You are on page 1of 14

SESSÃO 5

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:


Metodologias de operacionalização (Parte 1) 19 a 24.NOV.2009
_____________________________________________________________________

INTRODUÇÃO

O programa Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) desenvolveu um modelo de


auto-avaliação para as bibliotecas escolares que pretende proporcionar às
Escolas/BEs um instrumento que, por um lado, identifique as áreas de sucesso e, por
outro lado, permita assinalar resultados menos conseguidos que requeiram maior
investimento, ou até uma mudança das práticas instituídas.

Este modelo tem por principal finalidade proporcionar às bibliotecas escolares


(BE) um instrumento regulador e de melhoria contínua, que lhes permita avaliar a
forma como estão a concretizar o seu trabalho e que resultados estão a alcançar,
constituindo-se como um meio indispensável de qualificação das BEs e das próprias
escolas, no cumprimento da sua missão e objectivos.

PRESSUPOSTOS

Para avaliar os impactos sobre os utilizadores da BE, é necessário:


- Clarificar adequadamente os objectivos da BE;
- Estabelecer os objectivos de aprendizagem dos alunos em relação com a
BE;
- Estabelecer os indicadores adequados para essas aprendizagens;
- Recolher as evidências apropriadas, lidando com os dados de natureza
qualitativa e quantitativa;
- Assegurar a realização do processo de recolha, tratamento, análise e
comunicação dos dados.

A esmagadora maioria dos utilizadores das BEs são os alunos e docentes, pelo que
é fundamental mobilizá-los para as tarefas avaliativas. Do empenho destes depende a
resposta a inquéritos, cedência de materiais, actividades de observação, que
introduzem rigor e maior abrangência crítica, tornando-se uma mais-valia para a
melhoria da Escola.
Os pais e encarregados de educação, também devem ser consultados no que
respeita à leitura e utilização da BE pelos seus educandos.
Outras entidades, como por exemplo a Coordenação Interconcelhia, a Biblioteca
Municipal ou o Grupo de Trabalho Concelhio, podem revelar-se úteis, como parceiros
em projectos e na apreciação crítica (análise/interpretação dos resultados e
elaboração de conclusões).

Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
ETAPAS

1. Motivação e compromisso institucional dos órgãos de Gestão Pedagógica e


Directiva da Escola/Agrupamento com o processo de auto-avaliação da BE;
2. Formalização de procedimentos com vista à co-responsabilização de todos os
intervenientes;
3. Aceitação dos resultados;
4. Acordo sobre o subsequente plano de melhoria;
5. Constituição de um grupo responsável pela condução do processo de auto-
-avaliação ao nível do agrupamento, sob a responsabilidade do PB;
6. Definição e partilha das tarefas entre os elementos do grupo;
7. Elaboração do Plano de Avaliação:
- Problema/diagnóstico
- Identificação do objecto de avaliação
- Tipo de avaliação da medida a empreender
- Métodos e instrumentos a utilizar
- Intervenientes
- Calendarização
- Planificação da recolha e tratamento de dados
- Análise e comunicação da informação
- Limitações
- Levantamento de necessidades (humanas/financeiras/materiais)
8. Desenvolvimento do processo de avaliação:
- Recolha e tratamento de informação
- Análise dos dados
- Descrição da situação (auto-avaliação)
- Relação com os standards de desempenho
- Identificação dos pontos fortes e fracos
- Definição e priorização de acções de melhoria
- Redacção e divulgação do relatório final de avaliação

ESTRUTURA DO MODELO

Os quatro domínios:
A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular;
B. Leitura e Literacia;
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade;
D. Gestão da Biblioteca Escolar,

COMO APLICAR O MODELO

- Identificar o tipo de evidências que é necessário recolher;


- Analisar os dados – performance da BE nos sub-domínios escolhidos;
- Decidir em qual dos níveis de desempenho s situa a BE nos sub-domínios;
- Registar na Tabela respectiva as evidências recolhidas em cada sub-
-domínio, pontos fortes e fracos detectados;
- Registar no Quadro-Síntese o nível atingido e as acções de melhoria;
- Registar os resultados da auto-avaliação no Relatório Anual da BE;

Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
FINALIDADES DECORRENTES DA APLICAÇÃO DO MODELO

- Identificação de pontos fracos e priorização de necessidades do Plano de


actividades seguinte;
- Identificação de necessidades de investimento (orçamento);
- Sugere mudança de práticas de trabalho e funcionamento;
- Adopção de outros modos de utilização dos recursos humanos (eficiência);
- Demonstração junto dos professores no contributo da BE para as aprendizagens
dos alunos;
- Promoção da BE, divulgando a sua acção e importância;
- Ganho de peso institucional;
- Reportar boas práticas junto da comunidade educativa;
- Fornecimento de dados estatísticos a nível nacional, que suportem decisões
políticas;

Plano de Avaliação

No primeiro ciclo de gestão e avaliação global da BE, foi escolhido o domínio


“A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular” para centrar o trabalho de auto-
avaliação, e o subdomínio “A.2. Promoção das Literacias da Informação,
Tecnológica e Digital”.

Para a realização deste trabalho foram destacados os seguintes indicadores


ou critérios, que apontam para aspectos nucleares de intervenção da BE:

Indicador de Processo – A.2.1 Organização de actividades de formação de


utilizadores na escola/agrupamento.
(verificação do trabalho que é realizado pela escola e pela BE - actividades e serviços
prestados pela BE)

Indicador de Impacto – A.2.4 Impacto da BE nas competências


tecnológicas, digitais e de informação dos alunos na escola/agrupamento.
(conhecer os benefícios para os utilizadores na sua interacção com a BE –
“outcomes”. Valor atribuído por estes, traduzido numa mudança de conhecimento,
competências, atitudes, valores, níveis de sucesso, bem-estar, inclusão …)

A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular


A.2 Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital
Acções para a
Indicadores Factores críticos de sucesso Evidências
melhoria/ exemplos
A.2.1 • O plano de trabalho da BE • Plano de • Organizar com os
Organização de inclui actividades de formação actividades da BE. directores de turma
actividades de de utilizadores com • Registos de e os docentes
formação de turmas/grupos/ alunos e com reuniões/ contactos. titulares das turmas
utilizadores na docentes no sentido de • Registos de um calendário de
escola/ promover o valor da BE, projectos/ sessões de

Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
agrupamento. motivar para a sua utilização, actividades. formação de
esclarecer sobre as formas • Observação de utilizadores com as
como está organizada e utilização da BE (O2). respectivas turmas.
ensinar a utilizar os diferentes • Materiais de apoio • Produzir e
serviços. produzidos e partilhar materiais
• Alunos e docentes editados. para a formação
desenvolvem competências com outras escolas
para o uso da BE revelando e BE.
um maior nível de autonomia
na sua utilização após as
sessões de formação de
utilizadores.
• A BE produz materiais
informativos e/ou lúdicos de
apoio à formação dos
utilizadores.
A.2.4 Impacto • Os alunos utilizam, de • Observação de • Introduzir uma
da BE nas acordo com o seu ano/ciclo de utilização da BE (O1). política na escola
competências escolaridade, linguagens, • Trabalhos escolares orientada para o
tecnológicas, suportes, modalidades de dos alunos (T1). ensino sistemático
digitais e de recepção e de produção de • Estatísticas de e em contexto
informação informação e formas de utilização da/s BE. curricular de
dos alunos na comunicação variados, entre • Questionário aos competências
escola/ os quais se destaca o uso de docentes (QD1). tecnológicas,
agrupamento. ferramentas e media digitais. • Questionário aos digitais e de
• Os alunos incorporam no alunos da (QA1). informação.
seu trabalho, de acordo com o • Análise diacrónica • Incentivar a
ano/ciclo de escolaridade que das avaliações dos formação dos
frequentam, as diferentes alunos. docentes e da
fases do processo de equipa da BE na
pesquisa e tratamento de área das TIC e da
informação: identificam fontes literacia da
de informação e seleccionam informação.
informação, recorrendo quer a • Adoptar um
obras de referência e modelo de pesquisa
materiais impressos, quer a uniforme para toda
motores de pesquisa, a escola.
directórios, bibliotecas digitais • Produzir guiões e
ou outras fontes de outros materiais de
informação electrónicas, apoio à pesquisa e
organizam, sintetizam e utilização da
comunicam a informação informação pelos
tratada e avaliam os alunos.
resultados do trabalho • Reforçar a
realizado. articulação entre a

Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
• Os alunos demonstram, de BE e o trabalho de
acordo com o seu ano/ciclo de sala de aula.
escolaridade, compreensão
sobre os problemas éticos,
legais e de responsabilidade
social associados ao acesso,
avaliação e uso da informação
e das novas tecnologias.
• Os alunos revelam em cada
ano e ao longo de cada ciclo
de escolaridade, progressos
no uso de competências
tecnológicas, digitais e de
informação nas diferentes
disciplinas e áreas
curriculares.

