O documento é a Carta de Macapá emitida pelo VII Fórum Social Panamazônico realizado na cidade de Macapá em 2014. A carta defende os direitos dos povos indígenas e tradicionais da Amazônia sobre suas terras e rejeita projetos predatórios de mineração, petróleo e hidrelétricas. Também apoia a luta contra o colonialismo na Guiana Francesa e pede o fim de bases militares estrangeiras na região.
O documento é a Carta de Macapá emitida pelo VII Fórum Social Panamazônico realizado na cidade de Macapá em 2014. A carta defende os direitos dos povos indígenas e tradicionais da Amazônia sobre suas terras e rejeita projetos predatórios de mineração, petróleo e hidrelétricas. Também apoia a luta contra o colonialismo na Guiana Francesa e pede o fim de bases militares estrangeiras na região.
O documento é a Carta de Macapá emitida pelo VII Fórum Social Panamazônico realizado na cidade de Macapá em 2014. A carta defende os direitos dos povos indígenas e tradicionais da Amazônia sobre suas terras e rejeita projetos predatórios de mineração, petróleo e hidrelétricas. Também apoia a luta contra o colonialismo na Guiana Francesa e pede o fim de bases militares estrangeiras na região.
ecoaram no Frum Social Panamaznico Home Blog Carta de Macap: das vozes que ecoaram no Frum Social Panamaznico O VII Frum Social Panamaznico divulgou hoje (02) sua Carta de Macap, cidade que recebeu populaes de diferentes pases da regio, entre os dias 28 e 31 de maio de 2014. Membros da SDDH participaram do encontro no estado vizinho do Amap junto com cerca de outros 100 paraenses. Em 2016, o frum ser no Peru. Leia a carta na ntegra abaixo: CARTA DE MACAP Na esquina do Rio Amazonas com a Linha do Equador, no meio do mundo, os povos da Panamazonia se encontraram. Escutem, agora, as nossas vozes. Somos os guardies da floresta e dos rios, diversos, diferentes mas com a vontade de caminhar juntos. Queremos transformar a Amazonia na terra sem males sonhada por nossos avs e para isto temos nosso corao cheio de coragem e solidariedade. A Amazonia o nosso territrio. Nossas comunidades indgenas, campesinas, quilombolas, ribeirinhas e tradicionais devem ter suas terras garantidas, respeitadas e protegidas contra os mega projetos predatrios, destruidores da natureza e da vida humana. Para isto fundamental por parte de nossos pases a adeso, respeito e cumprimento aos tratados internacionais que estabelecem o Direito a Consulta Prvia, Livre, Bem Informada e de Boa F, como o Conveno169 da Organizao Internacional do Trabalho e a Declarao de Direitos dos Povos Indgenas da Organizao das Naes Unidas. Pelo mesmo motivo prestamos nosso incondicional apoio a criao em Quito, Equador de um Tribunal Internacional contra os Crimes cometidos contra a Natureza, como forma de proteger a Me Terra dos ataques destrutivos daqueles que intentam reduzir a vida no planeta a uma simples mercadoria. Hoje particularmente nossas atenes se voltam contra a instalao de represas hidreltricas nos nossos rios, os projetos de minerao a cu aberto, de explorao petrolfera na selva e a expanso de monoculturas que atentam contra a vida de povoaes e comunidades por toda Panamazonia. Para esta luta solicitamos o apoio e a solidariedade do mundo inteiro. Decidimos tambm pressionar as Naes Unidas para que declarem esta dcada como de priorizao, fortalecimento da Agricultura Familiar e democratizao dos meios de produo pela sua contribuio para a Soberania e Segurana Alimentar, fundamentais para o bem viver dos povos. A Amazonia vive um tempo de ameaas. A dominao colonial francesa da Guiana um anacronismo inaceitvel que atenta contra a liberdade e a integrao de nossos povos e proclamamos nosso apoio incondicional luta pela descolonizao e independncia da terra guianense. Da mesma forma nos posicionamos pela desativao imediata das bases militares estadunidenses e europeias na Panamazonia e em todo continente que constituem uma afronta a independncia e soberania de nossos pases. Reafirmamos nosso apoio solidrio ao processo revolucionrio bolivariano em Venezuela que mais uma vez se defronta com tentativas de desestabilizao e golpe e manifestamos nossa certeza de que na ptria de Bolvar o povo vencer mais uma vez. Acreditamos e lutamos para que a integrao continental tenha como eixo o bem estar de nossas populaes e no os interesses das empresas transnacionais e grandes corporaes e assim instamos a Unasul, Celac e outros organismos continentais para que revisem os projetos, como o IIRSA, cujo fundamento neoliberal uma agresso ao direito dos povos. Da mesma forma rechaamos a manuteno do injusto bloqueio econmico estadunidense contra a nossa irm, Cuba. No pode haver integrao sem o direito de livre circulao de todos os cidados atravs das fronteiras nacionais. Denunciamos o trfico de pessoas, a transformao da migrao em um negcio e o trabalho escravo da decorrente. Reafirmamos o direito inalienvel de qualquer cidado segurana, trabalho e proteo no pas onde escolheu morar. A Amazonia vive tambm um momento de transformaes. Com alegria verificamos o avano da luta antipatriarcal e antirracista. Consideramos o feminismo e o movimento das mulheres indgenas um caminho poderoso na construo de um mundo novo sem explorao do corpo e da vida das mulheres que devem ter todos os direitos assegurados e vivenciados. Da mesma forma saudamos a rebeldia de nossas juventudes que se lanam nas ruas para combater a ausncia de polticas pblicas para os jovens, o brao opressor do estado e o extermnio dos jovens negros e pobres. Lutamos para construir um tempo onde o direito vida reine soberano sobre o planeta. Em toda a Panamazonia hora de construir blocos e alianas onde se integrem trabalhadores dos campos e cidades, povos originais, quilombolas comunidades tradicionais , movimentos de mulheres e jovens, comunicadores, pesquisadores e acadmicos para a defesa de nossos territrios, nossos direitos, nossas culturas, nossos saberes ancestrais e os direitos da Me Terra . o momento tambm de avanarmos na reflexo e debate sobre o Bem Viver como paradigma alternativo que emerge desde os povos da Amazonia frente a crise sistmica econmica, social, energtica, ambiental, tica e moral que atinge toda a humanidade. Nossa resistncia avana e vai se transformando em uma onda irresistvel. Neste sentido convocamos a todos e todas para que se engajem na produo e ampla circulao de contedos regionais e comunitrios que levem para toda Amazonia e o mundo nossas mensagens, nos contrapondo a desinformao promovida pelos oligarcas da mdia, contribuindo para a democratizao e afirmao da comunicao como um direito humano. Todos ns, homens e mulheres da Amazonia devemos nos transformar em criadores , semeadores e tecedores da Educao Popular como vivencia transdisciplinar da emancipao da vida no planeta. A Amazonia um cu de muitas estrelas. Aqui, em Macap, assumimos o compromisso de trabalhar para ampliarmos nossa constelao, incorporando ao Forum Social Panamazonico todos os movimentos e organizaes que lutam em defesa de nossos territrios , nossos direitos e os da Natureza. Este o nosso caminho, a nossa luta e o nosso destino. OS POVOS LIVRES DA PANAMAZONIA VENCERO! Macap, 31 de Maio de 2014
Da Diáspora Negra ao Território de Terra e Águas: Ancestralidade e Protagonismo de Mulheres na Comunidade Pesqueira e Quilombola Conceição de Salinas-BA