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DE MANAUS - AM
Manaus
Estado do Amazonas - Brasil
Junho/2001
UNIVERSIDADE DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS
MESTRADO EM QUÍMICA DE PRODUTOS NATURAIS
DE MANAUS - AM
Manaus
Estado do Amazonas - Brasil
Junho/2001
DIAS, Cristine de Mello
SINOPSE
xvii
Abstract
The water of three main streams of the Industrial District in Manaus was
analyzed during the months of May, July, September and November 2000. Ten
samples of each stream were collected every 50 meters, in average.
Determinations of pH, temperature, organic matter and heavy metals were
performed and, with the exception of heavy metals analysis, all were analyzed at
the same day of sampling, in non-filtered samples. The heavy metals Fe, Zn, Mn,
Ni, Cd, Cr and Pb were determined by atomic absorption spectrometry in
samples filtered in the filter 0,45 µm and non-filtered, pre-concentrated four
times. The organic functions of chemical structures of colloidal particles were
studied by infrared spectroscopic (IR). The results show that each stream has its
physical and chemical properties altered by anthropogenic activity. The organic
matter ratio between 1.52 and 11.1 mg L-1. The temperature was highly near the
industrial district. Fe, Zn and Mn were detected in all the samples and Ni, Cu, Cr
and Pb were detected only during the second sampling. In the stream number 4
oscillations of pH (2.26 up to 7.35) were observed and the organic matter values
were not consistent to the expected pattern along the stream. The heavy metals
were detected in all the analyzed samples with the exception of Cu, Cr and Pb
that were sporadically observed. The stream number 5 is characterized by a
random distribution of the analyzed parameters, with the exception of
temperature and organic functions of colloidal particles, that have shown
kaolinite and organic matter in all samples. Sometimes, fenolic and nitrogened
groups were identified.
xviii
1. Introdução
2
Introdução
3
2. Revisão da Literatura
- +
HCO3 + H CO2 + H2O
2- + -
CO3 + H HCO3
- +
OH + H H 2O
Revisão da literatura
Os elementos traço são encontrados nos corpos d’água (Tabela 2.1). Muitos
desses elementos não permanecem solubilizados por muito tempo, e são acumulados
normalmente em sedimentos ou plantas. Para avaliar a poluição por elementos traço,
é necessário verificar a concentração, intervalo de tempo de introdução desses
metais, a forma física e química em que eles se encontram na natureza (Tabela 2.2).
Todos esses fatores inter-relacionados vão determinar as concentrações desses
elementos nos sistemas aquáticos, e sua disponibilidade relativa, distribuição e
toxidade. Em termos de biodisponibilidade, o fator mais importante é a forma
química em que o elemento se encontra em solução. A formação e a existência de
determinada forma química depende geralmente do pH, solubilidade, temperatura e
da natureza das espécies químicas (FIFIELD & HAINES, 1997).
5
Revisão da literatura
7
Revisão da literatura
Para ROUSSEAUX (1989), os metais pesados são aqueles que podem formar
sulfetos insolúveis na presença de H2S. Porém, Zn, Cr e outros classificados como
metais pesados, não precipitam nessas condições (VOGEL, 1981). Existem ainda
autores que definem esses elementos baseando-se na densidade. Segundo
TAVARES & CARVALHO (1992), metal pesado é aquele que apresenta alto peso
específico. COKER & MATTHEWS (1983) consideram metal pesado aquele cuja
densidade é superior a 5,0 g cm-3, totalizando aproximadamente 40 elementos.
GARCIA, et al. (1990) estabelecem uma densidade mínima de 4,5 g cm-3 para que o
metal seja classificado como pesado.
Mo, Ni, Se, Si, Sn, V e Zn. Alguns elementos não essenciais encontrados nos fluidos
e tecidos do corpo são: Li, B, Ge, Rb, Sr. E o Cd, Hg e Pb são classificados como
tóxicos (COX, 1995).
Além dos processos naturais que ocorrem nas águas, existe também o homem,
adicionando condições diferentes ao meio ambiente. No passado as modificações
eram realizadas sem nenhum critério com diversos modelos de desenvolvimento.
10
Revisão da literatura
Em alguns casos são naturais, em outros têm sido introduzidas por fontes
externas como esgotos, poluição industrial e resíduos atmosféricos. A matéria
orgânica natural dissolvida em água é proveniente do produto de transformação de
material biogênico e excretas de organismos vivos, que são decompostos em
substâncias menores por bactérias e processos químicos (HOWARD, 1998).
11
Revisão da literatura
12
Revisão da literatura
13
Revisão da literatura
esgotos domésticos e outras fontes antrópicas nas águas do Igarapé das Três Pontes
(MG).
14
Revisão da literatura
15
Revisão da literatura
Estudos revelam que certas plantas aquáticas são capazes de absorver, através
de suas raízes, substâncias orgânicas, nutrientes e metais. A espécie de aguapé
Eichhomia crassipes é a que apresenta maior capacidade de absorção de vários
metais (LEITE & SANTOS, 1997).
16
Revisão da literatura
Os metais pesados Cu, Cr, Zn, Cd e Pb foram determinados por SILVA (1992)
em duas espécies de peixes do Igarapé do Quarenta. Uma das espécies era carnívora
(Hoplias malabaricus) e a outra detritívora (Hoplosternum littorale). Os teores de
Cd e Pb não indicaram contaminação evidente, sendo encontrados apenas em um
dos quatro meses de coleta. As concentrações mais elevadas foram de Zn (81,46
µg.L-1) e Cu (79,48 µg.L-1). Os teores de metais pesados encontrados nos peixes
mostraram-se bastante superiores aos encontrados nas mesmas espécies de peixes
estudadas em igarapés não contaminados.
SILVA (1996) determinou a concentração de metais pesados (Fe, Mn, Cr, Cu,
Co, Ni, Cd e Zn) em sedimento de fundo e material em suspensão do Igarapé do
Quarenta e Igarapé do Barro Branco (não poluído). Os elementos Fe e Mn não
mostraram enriquecimento e nem acumulação nos ambientes estudados. Segundo o
autor, isso se deve, provavelmente, à facilidade em serem adsorvidos ao material
particulado, principalmente às partículas cristalinas, sendo transportados ao longo
dos igarapés.