Problema/ Diagnóstico

A BE/CRE do Agrupamento de Escolas de Góis necessita de promover mais a


formação diferenciada de utilizadores, por níveis de ensino (Alunos do pré-
escolar/1º, 2º e 3º CEB) e categorias (Professores e Encarregados de Educação).

Identificação do Objecto de avaliação

A.2.1 Organização de actividades de formação de utilizadores na escola/


agrupamento
- A formação de utilizadores (alunos/ docentes/ encarregados de educação),
motiva a sua utilização, esclarece sobre as formas como está organizada e
ensina a utilizar os diferentes serviços.
- Os utilizadores desenvolvem competências para o uso da BE revelando mais
autonomia na sua utilização após as sessões de formação de utilizadores.
- A BE produz os materiais informativos e/ou lúdicos necessários à formação
dos utilizadores.

A.2.4 Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de informação


dos alunos na escola/ agrupamento (de acordo com o seu ano/ciclo de
escolaridade)
- Os alunos utilizam linguagens, suportes, modalidades de recepção e de
produção de informação e formas de comunicação variados, entre os quais
se destaca o uso de ferramentas e media digitais.
- Os alunos incorporam no seu trabalho, as diferentes fases do processo de
pesquisa e tratamento de informação: identificam fontes e seleccionam
informação, recorrendo quer a obras de referência e materiais impressos,
quer a motores de pesquisa, directórios, bibliotecas digitais ou outras fontes
de informação electrónicas, organizam, sintetizam e comunicam a informação
tratada e avaliam os resultados do trabalho realizado.

Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
- Os alunos demonstram compreensão sobre os problemas éticos, legais e de
responsabilidade social associados ao acesso, avaliação e uso da informação
e das novas tecnologias.
- Os alunos revelam progressos no uso de competências tecnológicas, digitais
e de informação nas diferentes disciplinas e áreas curriculares.

Métodos e instrumentos a Utilizar

A avaliação da BE deve apoiar-se em evidências, cuja leitura nos mostra os


aspectos positivos que devemos realçar e fazer sobressair comunicando os
resultados, ou aspectos menos positivos que nos podem obrigar a repensar
formas de gestão e maneiras de funcionamento. Essas evidências incidem, entre
outros aspectos, sobre as condições de funcionamento da BE, os serviços que
presta à escola/agrupamento, a utilização quer é feita da BE pelos vários
utilizadores e os impactos no ensino e na aprendizagem. As informações
recolhidas de forma sistemática e ao longo do ano lectivo, devem ser de
diferentes tipos e relevantes em função do indicador:

- Plano de actividades da BE;


- Registos de reuniões/ contactos/ acções (orais/ escritos; dentro/ fora da
Escola);
- Grelhas de registos de projectos/ actividades realizadas;
- Observação de utilização da BE;
- Materiais de apoio produzidos e editados (ex: guia de utilizador da BE/
guiões no âmbito da literacia da informação/ guia de segurança na Internet,
etc.);
- Planos de trabalho conjuntos da BE com os docentes das áreas curriculares
e não curriculares;
- Registos de projectos/ actividades específicas (ex: bibliopappers);
- Boletins informativos e de novidades da BE, bem como o Jornal em que
participa com encarte e recebe cobertura nas actividades;
- Aplicação de questionários específicos (30% dos docentes / 10% dos alunos
/ Enc. de Educação / Auxiliares de Acção Educativa);
- Frequência com que são realizadas actividades de literacia da informação/
promoção da leitura com recurso à BE;
- Satisfação dos pedidos dos utilizadores (títulos/ serviços);
- Registo de utilização de computadores;
- Entrevistas nos casos dos alunos do Pré-escolar e 1º ano de escolaridade;
- Comentários sobre actividades articuladas entre a BE e a sala de aula
(pesquisa, organização e síntese da informação);
- “Ninho de Ideias” (caixa de sugestões/ reclamações);
- Conversas informais.
- Observação de alunos em trabalho na BE/CRE;
- Organização e análise de trabalhos realizados pelos alunos (ex: portefólios).
- Instrumentos de marketing, com a Plataforma Moodle do AEG, a lista de
difusão da BE, registos fotográficos e vídeo;

Intervenientes

- PB e equipa (docentes e funcionárias)


