O documento discute vários conceitos-chave sobre cultura. Em 3 frases:
A cultura é como a vida, tendendo a crescer e se expandir conforme encontra condições favoráveis. Ela é aprendida e varia entre grupos, manifestando-se em instituições, ideias e artefatos. A cultura inclui todo o legado humano adquirido através da aprendizagem social em grupos.
O documento discute vários conceitos-chave sobre cultura. Em 3 frases:
A cultura é como a vida, tendendo a crescer e se expandir conforme encontra condições favoráveis. Ela é aprendida e varia entre grupos, manifestando-se em instituições, ideias e artefatos. A cultura inclui todo o legado humano adquirido através da aprendizagem social em grupos.
O documento discute vários conceitos-chave sobre cultura. Em 3 frases:
A cultura é como a vida, tendendo a crescer e se expandir conforme encontra condições favoráveis. Ela é aprendida e varia entre grupos, manifestando-se em instituições, ideias e artefatos. A cultura inclui todo o legado humano adquirido através da aprendizagem social em grupos.
Santaella, Lcia. Culturas e artes do ps-u!ano" #a cultura
das !$dias % ci&ercultura. O Que Cultura A cultura como a vida. Sua tendncia crescer, desenvolver-se, proliferar (p. 29). [... ela tende a se e!pandir como um "#s para ocupar todo o espa$o dispon%vel& ela se adapta 's e!i"ncias do espa$o (ue se tornou dispon%vel& ela se desenvolve continuamente em n%veis de maior comple!idade& (uanto mais comple!o o n%vel de sua or"ani)a$*o, mais rapidamente a vida cresce (p. 29). [... Sua disposi$*o para o crescimento natural. +am,m como a vida, (uando encontra condi$-es favor#veis ao seu desenvolvimento, a cultura se alastra, .oresce, aparece, fa)-se ostensivamente presente (p. 29). [... a cultura aprendida, (ue ela permite a adapta$*o /umana ao seu am,iente natural, (ue ela "randemente vari#vel e (ue se manifesta em institui$-es, padr-es de pensamento e o,0etos matrias (p. 12). [... a cultura a parte do am,iente (ue feito pelo /omem. 3mpl%cito nisto est# o recon/ecimento de (ue a vida /umana vivida num conte!to duplo, o /a,itar natural e seu am,iente social (p. 14). [... a cultura mais do (ue um fen5meno ,iol6"ico. 7la inclui todos os elementos do le"ado /umano maduro (ue foi ad(uirido atravs do seu "rupo pela aprendi)a"em consciente [... por processo de condicionamento - tcnicas de v#rias espcies, sociais ou institucionais, cren$as, modos padroni)ados de conduta (p. 14). [... 8arnard (4991: ;41) nos informa (ue, em,ora ten/a tido sua ori"em no mundo latino, a apalavra cultura s6 foi se tornar corrente na 7uropa na se"unda metade do sculo <=333, (uando o termo come$ou a ser aplicado 's sociedades /umanas (p. 14). [... Aos si"ni>cados /erdados, lo"o se 0untaram tantos outros (ue, antes da ?ltima dcada do sculo <=333, a prolifera$*o dos seus sentidos levou o >l6sofo alem*o @. A. von Berder a a>rmar (ue nada poderia ser mais indeterminado do (ue a palavra cultura. Cessa poca em diante, os sentidos se estenderam at ao ponto de levar o escritor A. DaErence DoEell a di)er, em 491F, (ue nada no mundo mais elusivo do (ue cultura (p. 14). A Concepo Humanista e a Antropolgica [... 