Esse estudo mostrou, ainda, que os metais Cr, Cu, Ni, e Zn, contidos no
material em suspensão do Igarapé do Quarenta, possuíam valores de concentração
acima dos encontrados nessa mesma região, sugerindo a influência antrópica das
indústrias de galvanoplastia na contaminação deste igarapé.
biota aquática. Este elemento não mostrou tendência a se acumular no perfil dos
sedimentos indicando, mais uma vez, sua alta disponibilidade biológica no Igarapé
do Quarenta.
Esses dados supõem uma relação entre os trabalhos de SILVA (1992) e SILVA
(1996). Baseando-se no fato de o Cu geralmente estar associado às partículas
potencialmente móveis e, segundo CAMPOS (1990) citado por SILVA (1992), tais
partículas constituírem a principal fonte de alimentos de peixes detritívoros, pode-se
considerar o Cu como um dos principais agente poluidores do Igarapé do Quarenta.
em que
19
Revisão da literatura
20
3. Metodologia
Para a realização deste trabalho foram coletadas nos meses de maio, julho,
setembro e novembro de 2000, amostras de água em 3 igarapés afluentes do Igarapé
do Quarenta, localizado na região do Distrito Industrial de Manaus. Como os
igarapés não tinham nomes oficiais, neste trabalho receberam a designação de 03, 04
e 05, conforme mostra a Figura 3.1. O Igarapé 03 está localizado próximo à rua
Cupiúba, o Igarapé 04 próximo à rua Ipê e o Igarapé 05 está situado próximo à rua
Abiurana.
1
Dados obtidos através do endereço eletrônico: www.inmet.gov.br
22
Metodologia
500
450
400
Pluviosidade (mm)
350
300
250
200
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Figura 3.2 – Índice pluviométrico (mm) do ano de 2000 em Manaus, medido pelo
Instituto Nacional de Meteorologia.
28,5
28,0
Temperatura ( oC)
27,5
27,0
26,5
26,0
25,5
25,0
24,5
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Figura 3.3 – Temperatura média (ºC) do ano de 2000 em Manaus, medida pelo
Instituto Nacional de Meteorologia.
23
Metodologia
3.2. Procedimento
3.2.1. Determinação de pH
Os teores de matéria orgânica das amostras não filtradas também foram obtidos
no mesmo dia da coleta , utilizando-se a determinação por dicromatometria com o
seguinte procedimento (BAUMGARTEN et al., 1996):
24
Metodologia
Os metais Zn, Mn, Fe, Cr, Ni, Pb, Cu e Cd, foram analisados por
espectroscopia de absorção atômica (Perkin Elmer, modelo ASS 3300) pelo método
25
Metodologia
26
4. Estudo do Igarapé 03
Coleta Descrição
(a) (b)
(c) (d)
28
Estudo do Igarapé 03
1
Todas as citações do CONAMA nesta dissertação referem-se à Resolução No 20 de 18 de junho de 1986.
29
Estudo do Igarapé 03
30
Estudo do Igarapé 03
Outro parâmetro que estava alterado neste Igarapé era a quantidade de matéria
orgânica total na água (Tabela 4.1). Os teores encontrados são baixos em relação a
quantidade de matéria orgânica presente em águas pretas (26,6 mg L-1 – SHIMIDT,
1972), comuns em igarapés naturais de Manaus. Comparando os teores de matéria
orgânica dos pontos de amostragem 1 e 2 com os valores encontrados por
SAMPAIO (2000) no mesmo local, 12,9 mg L-1 verifica-se que os valores não
variaram significativamente.
Na análise química dos metais (Fe, Zn, Mn, Ni, Cu, Cr, Pb e Cd), realizada em
maio, as concentrações de Cu, Cr, Pb e Cd estavam abaixo do limite de detecção da
técnica. A Tabela 4.3 mostra os resultados encontrados para o Fe, Zn e o Mn.
31
Estudo do Igarapé 03
Tabela 4.3- Teores médios em mg L-1 de Fe, Zn e Mn nas amostras de água filtradas
e não filtradas do Igarapé 03, obtidos na primeira coleta (maio).
Pontos de Fe Zn Mn
coleta NF F NF F NF F
1 18,3 (0) 0,301 (50) n.d. n.d. 0,190 (27) n.d.
2 16,9 (5) n.d. 0,261 (43) n.d. 0,144 (21) n.d.
3 21,7 (3) n.d. 0,169 (30) n.d. 0,235 (0) n.d.
4 20,2 (0) 0,214 (203) 0,145 (0) 0,137 (0) 0,203 (0) n.d.
5 15,8 (0) 0,214 (186) n.d. n.d. 0,176 (0) 0,153 (21)
6 17,9 (4) n.d. 0,153 (8) 0,109 (100) 0,176 (0) 0,095 (0)
7 2,67 (20) n.d. 0,359 (237) 0,182 (0) 0,135 (0) 0,095 (0)
8* 1,48 (3) n.d. 0,451 (93) 0,345 (76) n.d. n.d.
9* 4,97 (0) 0,740 (72) 0,160 (33) n.d. 0,144 (21) n.d.
10* 28,0 (2,0) n.d. 0,853 (106) 0,381 (51) 0,298 (14) 0,276 (21)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
32
Estudo do Igarapé 03
33
Estudo do Igarapé 03
elementos químicos que fazem parte da estrutura química desses minerais são
facilmente liberados para o meio (ALLOWAY, 1990).
100
95
90
Transmitância (%)
85
80
75
70
65
60
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
-1
Número de ondas (cm )
34
Estudo do Igarapé 03
O ponto de coleta 10, que é um local de despejo industrial, ao que tudo indica
foi desativado a partir da segunda coleta (julho). Por isso, não foi possível realizar as
análises dessas amostras nas coletas seguintes. Portanto, o rejeito industrial
despejado neste ponto de coleta não influiu mais nas características da água do
Igarapé.
