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Comentário à proposta de workshop da colega Catarina Castro

Catarina,

Alguns dias atrás, e porque estou a frequentar uma acção de


formação no âmbito dos novos programas de Português, na Escola
Secundária do Restelo, visitei a Biblioteca de que é Professora
Bibliotecária. Agradeço a amabilidade e disponibilidade com que me
recebeu.

Conheci um pouco da realidade da sua Biblioteca Escolar e


algumas das dificuldades com que se debate de modo a que esta
tenha, no actual contexto de mudança, um papel informacional,
transformativo e formativo - uma BE que ajude a preparar os jovens
para enfrentar os desafios do século XXI.

No que diz respeito à sua proposta de workshop, considero


muito interessante e estratégico o brainstorming. Esta actividade
inicial conduz a uma reflexão conjunta e a uma conclusão: a auto-
avaliação das BE`s, tal como a avaliação em geral, não constitui um
fim, mas um processo que permite identificar aspectos fortes e
fracos bem como traçar de forma fundamentada um plano de acção
com vista à melhoria.

Há também que realçar o momento em que, após os


formandos terem tomado conhecimento da estrutura e
funcionamento do Modelo, lhes é proposto que “avaliem” o
trabalho desenvolvido pela Biblioteca daquela escola. Na etapa
seguinte, é-lhes solicitado que proponham acções que permitam
melhorar alguns aspectos menos positivos. Esta actividade apela à
necessidade de toda a comunidade se envolver na “construção” de
uma BE que responda às necessidades actuais: que seja um
instrumento essencial ao desenvolvimento dos currículos, um
recurso fundamental no desenvolvimento das várias literacias, um
espaço privilegiado de conhecimento e de aprendizagem e um
importante contributo para o sucesso educativo dos alunos.

O seu Workshop encerra de uma forma que considero muito


pertinente: é proposta uma reflexão conjunta a partir de uma
citação do Manifesto das Bibliotecas Escolares da IFLA/UNESCO
“Está provado que quando professores e bibliotecários trabalham
em conjunto, os estudantes alcançam níveis mais elevados de
literacia, de leitura, de aprendizagem, de capacidade de resolução
de problemas e competências no domínio da tecnologia de
informação e comunicação.” Julgo que com esta proposta de
trabalho o repto está lançado, toda a escola se deve unir em torno
do valor da BE, pois só uma acção colectiva lhe permitirá cumprir
plenamente a sua missão.

Quanto aos constrangimentos, por lapso, não foi indicada a


duração do workshop e, assim sendo, a distribuição horária dos
vários momentos também não é referida (cometi exactamente a
mesma falha na minha proposta).

Continuação de um bom trabalho!

Maria do Céu Amaral

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