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Modelo de Auto‐ Avaliação. Problemáticas e conceitos implicados. Turma 2 ‐ 3ª Sessão
Caros(as) Formandos(as):
Após análise das vossas tarefas desta 3ª sessão de formação, que tinha como objectivos:
• Perceber a estrutura e os conceitos implicados na construção do Modelo de Auto‐
Avaliação das Bibliotecas Escolares.
• Entender os factores críticos de sucesso inerentes à sua aplicação,
cumpre‐nos tecer alguns comentários globais sobre o decorrer das actividades.
1. Actividades propostas/cumprimento das tarefas:
• Para a realização das actividades desta sessão de formação que constavam de 2 tarefas foram
disponibilizados 5 documentos, 4 de leitura obrigatória e 1 de leitura facultativa.
• As tarefas (em opção), planificação de Workshop (Fórum 1) ou análise crítica ao modelo de
auto‐avaliação (Fórum 2) foram cumpridas, respectivamente por 14 e 19 formandos num total
de 32 (uma formanda não realizou a 1ª parte).
• A 2ª parte da tarefa permitiu um satisfatório grau de interacção entre os formandos, tendo
inclusive alguns colegas comentado diversas propostas. Achamos, no entanto, que a maioria
deveria ter efectuado um comentário mais aprofundado, não se ficando pela simples
apreciação, mas destacando aspectos pertinentes ou partes do trabalho comentado.
• A grande maioria dos formandos cumpriu os prazos definidos para as tarefas propostas.
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2. Síntese Global dos trabalhos apresentados
As tarefas propostas na concretização da temática procuravam que os formandos se debruçassem
sobre o modelo de auto‐avaliação, analisando criticamente a sua estrutura e metodologias
inerentes à sua aplicação.
Pela análise das tarefas realizadas percepcionou‐se, na globalidade, que os formandos vão
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Na presente síntese, optou‐se novamente por não destacar nenhuma intervenção individual. Contudo, irão
reconhecer algumas transcrições efectuadas a partir de alguns dos trabalhos apresentados.
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gradualmente tendo consciência das necessárias competências ao nível de gestão e planificação
exigidas ao Professor Bibliotecário (PB), que serão determinantes no desenvolvimento do
processo de auto‐avaliação e identificação de acções estratégicas que permitirão a melhoria dos
resultados – eficácia da BE e dos serviços que presta. Essas competências dos PB, constantes no
texto da sessão, e identificadas por muitos de vós, sobretudo nas análises ao modelo, podem ser
sintetizadas do seguinte modo: essencial é ter uma atitude positiva porque “ A positive attitude
breeds positive results, a negative one breeds failure.” (Eisenberg). É ter paixão , entusiasmo,
optimismo e energia; ou ainda o PB tem de ser proactivo, mas, a par de todas as competências de
que deve ser detentor, ele tem de ser um grande sedutor
Ou, por outras palavras, como se podia ler no texto da sessão e que alguns de vós transcreveram:
y Ser um comunicador efectivo no seio da instituição;
y Ser proactivo;
y Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo;
y Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa;
y Ser observador e investigativo;
y Ser capaz de ver o todo ‐ “the big picture”;
y Saber estabelecer prioridades;
y Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;
y Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;
y Saber gerir recursos no sentido lato do termo;
y Ser promotor dos serviços e dos recursos;
y Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir
para as aprendizagens;
y Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola.
y Saber trabalhar com departamentos e colegas.
Fórum 1‐ Planificação de Workshop formativo de apresentação do Modelo de Auto‐Avaliação
dirigido à escola/ agrupamento. As temáticas a abordar deveriam ser, entre outras, as seguintes:
− Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares;
− O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria da qualidade. Conceitos
implicados.
− Organização estrutural e funcional.
− Integração/ Aplicação à realidade da escola/ biblioteca escolar. Oportunidades e
constrangimentos.
− Gestão participada das mudanças que a sua aplicação impõe. Níveis de participação da escola.
Os formandos que optaram pela realização desta tarefa abordaram a temática em causa, seguindo
as linhas orientadoras constantes no guia da sessão e os itens a considerar, relativamente à
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estrutura organizativa, colocados fórum pelas formadoras. Globalmente revelaram as leituras
recomendadas.
Constatámos que a definição de biblioteca escolar implicada esteve presente em quase todos os
workshops, assim como os conceitos fundamentais que caracterizam o Modelo, como a noção de
valor, de qualidade e eficácia, de impacto e de trabalho baseado em evidências e numa atitude de
pesquisa/ acção constantes ‐ a autoavaliação não deve ser entendida como um fim, mas como um
processo pedagógico e regulador. A estrutura e fases de operacionalização do modelo foram
salientadas por alguns formandos, bem como possíveis acções para a sua integração na escola,
que pressupõe um envolvimento da escola no seu todo.