35
Estudo do Igarapé 03
0,3 oC). Este acréscimo foi superior ao limite máximo indicado pelo CONAMA para
lançamento de rejeitos nos corpos d’água, que é de 4 oC acima da temperatura do
corpo receptor.
Tabela 4.4 - Alguns parâmetros físicos e químicos do Igarapé 03, obtidos durante a
segunda coleta (julho).
A análise de metais pesados (Fe, Zn, Mn, Ni, Cu, Cr, Pb e Cd) da segunda
coleta (Tabelas 4.5 e 4.6) foi caracterizada pela presença de Fe, Zn, Mn, Ni, Cr e Cu
na água do Igarapé 03. As concentrações de Cd e Pb estavam abaixo do limite de
detecção da técnica.
36
Estudo do Igarapé 03
37
Estudo do Igarapé 03
Fe Zn Mn
Pontos de
coleta
NF F NF F NF F
1 15,6 (0) 9,56 (2,5) 0,151 (0) 0,075 ((0) 0,186 (110) 0,019 (0)
2 15,6 (0) 9,02 (0) 0,130 (0) 0,109 (0) 0,186 () 0,040 (0)
3 13,9 (0) 7,38 (0) 0,239 (88) 0,251 (42) 0,207 (0) 0,019 (0)
4 15,0 (2,5) 5,74 (0) 0,149 (33) 0,158 (0) 0,193 (32) 0,019 (0)
5 12,3 (0) 9,02 (0) 0,608 (398) 0,146 (14) 0,110 (32) 0,019 (0)
6 13,9 (0) 5,74 (1,6) 0,151 (0) 0,165 (66) 0,124 (42) n.d.
7 12,3 (0) 5,74 (0,95) 0,571 (554) 0,144 (0) 0,103 (880) n.d.
8* 15,6 (1,6) 7,38 (0) 1,31 (10) 0,761 (71) 0,159 (32) 0,131 (32)
9* 3,62 (43) 1,74 (8) 0,728 (37) 0,742 (0) 0,103 (21) 0,103 (0)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado *Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
Pontos de Ni Cr Cu
Coleta NF F NF F NF F
1 0,254 (59) 0,305 (0) 0,091 (0) 0,184 (0) 0,086 (0) 0,057 (0)
2 0,305 (0) 0,267 (0) 0,091 (0) 0,091 (0) 0,067 (44) 0,067 (44)
3 0,305 (0) 0,382 (44) 0,091 (0) 0,184 (93) 0,057 (0) 0,135 (0)
4 0,382 (0) 0,382 (0) 0,091 (0) 0,184 (0) 0,057 (0) 0,115 (0)
5 0,382 (0) 0,344 (38) 0,137 (46) 0,091 (53) 0,164 (121) 0,057 (0)
6 0,305 (0) 0,344 (0) n.d. 0,091 (0) 0,028 (0) 0,057 (0)
7 0,420 (38) 0,344 (0) n.d. n.d. 0,057 (0) 0,086 (29)
8* 0,344 (44) 0,344 (22) n.d. n.d. 0,057 (0) 0,028 (0)
9* 0,241 (145) 0,344 (0) n.d. n.d. 0,115 (0) 0,086 (0)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado *Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
38
Estudo do Igarapé 03
115
110
105
Transmitância (%)
100
95
90
85
80
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
-1
Número de ondas (cm )
39
Estudo do Igarapé 03
Dos quatro meses de coleta, este foi o de maior índice pluviométrico (210
mm), contribuindo para a diluição do carbono orgânico total na água deste Igarapé,
com exceção do ponto de amostragem 9, onde o teor de matéria orgânica
permaneceu elevado (Tabela 4.7).
40
Estudo do Igarapé 03
A Tabela 4.8, referente às análises químicas de alguns metais pesados (Fe, Zn,
Mn, Ni, Cu, Cr, Pb e Cd), mostra novamente a presença de Fe e Zn ao longo do
Igarapé 03 nas duas frações (filtrada e não filtrada) e o Mn e o Pb em alguns pontos
de coleta. As concentrações de Cu, Cd Ni e Cr estavam abaixo do limite de detecção
da técnica.
41
Estudo do Igarapé 03
Tabela 4.8 – Teores médios em mg L-1 de Fe, Zn, Mn, e Pb nas amostras de água
filtradas e não filtradas do Igarapé 03, obtidos na terceira coleta
(setembro).
Fe Zn Mn Pb
Pontos
de coleta
NF F NF F NF F NF F
1 24,3 (0) 4,26 (1,1) 0,121 (0) 0,085 (57) n.d. n.d. n.d. n.d.
2 20,2 (0) 2,52 (91) 0,068 (23) 0,053 (44) n.d. n.d. n.d. n.d.
3 22,7 (0) 1,80 (0) 0,133 (66) n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
4 21,1 (0) 0,80 (0) 0,097 (26) 0,085 (32) n.d. n.d. n.d. n.d.
5 20,5 (1,2) 0,80 (0) 0,053 (51) 0,065 (41) n.d. n.d. n.d. n.d.
6 22,6 (13) 2,30 (1,8) n.d. 0,136 (0) n.d. n.d. n.d. 0,652 (0)
7 21,1 (0) 2,33 (37) 0,085 (62) 0,058 (11) n.d. n.d. 1,09 (0) 0,217 (0)
8* 14,7 (0) 1,80 (0) 0,700 (100) 0,463 (69) 0,055 (0) 0,055 (0) n.d. n.d.
9* 19,0 (1,5) n.d. 0,397 (0) 0,237 (0) 0,116 (21) 0,055 (0) 0,217(0) 0,217 (0)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado *Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
42
Estudo do Igarapé 03
100
90
80
Transmitância (%)
70
60
50
40
30
43
Estudo do Igarapé 03
44
Estudo do Igarapé 03
Os resultados da determinação de metais pesados (Fe, Zn, Mn, Ni, Cu, Cr, Pb e
Cd) mostraram que apenas o Fe e o Zn possuíam concentrações dentro do limite de
detecção da técnica (Tabela 4.10). Os demais elementos apresentaram concentrações
abaixo do limite de detecção.
