1) O paciente é um lanterneiro de 28 anos que apresenta falta de ar e crises asmáticas há 3 anos, piorando com o trabalho.
2) Sua asma é classificada como ocupacional do grupo III, provocada por irritantes respiratórios no local de trabalho.
3) Foram solicitados exames e prescritos medicamentos para asma e rinite, além de orientações sobre uso correto de EPIs e afastamento do trabalho até melhora dos sintomas.
1) O paciente é um lanterneiro de 28 anos que apresenta falta de ar e crises asmáticas há 3 anos, piorando com o trabalho.
2) Sua asma é classificada como ocupacional do grupo III, provocada por irritantes respiratórios no local de trabalho.
3) Foram solicitados exames e prescritos medicamentos para asma e rinite, além de orientações sobre uso correto de EPIs e afastamento do trabalho até melhora dos sintomas.
1) O paciente é um lanterneiro de 28 anos que apresenta falta de ar e crises asmáticas há 3 anos, piorando com o trabalho.
2) Sua asma é classificada como ocupacional do grupo III, provocada por irritantes respiratórios no local de trabalho.
3) Foram solicitados exames e prescritos medicamentos para asma e rinite, além de orientações sobre uso correto de EPIs e afastamento do trabalho até melhora dos sintomas.
Uberaba MG Outubro/2014 UNIVERSIDADE DE UBERABA DIOGO PINHEIRO GOUVA
ANAMNESE OCUPACIONAL II
Trabalho apresentado disciplina de Sade e Sociedade VIII, do curso de Medicina, sob orientao do professor Sylas Scussel Junior.
Uberaba MG Outubro/2014 Identificao: Juarez Fernando Rodrigues, 28 anos, DN: 27/08/86 branco, natural de Patrocnio, MG e procedente de Uberaba, lanterneiro, solteiro. QD: falta de ar. HMA: Paciente relata trabalhar com lanternagem de automveis h 09 anos, desde os 19 anos. H 3 anos durante um dia comum de trabalho, onde realizava seu trabalho cotidiano, comeou a sentir dificuldade para realizar as atividade cotidianas no seu trabalho, pois teve episdios sequenciais de tosse e falta de ar. Ficou afastado por alguns dias por conta prpria sem procurar auxlio mdico, relatando achar ser uma gripe. Continuou em sua funo de lixar a pintura, aplicar massa veicular e lixar aps a aplicao da massa, onde o mesmo refere piorar o quadro. H um ano realizou consulta mdica na Unidade Bsica de Sade do seu bairro onde foi encaminhado ao pneumologista. Nesta ocasio foi prescrito nebulizao na UBS e broncodilatador para uso contnuo sempre que broncoconstrio. Relata no ter conseguido consulta com o pneumologista at a presente data. H 2 anos teve quadro de febre por mais de 10 dias com dor nos seios paranasais, onde procurou UBS de seu bairro, sendo diagnosticado sinusite bacteriana, prescrito amoxixilina/clavulonato por 10 dias e soro fisiolgico a 0.9% para limpeza das fossas nasais. Atualmente encontra-se com dificuldade aos mdios esforos, apresentando intensa dispneia. DPE: Asma h 20 anos e sinusite h 2 anos. MEU: Sulfato de Salbutamol spray 100mcg/dose 5 a 6 vezes por dia. Neosaldina se cefaleia e neosoro quando congesto nasal. ISDA: Paciente refere cefaleia pelo menos duas vezes por ms, faz uso de analgsico com melhora imediata do quadro. Dificuldade para dormir, constrio nasal noturna, melhorando com vasoconstrictor nasal. Hbito intestinal e urinrio normal.
