Práticas e modelos de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
DREN – T1 Formanda: Anabela Carvalho Borges de Sousa Lopes; Professora Bibliotecária no Agrupamento de Escolas Dr. Leonardo Coimbra – Lixa.
Tarefa 2 – 2.ª parte:
Comentário ao trabalho da formanda Manuela Teixeira Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares Introdução: Não pude deixar de ler atentamente a introdução que apresenta no seu trabalho, o que suscitou, pela minha parte, grande curiosidade e admiração, pois é muito original começar com exemplos da prática do dia-a-dia. Rapidamente identifiquei o trabalho que estamos a desenvolver na nossa BE com aquele que descreve – o envolvimento dos elementos da comunidade (neste caso, tentando cativar os adultos), levando-os a frequentar a BE, a ler, a requisitar livros. Como o meu trabalho é novo, ainda não tirei conclusões da eficácia do resultado pretendido, ou seja, estou na primeira parte do processo – as actividades (semelhantes às que a Manuela apresenta) tiveram muito sucesso, os pais e professores tomaram o café, requisitaram livros, devolveram e voltaram a requisitar… mas será que vão continuar a fazê-lo?
Tendo em conta os seguintes aspectos que analisa no seu trabalho:
O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos implicados. Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares. Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos. Integração / Aplicação à realidade da escola. Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação.
Formanda: Anabela Borges
1/2 A sua reflexão inicial vai, de imediato, ao encontro de um pontos fulcrais do Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar: centrar as atenções (focus) na eficácia das acções desenvolvidas, de forma a trabalhar para a melhoria. O trabalho da Manuela revela experiência e maturidade, parecendo-me já muito actualizada relativamente aos conceitos, à pertinência e à própria aplicação do Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar. Partindo do conceito central de que a biblioteca escolar constitui um contributo essencial para o sucesso educativo, sendo um recurso fundamental para o ensino e aprendizagem, concordo com a Manuela, quando salienta a relevância dada no modelo de auto-avaliação ao desenvolvimento das literacias, à capacidade de aprendizagem ao longo da vida, como formas de adaptação às mudanças emergentes, que, todos esperam ser para melhor. No seu trabalho, a Manuela insiste em mostrar a importância da avaliação dos processos e produtos do trabalho do dia-a-dia, para que não sejam gastas energias que poderão ser devidamente encaminhadas para um trabalho mais frutuoso. Assim, o importante é trabalhar, no sentido de descobrir se os nossos alunos estão a ser devidamente preparados para a responsabilidade social e, simultaneamente, para a criatividade pessoal, de que necessitarão nesta sociedade que se desenvolve em constantes contextos de mudança. Estamos de acordo, também o fundamento na minha Análise Crítica, que a aplicação do modelo é por demais pertinente, uma vez que na sua base de construção estão autores e estudos credíveis, permitindo-nos centrar o nosso trabalho naquilo que será essencial para a BE, com uma mais adequada gestão do tempo. Como refere a Manuela, e eu também saliento o meu trabalho (embora talvez deixe transparecer alguma inexperiência), a aplicação do modelo à realidade da escola e da BE dependerá de inúmeros factores, sendo um dos basilares a mudança de perspectiva (de mentalidade, postura…) de grande parte dos intervenientes no processo. Esse será talvez um dos grandes desafios do professor bibliotecário do século XXI. No que diz respeito às competências do professor bibliotecário, concordo que ele é, acima de tudo um “facilitador das aprendizagens”, necessitando de formação constante, de forma a manter-se actualizado no contexto de mudança que enfrenta. Em suma, o professor bibliotecário tem de preparar-se (formando-se e ganhando experiência pela prática…) para dotar os alunos de capacidades de aprendizagens ao longo da vida. Grata, Manuela Teixeira, pois retirei ensinamentos práticos da leitura / análise que fiz do seu trabalho e espero, daqui a três/quatro anos, poder ter o seu à-vontade para falar da prática do professor bibliotecário.