7n(uanto (ue na concep$*o antropol6"ica a cultura , por nature)a, plural e relativista, (uer di)er, o mundo est# dividido em diferentes culturas, cada uma delas valiosa em si mesma, para os /umanistas, al"umas pessoas tem mais cultura do (ue outras e al"uns produtos /umanos, tais como artes visuais, m?sica, literatura, s*o mais culturais do (ue outros (8arnard e Spencer 499;: 41;) (p. 11). G dessas duas concep$-es (ue derivam os sentidos de cultura (ue se tornaram correntes: o sentido lato e o sentido escrito [.... H sentido lato descreve todos os aspectos caracter%sticos de uma forma particar de vida /umana. H sentido escrito uma prov%ncia das /umanidades, cu0o o,0etivo e interpretar e transmitir as "era$-es futuras o sistema de valores em fun$*o dos (uais os participantes em uma forma de vida encontram si"ni>cado e prop6sito (p. 1F). [... acultura pode ser pensada como um a"ente causal (ue afeta o processo evolutivo atravs de meios e!clusivamente /umanos, na medida em (ue permite a avalia$*o autoconsciente das possi,ilidades /umanas ' lu) de um sistema de valores (ue re.ete as idias prevalecentes so,re o (ue a vida /umana deveria ser (p. 1F). Cultura e Civilizao Ce acordo com 8arnard, para escritores como Iant, Jolerid"e e Katt/eE Arnaold, a cultura representa essencialmente as condi$-es morais do indiv%duo, en(uanto a civili)a$*o si"ni>ca as conven$-es da sociedade. 3nvariavelmente a primeira est# associada a valores espirituais, a se"unda a valores materiais (p. 1L). A Cultura na Antropologia [... tudo a(uilo (ue pode ser entendido como uma or"ani)a$*o, como uma re"ula$*o sim,6lica da vida social pertence a cultura, sendo esta a maneira pela (ual se a"enciam num mesmo todo elementos t*o diversos [... (p. 19). +odos esses tra$os culturais formam um con0unto de modelos diferentes de or"ani)a$*o da vida social, de acordo com a sociedade (ue a etnolo"ia descreve ou mesmo de acordo com os "rupos estudados dentro de uma mesma sociedade (p. 19). [... a /ist6ria antropol6"ica da cultura come$a (uando se insiste no uso da palavra cultura no plural, MculturasN, pois nesta pluralidade esta a c/ave do sentido moderno de cultura na antropolo"ia (p. 1O). Os Traos da Cultura [... a cultura est# relacionada com a$-es, idias e artefatos (ue os indiv%duos numa dada tradi$*o aprendem, compartil/am e avaliam (p. F1). =ia de re"ra, as a$-es, idias e artefatos s*o en"lo,ados so, uma ru,rica mais "eral denominada comportamento e costumes (p. F1). A Cultura Como Fenmeno Histrico [... Jostumes, cren$as, ferramentas, tcnicas difundem-se de uma re"i*o para outra, de um povo para outro. Hs elementos culturais tem assim uma /ist6ria cronol6"ica. 3sso envolve (uest-es tais como ori"em, crescimento e diferencia$*o cultural atravs da /ist6ria (p. F1). A Cultura Como Fenmeno egional [... 7sse car#ter "eo"r#>co de>ne certos costumes, artes, reli"i-es etc. Jomo pertencentes 's re"i-es em (ue eles e!istem. Assim, um certo /#,ito social de uma re"i*o pode ser a,sorvido por outras re"i-es (p. FF). Os !adr"es Culturais [... A cultura tende a ser padroni)ada. 7la envolve a repeti$*o de comportamentos similares aprovados pelo "rupo, de modo (ue ela tem uma forma estruturada e recon/ec%vel. Se os indiv%duos a0ustam seu comportamento atravs do tempo de acordo com o padr*o aprovado, a cultura permanece est#vel (p. FF). [... /# padr-es "erais ou universais (ue se e!pressam em cate"orias tais como atividade econ5mica. Peli"i*o, arte e l%n"ua (p. FF). As Con#gura"es da Cultura [... uma cultura tende a ser inte"rada. 7la apresenta con>"ura$-es, (uer di)er, premissas, valores e o,0etivos mais ou menos consistentes (ue l/e d*o unidade (p. FF). $sta%ilidades e &udanas na Cultura [... H ritmo das mudan$as culturais varia muito, dependendo das possi,ilidades (ue se apresentam para (ue o crescimento e o desenvolvimento possam se reali)ar (p. FL). [... Sistemas culturais so,revivem por(ue seus mem,ros est*o adaptados a tradi$*o (ue reprodu)ida atravs de sua tradu$*o em a$-es. Qor outro lado, contudo, sem a mudan$a, a cultura esta"naria (p. FL). Os 'istemas Culturais As condi$-es de diversidade e dinamicidade tornam (ual(uer cultura um fen5meno sempre comple!o (p. FL). [... n*o podemos identi>car uma cultura no sentido de continuidade de uma mesma tradi$*o amplamente comum. Ao contrario, falamos sempre de padr-es n*o muito ,em de>nidos e consistentes com varia$-es internas m?ltiplas (p. FL). [... 