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Agrupamento Vertical de Escolas de Vendas Novas

4ª Sessão

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:


metodologias de operacionalização

Plano de Avaliação das Bibliotecas Escolares

Trabalho realizado por:


Dulce Garcia
Elisabete Marques

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ÍNDICE

 Enquadramento/Diagnóstico…………………………………………..….. 3

 Metodologia de operacionalização……………………………………….4

 Intervenientes……………………………………………………………………..8

 Planificação da recolha e tratamento de dados…………………….8

 Elaboração de relatório e respectivo plano de melhoria………10

 Comunicação de resultados…………………………………………………10

 Anexos……………………………………………………………………………..…11

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Enquadramento / diagnóstico
O nosso plano de avaliação foi concebido tendo por base a consulta de documentos–
chave emanados pelo órgãos de gestão do Agrupamento Vertical de Escolas de Vendas
Novas, nomeadamente o Projecto de Intervenção da Directora da Escola e o Projecto
Educativo.

O primeiro, que teve como base o Relatório de Avaliação Interna apresentado à


comunidade escolar em Setembro de 2007, procede à constatação de debilidades
várias, das quais se destacam:

Constatação de insucesso escolar em disciplinas nucleares e existência de uma


divergência assinalável entre os resultados obtidos na avaliação interna e na
avaliação externa, em certas disciplinas

Níveis de literacia e hábitos de leitura reduzidos.

e pretende

Desenvolver acções que visem a melhoria dos resultados escolares,… e implicar


individual e colectivamente os vários agentes educativos ( professores, alunos,
pais/ encarregados de educação e pessoal não docente) na obtenção de
resultados.

Promover uma cultura de avaliação contínua do serviço prestado pelo


agrupamento, com vista à definição concreta de medidas que conduzam a um
acréscimo na qualidade do serviço prestado pelo agrupamento.

O segundo documento, no capítulo Práticas Pedagógicas, refere que se deverão


“privilegiar metodologias e estratégias de trabalho que permitam a concretização e
realização do presente projecto. O Projecto Educativo, em face da concretização dos
seus objectivos operacionais, poderá implicar o condicionamento do trabalho docente
(práticas, modelos, estratégias e metodologias), nomeadamente:

Em face da resolução das dificuldades das aprendizagens;


Da definição de estratégias ao nível da motivação e interesses do aluno;
Mediante a configuração de estratégias de metodologias de trabalho,
compensação, recuperação ou reforço;
No incentivo ao trabalho colaborativo e apoiado de docentes, na assumida
consideração que juntos fazemos mais e melhor;”

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O mesmo documento preconiza que um dos objectivos da BE deverá ser “Promover as
competências de literacia e os hábitos de leitura.”

Neste contexto e tendo em conta a selecção de uma área de interesse ou considerada


prioritária face às metas da própria escola, como a bibliografia aponta, optou-se pela
selecção do domínio B – Leitura e Literacia – seleccionando-se o indicador B1,
considerado de processo e o B3 considerado de impacto, na perspectiva de avaliar o
trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento e o impacto
do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da
literacia, pretendendo-se, deste modo, identificar os pontos forte e fracos deste
domínio; e implementar e / ou alterar procedimentos e estratégias de modo a superar
os aspectos menos positivos.

Metodologia de operacionalização
A implementação da auto-avaliação passa por um processo que implica o
cumprimento de:

Divulgação do modelo em sede de Conselho Pedagógico;


Co-responsabilização de todos os intervenientes (órgão de gestão e docentes)
Constituição, sob a responsabilidade do Professor Bibliotecário, de um grupo
responsável ao nível da escola/agrupamento pela condução do processo de
autoavaliação da BE, com definição e partilha de tarefas entre os elementos do
grupo .
Desenvolvimento do processo.

Para proceder à avaliação a que nos propomos, recorreu-se ao modelo de auto-


avaliação das BE’s, desenvolvido pelo gabinete da RBE. De acordo com este modelo, e
no seguimento do diagnóstico apresentado seleccionou-se o domínio supracitado, cuja
avaliação decorrerá durante o ano lectivo 2009/2010.