Fe Zn
Pontos de
coleta
NF F NF F
1 10,6 (0) 6,91 (1,9) 0,140 (9) 0,103 (0)
2 11,9 (9) 4,10 (040) 0,112 (0) 0,149 (33)
3 8,63 (4,3) 6,76 (1,0) 0,112 (0) 0,112 (24)
4 11,8 (1,0) 5,76 (1,5) 0,103 (0) 0,094 (0)
5 7,18 (2,7) 0,02 (0) 0,238 (54) 0,088 (33)
6 11,5 (9) 48,1 (28,5) 0,339 (178) 0,177 (0)
7 9,53 (1,44) 29,1 (5,3) 0,348 (141) 0,186 (0)
8* 2,21 (93) 3,57 (2,1) 0,342 (42) 0,419 (35)
9* 33,5 (6,8) 33,0 (28) 0,508 (0) 0,355 (85)
NF = não filtrado F = filtrado *Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
45
Estudo do Igarapé 03
46
Estudo do Igarapé 03
100
90
80
Transmitância (%)
70
60
50
40
30
20
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
-1
Número de ondas (cm )
47
Estudo do Igarapé 03
A Figura 4.7 mostra que a temperatura da água do Igarapé 03 foi maior que a
temperatura da cidade de Manaus. Apenas no mês de julho ocorreu situação inversa.
30
Manaus
Igarapé 03
29
28
Temperatura ( C)
o
27
26
25
24
23
Mai Jul Set Nov
Meses de coleta
48
Estudo do Igarapé 03
Fe
25
Zn
20
Concentração (mg.L )
-1
15
10
0
M ai Jul Set N ov SA M PA IO
M eses de coleta
49
Estudo do Igarapé 03
1
Maio
0,9 Julho
0,8 Setembro
Novembro
Concentração (mg L-1)
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
Fe Zn Mn Ni Cr Cu Pb
Metais Pesados
Figura 4.8 – Distribuição de alguns metais pesados nas amostras de água filtradas
durante os meses de maio, julho, setembro e novembro no ponto de
coleta 1, próximo ao Igarapé do Quarenta.
50
5. Estudo do Igarapé 04
Coleta Descrição
(a) (b)
(c) (d)
52
Estudo do Igarapé 04
53
Estudo do Igarapé 04
temperatura (28,0 oC). Essa peculiaridade se deve à utilização dessa área como local
de despejos industriais. A temperatura observada nesses pontos de coleta estava 2 ºC
acima da temperatura média do Igarapé 04. Mas esses rejeitos encontravam-se
dentro do limite recomendado pelo CONAMA, pois não aumentaram e temperatura
média da água do Igarapé 04.
20
18
Teor de matéria orgânica (mg.L)
-1
16
14
12
1
Todas as citações do CONAMA nesta dissertação referem-se à Resolução No 20 de 18 de junho de 1986.
54
Estudo do Igarapé 04
Neste estudo também foram feitas análises químicas dos metais pesados Fe,
Zn, Mn, Ni, Cr, Cu, Pb e Cd (Tabela 5.2) das frações não filtrada e filtrada em filtro
com 0,45 µm de poro. Os elementos Ni, Cr, Cu, Pb e Cd tinham concentrações
abaixo do limite de detecção da técnica.
Fe Zn Mn
Pontos de
coleta
NF F NF F NF F
1* n.d. 4,79 (1,53) n.d. 1,55 (33) n.d. 0,123 (0)
2 23,3 (14,1) 0,740 (0) 0,741 (0) 0,703 (209) 0,122 (0) 0,119 (104)
3 29,8 (15,5) 0,269(84) 0,863 (420) 0,549 (16) n.d. n.d.
4* 18,1 (5,1) 0,716 (276) 0,561 (379) 0,628 (0) n.d. n.d.
5 24,5 (14,4) 1,00 (30) 0,418 (153) 0,467 (50) n.d. n.d.
6* 25,4 (0) 1,70 (0) 0,909 (105) 0,310 (0) n.d. n.d.
7* 2,69 (45) n.d. 0,317 (26) 0,155 (71) n.d. n.d.
8 13,7 (2,7) n.d. 0,514 (140) 2,07 (54) n.d. n.d.
9* 13,8 (1,2) 0,118 (96) 0,520 (39) 2,17 (9) 0,068 (59) n.d.
10 16,3 (3,9) 0,413 (60) 0,329 (58) 0,309 (79) n.d. n.d.
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
55
Estudo do Igarapé 04
56
Estudo do Igarapé 04
10
Teor de matéria orgânica (mg.L
)
-1
57
Estudo do Igarapé 04
As análises químicas dos elementos Fe, Zn, Mn, Ni, Cr, Cd, Cu e Pb na água
do Igarapé 04 no mês de julho revelaram a presença de Fe, Zn, Mn (Tabela 5.4), Ni,
Cr e Cu (Tabela 5.5). As concentrações dos três últimos elementos eram superiores
às permitidas pelo CONAMA. Este fato indica que nesta época do ano as águas
desse Igarapé possivelmente eram nocivas ao micro-ecossistema existente nessa
área. A população que vive nas proximidades pode estar sofrendo esses efeitos, fato
observado através dos contatos realizados com os moradores dessa região.
Tabela 5.4 – Teores médios em mg L-1 de Fe, Zn e Mn nas amostras de água filtradas
e não filtradas do Igarapé 04, obtidos na segunda coleta (julho).
