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Sessão 4

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:


Metodologias de operacionalização
(Parte I)

Formanda: Maria do Carmo Amaral


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São objectivos da sessão:

• Compreender como é que a auto‐avaliação pode ser concretizada para


demonstrar a contribuição da BE para o ensino e aprendizagem e a missão
e objectivos da escola.

• Ganhar familiaridade com o processo de auto‐avaliação adoptado pelo


Modelo de Auto‐avaliação RBE e capacitar para a sua aplicação.

• Conhecer as técnicas e instrumentos propostos, o modo como se organizam


e podem ser usados.
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“É cada vez mais importante que as bibliotecas escolares demonstrem o seu


contributo
“Avaliar a para a aprendizagem
biblioteca e o sucesso
significa avaliar educativo
a sua acção das crianças easpectos
em determinados jovens que
e os
servem”.
resultados obtidos com esse trabalho, de acordo com os objectivos previamente
definidos, tendo porventura em consideração o referencial (Indicadores e Factores
críticos de sucesso) à luz dos quais esses objectivos poderão já ter sido estabelecidos,
partindo do princípio que os tradicional
Abordagem orientam uma ideia geraldas
de avaliação de bibliotecas
melhoria e desenvolvimento
de boas práticas. (…);
ADeavaliação
acordo com
feita,osobretudo,
Modelo deem Auto-avaliação
termos de: das Bibliotecas Escolares, “a avaliação é
um instrumento de melhoria da qualidade”. Sendo assim, os principais desafios que
inputs
lhe são (instalações,
colocados peloequipamentos,
Modelo residem financiamentos,
na avaliaçãostaff,dos
colecções, etc.);sobre os
impactos
processos
utilizadores (actividades
e derivam e serviços);de, a este respeito:
da necessidade
outputs (visitas à biblioteca, empréstimos, consultas do catálogo, pesquisas
-Clarificar adequadamente os objectivos da BE;
bibliográficas; respostas do serviço de referência, materiais produzidos, etc. …),
-Esclarecer os formas
desenvolvendo objectivosde de aprendizagem
avaliação dos alunos
da qualidade em relação
dos serviços e dacomsua a
biblioteca.
performance de carácter eminentemente quantitativo e as mais das vezes
traduzidas
-Estabeleceremostermos de custos
Indicadores e eficiência.
adequados para essas aprendizagens;
-Recolher as evidências apropriadas, lidando com dados de natureza
quantitativa e qualitativa;
-Assegurar a realização do processo de recolha, tratamento, análise e
comunicação dos dados.
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“O modelo de auto‐avaliação das bibliotecas escolares procurou orientar‐se sobretudo


segundo uma filosofia de avaliação baseada em outcomes e de natureza
essencialmente qualitativa, reflectindo a tendência geral das políticas educativas e de
gestão e avaliação das escolas, também elas fortemente orientadas para os
resultados.

Medir os outcomes (Impactos) significa, no entanto, ir mais além, no sentido de


conhecer o benefício para os utilizadores da sua interacção com a biblioteca. A
qualidade não deriva nesta acepção, da biblioteca em si mesma ou do seu peso
intrínseco, mas do valor atribuído pelos utilizadores a esse benefício, traduzido
numa mudança de conhecimento, competências, atitudes, valores, níveis de
sucesso, bem‐estar, inclusão, etc.”

INPUTS → PROCESSOS → OUTPUTS →OUTCOMES


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Selecção de um Domínio/Subdomínio:
C.1 Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento
Curricular

Selecção de dois indicadores:


C.1.2. Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural.
(Indicador de Processo)
C.1.1. Apoio à aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de
estudo autónomos.
(Indicador de Impacto/Outcome)
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Plano de Avaliação

Na elaboração do Plano de Avaliação, devem ser tidos em conta os seguintes


aspectos:

O modelo deve ser trabalhado pelo Professor Bibliotecário com o apoio da respectiva
Equipa e do CE, sendo fundamental o envolvimento e mobilização dos utilizadores
(docentes, alunos, encarregados de educação e outros), a quem é pedida uma
participação muito activa, é fundamental e tem a sua maior razão de ser no facto da
avaliação se centrar não apenas na própria biblioteca mas, sobretudo, nos seus
utilizadores. Boa parte das evidências requisitam a sua disponibilidade e empenho na
resposta a inquéritos.