Serão apresentados a seguir os indicadores, os diversos factores críticos de sucesso, os


instrumentos que vão suportar as evidências e a calendarização:

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B. Leitura e Literacia

Indicadores Factores críticos de sucesso Evidências Calendarização

B1 Trabalho da BE ao . A BE disponibiliza uma colecção variada e adequada aos . Estatísticas de requisição, circulação no Ao longo do ano lectivo
serviço da promoção da gostos, interesses e necessidades dos utilizadores. agrupamento e uso de recursos 2009-2010
leitura na . A BE identifica novos públicos e adequa a colecção e as relacionados com a leitura.
escola/agrupamento práticas às necessidades desses públicos (CEF;EFA;AEC’s) Maio – aplicação dos
A BE identifica problemáticas e dificuldades no domínio da . Estatística de utilização informal da BE. questionários)
leitura e literacia e delineia acções e programas que
melhorem as situações identificadas. . Estatísticas de utilização da BE para
. A BE promove acções formativas que ajudem a desenvolver actividades de leitura programada
as competências na área da leitura. articulada com outro docente
. A BE incentiva o empréstimo domiciliário.
. A BE está informada relativamente às linhas de orientação e . Registo de actividades/ projectos.
actividades propostas pelo PNL e desenvolve as acções
implicadas na sua implementação. . Questionário aos docentes (QD2)
. A BE incentiva a leitura informativa, articulando com os
departamentos curriculares no desenvolvimento de .Questionário aos alunos(QA2)
actividades de ensino e aprendizagem ou em projectos e
acções que incentivem a leitura.
. A BE desenvolve actividades no âmbito da promoção da
leitura: sessões de leitura, blogs, jornal escolar ou outras
actividades que associem formas de leitura, de escrita ou de
comunicação em diferentes ambientes e suportes
.A BE promove encontros com escritores ou outros eventos
culturais que aproximem os alunos dos livros ou de outros
materiais e incentivem o gosto pela leitura.
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.A BE incentiva a leitura em ambientes digitais explorando as
possibilidades facultadas pela WEB.
.A BE organiza e difunde recursos documentais que,
associando-se a diferentes temáticas ou projectos, e
garantem a transversalidade e o desenvolvimento de
competências associadas à leitura.
.A BE apoia, sempre que possível, os alunos nas suas escolhas
e conhece satisfatoriamente as novidades literárias que
melhor se adequam aos seus gostos.

B.3 Impacto do trabalho . Estatísticas de utilização da BE para Ao longo do ano lectivo


da BE nas atitudes e . Os alunos usam o livro e a BE para ler de forma recreativa, actividades de leitura. 2009-2010
competências dos para se informar ou para realizar trabalhos escolares.
alunos, no âmbito da . Os alunos, de acordo com o seu ano/ ciclo de escolaridade, . Estatísticas de requisição domiciliária. Maio – aplicação dos
leitura e da literacia manifestam alguns progressos nas competências de leitura, questionários)
lendo mais e com maior profundidade. . Observação da utilização da BE (O3;O4).
. Os alunos desenvolvem trabalhos onde interagem com
equipamentos e ambientes informacionais variados, . Trabalhos realizados pelos alunos;
manifestando alguns progressos nas suas competências no
âmbito da leitura e da literacia. . Análise diacrónica das avaliações dos
. Os alunos participam em diferentes actividades associadas à alunos
promoção da leitura
. Questionário aos docentes (QD2)

. Questionário aos alunos(QA2)

Nota: O Modelo será adaptado, sempre que necessário, aos ciclos de ensino do Agrupamento. Os instrumentos a utilizar em momentos específicos
uestionários e grelhas) serão revistos e, caso se justifique ajustados à situação concreta onde serão aplicados. Da análise de todos os dados resultará um
relatório cuja súmula será integrada na avaliação interna da escola.

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Intervenientes
Qualquer processo de auto-avaliação só poderá ter os efeitos desejados, ou seja, ser
uma mais-valia para a BE e, consequentemente, para a escola no seu todo, se for
sentido “como um processo pedagógico e regulador, inerente à gestão e procura de
uma melhoria contínua da BE. Neste sentido, a escola deverá encarar este processo
como uma necessidade própria e não como algo que lhe é imposto do exterior, pois de
facto todos irão beneficiar com a análise e reflexão realizadas.” Tal implica
disponibilidade, empenho e responsabilidade. Assim, todos os elementos da
comunidade educativa serão chamados a participar, cada qual com as suas
responsabilidades específicas indicadas na grelha que a seguir se apresenta.