Antecedentes pessoais: DNPM normal Refere no ter tido nenhuma das doenas da infncia. Nega cirurgias, traumatismos ou transfuses sanguneas. Vida sexual ativa com parceira, no possui filhos. Mora em casa de alvenaria, com saneamento bsico, eletricidade, ingere gua filtrada, quatro habitantes. Usa carro prprio da famlia, lanterneiro, ensino fundamental incompleto. Etilismo em mdia 24 latas de cerveja por semana, ex-tabagista, fumou por 3 anos, parou h 6 meses (1 mao por dia), nunca usou drogas ilcitas. Joga futebol aos fins de semana. Faz trs refeies dirias, desbalanceadas, sem dieta especifica. Alergia respiratria para poeira, mofo e p e tintura automotiva proveniente do seu trabalho, que com o uso do EPI mascara diminui sendo tolervel e no possui alergia para alimentos e a medicamentos. Relata estar com carto vacinal em dia, mas no sabe informar a ultima vacina que tomou. Nunca teve dengue, no viajou recentemente, nem habitou em zona rural, e refere nunca ter realizado sorologia para Chagas. Antes de trabalhar como lanterneiro somente estudava e ajudava os pais na roa. Antecedentes familiares: Me de 51 anos tem hipertenso arterial sistmica h 3 anos. Pai de 58 anos tem diabetes h mais de 15 anos. Possui uma irm,sadia. Histria Ocupacional: Paciente trabalha com lanternagem de automveis h 09 anos, lixando a lataria com maquina de lixar, aplica massa reparadora usa lixas na mo sem uso de maquinas no acabamento final. Exerce esta atividade remunerada por seis dias da semana, de 07:00hs ate as 11:00hs, pausa para almoo e retorna as 13:00 at as 17:00 e aos sbados de 08:00 as 12:00. Faz uso dos seguintes EPIs macaco, luvas, botas, culos e mascara de proteo da respirao. EF: BEG, auto e alo orientado, fscies atpica, MCHAA, ausncia de gnglios palpveis, tireoide normopalpavel. Oroscopia sem alteraes e rinoscopia apresentando cornetos edemaciados. P = 79Kg A = 1,72m IMC = 26,70 (acima do peso). AR: Taquipneico, MV preservado, sibilos com dispneia, trax sem abaulamentos ou retraes, ausculta da voz normal, FR = 28icrpm, tosse noturna. AC: BRNF em 2T, sem sopros, pulsos palpveis e simtricos, FC = 92spm, PA = 120x80 mmHg (sentado e deitado em MSD). ABDOME: globoso, flcido, RHA presentes e normais, percusso timpnica, indolor palpao superficial e profunda, fgado e bao no palpveis. OSTEOMUSCULAR: Sem edemas ou outras alteraes. Classificao de Schilling: Grupo III da Classificao de Schilling. III Trabalho como provocador de um distrbio latente ou agravante de doena j estabelecida. Caracterizada por limitao varivel do fluxo de ar e/ou hiper-responsividade brnquica, desencadeadas no local de trabalho e no por estmulos externos, e asma agravada pelo trabalho, que ocorre em indivduos previamente asmticos, que agravada por irritantes e/ou sensibilizantes presentes no local de trabalho. Os mecanismos descritos na asma ocupacional so: BRONCOCONSTRIO REFLEXA: ao direta de partculas sobre a parede brnquica. Ocorre em indivduos com hiperreatividade brnquica ou com asma prvia; BRONCOCONSTRIO INFLAMATRIA: exposio a irritantes presentes no ambiente de trabalho levaria a inflamao das vias areas, acompanhada de hiper-reatividade brnquica. H controvrsia em relao esses casos, que seriam considerados sndrome de disfuno reativa das vias areas; BRONCOCONSTRIO FARMACOLGICA: alguns agentes atuariam como agonistas farmacolgicos. Exemplos: organofosforados, por inibio da acetilcolinesterase; BRONCOCONSTRIO IMUNOLGICA: o tipo mais comum, mediado por IgE e, ocasionalmente, por IgG ou por imunidade celular. O alrgeno liga-se IgE, que, em contato com mastcitos e basfilos, libera mediadores inflamatrios (histamina, prostaglandina, leucotrienos) e quimiotxicos responsveis por broncoconstrio ou desencadeia reaes mediadas por IgG ou por linfcitos. No caso deste paciente, o p resduo do lixamento da lataria e da massa aplicada nos automveis devem ser irritantes ou sensibilizados desencadeando as crises asmticas, mesmo com o uso de mascara o paciente com o decorrer dos anos deve ter agravado para uma maior sensibilidade aos agentes irritantes ou no faz uso correto dos EPIs. HD: Asma intermitente, rinite alrgica, CD: 1- Encaminhada pneumologia; 2- Solicitado espirometria; 3- Teste de provocao brnquica; 4- Radiografia dos seios da face e do trax; 5- Solicitados exames: HMG, perfil lipdico, glicemia de jejum, TSH, creatinina, urina tipo 1, VHS, PCR; 6-Prescrito Sulfato de Salbutamol 100mcg/dose sempre que broncoconstricao, duas doses por vez de uso contnuo e clenil nasal aquaoso spray para ser aplicado duas vezes por dia, dois jatos em cada narina por 7 dias. 7- Orientado a suspender o uso de descongestionante nasal, substituindo-o por soro fisiolgico a 0,9% para limpeza das duas narinas. Tambm foi orientado ao uso correto dos EPIs, principalmente o uso da mascara. 8- Retorno aps exames.