Pontos Fe Zn Mn
de
coleta NF F NF F NF F
1* 9,02 (0) 0,610 (116) 27,2 (1,8) 27,6 (9) 0,124 (21) 0,145 (0)
2 4,10 (0) n.d. 4,39 (23) 2,54 (0) 0,145 (0) 0,124 (0)
3 2,46 (0) 0,048 (23) 4,24 (0) 2,49 (25) 0,103 (0) 0,103 (0)
4* 1,57 (89) n.d. 2,52 (1,2) 1,85 (0) 0,103 (23) 0,082 (0)
5 2,46 (0) 0,055 (35) 3,68 (5) 1,92 (29) 0,145 (0) 0,103 (21)
6* 5,74 (0) 0,835 (0) 0,291 (182) 0,991 (0) 0,166 (0) 0,103 (0)
7* n.d. 0,192 (0) 1,42 (1,3) 0,587 (351) 0,077 (35) 0,082 (0)
8 n.d. 0,342 (103) 2,31 (1,0) 0,465 (182) 0,171 (31) 0,123 (0)
9* 2,24 (1,9) 0,417 (129) 0,171 (0) 0,157 (69) 0,041 (0) 0,020 (0)
10 0,321 (227) 0,300 (67) 0,139 (29) 0,085 (55) 0,041 (0) 0,041 (0)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
58
Estudo do Igarapé 04
59
Estudo do Igarapé 04
Pontos Ni Cr Cu
de
coleta NF F NF F NF F
1* 2,19 (27) 2,09 (19) 0,678 (141) 0,091 (0) 0,232 (0) 0,202 (0)
2 0,420 (0) 0,382 (38) 0,091 (0) n.d. 0,115 (29) 0,115 (29)
3 0,229 (38) 0,229 (0) 0,091 (0) n.d. 0,086 (0) 0,086 (0)
4* 0,305 (0) 0,267 (0) 0,122 (87) n.d. 0,101 (0) 0,115 (0)
5 0,382 (77) 0,318 (60) 0,184 (93) n.d. 0,173 (0) 0,135 (0)
6* 0,229 (22) 0,237 (0) n.d. n.d. 0,057 (0) n.d.
7* 0,407 (225) 0,497 (0) n.d. n.d. 0,290 (0) 0,261 (0)
8 0,663 (189) 0,535 (0) n.d. n.d. 0,377 (0) 0,367 (61)
9* 0,114 (0) 0,190 (0) n.d. n.d. 0,086 (29) 0,057 (0)
10 0,152 (0) 0,190 (0) n.d. n.d. 0,057 (0) 0,057 (0)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
60
Estudo do Igarapé 04
referente ao estiramento C-N de amidas e/ou amidas. Nos pontos de coleta 4-8,
observa-se a presença de uma banda em 1.279 cm-1 e a ausência da banda em 1.737
cm-1 do estiramento referente. Este fato indica a presença de componentes fenólicos
nesta área do Igarapé 04. Nos pontos de coleta 2-3 os estiramentos C-O de grupos
fenólicos não foram identificados pelos espectros, sugerindo a decomposição total
desses compostos (SILVERSTEIN et al., 1994).
61
Estudo do Igarapé 04
100
90 (a)
100
80
Transmitância (%)
60 (b)
120
90
60 (c)
100
80
60
(d)
62
Estudo do Igarapé 04
63
Estudo do Igarapé 04
22
20
18
Teor de matéria orgânica (mgL)
-1
16
14
12
10
8
6
4
2 Igarapé do Quarenta Distrito Industrial
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pontos de coleta
64
Estudo do Igarapé 04
Pontos de Fe Zn Mn
coleta
NF F NF F NF F
1* 81,7 (4,3) 54,9 (2,6) 5,00 (0) 6,00 (1,0) 0,181 (0) 0,181 (0)
2 19,4 (0) 5,00 (0) 3,75 (0) 5,33 (1,53) 0,181 (0) 0,181 (0)
3 91,0 (7,4) 61,8 (5,9) 7,50 (0) 9,00 (1,53) 0,181 (0) 0,173 (19)
4* 35,0 (0) 26,5 (2,1) 62,5 (0) 60,0 (0) 0,612 (0) 0,640 (0)
5 3,20 (56) 340 (0) 1093 (156) 125 (0) 0,340 (0) 0,371 (31)
6* 0,100 (0) 940 (0) 1354(477) 375 (0) 1,49 (1,0) 1,47 (50)
7* 0,114 (0) 1,57 (25) 1,10 (0) 0,50 (10) n.d. n.d.
8 0,100 (0) 840 (0) 1250 (0) 250 (0) 0,702 (0,1) 0,681 (0)
9* 4,63 (15) 460 (0) 1510 (325) 125 (0) 0,309 (0) 0,279 (0)
10 0,053 (6) 43,5 (2,5) 0,40 (11) 1,00 (0) 0,153 (0) 0,299 (47)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
65
Estudo do Igarapé 04
Tabela 5.8 – Teores médios em mg L-1 de Ni, Cr, Cu e Pb nas amostras de água
filtradas e não filtradas do Igarapé 04, obtidos na terceira coleta
(setembro).
Pontos Ni Cr Cu Pb
de
coleta NF F NF F NF F NF F
1* 0,436 (0) 0,484 (0) n.d. n.d. n.d. n.d. 1,52 (0) 1,74 (0)
2 1,94 (0) 2,12 (0,1) n.d. n.d. n.d. n.d. 1,74 (0) 1,74 (0)
3 0,484 (0) 0,484 (28) n.d. n.d. n.d. n.d. 1,96 (0) 1,30 (22)
4* 0,630 (49) 0,630 (0) n.d. n.d. n.d. n.d. 1,74 (22) 1,74 (0)
5 1,07 (0) 1,02 (0) 3,21 (0) 2,86 (0) n.d. n.d. 1,96 (0) 1,96 (0)
6* 1,55 (0) 1,47 (7) 9,70(3,2) 7,88 (0) 0,379 (212) 0,243 (0) 2,39 (0) 2,17 (0)
7* 0,387 (49) 0,387 (0) n.d. n.d. n.d. n.d. 1,74 (0) 1,52 (0)
8 1,23 (18) 1,45 (49) 7,88 (0) 7,88(1,6) 0,596 (0) 0,569 (42) 1,96 (0) 1,74 (0)
9* 0,970 (49) 0,921 (49) n.d. 3,21 (0) 0,379 (0) 0,27 (0) 1,74 (0) 1,74 (0)
10 0,387 (0) 0,387 (0) n.d. n.d. n.d. n.d. 1,52 (0) 1,52 (0)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
66
Estudo do Igarapé 04
contaminação do Igarapé do Quarenta por Pb. Tanto é assim que, VALLE (1998)
analisando amostras de solo do Igarapé do Quarenta encontrou teores de até 78,0
mg L-1 na fração trocável durante a estação seca.
