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A DESINDIVIDUAÇÃO
NAS
TORCIDAS ORGANIZADAS
A DESINDIVIDUAÇÃO
NAS
TORCIDAS ORGANIZADAS
SUMÁRIO
Introdução...............................................................................................................Página 4
1
O significado de desindividuação...........................................................................Página 4
Definição de desindividuação ................................................................................Página 4
As Contribuições das pesquisas da desindividuação.......................................... Página 4
As Pesquisas de Le Bon para a teoria da desindividuação.................................. Página 4
As Pesquisas de Festinger.......................................................................................Página 5
As Pesquisas de Zimbardo para a teoria da desindividuação..................................Página 6
As Pesquisas de Diener para a teoria da desindividuação ......................................Página 8
Conclusões da Teoria de Maslow...................................................... ................. Página 9
Conclusões da Teoria de desindividuação.............................................................. Página 11
O conceito de desindividuação integrado .............................................. ................Página 11
O que é uma Torcida Organizada? ........................................................................ Página 14
História das torcidas organizadas no Brasil.......................................................Página 15
Objetivos gerais......................................................................................................Página 18
Objetivos específicos..............................................................................................Página 19
Hipóteses................................................................................................................ Página 19
Justificativas...........................................................................................................Página 19
Metodologia .......................................................................................................... Página 19
Etapas da Pesquisa de Campo................................................................................ Página 20
Conclusão...............................................................................................................Página 20
Cronograma........................................................................................................... Página 26
Referências.............................................................................................................Página 27
Anexos................................................................................................................... Página 29
2
1. INTRODUÇÃO
1. 1 O Significado de desindividuação
A desindividuação é uma explicação da Psicologia Social para um tipo de
comportamento do indivíduo nas multidões: A desindividuação constitui, em traços
gerais, um processo no qual há uma perda da identidade individual e o ganho de
uma identidade social. (David,1985).
3
Defende Le Bom, que os mecanismos psicológicos do anonimato, da
sugestionabilidade e do contágio podem transformar um grupo de pessoas numa
“multidão psicológica”. Quando as pessoas são anônimas, para Le Bon, tornam-se
mais receptivas aos interesses da multidão.
4
grupo, um indivíduo seria mais capaz de exibir comportamentos normalmente
inibidos. Outra novidade da sua teoria consistia no aumento da perda da
identidade individual em detrimento de uma identidade coletiva, aquando da
inserção de um indivíduo num grupo ou multidão.
Festinger defendia que um indivíduo, ao pertencer a um grupo seletivo, perde a
sua identidade pessoal para adotar uma identidade social. Essa identidade faz
com que o indivíduo tenha um sentimento de pertencer a esse mesmo grupo, o
que por si só será um elemento facilitador de comportamentos menos apropriados.
5
guardas ou prisioneiros no comportamento emocional, interativo, no estado de
humor, atitudes e estratégias de confronto com a situação (Haney et al., 1973).
No entanto, a experiência, foi interrompida após seis dos catorze dias previstos,
trouxe muito mais resultados que os procurados pelos autores.
A conclusão que Zimbardo propõe para a desindividuação não difere muito da
definição de Festinger. Para Zimbardo, consiste num processo complexo durante
o qual uma série de condições sociais induzem a alterações na percepção do self
e dos outros.
Segundo Hanney, um dos principais enriquecimentos de Zimbardo à teoria da
desindividuação consistiu na proposta de três causas maiores para este estado
psicológico, ao contrário do inicialmente avançado por Festinger. Se este último
propunha como causas da desindividuação o anonimato percebido e a difusão de
responsabilidade, Zimbardo aceitava mais um fator como causador deste estado:
a sobrecarga de dados sensoriais. O anonimato foi definido por Zimbardo como a
impossibilidade de ser criticado por outrem. (Haney et al., 1973).
2
também encontrar-se num estado de responsabilização difusa, um indivíduo que
seja subordinado a cumprir ordens de uma autoridade, pois a responsabilidade é
atribuída pelas normas sociais à figura da autoridade que coordena o ato e não à
pessoa que o pratica, que se pode justificar com estas mesmas normas.
