alvo de reflexão, em diferentes órgãos, sobre o seu valor, eficácia e impactos no processo do ensino e aprendizagem, com
vista a uma maior qualidade do sucesso educativo. Após uma abordagem global e pormenorizada, conjunta dos diferentes
conteúdos programáticos dos respectivos subdomínios/indicadores, metodologias activas e colaborativas, partilha dos recursos,
sentimos que estamos mais aptos para adoptar procedimentos diferentes daqueles a que estávamos habituados. Estamos
conscientes dos nossos pontos fortes, mas também das limitações e constrangimentos que foram detectados, mas ainda não
completamente ultrapassados, apesar do plano de melhoria já estar a ser concretizado. Estamos igualmente mais conscientes das
responsabilidades e exigências que se nos colocam, constituindo verdadeiros desafios.
Caracterização da Amostra
. O Questionário aos professores (QP1) será aplicado a 10 professores, num universo de 50, o que constitui 20% do universo total
da escola sede, ou seja 2 professores pelos 5 Departamentos (incluindo o Departamento de Educação Especial), de uma forma
aleatória;
. O Questionário aos alunos (QA1) será aplicado num universo de 250 alunos, sendo seleccionados 28 alunos, que representam
as 14 turmas, através de 2 alunos, o que representa 10%.
. Do universo das turmas que utilizaram a biblioteca em contexto lectivo (O1), será seleccionada 1 turma por nível de escolaridade,
ou seja 5 turmas.
. Do universo das turmas que realizarão trabalhos de pesquisa (T1) monitorizados, serão seleccionadas 2 turmas do 9º ano. Esta
escolha prende-se com alguns motivos, a saber.
Ambas as professoras, depois de estarem informadas, demonstraram interesse em integrar este estudo, esta experiência;
Não quisemos fazer um estudo de caso comparativo, porque com as conclusões a retirar do desempenho das turmas,
podíamos correr o risco de ferir susceptibilidades.
A grelha T1 será aplicada no final do processo, as professoras envolvidas farão uma comparação ao nível do desempenho dos
alunos mas com outro trabalho de pesquisa a realizar no 3º período. Tal, permitirá estabelecer a trajectória de aprendizagem dos
alunos e concluir se os mesmos alunos após formação de utilizadores e monitorização/acompanhamento personalizado pela BE,
conseguirão produzir melhores trabalhos, o que significa melhores competências na área da literacia da informação e para a BE
melhor performance no que respeita ao apoio curricular.
Intervenientes no Processo
Calendarização/Cronograma
Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Março Abril Maio Junho Julho
1ª Fase do projecto
Início do processo:
selecção do domínio, das
amostras, dos
instrumentos
Aplicação dos
instrumentos
Tratamento dos dados, reuniões,
levantamento, análise dos trabalhos
elaborados pelos alunos, materiais de
apoio produzidos e editados
Documentação elaborada
e avaliação dos materiais;
recolha e sistematização
dos dados tratados ao
longo do ano lectivo
Apresentação
dos
resultados,
elaboração
do relatório
final e
avaliação do
projecto
Metodologia a implementar
Domínio Subdomínio
A - Apoio ao Desenvolvimento Curricular A.2 – Promoção das Literacias da Informação,
Tecnológica e Digital
A.2.3. Promoção do . Integração do coordenador PTE . Registos de actividades . Ampliar a rede TIC, com a
ensino em contexto na equipa da BE . Dados quantitativos implementação da rede PTE
de competências . A BE fomenta o uso de recursos referentes ao funcionamento
tecnológicas e electrónicos e digitais, quer em da BE:
digitais na contexto curricular, quer em - Taxa de utilização dos
escola/agrupamento situações de lazer (por ex. livros equipamentos . Investir na formação ética, no que
digitais) (computadores, leitores de diz respeito ao acesso, avaliação e
. A BE promove actividades DVD´s, etc.); uso da informação e das novas
informacionais e digitais articuladas - Frequência com que são tecnologias
com o prof. TIC realizadas actividades de . Investir na produção de materiais
literacia da informação com de apoio à correcta utilização da
recurso à BE; Internet: grelhas de avaliação de
- Concurso/passatempo sítios, listas de apontadores, guias
Biblionet de procedimento correcto, etc.
- Desdobráveis, panfletos
formativos
Avaliação
Uma vez analisados os resultados da avaliação, far-se-á a identificação da Biblioteca num dos níveis de desempenho, a qual se
formalizará numa grelha de auto-avaliação – síntese global (ver Modelo de Auto-Avaliação das BE).
Divulgação dos resultados: Mediante a elaboração do Relatório Final de Auto-Avaliação da BE, este será apresentado ao
Conselho Pedagógico e divulgado em Conselho de Directores de Turma, Placard da BE, na sala de professores, sendo aquele
incluído no relatório de actividades da BE e no relatório de avaliação interna da escola/agrupamento.
Plano de Melhoria – Definição de acções para a melhoria do desempenho da biblioteca, através da redefinição de objectivos,
modificação de estratégias, inovação.
Impactos pretendidos – Conhecimento fundamentado das práticas da BE, melhoria nas áreas consideradas fracas ou
satisfatórias, com vista à melhoria das aprendizagens dos alunos.
Conclusão
A Auto-Avaliação da biblioteca é um desafio, mas também uma oportunidade de melhoria e de mudança, indicando caminhos
sustentados, porque baseados em evidências durante o processo de avaliação.