- Órgão Directivo
- Coordenadora Interconcelhia

Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
- Coordenadores dos Departamentos
- Professores e alunos
- Biblioteca Municipal de Góis
- Grupo de Trabalho Concelhio de Góis
- Pais / Encarregados de Educação

Calendarização

Evidências Calendarização
Plano de actividades da BE, em sintonia com PAA e PCE SET./ OUT.
Registos de reuniões/ contactos/ acções (orais/ escritos;
Ao longo do ano
dentro/ fora da Escola)
Grelhas de registos de projectos/ actividades realizadas Ao longo do ano
Observação de utilização da BE (O2) 2x por período
Materiais de apoio produzidos e editados (ex: guia de
utilizador da BE/ guiões no âmbito da literacia da informação/ Ao longo do ano
guia de segurança na Internet, etc.)
Planos de trabalho conjuntos da BE com os docentes das
Ao longo do ano
áreas curriculares e não curriculares
Registos de projectos/ actividades específicas (ex:
Ao longo do ano
bibliopappers)
Boletins informativos e de novidades da BE, bem como o
Jornal em que participa com encarte e recebe cobertura nas Ao longo do ano
actividades
Aplicação de questionários específicos (30% dos docentes /
Novembro
10% dos alunos / Enc. de Educação / Auxiliares de Acção
Maio
Educativa) – QD1; QA1
Frequência com que são realizadas actividades de literacia da
Ao longo do ano
informação/ promoção da leitura com recurso à BE
Satisfação dos pedidos dos utilizadores (títulos/ serviços) Ao longo do ano
Registo de utilização de computadores Diário
Entrevistas nos casos dos alunos do Pré-escolar e 1º ano de Novembro
escolaridade Maio
Comentários sobre actividades articuladas entre a BE e a sala
Sempre que ocorram
de aula (pesquisa, organização e síntese da informação)
“Ninho de Ideias” (caixa de sugestões/ reclamações) Ao longo do ano
Conversas informais Ao longo do ano
Ao longo do ano
Observação de alunos em trabalho na BE/CRE – O1
(ver a evolução)
Organização e análise de trabalhos realizados pelos alunos Em colaboração com os
(ex: portefólios) – O2 professores
Instrumentos de marketing, com a Plataforma Moodle do
Ao longo do ano
AEG, a lista de difusão da BE, registos fotográficos e vídeo

Planificação da recolha e tratamento de dados

É fundamental a prévia sensibilização do Órgão Directivo e Estruturas Educativas


Intermédias para a necessidade da recolha de dados e natureza dos mesmos;

a) Dados quantitativos referentes ao funcionamento da BE/CRE:


- Análise dos dados estatísticos referentes à consulta do fundo documental;
- Análise de dados referentes à taxa de utilização da BE;
Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
b) Consultas a docentes, alunos e outros elementos:
- Questionários;
- Entrevistas;
- Grupos de discussão (ex: equipa da BE/CRE; departamentos);

c) Observação e análise de recursos e de actividades:


- Observação de situações concretas de aprendizagem (em conjunto com o
prof. da turma);
- Análise de portefólios;
- Análise à gestão de recursos humanos, materiais, de informação e
financeiros da BE;

d) Análise de documentação:
- PEE;
- PCT;
- Plano de actividades da BE/CRE;
- Reg. Int. da BE/CRE;
- Análise de registos de actividades/projectos relacionados com a BE/CRE;

A análise dos elementos recolhidos permitirá um cruzamento entre os factores


críticos de sucesso e os perfis de desempenho, para identificação de um nível.
Reportar a análise dos dados recolhidos dará origem ao relatório de auto-
avaliação. Neste são identificados os pontos fortes e os aspectos que necessitam de
desenvolvimento.

Análise e comunicação da informação

Os resultados da análise efectuada sobre os instrumentos avaliativos/ evidências


serão depois confrontados com os factores críticos de sucesso e com os descritores
de desempenho apresentados para cada um dos domínios, no sentido de verificar em
que nível se situa a BE (Eficácia - medida do grau de prossecução dos objectivos
estabelecidos).

Estes resultados dizem respeito as toda a escola e toda a escola deve ser
envolvida. As conclusões são partilhadas em função das responsabilidades próprias,
devendo cada elemento comprometer-se na melhoria dos aspectos menos positivos.
A comunicação da auto-avaliação assume-se como o procedimento crucial tendo
em vista as futuras acções necessárias à promoção do “valor” da BE/CRE.