Esta transmissão de responsabilidade foi observada na experiência de Stanley
Milgram sobre “obediência à autoridade” quando em 1963, o professor Stanley
Milgram, da Universidade de Yale, recrutou voluntários dizendo que ajudariam a
realizar uma experiência médica, sem saber que na verdade eles seriam o objeto
do estudo. Eles também não sabiam que estavam aplicando choques falsos a
atores. Mesmo depois de ouvirem os "gritos" de dor, a maioria dos voluntários
(66%) se mostrou disposta a aumentar a voltagem dos choques - alguns
chegaram a continuar aplicando os choques mesmo quando não havia mais
resposta do ator”.
O último fator alcançado por Zimbardo como causador da desindividuação é uma
sobrecarga de dados sensoriais. Quando um indivíduo é alvo de uma excessiva
estimulação sensorial tem que concentrar os seus recursos cognitivos na
integração e interpretação de todos os estímulos, restando uma menor
disponibilidade para refletir sobre as suas ações, contribuindo assim para um
estado de desindividuação em que tem consciência reduzida das mesmas.
Para Zimbardo, a conjugação destes três fatores, em maior ou menor grau, leva a
um estado de desindividuação caracterizado por uma auto-consciência reduzida e
uma diminuição do medo de avaliações negativas. (Milgram at al., 1974).
3
Segundo Diener, a redução da auto-consciência e a difusão da responsabilidade
seriam as principais causas da desindividuação, provocando o aumento dos
comportamentos desinibidos e anti-normativos. Para compreender este conceito
recorremos ao exemplo em que alguém bate a porta da sala violentamente no
meio de uma aula de Psicologia Social. Esse ato pode ser considerado um
comportamento anti-normativo, uma vez que vai contra as normas de conduta e
bom funcionamento no contexto da sala de aula. Pode ser também visto como um
comportamento desinibido, pois ninguém espera que um aluno faça isso numa
sala de aula, estando comportamentos como este inibidos em alguém não
desindividuado. (Diener et al., 1980).
2
A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de
motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma
hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que
no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu
lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Poucas
ou nenhuma pessoa procurará reconhecimento pessoal e status se suas
necessidades básicas estiverem insatisfeitas.
Maslow apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as necessidades
humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de
importância e de influência, numa pirâmide, em cuja base estão as necessidades
mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas
(as necessidades de auto realização)
1
realização são as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu próprio potencial
e de auto desenvolver-se continuamente.
2
3º. Anonimato
1º.
6º.
2º.
7º.
8º.
4º.
5º. Presença
Estimulação
Perda
Auto- de do
individuo
DESINDIVIDUAÇÃO
social
Responsividade
inibidores
consciência
Responsabilidade
Físico
e tamanho do
aumentada
normais
diminuida
difusa à grupo
situação
2
Esta, por sua vez, juntamente com a diminuição da auto-consciência, leva ao
fenômeno da (6º) DESINDIVIDUAÇÃO. Como consequências da desindividuação
deparamos com a perda de (7º) inibidores normais e o (8º) aumento da
responsividade a uma situação, o que significa que, num estado de
desindividuação, um indivíduo responderá mais e de forma menos inibida perante
uma situação do que responderia num estado não desindividuado. A (2º)
estimulação social que o indivíduo recebe, ou seja, o aumento do número de
estímulos relacionados com a situação grupal recebidos, leva a uma diminuição da
(4º) auto-consciência.
2
1. 2. 8 O que è uma Torcida Organizada?
Torcida organizada ou torcida uniformizada é o nome da associação de torcedores
profissionais de um determinado clube esportivo no Brasil. O termo "uniformizada"
é dado quando os membros utilizavam roupa com a própria marca da torcida.
3
disputado no Estádio de Laranjeiras. A característica principal da Charanga era
que se tratava um grupo de músicos que formaram uma banda que tocava durante
as partidas. A primeira torcida organizada nos moldes atuais, a Torcida
Uniformizada do São Paulo (TUSP), foi fundada em 1958, por Manoel Raimundo
Pais de Almeida.
Os Confrontos
As torcidas tiveram um grande crescimento, e muitos de seus membros se
envolveram em brigas de torcedores, o que chegou a levar o Ministério Público a
2
pedir a extinção das entidades em 1997. A agremiação chegou mesmo a ter
suspensas por liminar as suas atividades como torcida.
É Comum torcidas organizadas envolverem-se em atos de banditismo onde
muitos confrontos sao marcados pela internet entre torcidas rivais. É freqüente
também a participação de dependentes químicos envolvidos com o tráfico de
drogas dentro das organizadas. A polícia local envolve-se para evitar os
confrontos. Várias medidas são criadas para que haja o enfraquecimento dos
conflitos. É freqüente também a participação de meliantes envolvidos com o tráfico
de drogas nas periferias das grandes cidades dentro das organizadas.