7ntre os sistemas culturais tema-se tipos altamente estruturados de comportamentos aprendidos (sistemas de sinais como a l%n"ua), a>lia$-es pol%ticas (cidadania, nacionalidade), reli"i*o (envolvendo cren$as e valores focais) (p. FL). A Aculturao Ruando dois "rupos culturais s*o postos em contato, eles a,sorvem elementos culturais um do outro (p. F;). Ruando o contato e a difus*o ocorrem com al"uma continuidade, o processo de transferncia c/amado de acultura$*o (p. F;). A Continuidade da Cultura [... 7lementos culturais uma ve) inventados, passam de um individuo para o outro atravs do aprendi)ado. 7les s*o compartil/ados de uma "era$*o a outra. Rual(uer ruptura no seu aprendi)ado levaria ao seu desaparecimento (p. F;). H continuum cultural se estende do come$o da e!istncia /umana at o presente. As culturas se cru)am e recru)am, fundem-se e dividem-se& elementos s*o adicionados a(ui ou perdidos ali. Sma cultura vista como um ponto no continuum o resultado de todas as mudan$as e vicissitudes do passado, tendo dentro de si o potencial para a mudan$a cont%nua (Ieesin" 49;F: 2L-29) (p. F;). A 'im%olicidade da Cultura Hs artefatos ou o,0etos feitos pelo /omem, as motiva$-es e a$-es, a fala /umana tem si"ni>cados (p. F;). Sem o con/ecimento de seus si"ni>cados, esses elementos culturais s*o incompreens%veis. So, o ponto de vista dos si"nos e seus si"ni>cados, as culturas costumam ser c/amadas de sistemas de s%m,olos (p. F;). (ma )iso Heterotpica das &*dias +igitais [... To sentido mais restrito, m%dia se refere especi>camente aos meios de comunica$*o de massa, especialmente aos meios de transmiss*o de not%cias e informa$*o (p. ;2). [... As insta,ilidades, interst%cios, desli)amentos e reor"ani)a$-es constantes dos cen#rios culturais, a circula$*o mais .uida e as articula$-es mais comple!as, as intera$-es e reinte"ra$-es dos n%veis, "neros e formas de cultura, o cru)amento de suas identidades, a transnacionali)a$*o da cultura, o crescimento acelerado das tecnolo"ias e das m%dias comunicacionais, a amplia$*o dos mercados culturais, a e!pans*o e os novos /#,itos no consumo de cultura est*o nos desa>ando para encontrar novas estrat"ias e perspectivas de entendimento capa)es de acompan/ar os deslocamentos e contradi$-es, os desen/os moveis da /etero"eneidade pluritemporal e espacial (ue caracteri)a as sociedades p6s-modernas, muito acentuadamente as latino- americanas (p. ;L). [... /o0e todas as culturas s*o fronteiri$as, .uidas, desterritoriali)adas (p. ;L). Os +ispositivos de An,lise da Cultura e da Comunicao A se(Uncia de mudan$as nos dispositivos de analise da comunica$*o e cultura no sculo << funciona como um indicador das impressionantes transforma$-es por (ue os fen5menos culturais vem passando, transforma$-es essas primeiramente devidas ' e!plora$*o dos meios de comunica$*o de massa (ue prevaleceu at os anos O2, e atualmente devidas ' onipresen$a da realidade midi#tica (p. ;;). H advento da cultura massiva a partir dos meios de reprodu$*o tcnico-industriais [... se"uida do "i"antismo dos meios eletr5nicos de difus*o - r#dio e televis*o-, produ)iu um impacto at /o0e atordoante na tradicional divis*o da cultura em erudita, culta, de elite, de um lado, e popular, de outro (p. ;;). Cesta divis*o se alimentaram as concep$-es s6ciopol%ticos da cultura de e!tra$*o mar!ista, se"undo as (uais a cultura um campo de tens-es do interior de sociedades conce,idas como arenas de classes em luta (p. ;;). [... esse dia"n6stico do social serviu como meio de analise dos diferentes n%veis e estratos culturais, populares ou de elite, funcionando como representa$-es de con.itos de classes (p. ;;). [... sur"iu na escola de VraWfurt, a teoria da ind?stria cultural (ue veio encontrar solo frtil de divul"a$*o na Amrica latina, especialmente no 8rasil. 