Na sequência desta reflexão, é essencial a inclusão dos resultados da auto-


avaliação da BE/CRE na auto-avaliação da Escola/ Agrupamento.

Níveis A.2 Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital


• A BE organiza sistematicamente actividades de formação de utilizadores com todas as
turmas, tendo em atenção as necessidades detectadas.
• A BE fomenta de forma intensiva e generalizada o ensino em contexto das competências
4
de informação: 80% ou mais dos docentes articulam com a BE para o desenvolvimento
destas competências.
• A BE desenvolve um conjunto alargado de acções promotoras do uso das TIC e da

Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
Internet como ferramentas de acesso, produção e comunicação de informação e como
recurso de aprendizagem.
• A BE tem um grande impacto nas competências tecnológicas e de informação dos alunos:
80% ou mais sabe utilizar com proficiência fontes de informação e estratégias de pesquisa
diversificadas e detém excelentes competências tecnológicas, de acordo com o seu
ano/ciclo de escolaridade.
• A BE favorece com o seu trabalho o desenvolvimento, visível em 80% ou mais dos alunos,
de um leque de valores e de atitudes indispensáveis à formação da cidadania e à
aprendizagem ao longo da vida.
• A BE organiza actividades de formação de utilizadores, com algumas turmas em função de
necessidades detectadas.
• A BE articula com os docentes responsáveis pelas áreas de projecto e/ou apoio ao
estudo/estudo acompanhado, a integração do ensino de competências de informação
nestes domínios e apoia o trabalho escolar em algumas áreas disciplinares em que é
solicitada: 60% a 79% dos docentes articulam com a BE para o desenvolvimento destas
competências.
• A BE apoia algumas acções promotoras do uso das TIC e da Internet, quer como
3 ferramentas de acesso à informação e recurso para a aprendizagem, quer como
instrumentos de produção e comunicação de informação trabalhada.
• A BE tem um impacto considerável nas competências tecnológicas, digitais e de
informação dos alunos: uma boa parte dos alunos (60 a 79%) sabe utilizar com proficiência,
fontes de informação e estratégias de pesquisa diversificadas e detém boas competências
tecnológicas e digitais, de acordo com o seu ano/ciclo de escolaridade.
• A BE favorece com o seu trabalho o desenvolvimento nos alunos (60% a79% dos alunos)
de um leque de valores e de atitudes indispensáveis à formação da cidadania e à
aprendizagem ao longo da vida.
• A BE organiza no início de cada ano lectivo uma visita à biblioteca com as turmas de início
de ano/ciclo, no sentido de sensibilizar os alunos para a sua utilização.
• A BE realiza pontualmente, em ligação com algumas actividades disciplinares e projectos
curriculares que solicitam o seu apoio, o ensino em contexto de competências de
informação: 45% a 59% dos docentes articula com a BE para o desenvolvimento destas
competências.
• A BE desenvolve com algumas limitações a utilização das TIC e da Internet como
ferramentas de acesso à informação e recurso para a aprendizagem, quer como
2
instrumentos de produção e comunicação da informação trabalhada.
• A BE tem um impacto razoável nas competências tecnológicas, digitais e de informação
dos alunos: 45% a 59% dos alunos sabem utilizar fontes de informação e estratégias de
pesquisa diversificadas mas os restantes revelam ainda fortes lacunas nesse domínio e
detêm competências tecnológicas e digitais básicas.
• A BE favorece com o seu trabalho o desenvolvimento nos alunos (45% a 59% dos alunos)
de um leque de valores e de atitudes indispensáveis à formação da cidadania e à
aprendizagem ao longo da vida

Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
• A BE não organiza actividades de formação de utilizadores.
• A BE não desenvolve trabalho articulado com os docentes para o ensino em contexto de
competências de informação: apenas menos de 45 % articula com a BE para o
1 desenvolvimento destas competências.
• A BE não promove suficientemente as TIC e a Internet como ferramentas de acesso,
(a precisar produção e comunicação de informação e como recurso de aprendizagem.
de • A BE tem um fraco impacto nas competências tecnológicas, digitais e de informação dos
desenvol- alunos: apenas menos de 45% dos alunos sabem utilizar fontes de informação e estratégias
vimento de pesquisa diversificadas e detêm as competências tecnológicas e digitais mínimas, de
urgente) acordo com o seu ano/ciclo de escolaridade.
• A BE pouco contribui para o desenvolvimento nos alunos (menos de 45% dos alunos), de
valores e de atitudes indispensáveis à formação da cidadania e à aprendizagem ao longo da
vida.