2
Últimos 10 anos: 33 mortes
Um levantamento produzido pela professora da Universidade de Campinas
(Unicamp) Heloísa Baldy, especialista em direito e sociologia do esporte, indica
que, nos últimos anos dez anos, tumultos e confrontos entre torcedores de futebol
resultaram em 33 mortes, sendo que 22 delas ocorreram no Estado de São Paulo.
Ainda de acordo com Heloísa Baldy, existem ainda, aqueles que motivam
pessoas, que têm grande atração pela violência, a se associar aos torcedores
para, num ambiente de massa, se tornar anônimo e cometer transgressões que
podem se transformar em grandes tragédias. No Brasil ainda não há dados sobre
a relação entre detidos e o respectivo vínculo às torcidas organizadas.
De acordo com Minayo, (1994), existem ainda fatores situacionais que podem
servir como elemento potencializador, como o uso de drogas, álcool, porte de
arma, a participação em subgrupos sociais e facções criminosas entre outros.
1
Diante destes dados, cabe perguntar se esta intenção e seus resultados, não são
frutos do processo psicológico de desindividuação.
Se analisarmos a forma como estas torcidas organizadas funcionam, podemos
perceber que a violência praticada, enquanto complexo fenômeno social, precisa
ser analisada em toda sua complexidade e, para entendê-la, há que se pensar na
desindividuação.
2. OBJETIVO GERAL
Observar se uma torcida Organizada permite e promove o processo de
desindividuação em seus membros em uma situação real de jogo.
2. 1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Pretende-se observar e anotar sem identificação dos participantes e das Torcidas
Organizadas. O estudo seguirá a Resolução CNS 196/96 que dispõe sobre
pesquisa envolvendo seres humanos.
O objetivo não é identificar pessoas participantes das Torcidas Organizadas e sim
apenas observar um jogo ao vivo, com as possíveis alterações comportamentais
do indivíduo.
Observar se: 1º - A presença de um indivíduo num grupo e o tamanho do grupo
levam a que o primeiro esteja exposto a estímulos sociais que fazem com que o
seu comportamento se ajuste ao comportamento desejado pelo grupo.
2º - Talvez inferir se: como consequências da desindividuação deparamos com a
perda de inibidores normais e o aumento da responsividade a uma situação, o que
significa que, num estado de desindividuação, um indivíduo responderá mais e de
2
forma menos inibida perante uma situação do que responderia num estado não
desindividuado.
3º - Talvez inferir se a estimulação social que o indivíduo recebe, ou seja, o
aumento do número de estímulos relacionados com a situação grupal recebidos,
leva a uma diminuição da auto-consciência.
3. HIPÓTESES
Em situações de Torcidas Organizadas, pessoas vivem o processo de
desindividuação demonstradas pelos comportamentos de violência e selvageria,
em parte potencializadas com o uso de drogas e álcool.
4. JUSTIFICATIVA
Tendo em vista a insuficiência de dados empíricos para uma maior contribuição da
Psicologia Social quanto ao conhecimento das características dos estímulos que
levam a perda total das responsabilidades os quais em parte são responsáveis por
diversos crimes e desordens coletivas, podem servir como suporte para o trabalho
de profissionais da área comportamental visando:
Diminuir o numero de violências e mortes causadas pelas torcidas organizadas.
Abrandar o numero de quebradeiras de casas comerciais em avenidas e ruas.
Entender qual o caminho inverso para os que estão em fase de recuperação social
e desenvolver prevenção.
Entender porque líderes estimulam “inocentes” e mesmo pessoas “violentas” à
obediência cega.
5. MÉTODOS
5.1 Sujeitos
Será feita uma Pesquisa de Campo durante um jogo em um Estádio de Futebol
em São Paulo apenas observando das arquibancadas suas Torcidas Organizadas.
2
5.2 Instrumentos
Em campo, não será utilizado nenhum objeto para coleta de dados, apenas
observações.
Posteriormente as observações serão transcritas para um “Diário de Campo”
formando um instrumento de coleta de dados, a ser preenchido pelo pesquisador,
contendo as seqüências da hipótese em questão. (vide Anexo 01)
5.4 Procedimentos
Consentimento da UNIP para garantir que os procedimentos da pesquisa
asseguram a confiabilidade, a privacidade e protejam imagem dos participantes. A
autorização será específica para “observação e anotação” necessárias para
realizar Pesquisa de Campo em um Estádio de Futebol em São Paulo.