Neste sentido, os resultados mostrados nas Tabelas 5.7 e 5.8 indicam que os
efluentes despejados neste Igarapé não sofreram o tratamento adequado para
eliminação desses poluentes.
67
Estudo do Igarapé 04
100
80
60
(a)
40
100
Transmitância (%)
90
80 (b)
100
90
80 (c)
68
Estudo do Igarapé 04
69
Estudo do Igarapé 04
70
Estudo do Igarapé 04
18
14
12
10
Pontos de coleta
71
Estudo do Igarapé 04
Pontos Fe Zn Mn
de coleta
NF F NF F NF F
1* 12,4 (0) 11,3 (5) 2,30 (0) 2,19 (0) 0,181 (0) 0,181 (0)
2 73,8 (19,3) 30,0 (1,5) 2,54 (24) 2,06 (6) 0,181 (0) 0,181 (0)
3 73,0 (0) 26,2 (0) 3,80 (0) 3,53 (2,1) 0,181 (0) 0,173 (19)
4* 57,1 (1,2) 24,9 (1,5) 3,40 (54) 3,18 (0) 0,612 (0) 0,640 (0)
5 78,7 (11,9) 26,3 (6,6) 5,42 (22) 3,94 (0) 0,340 (0) 0,371 (31)
6* 42,4 (34,1) 24,7 (0) 0,391 (341) 0,290 (23) 1,49 (1,0) 1,47 (50)
7* n.d. 44,0 (29,1) 13,5 (0) 9,51 (65) n.d. n.d.
8 94,5 (0) 73,8 (24,3) 14,3 (0) 14,6 (0) 0,702 (0,1) 0,681 (0)
9* 103(1) 92,8 (1,2) 14,1 (4) 14,7 (7) 0,309 (0) 0,27 (0)9
10 37,3 (2,9) 26,5 (1,2) 0,444 (0) 0,614 (23) 0,153 (0) 0,299 (47)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
72
Estudo do Igarapé 04
Ni Cr
Pontos de coleta
NF F NF F
1* 0,311 (0) 0,355 (44) n.d. n.d.
2 0,577 (44) 0,710 (0) 1,36 (0) 0,835 (0)
3 0,932 (0) 1,07 (0) 1,83 (0) 1,43 (22)
4* 0,932 (44) 1,20 (4) 1,91 (26) 1,46 (0)
5 1,02 (0) 1,15 (0) 2,30 (0) 1,46 (0)
6* n.d. n.d. n.d. n.d.
7* 0,932 (0) 0,110 (0) 4,70 (0) 3,55 (0)
8 1,27 (0) 1,51 (44) 4,90 (0) 5,01 (0)
9* 0,710 (0) 0,888 (0) 4,17 (0) 4,49 (0)
10 n.d. n.d. n.d. n.d.
NF=não filtradoF=filtrado n.d.=não detectado *Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
73
Estudo do Igarapé 04
30
29
28
Temperatura ( C)
o
27 M anaus
Igarapé 04
26
25
24
M ai Jul Set N ov
M eses de coleta
74
Estudo do Igarapé 04
Meses de coleta
Elemento
maio julho setembro Novembro
Fe 4,79 0,610 54,9 11,30
Zn 1,55 27,6 6,00 2,19
Mn 0,123 0,145 0,181 0,181
Ni n.d. 2,09 0,484 0,355
Cr n.d. 0,091 n.d. n.d.
Cu n.d. 0,202 n.d. n.d.
Pb n.d. n.d. 1,74 n.d.
75
6. Estudo do Igarapé 05
Coleta Descrição
77
Estudo do Igarapé 05
(a) (b)
(c) (d)
Figura 6.1 – Características do Igarapé 05 – (a) Leito do Igarapé com muito lodo
(b) Presença de etiquetas de equipamento eletrodoméstico (c) Presença
de espuma em abundância na água do Igarapé e (d) coloração negra da
água no braço do Igarapé.
78
Estudo do Igarapé 05
79
Estudo do Igarapé 05
A Tabela 6.2 mostra os resultados da determinação dos metais Fe, Zn, Mn, Ni,
Cr, Cu, Pb e Cd nas frações filtradas e não filtradas da primeira coleta. Os elementos
Ni, Cr, Pb e Cd estavam com concentrações abaixo do limite de detecção da técnica.
Os resultados das análises químicas desses metais pesados na água do Igarapé
mostram que suas concentrações não diferem significativamente entre si.
80
Estudo do Igarapé 05
Os resultados das análises de metais pesados indicam que, nesta coleta, o ponto
de amostragem 3 sofre influência dos elementos presentes na água do braço.
Tabela 6.2 – Teores médios em mg L-1 de Fe, Zn, Mn e Cu nas amostras de água
filtradas e não filtradas do Igarapé 05, obtidos na primeira coleta
(maio).