A análise deve identificar os sucessos – pontos fortes – no trabalho realizado em cada


um dos domínios de funcionamento da BE e as limitações – pontos fracos – que
correspondem a um desenvolvimento menor nalguns domínios de funcionamento. Só
assim se pode trabalhar para a melhoria do desempenho e atingir a grande meta do
sucesso educativo da Escola.
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Plano de Avaliação

A execução do Plano de Avaliação envolve diferentes etapas, a saber:


Diagnóstico;
Identificação do Domínio a avaliar;
Evidências a recolher; Instrumentos a utilizar; limitações; levantamento de
necessidades;
Intervenientes e composição das amostras a utilizar;
Calendarização;
Recolha e análise dos dados;
Identificação de pontos fortes e fracos e posicionamento nos respectivos níveis de
desempenho, face aos benchmarks dados;
Interpretação e descrição dos resultados da avaliação e definição de acções de
melhoria
Comunicação dos resultados da avaliação e medidas de melhoria a empreender, a
integrar no Relatório de Avaliação interna da Escola/Agrupamento.
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Plano de Avaliação da Biblioteca Escolar

Selecção de um
Domínio/Subdomínio C.1 Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular

C.1.1. Apoio à aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de estudo autónomos.


Selecção de dois (Indicador de Impacto/Outcome)
indicadores
C.1.2. Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural.
(Indicador de Processo)

A BE tem como meta prioritária o apoio ao trabalho dos professores e alunos para poder contribuir para o sucesso
educativo e trabalha com os utilizadores de forma personalizada investindo no programa de monitores e no
Justificação da acompanhamento pessoalizado dos alunos.
escolha Paralelamente, a BE predispõe-se a realizar uma gama diversificada de actividades livres, de carácter lúdico e
cultural para que os alunos aprendam fazendo, de forma agradável, quer apresentando actividades para serem
dinamizadas com a comunidade escolar, quer apoiando projectos que lhe são propostos, sobretudo os que
partem dos alunos.
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PONTO DE PARTIDA

Pontos fortes: Pontos fracos:

A BE apoia as actividades livres de leitura, pesquisa e Pouco tempo disponível para a formação de
estudo utilizadores;
de trabalhos escolares, realizadas pelos alunos fora do horário Não activação do sistema de empréstimo
lectivo e dos contextos formais deaprendizagem. informatizado;
Os alunos desenvolvem hábitos de trabalho e Equipamentos informáticos inoperacionais;
aprendem a organizar a sua própria aprendizagem, revelando Ligação à Internet pouco eficiente;
Diagnóstico uma progressiva autonomia na execução das tarefas escolares. .
A equipa é pluridisciplinar;
Existe uma boa articulação com os clubes e projectos da
escola;
A BE planifica com docentes, departamentos curriculares e
demais estruturas de coordenação educativa e de
supervisão pedagógica.
A BE desenvolve projectos com o agrupamento.
A BE cria dinâmicas de promoção cultural e difunde essas
práticas formando públicos, promovendo a escola e a BE
como pólo cultural.
Os alunos encontram na BE um conjunto de propostas de
actividades visando a utilização criativa dos seus tempos
livres, que lhes permitem desenvolver a sensibilidade
estética e o gosto e interesse pela artes, ciências e
humanidades.
Boa parceria com a BM;
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Espaço com uma boa adequação das diferentes zonas à sua


funcionalidade;
Horário de funcionamento alargado à hora de almoço;
Fundo documental diversificado;
Alta taxa de frequência do espaço;
Bom número de requisições de livros de consulta e outros;
Boa receptividade da comunidade educativa relativamente
à BE;
Colaboração positiva entre a BE e a Associação de Pais.

Definição do Preenchimento do documento concebido pela RBE para o efeito


Perfil da BE

OBJECTO DA AVALIAÇÃO

Domínio a C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade


avaliar

Subdomínio C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular

C.1.1. Apoio à aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de estudo autónomos


Indicadores
C.1.2. Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural
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METODOLOGIA A IMPLEMENATAR PARA O PROCESSO DE AUTO-AVALIAÇÃO

Indicador: C.1.1. Apoio à aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de estudo autónomos.

O que se Aferir o contributo da BE para a melhoria dos resultados escolares;


pretende Detectar os pontos fracos e necessidades e acções para a melhoria.

Actividades de formação de utilizadores com turmas:


- sessões de formação de utilizadores com as turmas 5º do ano, ao longo dos 1º e 2º períodos;
Acções a avaliar
Produção de materiais de apoio à formação de utilizadores:
- guia do utilizador;
- folhetos informativos de apoio à pesquisa.

Distribuir o horário da equipa da BE de modo a assegurar o mais possível a presença


permanente de um elemento da equipa na BE;
Acções para a Melhorar a oferta de espaços, tempos e oportunidades para o desenvolvimento de actividades
melhoria de leitura, investigação e estudo com alunos ou grupos, Insistir na necessidade do pleno
funcionamento das TIC;
Reforçar a articulação com as áreas de Estudo Acompanhado e Área de Projecto.