A pesquisa seguirá a Resolução CNS 196/96 que dispõe sobre pesquisa
envolvendo seres humanos.
6. CONCLUSÃO
2
Devidos as Condições de segurança foi nos permitido apenas fazermos
observações. Todas as conclusões serão inferidas.
2
forma que é inadmissível aceitar que os impulsos agressivos são os únicos
problemas da violência.
O contexto da Desindividuação está longe de ser compreendida em toda a sua
complexa estrutura com as pesquisas de Campo realizadas num Campo de
Futebol, mas podemos inferir pequenos passos para que futuramente possam ser
explorados por outros Pesquisadores Sociais.
Para uma melhor compreensão iremos inferindo por que alguns adquirem e outros
não seus princípios; comparando com a Pirâmide de Maslow.
Fig 02 - Segundo Maslow, estas são as necessidades humanas até sua auto realização.
3
Fig 03Segundo Maslow, passo a passo até a necessidade tornar-se auto realizada.
2
Fig. 05 - A Pirâmide com Opção de Social Bom e Social Mal altera os resultados finais em dois
grupos. O Grupo dos Individualizados e o Grupo dos desindividualizados
Abaixo construímos uma tabela com os dados das pirâmides para facilitar a
compreensão entre as comparações e seus inferidos resultados das observações
em Campo.
1
Tabela 01
Diante do quadro acima, Inferimos que até a base 2 das necessidades fisiológicas
e de segurança a criança se encontra protegida (por não ter autonomia seletiva).
Quando a busca por Socialização se inicia e as opções se abrem em seu
caminho, as escolhas serão obrigatórias pelo resto da vida e segundo nossa
inferência, esse é o ponto crucial que precisa ser protegido e bem orientado pelos
responsáveis.
A base social aqui oferece duas vias que se separam, a Disponibilidade Social
Boa e a Disponibilidade Social Má, que farão parte dessa criança por alguns anos.
Inferimos que a escolha errada aqui fará do jovem uma presa muito fácil pela
criminalidade, porque ele não tem discernimento formado ainda, sendo imperativo
uma liberdade vigiada, até se tornar auto-discernente.
2
CRONOGRAMA
2009 01 a10 11 a 20 21 a 30
março Organização Organização Análise dos dados
Verificação das Verificação das Verificação das
abril
hipóteses hipóteses hipóteses
Levantamento das Levantamento das
Levantamento nos
maio referências referências
meios eletrônicos
bibliográficas bibliográficas
Elaboração final da Elaboração final da Entrega da parte 2
junho
parte 2 da pesquisa parte 2 da pesquisa da pesquisa
Início da continuidade Elaboração final de Elaboração final de
agosto
da pesquisa partes da pesquisa partes da pesquisa
Elaborações finais de Elaborações finais
setembro Entrega da pesquisa
partes da pesquisa da pesquisa
outubro Elaboração da parte 4 Elaboração final da Entrega da parte 4
2
da pesquisa parte 4 da pesquisa da pesquisa
Visita a um Estádio
Formulação dos Entrega da parte 4
novembro de Futebol em São
dados observados da pesquisa
Paulo
Apresentação da
dezembro
pesquisa
REFERÊNCIAS
Bibliográficas e em meio eletrônico
Capez, F. Violência no futebol. In: Lerner, J. (Ed.). A violência no esporte. São
Paulo: Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania: Imesp, 1996. p. 49-52.
Diener, E., Fraser, S. C., Beaman, A. L. and Kelem, R. T. (1976). Effects of
deindividuation variables on stealing among Halloween trick-or-treaters. Journal of
Personality and Social Psychology, 33(2), 178-183.
2
Guerin, B. (1999, September). Social behaviors as determined by different
arrangements of social consequences: Social loafing, social facilitation, deindividuation,
and a modified social loafing. Psychological Record, 49(4), 565-578.
Minayo, 1994; Souza e Minayo, 1994; Simões, 2002; Souza, 2005. Violência entre
torcidas nos estádios de futebol: uma questão de Saúde Pública. Disponível em,
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext.
Singer, J., Brush, C., & Lublin, S. (1965). Some aspects of deindividuation:
Identification and conformity. Journal of Experimental Social Psychology, 1(4), 356-378.
Spears, R., & Lea, M. (1994, August). Panacea or panopticon? The hidden power in
computer-mediated communication. Communication Research, 21(4), 427-459.