Pontos Fe Zn Mn Cu
de
coleta NF F NF F NF F F
1 12,7 (1,4) 0,118 (0) 0,371 (0) 0,338 (72) 0,190 (0) 0,190 (0) 0,107 (15)
2 14,6 (6,4) 0,213 (68) 0,608 (271) 0,326 (24) 0,258 (21) 0,230 (14) 0,071(0)
3* 14,6 (6,4) 1,29 (62) 0,793 (44) 0,523 (107) 0,271 (14) 0,244 (0) 0,086 (0)
4b 22,7 (4,0) n.d. 0,490 (27) 0,456 (16) n.d. 0,027 (0) 0,093 (0)
5 15,4 (1,6) n.d. 0,475 (48) 0,330 (63) 0,283 (11) 0,272 (0) 0,093 (7)
6 14,1 (2,0) n.d. 0,499 (83) 0,600 (298) 0,261 (17) 0,203 (93) 0,102 (11)
7 13,7 (8) n.d. 0,367 (21) 0,261 (44) 0,291 (23) 0,255 (21) 0,095 (0)
8* b 10,5 (0) 0,349 (146) 0,670 (151) 0,581 (25) n.d. 0,072 (0) 0,110 (4)
9* b 3,90 (0) 0,477 (257) 0,812 (38) 0,463 (0) n.d. 0,065 (0) 0,107 (0)
10 12,2 (8,8) n.d. 0,294 (5) 0,290 (32) 0,261 (22) 0,250 (0) 0,112 (0)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado *Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
b
Braço do Igarapé 05
1
Todas as citações do CONAMA nesta dissertação referem-se à Resolução No 20 de 18 de junho de 1986.
81
Estudo do Igarapé 05
82
Estudo do Igarapé 05
Fe Zn Mn
Pontos de
coleta
NF F NF F NF F
1 1,45 (0) 1,45 (0) 0,687 (207) 1,03 (14) 1,01 (7) 1,00 (0)
2 2,09 (0) 6,78 (2,08) 1,18 (8) 0,306 (37) 1,08 (0) 0,465 (0)
3* 1,45 (0) 4,75 (0) 0,945 (39) 0,373 (37) 0,959 (75) 0,625 (32)
b
4 0,482 (0) 2,13 (0) 0,587 (0) 0,136 (0) 0,019 (0) n.d.
5 1,50 (67) 4,26 (0) 1,69 (0) 0,270 (0) 1,33 (39) 1,01 (7)
6 0,321 (0) 1,72 (0) 0,888 (207) 0,500 (45) 1,31 (16) 1,00 (3)
7 0,642 (322) 1,47 (0) 1,65 (34) 0,547 (50) 1,71 (0) 1,40 (9)
b
8* n.d. 2,13 (1,93) 0,852 (41) 0,203 (68) n.d. n.d.
b
9* 0,160 (0) 0,328 (0) 0,952 (0) 0,177 (34) n.d. n.d.
10 0,214 (0) 0,045 (57) 1,86 (6) 0,242 (23) 2,40 (13) 2,15 (28)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado
b
Braço do Igarapé 05 * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
83
Estudo do Igarapé 05
Tabela 6.5 – Teores médios em mg L-1 de Fe, Zn, Mn e Cr nas amostras de água
filtradas e não filtradas do Igarapé 05, obtidos na segunda coleta
(julho).
Ni Cr Cu
Pontos
de coleta
NF F NF F NF F
1 6,35 (0) 6,54 (49) 2,71 (19) 2,50 (0) 0,173 (0) 0,173 (0)
2 6,83 (0) 4,35 (44) 2,84 (14) 0,184 (0) 0,232 (0) 0,144 (0)
3* 7,88 (44) 5,69 (76) 2,59 (0) 0,184 (0) 0,232 (0) 0,144 (0)
4 b
0,420 (0) 0,305 (0) n.d. n.d. 0,115 (0) n.d.
5 12,3 (4,5) 9,40 (57) 1,85 (56) 0,308 (46) 0,086 (0) 0,028 (0)
6 11,0 (3,2) 9,40 (59) 0,986 (141) n.d. 0,057 (0) n.d.
7 8,83 (1,87) 8,26 (29) 0,924 (0) 0,091 (0) 0,028 (0) n.d.
b
8* 0,458 (233) 0,305 (115) n.d. n.d. n.d. n.d.
b
9* 0,267 (0) 0,331 (80) n.d. n.d. n.d. n.d.
10 8,16 (44) 8,26 (0) 0,832 (93) 0,647 (0) 0,057 (0) 0,057 (0)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado
b
Braço do Igarapé 05 * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
84
Estudo do Igarapé 05
85
Estudo do Igarapé 05
120
100
(a)
80
100
Transmitância (%)
80
(b)
60
120
100
80 (c)
86
Estudo do Igarapé 05
Avaliando os demais locais de coleta (1-3, 5-7 e 10), observou-se que o ponto
de amostragem 3 apresentou o teor mais elevado de matéria orgânica. No restante do
87
Estudo do Igarapé 05
Fe Zn Mn
Pontos
de coleta
NF F NF F NF F
1 12,2 (0) 8,30 (0) 40,0 (13,3) 31,7 (7,6) 0,278 (0) 0,320 (0)
2 12,9 (0) 8,30 (0) 30,0 (5,0) 25,0 (0) 0,320 (0) 0,352 (21)
3* 1,83 (96) 8,54 (1,37) 25,0 (0) 20,0 (0) 0,278 (0) 0,250 (14)
b
4 6,59 (1,75) 4,75 (2,50) 400 (0) 800 (0) 0,181 (0) 0,176 (21)
5 11,9 (0) 7,21 (0) 16,7 (7,6) 15,0 (0) 0,445 (129) 0,292 (0)
6 13,1 7,57 (0) 25,0 (0) 20,0 (0) 0,399 (53) 0,278 (0)
7 12,4 7,57 (0) 25,0 (0) 20,0 (0) n.d. 0,306 (14)
b
8* 7,51 8,60 (0) 400 (0) 800 (0) 0,208 (0) 0,195 (0)
b
9* 7,21 7,51 (3,75) 400 (0) 600 (0) 0,222 (0) 0,083 (14)
10 9,75 10,6 (3,4) 25,0 (0) 30,0 (0) 0,389 (0) 0,292 (0)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado
b
Braço do Igarapé 05 * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
88
Estudo do Igarapé 05
Pontos de Ni Pb Cu
coleta
NF F NF F NF F
1 1,60 (0) 1,80 (5) 1,52 (0) 1,52 (22) 0,053 (0) n.d.