7m,ora at /o0e in(uestion#vel na sua constata$*o de (ue (ual(uer produto cultural, por mais espiritual (ue possa parecer, produ)ido e consumido de acordo com as leis do mercado capitalista, essa teoria a0udou a acentuar ainda mais o pretenso fosso (ue separa a c/amada cultura erudita das outras formas de reprodu$*o de cultura, popular ou de massa (p. ;;). As di>culdades para de>nir com precis*o o per>l popular e o erudito nos produtos culturais foram acompan/adas pelas teimosas ilus-es de autonomia desses campos e pelos preconceitos contra os meios de comunica$*o de massa (p. ;9). T*o foram necess#rias ar"umentos para enfra(uecer as lutas pela defesa dessas fronteiras. 7las ca%ram naturalmente no va)io ao serem atropeladas, nos anos O2, pelo advento de novas formas de consumo cultural propiciadas pelas tecnolo"ias comunicacionais do dispon%vel e do descart#vel (p. ;9). [... foi crescendo a ol/os vistos a tendncia para os trXnsitos e intercXm,ios dos meios de comunica$*o entre si, criando redes de complementaridades ( eu c/amei de cultura das m%dias (Santaella 4992), uma dinXmica cultural (ue ia se distin"uindo da cultura de massa, devido 0ustamente ao aparecimento das novas tecnolo"ias se"mentadoras, diversi>cadoras, capa)es de uma maior ade(ua$*o a um p?,lico mais individuali)ado (p. ;O). [... a cultura das m%dias n*o se caracteri)a mais como m%dia massiva, pois ia rompendo com os tra$os fundamentais da cultura de massas, a sa,er, a simultaneidade e uniformidade da mensa"em emitida e rece,ida. H crescimento da multiplicidade de m%dias, a multiplica$*o de suas mensa"ens e fontes foi dando mar"em ao sur"imento de receptores mais seletivos, individuali)ados, o (ue foi sem d?vida, preparando o terreno para emer"ncia da cultura di"ital, na medida em (ue esta e!i"e receptores atuantes, ca$adores em ,usca de presas informacionais de sua pr6pria escol/a. (p. ;O). +a Cultura de &assas - Cultura das &*dias [... A cultura de massas ori"inou-se no 0ornal com seus coad0uvantes, o tele"rafo e a foto"ra>a. Acentuou-se com o sur"imento do cinema, uma m%dia feita para recep$*o coletiva. Kas foi s6 com a += (ue se solidi>cou a ideia do /omem de massa (p. 99). [... T*o fa)%amos ideia de (ue e!istiam coisas como consumo de massa e psicolo"ia de massa at a televis*o fa)er delas seu pr6prio conte?do. A l6"ica da televis*o a de uma audincia rece,endo informa$-es sem responder [.... Cisso decorre a nature)a fundamental de um meio de difus*o: o padr*o de ener"ia via0a num s6 sentido, na dire$*o do receptor, para ser consumido com uma resistncia m%nima, o (ue cria condi$-es favor#veis para a promo$*o e distri,ui$*o de produtos com nfase na persuas*o e na em,ala"em (p. 99). T*o o,stantes as cr%ticas ' passividade e aliena$*o do /omem de massa, a indiscut%vel ades*o (ue, desde seu aparecimento, a televis*o produ)iu no espectador n*o vem do acaso (p. O2). [... Jonforme foi evidenciado por +ic/i (4994 apud Castells 2222: 1;4) [... H poder rela da televis*o M (ue ela arma o palco para todos os processos (ue se pretendem comunicar ' sociedade em "eral, de pol%tica a ne"6cios, inclusive esportes e artes. A televis*o modela a lin"ua"em de comunica$*o societalN (p. O2).