Zimbardo, P. G., (1969). The human choice: Individuation, reason, and order versus
deindividuation, impulse, and chaos. Nebraska Symposium on Motivation, 17, 237-307.
1
Zimbardo, P. G. (1970). The human choice: Individuation, reason, and order versus
deindividuation, impulse, and chaos. In W. J. Arnold and D. Levine (Eds.), 1969 Nebraska
Symposium on Motivation (pp. 237-307). Lincoln, NE: University of Nebraska Press.
Zimbardo, P. G., (2007). The Lucifer Effect: understanding how good people turn
evil. New York: Random House.
Anexo 01
Este relatório é parte de um projeto realizado no âmbito da disciplina de Psicologia
Social pela Universidade Paulista - UNIP.
Com recorde, São Paulo bate Vitória e abre vantagem para ser
tetra
Em noite de presença recorde de público no Morumbi na atual temporada, o São Paulo
mais uma vez confirmou o favoritismo e abriu vantagem de três pontos rumo ao tetra
nacional, que seria o sétimo título de sua história. Diante de 53.204 pagantes, o novo
líder do Campeonato Brasileiro bateu o Vitória por 2 a 0 neste sábado e deu mais um
passo importante para manter a hegemonia recente no País, restando três rodadas para o
2
término da competição.
Com o terceiro triunfo seguido em seus domínios e sua maior vantagem na liderança
neste Campeonato Brasileiro, a torcida já demonstrou o otimismo nas arquibancadas e
soltou o grito antecipado de "é campeão". Agora com 62 pontos, três a mais que o rival
Palmeiras, o time tricolor terá os duelos contra Botafogo e Goiás (ambos fora) e Sport
(em local a ser definido) antes de poder colecionar mais uma taça no final do ano.
2
Antes da multidão que levou ao Morumbi neste sábado, o São Paulo tinha como melhor
público em 2009 os 52.809 que registrou contra o Cruzeiro, ainda no primeiro
semestre, pelas quartas de final da Libertadores, quando teve final bem diferente e deu
adeus ao torneio com derrota pelo mesmo placar. Já no Brasileiro, o recorde pertencia
ao clássico sem gols com o Palmeiras, no dia 30 de agosto (22ª rodada), com 41.083. O
duelo deste final de semana, inclusive, pode ser a despedida do time em seu estádio
nesta temporada. Isso porque a equipe perdeu o mando de campo para a partida contra
o Sport, por invasão de campo de um torcedor no jogo com o Internacional.
Com postura bastante agressiva desde os primeiros minutos, o São Paulo chegou até a
mostrar descontrole emocional em discussão ríspida entre André Dias e Hugo, que foi
rapidamente abafada por companheiros de elenco. E com a tática ofensiva, nem sentiu
os desfalques dos suspensos Jean, Dagoberto e Borges, chegando à abertura do placar
aos 24min de bola rolando. Livre dentro da área, Washington demorou para finalizar e
parou em defesa do goleiro Viáfara. Porém, na sobra, Jorge Wagner aproveitou e
estufou as redes.
FICHA TÉCNICA
Gols
São Paulo: Jorge Wagner, aos 24min do 1º tempo, e Hugo, aos 4min do 2º tempo
Lance bizarro
- Discussão ríspida entre André Dias e Hugo ainda no primeiro tempo. Após falta
3
cobrada para a área paulista, André Dias gritou com Hugo, que respondeu com um
empurrão. Pelo lance, os dois receberam cartão amarelo, o que irritou o técnico Vagner
Mancini, do Vitória, que queria a expulsão da dupla
4
Personagem do jogo
Hernanes, principal articulador do São Paulo na partida
Árbitro
Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS)
Público
53.204 pagantes
Renda
R$ 1.776.015,00
Local
Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
ANEXO 02
5
• Pavilhão 9 (Sport Club Corinthians Paulista)
• Estopim da Fiel (Sport Club Corinthians Paulista)
• Fiel Macabra (Sport Club Corinthians Paulista)