2 1,63 (17) 1,75 (0) 1,74 (0) 1,52 (0) 0,053 (0) 0,275 (0)
3* 1,50 (0) 1,37 (20) 1,30 (0) 1,30 (0) 0,468 (0) 0,046 (0)
b
4 0,436 (0) 0,484 (0) 1,52 (0) 1,52 (0) 1,33 (21) 0,504 (46)
5 2,37 (1,18) 1,11 (0) 1,30 (0) 0,217 (0) 0,156 (0) n.d.
6 2,76 (34) 1,70 (0) 1,52 (0) 0,217 (0) 0,234 (0) 0,046 (0)
7 2,24 (39) 1,70 (0) 1,52 (0) 0,217 (0) 0,234 (0) n.d.
b
8* 0,436 (0) 0,145 (0) 1,74 (0) 0,217 (0) 1,82 (12) 0,275 (0)
b
9* 0,533 (0) 0,096 (49) 1,74 (0) 0,217 (0) 1,64 (0) 0,458 (0)
10 2,13 (29) 1,65 (0) 1,30 (0) n.d. 0,234 (0) n.d.
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado
b
Braço do Igarapé 05 * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
89
Estudo do Igarapé 05
90
Estudo do Igarapé 05
100
95
90
85
Transmitância (%)
(a)
80
75
95
90
85
80 (b)
91
Estudo do Igarapé 05
Os resultados das análises químicas dos metais pesados Fe, Zn, Mn, Ni, Cr,
Cu, Pb e Cd são apresentados nas Tabelas 6.10 e 6.11. As concentrações dos três
últimos elementos citados estavam abaixo do limite de detecção da técnica.
92
Estudo do Igarapé 05
Tabela 6.10 – Teores médios em mg L-1 de Fe, Zn, Mn nas amostras de água
filtradas e não filtradas do Igarapé 05, obtidos na quarta coleta
(novembro).
Pontos de Fe Zn Mn
coleta NF F NF F NF F
1 10,9 (1,8) 7,89 (30) 4,47 (20) 1,10 (21) 0,797 (142) 0,707 (38)
2 11,8 (0) 7,62 (76) 4,57 (16) 0,856 (0) 0,901 (105) 0,821 (38)
3* 13,6 (0) 10,0 (0) 5,92 (7) 1,19 (4) 0,806 (62) 0,674 (30)
b
4 120,6 (6,0) 90,6 (6,8) 10,1 (0) 2,25 (9) n.d. n.d.
5 18,8 (0) 11,5 (0) 1,02 (8) 0,892 (48) 1,00 (13) 1,14 (11)
6 17,5 (3) 11,5 (0) 1,02 (5) 0,943 (84) 1,02 (14) 1,12 (13)
7 17,3 (6) 11,8 (3) 1,04 (2) 1,03 (9) n.d. 1,20 (4)
b
8* 91,8 (6,6) 75,3 (2,1) 9,36 (19) 1,94 (27) n.d. n.d.
b
9* 100 (16) 90,8 (13,2) 10,7 (6) 1,93 (0) n.d. n.d.
10 16,9 (0) 11,2 (3) 0,464 (0) 1,00 (16) 1,04 (1) 1,11 (9)
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado
b
Braço do Igarapé 05 * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
Tabela 6.11 – Teores médios em mg L-1de Ni, e Cr nas amostras de água filtradas e
não filtradas do Igarapé 05, obtidos na quarta coleta (novembro).
Pontos de Ni Cr
coleta
NF F NF F
1 0,736 (58) 0,690 (28) n.d. n.d.
2 0,773 (0) 0,912 (0) n.d. n.d.
3* 0,105 (73) 0,967 (0) n.d. n.d.
b
4 n.d. n.d. n.d. n.d.
5 1,48 (15) 1,33 (0) 0,555 (79) 0,396 (0)
6 1,69 (8) 1,36 (11) 0,476 (0) 0,396 (0)
7 1,33 (0) 1,48 (14) 0,476 (0) 0,396 (0)
b
8* n.d. n.d. n.d. n.d.
b
9* n.d. n.d. n.d. n.d.
10 1,44 (9) 1,35 (3) n.d. n.d.
NF = não filtrado F = filtrado n.d. = não detectado
b
Braço do Igarapé 05 * Próximo a esgoto industrial
Os números entre parênteses representam o desvio padrão de triplicata
93
Estudo do Igarapé 05
94
Estudo do Igarapé 05
31
30
29
Temperatura (oC)
28
Manaus
Igarapé 05
27
26
25
Mai Jul Set Nov
Meses de coleta
Figura 6.4 – Temperaturas médias da cidade de Manaus nos quatro meses de coleta
e da água do Igarapé 05 durante as quatro coletas.
95
Estudo do Igarapé 05
20 maio
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pontos de coleta
96
Estudo do Igarapé 05
m aio
julho
setem bro
novem bro
2
1
(a)
m g (L )
-1
3
C oncentração de m etais
2
(b)
1
10
5
(c)
0
Igarapé do Q uarenta D istrito Industrial
2 4 6 8 10
P ontos de coleta
97
Estudo do Igarapé 05
98
7. Conclusão
Quadro 7.1 Valores máximos e mínimos das contribuições das águas dos três
Igarapés para as alterações físico-químicas no Igarapé do Quarenta,
durante as quatro coletas.
Máx. 6,89 28,0 11,1 24,3 0,103 0,019 n.d. n.d. n.d. n.d.
03
Mín. 6,73 24,5 1,52 10,6 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.
Máx. 6,97 29,0 19,3 29,9 15,07 0,181 1,302 0,158 0,415 1,74
04
Mín. 6,47 26,0 4,44 0,305 1,13 0,121 n.d. n.d. n.d. n.d.
Máx. 7,31 31,0 19,3 8,30 31,7 1,00 6,54 0,137 2,50 1,52
05
Mín. 6,28 27,0 3,64 0,118 0,338 0,190 0,69 n.d. n.d. n.d.
100
Conclusão
Esse quadro pode mudar, principalmente com a busca pela certificação ISO
14.000 no setor industrial, contribuindo para o crescimento da área de
gerenciamento ambiental e, consequentemente, para a preservação e controle do
meio ambiente.
101
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Apêndice 01