Intervenientes no processo Funções


Direcção executiva Acompanha o processo, disponibilizando as condições
necessárias para aplicação da avaliação.
Professoras Bibliotecárias/ equipa Implementam o modelo de auto avaliação, depois de
seleccionado o domínio
Docentes Participam no processo, designadamente através da
resposta a questionários, preenchimento de grelhas de
observação, fornecimento de informações sobre a
avaliação de trabalhos, de sugestões de actividades, etc.
Alunos Participam na fase de recolha de evidências através da
resposta a questionários e a outras solicitações
específicas feitas pelo professor bibliotecário e
elementos da equipa da BE.

Planificação da recolha e tratamento de dados


Selecção da amostra

Segundo o modelo, para além da percentagem de alunos e professores a inquirir, para


que os elementos sejam representativos do conjunto de população que se pretende
estudar, a amostra deverá abranger a diversidade de alunos da escola: os vários anos/
ciclos de escolaridade, os vários cursos; as várias origens/ nacionalidades; rapazes e
raparigas; alunos com necessidades educativas. Deve ainda abranger a diversidade de
docentes da escola, aplicando-se os questionários aos diferentes departamentos, nos
domínios / subdomínios em que se justifique, a docentes mais antigos na escola e a
docentes recém-chegados, etc.

Tendo em conta que o Agrupamento Vertical de Escolas de Vendas Novas tem duas
bibliotecas que servem estabelecimentos de ensino de ciclos diferentes, impõem-se

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que sejam definidas duas amostras em conformidade com o número de docentes.
Assim de acordo com o exposto apresentam-se os quadros, 1 e 2.

Quadro 1- Amostra dos questionários aos alunos

Ano de escolaridade/ Nº de Amostra


cursos alunos (10%)

Pré -escolar 100 10


1º ano 45 5
2º ano 43 4
3º ano 42 4
4º ano 88 9
5º ano 120 12
6ª ano 112 11
7º ano 61 6
8º ano 81 8
9º ano 66 7
CEF tipo 2 14 1
CEF tipo 3 16 2
EFA 11 1

Quadro 2- Amostra dos questionários aos professores

EBI de Vendas Novas EB1/JI nº 1 e 2 de Vendas Novas


Nº de professores Amostra(20%) Nº de professores Amostra (30%)
96 20 11 3

Recolha e análise de dados

Para além da utilização de instrumentos fornecedores de dados meramente


quantitativos ( ficha de utilização de serviços e questionários) pretende-se que estes
sejam complementados com a aplicação de outros instrumentos que forneçam dados
de teor mais qualitativo, por forma a que o cruzamento de todos estes elementos
contribua para a elaboração de um retrato fiel da biblioteca que realmente temos.
Assim sendo, haverá dados que serão compilados ao longo do ano e outros que, como
já referimos, serão recolhidos pontualmente em Maio (através da aplicação de
questionários). Os dados recolhidos serão tratados e analisados por uma equipa
constituída pelos docentes afectos à BE e outros elementos com reconhecida
competência na matéria.

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Elaboração de relatório e respectivo plano de melhoria

Com base nos resultados obtidos será estabelecida uma relação com os respectivos
standards e benchmarks para se definir o nível de desempenho em que se situa a BE
relativamente ao domínio avaliado, bem como a definição de acções para a melhoria
(Preenchimento do quadro síntese da secção A do relatório). Esta etapa do processo
decorrerá durante o mês de Junho.

Comunicação de Resultados
A comunicação dos resultados terá lugar durante o mês de Julho e será efectuada
através de um relatório final elaborado de acordo com os parâmetros estabelecidos no
modelo de auto-avaliação. Este relatório incluirá as medidas de melhoria a
implementar no ano lectivo seguinte e será apresentado em Conselho Pedagógico.

O relatório apresentado deverá integrar também o Relatório Anual de Actividades do


Agrupamento. Sempre que o Agrupamento proceder à sua auto-avaliação, deverá
constar no respectivo relatório uma súmula do relatório final da BE.

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ANEXOS

Instrumentos de recolha de dados e observação a aplicar relativamente


à operacionalização da avaliação do domínio seleccionado – B. Leitura e
Literacia

Nota: Como já anteriormente foi referido, os instrumentos de recolha de


dados, em situação real de aplicação, deverão ser objecto de adaptações,
tendo em conta os anos de escolaridade a que se destinam e as
bibliotecas que pretendem avaliar. Este é um trabalho que não deverá ser
da exclusiva responsabilidade dos Professores Bibliotecários, mas resultar
de uma análise minuciosa, discutida em equipa, processo que não se leva
a cabo nos parcos dias (dois) destinados à realização desta tarefa (uma vez
que não é de todo viável reunir a equipa da BE durante o fim de semana).

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