Limitações inerentes ao Modelo

Com a criação do cargo de PB e perante a organização de grande número


de escolas em agrupamentos, de dimensão variada (quer em número de escolas
como em número de alunos), a aplicação do modelo deveria atender mais
concretamente à diversidade de situações existentes.
Nesta fase inicial de aplicação do modelo de auto-avaliação não é tida em
conta a existência de PBs em regime de meio horário, por contingência do número
de alunos dos Agrupamentos (menos de 400 alunos).
Ora, a BE/CRE do Agrupamento de Escolas de Góis (389 alunos) encontra-se
na “situação A – Um PB, que coordena uma BE, que presta serviços a uma ou
mais escolas do Agrupamento” (neste caso, a nove escolas, uma delas a cerca de
50 Kms)! …
Neste caso, o PB avalia a BE e os serviços que esta presta a todas as
escolas do Agrupamento, situação que torna algumas tarefas bastante difíceis.
Embora o quantitativo de alunos não seja elevado, os procedimentos
avaliativos são os mesmos, com toda a carga burocrática que acarretam.

Levantamento de necessidades

Os resultados da avaliação do domínio/subdomínios seleccionados são


reportados no relatório de auto-avaliação. Devem ser assinaladas as acções
consideradas necessárias para a melhoria, bem como os meios humanos
financeiros e materiais. Face aos resultados da avaliação, são equacionadas as
estratégias e medidas a tomar com vista à promoção do desempenho da BE/CRE.
Este é um dos objectivos fundamentais da auto-avaliação.

O passo seguinte será a implementação de um “Plano de Acção” a curto/


médio prazo, em sintonia com as necessidades de melhoria e recursos
disponíveis. Esta conjugação de factores é determinante no estabelecimento de
objectivos e concretização de acções em tempo determinado.

O Plano de Acção deverá ter em conta alguns dados concretos:


- Identificar as áreas prioritárias de actuação;
- Objectivos a alcançar e acções a desenvolver;
- Identificar os intervenientes e recursos;
Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
- Estipular uma calendarização;
- Monitorizar o processo;

Relato dos resultados da Avaliação

- Comunicação dos dados da avaliação nos diversos órgãos da comunidade


educativa, leva ao comprometimento e apoio da Escola à acção da BE;
- O relatório final de avaliação da BE é um instrumento de descrição e análise dos
resultados da auto-avaliação com vista ao planeamento futuro;
- O relatório deve integrar o Relatório Anual de Actividades da Escola/
Agrupamento;
- Embora o domínio auto-avaliado seja o mais exaustivamente tratado, o relatório
não deve deixar de se referir aos restantes.

CONCLUSÕES

Compreendi como é que a auto‐avaliação pode ser concretizada para demonstrar a


contribuição da BE para o ensino e aprendizagem e a missão e objectivos da escola.

Ganhei familiaridade com o processo de auto‐avaliação adoptado pelo Modelo de


Auto‐avaliação RBE e adquiri conhecimentos para a sua aplicação.

Tomei contacto com as técnicas e instrumentos propostos, o modo como se


organizam e podem ser usados.

Constatei a relação estreita entre a avaliação da BE e a avaliação da Escola, pela


transversalidade da interacção que a BE deve estabelecer com todos os órgãos da
Escola.

Conclui que a auto-avaliação da BE apoia fortemente o seu próprio desenvolvimento,


demonstrando o impacto no ensino/aprendizagem e respondendo mais eficazmente
aos objectivos e missão da Escola. O processo de melhoria contínua, obedece ao
processo continuado de planeamento, execução e avaliação, no sentido do
aprimoramento das boas práticas.

DOCUMENTAÇÃO CONSULTADA
Guia da Sessão 5: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de
operacionalização (Parte 1)

Texto da Sessão 5:O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de


operacionalização (Parte 1)

Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar, RBE, 12 de Novembro de 2009

Portal da Educação
http://www.min-edu.pt/np3/1997.html

Sítio RBE
http://www.rbe.min-edu.pt/np4/76

Texto, “Basic guide to program evaluation”


Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
ANEXOS

Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)
Nov.2009
JCS

Formando: José Carlos Santos O Modelo de Auto-Avaliação das BEs: Metodologias de Operacionalização (parte I)

You might also like