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Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Conclusão)

Sessão 6 – Tarefa 2

REFERÊNCIAS À BIBLIOTECA ESCOLAR NOS RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO

EXTERNA DAS ESCOLAS

COMENTÁRIO CRÍTICO

DREC – 2009 Turma 4


Ana Rebanda Página 1
Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Conclusão)

Avaliação externa das escolas: metodologia da IGE


Antes de focar a análise nos relatórios das escolas, comecei por recolher informações nos relatórios que apresentam os resultados da
avaliação externa a nível nacional, no sentido de obter dados que sustentaram a avaliação, a saber: i) critérios da IGE para a constituição
dos painéis de entrevistas; ii) integração da equipa da BE nos painéis; iii) referências aos resultados da observação directa dos serviços e
funcionamento da BE; iv) domínios que referem a BE.

Dados recolhidos nos relatórios de 2006/2007 e 2007/2008:

I - Introdução e metodologia
- Procedimentos

• Os dados colhidos por análise documental e por observação directa são complementados pelos obtidos com a audição,
através de entrevistas em painel, de vários actores internos e externos das escolas.
• Os painéis integram um leque alargado de responsáveis e representantes a entrevistar pela equipa de avaliação.
• A metodologia adoptada na avaliação externa sustenta-se em dados recolhidos em diferentes fontes e por diversos processos de
recolha, entre os quais se refere: a observação directa das instalações, serviços e situações do quotidiano escolar

II – Preparação da escola para a avaliação


- Adequação do envolvimento de estruturas e pessoas da comunidade educativa

• Não consta a Equipa da BE no quadro que apresenta as estruturas da comunidade educativa.

III - Pontos fortes referentes ao domínio Organização e Gestão Escolar

Factores Asserções (exemplos)

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• A Biblioteca bem equipada e dinamizadora de


actividades, constituindo-se num pólo de
Gestão dos recursos materiais e financeiros
divulgação cultural
• A organização e dinamização da Biblioteca
Escolar/Centro de Recursos Educativos

IV- Considerações gerais sobre a avaliação dos domínios e a análise das asserções

O domínio Organização e Gestão Escolar, que pretende avaliar como se organiza a escola e como são geridos
e optimizados os recursos para prestar o serviço educativo, obteve classificações bastante favoráveis e a
preponderância de pontos fortes.

Comentários:
• A equipa da BE não faz parte do “elenco” dos “actores internos” das escolas (facto que tive oportunidade de
constatar quando a minha escola foi avaliada).
• Não há qualquer referência aos registos de observação, por parte da IGE, no que se refere aos serviços e situações do
quotidiano escolar da BE.
• A Biblioteca constitui um dos pontos fortes do domínio “organização e gestão escolar”, como dinamizadora de
actividades, pólo de divulgação cultural, mas não se considera factor de “Prestação de serviço educativo”.

Perante este diagnóstico, percorri as páginas de vários relatórios das escolas para poder alargar o meu campo de análise e
confirmar a avaliação.

Dados recolhidos:

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• A BE nem sempre é referida na caracterização da escola, enquanto espaço físico:


• Fica a dúvida referente à presença da equipa da BE nos painéis de entrevistas.
• A maior parte dos relatórios refere a BE como um dos pontos fortes do domínio Organização e Gestão Escolar – Gestão
dos recursos materiais e financeiros.
• A BE surge pontualmente em alguns relatórios como tópico no âmbito da Abertura à inovação, como é o caso do
Agrupamento de Escolas de Nogueira –Braga: “(…) para além da busca pessoal de novos saberes, assume uma feição
reforçada a envolvência do Agrupamento em projectos e actividades formativas, designadamente, no PAM, no PNL e
na criação e dinamização da Biblioteca Escolar, sendo os primeiros no concelho de Braga, funcionando em rede com a
Biblioteca Municipal.”
• O relatório de uma escola (Escola Secundária com 3º Ciclo Padre Alberto Neto) abre uma excepção, ao apresentar um
maior número de referências à BE, distribuídas por diversos domínios/factores: “Abrangência do currículo e valorização
dos saberes e da aprendizagem”; “Gestão dos recursos materiais e financeiros”; “Abertura à inovação”; “Parcerias,
protocolos e projectos; Auto-avaliação.”
• Nenhum dos relatórios analisados contempla a BE no âmbito das Oportunidades nem da Prestação do serviço
educativo.

Comentário:
O processo de avaliação externa das escolas deixou “de fora” a Biblioteca, ignorando o papel da BE no sistema educativo, os
(seus) recursos humanos, os serviços que prestam à comunidade educativa e, ainda, os dados avaliativos que as bibliotecas
recolhem e referem nos seus relatórios anuais de actividades.

A acção da BE deverá induzir à mudança de práticas, mas só poderá ter o efeito desejado (contribuir para o sucesso educativo
dos alunos) se houver uma mudança ou redefinição de políticas educativas.

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