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ACTIVIDADE 2

ANÁLISE E COMENTÁRIO CRÍTICO À PRESENÇA DE REFERÊNCIAS A RESPEITO DA BE NO CORPUS


DE RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO EXTERNA POR PARTE DA IGE ÀS ESCOLAS

O objectivo deste trabalho é fazer uma análise e comentário crítico à presença de referências a
respeito das BE nos relatórios relativos à Avaliação externa de escolas realizados pela IGE. A
escolha incidiu num corpus de quatro relatórios datados entre 2007 e 2009, relativos às
seguintes escolas da Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo:

- Escola Secundária com 3º Ciclo do EB Alfredo da Silva;

- Escola Secundária com 3º Ciclo do EB Augusto Cabrita;

- Escola Secundária de Casquilhos;

- Escola Secundária de Santo André.

Para a selecção … fui, em primeiro lugar, à procura da minha escola, a secundária Augusto
Cabrita, com um relatório datado de Março de 2007, depois funcionou a proximidade e, por
último, o facto de serem escolas secundárias.

Depois da sua leitura e análise concluí:

 que os relatórios são feitos a partir de dados recolhidos através de trabalho de campo
(entrevistas e observação feitas por equipas da IGE nas respectivas escolas);
 que existe um modelo/formulário para recolha de dados, variando imenso a forma
como cada equipa da IGE aplicou esses instrumentos no terreno e tirou as respectivas
conclusões.

Relativamente às referências da Biblioteca Escolar, em termos gerais, posso afirmar que a BE é


mencionada de uma forma mais explícita nos relatórios das escolas de Casquilhos e Santo
André no ponto 3.3 (Gestão dos Recursos Materiais e Financeiros), sendo indicado
relativamente à BE da Secundária de Casquilhos que “apesar de valioso recurso as suas
potencialidades ainda não estão a ser completamente optimizadas principalmente ao nível do
suporte que pode fornecer às aprendizagens dos alunos e à realização de actividades
culturais”. Quanto à Secundária de Santo André, nesse mesmo ponto, refere “ A BE/CRE tem
um aspecto agradável possuindo um acervo considerável devidamente informatizado, nele
decorrendo as normais actividades de leitura, visionamento e audição. O relatório da

FORMANDA: LUCÍLIA MENDONÇA


Secundária Augusto Cabrita não particulariza a BE nesse ponto, referindo-se às instalações e
aos equipamentos da escola como sendo cuidados, adequados e denotando manutenção. O
mesmo acontece relativamente à Escola Alfredo da Silva que se refere ao CRE, na introdução,
para dizer que “a escola tem investido ultimamente na modernização dos espaços escolares” e
que, “não havendo sala de alunos, estes recorrem ao Centro de Recursos Educativos”.

A alusão à BE surge também no relatório da Secundária Augusto Cabrita - ponto 2.3


Diferenciação e Apoios - “É utilizado o Centro de Recursos para favorecer maior igualdade de
oportunidades educativas e para a criação de hábitos de trabalho, podendo os alunos do
Ensino Básico, neste espaço, usufruir de um acompanhamento com “tutoria de pares”.

As restantes menções dizem respeito ao ponto 4.4 e incluem a RBE, no âmbito das parcerias.

Sendo esta análise um corolário da primeira actividade, considero que os cruzamentos (já
assinalados) entre os pontos da avaliação externa da IGE e o Modelo da Auto-avaliação da BE
não se encontram de forma alguma evidenciados nestes relatórios já que estes não se referem
à acção da BE, ao seu desempenho e aos seus efeitos - ou seja, não exercem uma função
avaliativa (a única excepção diz respeito à breve referência à BE da sec. Augusto Cabrita).

Face ao exposto, depreendo os seguintes pressupostos:

- Os documentos referenciais da IGE para a avaliação externa das escolas não dão a devida
importância à BE.

- As perguntas formuladas nos documentos referenciais da IGE para a avaliação externa das
escolas não orientam devidamente os inquiridos para o trabalho desenvolvido pelas BE.

- As equipas da IGE não conhecem possivelmente o projecto RBE.

Considero que a implementação do Modelo de Auto-Avaliação da BE, mais que não seja,
contribuirá para que, nos documentos referenciais da IGE para a avaliação externa das escolas,
a BE passe a ser considerada um núcleo fundamental na escola, os inquiridos se comecem a
referir ao seu trabalho colaborativo com a BE e nos relatórios finais sejam descritos os efeitos
da acção da BE na escola.

FORMANDA: LUCÍLIA MENDONÇA

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