Se alguns dos formandos usaram o powerpoint como formato de apresentação, complementar a
uma estrutura de planificação do workshop, sintetizando globalmente as temáticas
recomendadas, outros foram mais minuciosos na explicitação da metodologia de
operacionalização: seleccionaram textos de apoio, identificaram questões de partida,
estruturaram grupos de discussão e construíram materiais de apoio à realização do workshop,
incluindo a avaliação do mesmo (recolha de evidências) e bibliografia, convocando conceitos
desenvolvidos na sessão anterior e a sua experiência e conhecimento do processo ensino‐
aprendizagem. As propostas apresentadas, embora com diferentes níveis de execução, como
também perceberam, serão, decerto, uma preciosa ajuda no processo de planeamento e execução
da avaliação da BE na e com escola. Recomendamos, por isso, que os formandos, sobretudo os
que não realizaram esta proposta de tarefa, se inspirem nos trabalhos dos colegas para efectivar,
em cada escola, uma actividade prática que procure ir ao encontro de uma das fases do processo
de aplicação do modelo de auto‐avaliação.
É de salientar também que alguns formandos que tendo feito uma análise crítica ao modelo,
concretizaram a sua 2ª parte da tarefa fazendo um comentário ao Workshop e vice‐versa,
acrescentando informação relevante ao assunto o que indicia a concretização de uma
aprendizagem colaborativa que este tipo de formação propicia, o que muito nos apraz.
Fórum 2‐ Análise crítica ao modelo de auto‐avaliação
No cumprimento desta tarefa, o empenho e qualidade da análise e problematização realizadas
foram na generalidade bons: Havendo, no entanto, contributos diferenciados reflectindo leituras
mais aprofundadas, usadas para complementar a análise ao documento, ou um maior à vontade
na realização da tarefa que advém da própria experiência dos formandos. Verificámos que os
formandos procuraram, de uma forma global, sistematizar os aspectos sugeridos:
‐ O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria de melhoria. Conceitos implicados.
‐ Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares.
‐ Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.
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‐ Integração/ Aplicação à realidade da escola.
‐ Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação.
A abordagem ao conceito de biblioteca escolar que deve cumprir as suas funções (informativa,
educativa, cultural e recreativa) no contexto de um novo paradigma educativo e as implicações na
acção do professor bibliotecário, e nas competências que deverá assumir, aparecem em quase
todos as análises efectuadas. Também os conceitos fundamentais que subjazem ao modelo foram
amplamente referidos, nomeadamente: noção de valor, de qualidade e eficácia, de impacto e de
trabalho baseado em evidências (Evidence‐based practice e evidence, not advocacy) e numa
atitude de pesquisa/ acção constantes (relação entre os processos e o impacto ou valor que
originam), que passa também por novas práticas de gestão e de liderança.
Sistematizamos aqui alguns dos aspectos fundamentais recorrentemente referidos nas vossas
análises, tendo consciência que outros ângulos correlacionados poderiam ser também destacados:
• Identificação do valor pedagógico do Modelo, regulador e flexível – auto‐avaliação como parte
integrante do processo de desenvolvimento e relacionada com conceitos globais do processo
de ensino‐aprendizagem; a avaliação enquanto instrumento (e não um fim) de melhoria;
• Necessidade da sua implementação enquanto instrumento de aferição e de criação de valor no
contexto interno da escola, ela própria em situação de avaliação interna e externa ‐ não deve
servir para convencermos os outros da importância do papel que desempenhamos, mas
sobretudo para detectarmos os pontos fracos das nossas práticas e melhorar a qualidade dos
serviços que prestamos à escola e aos nossos alunos;
• O modelo como instrumento de melhoria com implicações directas nas acções a desenvolver e
no planeamento – análise de processos e resultados;
• A organização em domínios a ser objecto de atenção especial e individualizada num ano, sem
perder o controle dos restantes domínios, foi também por alguns valorizada, a par da
constatação da sua exaustividade que poderá gerar “alguma angústia” na recolha sistemática
de evidências – mas considerada fundamental pela maioria;
• A sua plena integração no processo de avaliação na escola ‐ referida por alguns formandos,
embora sem a relevância que este aspecto deve conter na sua génese: importante avaliar a
relação da Escola com a BE e vice‐versa;
• A ausência de cultura de avaliação que existe nas escolas e as dificuldades inerentes ao
processo de aplicação do modelo junto dos actores educativos pouco habituados a entender o
papel da BE e o seu valor pedagógico, foram recorrentemente apontados como constrangimentos,
bem como desconhecimento, por uma grande parte da comunidade de docentes, do papel da BE
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do século XXI e, consequentemente, da função proactiva dos PB é um entrave ao desempenho da
nossa função.
Concluímos a nossa síntese constatando que nem todos Formandos viram os respectivos trabalhos
comentados pelos Colegas, facto que reconhecemos não estar inteiramente relacionado com a
qualidade dos mesmos. Como alguns de vós afirmam relaciona‐se com a intensidade desta
formação e/ou outros critérios subjectivos a que recorreram (escolha aleatória, área geográfica de
trabalho, conhecimento pessoal,…), na selecção do contributo de um dos colegas.
Findo este segundo domínio de formação, desejamos a todos a continuação de uma boa
participação e trabalho nesta oficina de formação.
As formadoras
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