• Coringão Chopp (Sport Club Corinthians Paulista)
• Mancha Alvi-Verde ou Mancha Verde (Sociedade Esportiva Palmeiras)
• Academicos da Savoia (Sociedade Esportiva Palmeiras)
• Porks Alvi Verde (Sociedade Esportiva Palmeiras)
• TUP (Sociedade Esportiva Palmeiras)
• Torcida Tricolor Independente (São Paulo Futebol Clube)
• Dragões da Real (São Paulo Futebol Clube)
• Torcida Império Tricolor(São Paulo Futebol Clube)
• Falange Tricolor (São Paulo Futebol Clube)
• Metal Tricolor (São Paulo Futebol Clube)
• Torcida Jovem do Santos (Santos Futebol Clube)
• Sangue Jovem do Santos (Santos Futebol Clube)
• Força Jovem do Santos (Santos Futebol Clube)
• Guerreiros da Tribo (Guarani Futebol Clube)
• Fúria Indepentente do Guarani (Guarani Futebol Clube)
• Amor Maior (Associação Atlética Ponte Preta)
• Serponte (Associação Atlética Ponte Preta)
• Leões da Fabulosa (Associação Portuguesa de Desportos)
• Mancha Azul (São José Esporte Clube)
• Comando Azul (Associação Desportiva São Caetano)
• Torcida Gladiadores (Associação Desportiva São Caetano)
• Sangue Rubro (Esporte Clube Noroeste)
• Torcida Fúria Andreense (Esporte Clube Santo André)
• Torcida Uniformizada Dragão Andreense (Esporte Clube Santo André)
• Ramalhão Chopp (Esporte Clube Santo André)
• Raça Grena (Sertãozinho Futebol Clube)
• Mancha alvi-negra (Comercial Futebol Clube)
• Gamor Força Jovem (Paulista Futebol Clube)
1
• Torcida Raça Tricolor (Paulista Futebol Clube)
ANEXO 03
As Torcidas registradas no Estado do Rio de Janeiro (56)
• Clube de Regatas do Flamengo
• Charanga Rubro-Negra
• Dragões Rubro-Negros
1
• Falange
• Torcida Fla 12
• Flamante
• Torcida Jovem do Flamengo
• Torcida Urubuzada
• Raça Rubro-Negra
• Fla Manguaça
• Fluminense Football Club
• Young Flu
• Legião Tricolor (Movimento Popular)
• Força Flu
• Fiel Tricolor
• Garra Tricolor
• Flunitor
• Jovem Flu
• Club de Regatas Vasco da Gama
• Força Jovem Vasco
• Ira Jovem Vasco
• Torcida Organizada do Vasco - T.O.V.
• Mancha Negra do Vasco
• Pequenos Vascaínos
• Torcida Vila Vasqueire
• Super Jovem Vasco
• Torcida Gigantes da Colina
• Renovascão
• Botafogo de Futebol e Regatas
• Fúria Jovem do Botafogo
• Torcida Jovem do Botafogo
• Loucos pelo Botafogo
• América Futebol Clube
• Sangue Jovem do América
1
• Torcida Inferno Rubro América
• Torcida Leões da Baixada
• Campo Grande Atlético Clube
• Torcida Super Galo
• Torcida Gala
• Céres Futebol Clube
• Garra Azul Celeste
• Bangu Atlético Clube
• Banfiel
• Super Bangu
• Duque de Caxias Futebol Clube
• Dragões de Caxias
• Olaria Atlético Clube
• Torcida Poder Azul
• Torcida Fiel
• Torcida Jovem do Olaria
• Americano Futebol Clube
• Império Americano
• Campo Grande Atlético Clube
• Torcida Organizada Galo
• Friburguense Atletico Club
• Garra Tricolor
ANEXO 04
1
• fanati-cruz (Cruzeiro Esporte Clube)
• Galoucura (Clube Atlético Mineiro)
• Galo-metal (Clube Atlético Mineiro)
• Dragões da Fao (Clube Atlético Mineiro)
• Independente (Ipatinga Futebol Clube}
• Avacoelhada (América Futebol Clube)
• Torcida Jovem Americana (América de Teófilo Otoni)
• Tribo Carijó (Tupi Futebol Clube)
Anexo 05
Reportagem
(Fonte, Jornal O Dia - 24/11/2007 22:39:00 - WWW.terra.com.br/o dia online. Repórter, Mahomed Saigg)
1
Organizadas demarcam territórios e proíbem acesso de rivais, que são
agredidos e expulsos
3
Membro da Young Flu há 10 anos, o tricolor X. tem uma explicação para tanta
intolerância: “A rivalidade é muito grande, e todos querem ser soberanos. Quanto
mais violenta, mais respeitada ela é. Por isso quem ‘planta a cara’ em território
dominado por ‘alemães’ tem que ter disposição, porque será caçado”.