Recolha documental (PAA da BE; calendário das sessões de formação de utilizadores


dinamizadas, com a indicação das turmas e professores envolvidos; materiais produzidos, no
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Recolha de âmbito do apoio à formação de utilizadores) – ao longo dos 1º e 2º períodos;


Indicador: evidências Observação de actividades (grelhas de observação) – Todo o ano;
Levantamento de dados estatísticos da utilização da BE – ao longo do ano lectivo;
C.1.1. Apoio à
(Métodos e Aplicação de questionários aos alunos e professores envolvidos nas actividades promovidas
aquisição e instrumentos a durante o horário da disciplina/área curricular não disciplinar– após a realização das sessões
utilizar e com as turmas;
desenvolvimento
respectiva Informal feedback – ao longo do ano lectivo
de métodos de calendarização) Horário da BE
trabalho e de
estudo Equipa da BE
autónomos. Intervenientes Alunos
Professores

Recolha de Questionários
evidências: Grelhas de observação
análise dos Estatística
dados Documentos
recolhidos, de Contactos
forma
qualitativa e
quantitativa

Comunicação Conselho Pedagógico


dos resultados Conselho de Directores de Turma
Placard da sala de professores
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Inclusão dos resultados no relatório de actividades da BE e no relatório final de avaliação a


enviar à RBE

Indicador: C.1.2. Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural

Aferir o contributo da BE para a formação de cidadãos autónomos, com iniciativa e espírito


O que se crítico;
pretende Avaliar o contributo da BE para a autonomia, a cooperação e a responsabilidade no processo de
aprendizagem.
Detectar os pontos fracos, necessidades e acções para a melhoria.

Realização de uma gama diversificada de actividades livres, de carácter lúdico e cultural, tais
como: oficinas de leitura; clubes de teatro; concursos de escrita criativa e outros;
Acções a avaliar Utilização de metodologias de trabalho diversas por parte dos alunos na BE;
Realização de tarefas diferenciadas, por parte dos alunos, de acordo com as actividades do PAA
da BE;
Formação de alunos colaboradores da BE.

Acções para a Aumentar a participação da BE na dinamização de actividades culturais.


melhoria Rentabilizar as iniciativas programadas, partilhando-as com outras escolas e BE

Melhorar os mecanismos de promoção e marketing da BE,valorizando e divulgando junto da


comunidade educativa e local o seu programa de animação cultural
Solicitar o envolvimento e colaboração dos pais/EE e da comunidade na organização e
financiamento dos eventos.
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Recolha de Recolha documental (fichas de inscrição, autorização e funções dos alunos promotores de
evidências actividades da BE) - 1º e 2º Períodos
(Métodos e Plano de Actividades da BE
instrumentos a Registos sobre a preparação, o desenvolvimento e a avaliação das actividades.
Indicador: utilizar e Aplicação de questionários a alunos (10% em cada nível de escolaridade) e professores (20% do
C.1.2. respectiva total de professores, de várias disciplinas) – 3º período
Dinamização de calendarização)
actividades
livres, de
carácter lúdico e Equipa da BE
cultural Alunos
Intervenientes Professores
Clubes
Parceiros

Conselho Pedagógico
Comunicação Conselho de Directores de Turma
dos resultados Placard da sala de professores
Inclusão dos resultados no relatório de actividades da BE e no relatório final de avaliação a
enviar à RBE

ANÁLISE E REGISTO DA PERFORMANCE DA BE NOS DOMÍNIOS SELECCIONADOS

Reflexão sobre Os resultados da avaliação devem ser objecto de análise e reflexão em Conselho Pedagógico para que sejam definidos
os resultados da rumos estratégicos e acções para a melhoria, sempre em conformidade com o Projecto Educativo da
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avaliação Escola/Agrupamento e a missão e objectivos da BE;


A auto-avaliação deve ajudar a melhorar o desempenho e a utilização da BE, promovendo a sua importância na
comunidade educativa.

Identificação do
nível de Situar a BE num dos níveis de desempenho (1, 2, 3, 4) definidos pelo documento da auto-avaliação concebido pela RBE
desempenho

Registo da auto- Registar a auto-avaliação no quadro-síntese referente ao domínio seleccionado, apontando acções para a melhoria do
avaliação desempenho;
Registar os resultados da auto-avaliação realizada no relatório anual da BE.

RELATÓRIO FINAL DA AVALIAÇÃO DA BE

“O relatório final de auto-avaliação é o instrumento que descreve os resultados da auto-avaliação e que delineia o conjunto de acções a ter
em conta no planeamento de actuações futuras a desenvolver. Este relatório vai dar uma visão holística do funcionamento da BE e assumir-
se como instrumento de sistematização e de difusão de resultados a ser apresentado junto dos órgãos de gestão e de decisão pedagógica.”

Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar

“O propósito da auto-avaliação é apoiar o desenvolvimento das bibliotecas escolares e demonstrar a sua contribuição e impacto no ensino
e aprendizagem, de modo a que ela responda cada vez mais às necessidades da escola no atingir da sua missão e objectivos.”

Texto da Sessão
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Bibliografia:

Texto da sessão (Disponível na plataforma)


Gabinete da Rede de bibliotecas Escolares, Modelo de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares (12
de Novembro de 2009)
McNamara, Cárter (1997-2008), Basic Guide to Program Evaluation.

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