De uma maneira geral, constatei que os aspectos focados nas matrizes são
coincidentes, mesmo quando as bibliotecas se situam em zonas geograficamente
distantes. Após a leitura de alguns trabalhos, a minha selecção prendeu-se com uma Biblioteca em tudo semelhante à minha: público-alvo, o contexto socio-económico e a localização geográfica. Constato que, a RBE, a RBEP, as reuniões com os nossos Coordenadores e as realizadas com as Professoras Bibliotecárias deste concelho foram fundamentais para quebrar o isolamento e possibilitar o esclarecimento de dúvidas surgidas, que um trabalho individual, geralmente acarreta. Quantas vezes não pensamos que muitos dos problemas focados na matriz eram só nossos! Saliento alguns constrangimentos comuns: • O facto de alguns docentes continuarem a enviar os alunos para a Biblioteca com uma tarefa, como forma de castigo conduzem a uma associação negativa que acaba por afastar alguns alunos. Esta situação tem vindo a ser alterada, mas muito lentamente, apesar dos pedidos, apelos em Conselho Pedagógico e o apoio da Direcção. •Por outro lado, a Biblioteca é também utilizada para aulas, dada a falta de salas, o que prejudica o trabalho dos alunos, em geral.
•A inexistência de uma prática sistemática de recolha de evidências e nalguns casos a
dificuldade de avaliar alguns domínios inerentes ao nosso trabalho.
• O papel da Biblioteca onde se devem construir saberes depara-se com uma
barreira para conseguir interagir com os docentes. Estes ainda, vêem a Biblioteca como um lugar onde estão guardados os livros (que não lhes interessam) e os computadores que requisitam. Nesta escola há docentes que terminam o ano sem entrar na Biblioteca, assim sendo, não é possível prestar um apoio eficaz ao currículo! No entanto, verifiquei na matriz analisada, que a Biblioteca dispõe de uma equipa adequada às suas necessidades e com formação na área. Considero ser este um dos pontos fortes para o sucesso do nosso trabalho, pois a descentralização das tarefas e autonomia dos membros da equipa é fundamental para o professor Bibliotecário gerir de uma forma eficaz o tempo. O mesmo acontece com os funcionários que na referida Escola já têm formação e estão afectos a esse serviço, sendo esse um dos problemas com que me tenho deparado. Parece-me haver uma ligeira confusão entre fraquezas e ameaças. As ameaças elencadas, considero-as fraquezas, pois não são problemas exteriores à Escola. De uma maneira geral, parece-me que os pontos fortes estão em maioria o que denota uma forte implantação da Biblioteca nessa Escola. Esta análise permitiu verificar que nas duas Bibliotecas os desafios e as acções a implementar são semelhantes, o que vai possibilitar o reforço de um trabalho em parceria, já iniciado no ano transacto e que trará vantagens mútuas. Parabéns Gracinda e cá/lá te espero/estarei.