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GESIANE G. FERREIRA
TRABALHO DE FARMACOLOGIA I
Antagonistas Muscarínicos e Metilxantínicos no Aparelho Respiratório.
TRABALHO DE FARMACOLOGIA I
Antagonistas Muscarínicos e Metilxantínicos no Aparelho Respiratório.
RESUMO...........................................................................................................................3
ABSTRACT..................................................................................................................…5
1. SISTEMA RESPIRATÓRIO........................................................................................7
1.1 DOENÇAS RESPIRATÓRIAS.......................................................................7
2. ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS.........................................................................9
2.1 PRINCIPAIS REPRESENTANTES.............................................................10
2.2 FARMACOCINÉTICA.................................................................................10
2.3 MECANISMO DE AÇÃO ...........................................................................10
2.4 INIDICAÇÕES TERAPÊUTICAS ..............................................................12
2.5 EFEITOS ADVERSOS.................................................................................12
2.6 CONTRA-INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES...............................................13
2.7 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA............................................................14
2.8 POSOLOGIA.................................................................................................14
3. METILXANTÍNICOS ................................................................................................15
3.1 PRINCIPAIS REPRESENTANTES.............................................................16
3.2 FARMACOCINÉTICA.................................................................................16
3.3 MECANISMO DE AÇÃO............................................................................17
3.4 INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS.................................................................18
3.5 CONTRA-INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES...............................................19
3.6 EFEITOS ADVERSOS.................................................................................19
3.7 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS........................................................20
3.8 POSOLOGIA.................................................................................................21
4. CONCLUSÂO.............................................................................................................22
5. BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................23
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RESUMO
Tanto o músculo liso quanto as glândulas secretoras das vias aéreas recebem
inervação vagal e contêm receptores muscarínicos
Os antagonistas muscarínicos são antagonistas competitivos. Os dois compostos
mais conhecidos são a atropina e a escopolamina encontrados em plantas solanáceas. A
escopolamina é usada como parte da medicação pré-operatória e partos por também
produzir amnésia significativa, um efeito colateral que era considerado desejável. Por
outro lado, a retenção urinária e a hipomotilidade intestinal após a cirurgia podiam ser
significativamente exacerbadas. Com o desenvolvimento de anestésicos inalatórios
eficazes e não-irritantes, foi eliminada a prescrição destes antimuscarínicos como
medicação pré-anestésica.
A inalação da fumaça produzida queimando-se as folhas da Datura stramonium é
utilizada, há séculos, como remédio para a asma brônquica e que eram usados sem
prescrição médica para essa indicação.
Os antagonistas muscarínicos podem bloquear efetivamente a contração do
músculo liso das vias aéreas e o aumento da secreção de muco que ocorre em resposta à
atividade vagal e são indicados para distúrbios respiratórios e rinossinusites.
Os efeitos adversos que surgem em consequência da absorção sistêmica e
geralmente causam desde a retenção urinária, perda da acomodação visual e agitação,
taquicardia até vertigem, aumento da pressão intra-ocular e anorexia mental.
Os antimuscarínicos não são tão efetivos quantos os β-adrenérgicos, mas podem
ser associados à estes para melhores efeito ou até mesmo substituí-los em caso de
intolerância.
As metilxantinas são estimulantes psicomotores. A estimulação do SNC provoca
modificações do comportamento desde discreta elevação da vigília, aumento do
nervosismo e da ansiedade até convulsões. Mesmo assim, existe uma grande exposição
ao público destes compostos através das bebidas que contêm xantinas, incluindo café,
chá, chocolate e bebidas que contêm cola.
Foram propostos diversos mecanismos de ação para as metilxantinas, porém
nenhum deles foi estabelecido como responsável por seu efeito broncodilatador. Dentre
as xantinas, a teofilina é o broncodilatador mais eficiente, podendo também ter uma
relação positiva no processo antiinflamatório (Ward et al., 1993).
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As xantinas oferecem ação broncodilatadora de longa duração diminuindo a
frequência da administração do fármaco, principalmente favorecendo o tratamento do
broncoespasmo noturno.
O brometo de ipratrópio, antimuscarínico, demonstrou produzir broncodilatação
efetiva em pacientes recebendo agentes derivados xantínicos.
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ABSTRACT
The smooth muscle and the secretory glands in the respiratory system receive
vagal innervation and contain muscarinic receptors.
The muscarinic antagonists are competitive antagonists. The two compounds that
are most popular are the atropine and the scopolamine. Both can be found in the
Solanaceae plants. The scopolamine is used together with preoperative medication and
also for births in the reason of the significant amnesia that it can induce, the side effect
was considered desirable for that procedure. But, the urinary retention and intestinal
hypomotility, that usually happen after the surgery, could be significantly exacerbated.
After the development of effective and nonirritating inhaled anesthetics, the
scopolamine was eliminated from the preoperative prescribing.
The inhalation of the smoke from burning leaves of Datura stramonium is used
since centuries ago as a remedy for bronchial asthma, without a prescription.
The muscarinic antagonists can, effectively block the contraction of the smooth
muscle in the respiratory system and decrease the secretion of mucus that occurs in
response to the vagal activity and also, they are indicated for respiratory disorders
and rhinosinusitis.
The adverse effects emerge in the consequence of absorption. The signs of these
effects include the loss of visual accommodation, agitation, tachycardia, dizziness,
increased intraocular pressure and anorexia.
The antimuscarinics are not effective as β-adrenergic receptor agonist but it can be
associated with each other to a better effect or it can even replace them in case
of intolerance.
The methylxanthines are psychomotor stimulants. The stimulation in the central
nervous system causes behavior changes from a mild increase of the wakefulness,
increased nervousness and anxiety until convulsions. Despite all opposition, there is
a high exposure of compounds which contains xanthine, such as beverages including
coffee, tea, chocolate and cola drinks.
Several mechanisms of action for the methylxanthines were been proposed, but
none of them was established as responsible for its bronchodilator effect. Between
the xanthines, the theophylline is the more efficient bronchodilator and it can also have
a positive relation in the inflammatory process (Ward et al., 1993).
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The xanthine as bronchodilator offers a long duration that decreases the frequency
of the drug administration, and mainly, favoring the treatment of the bronchospasm on
the night.
The ipratropium bromide, an antimuscarinic, demonstrated that it can produce an
effective bronchodilation in patients medicated with derived compounds from xanthine.
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1. SISTEMA RESPIRATÓRIO
Tanto o músculo liso quanto as glândulas secretoras das vias aéreas recebem
inervação vagal e contêm receptores muscarínicos. Mesmo em indivíduos normais, é
possível detectar alguma broncodilatação e diminuição das secreções após a
administração de atropina. O efeito é muito mais drástico em pacientes portadores de
doenças das vias aéreas, embora as drogas antimuscarínicas não sejam tão úteis quanto
os estimuladores dos receptores β-adrenérgicos no tratamento da asma. Entretanto, os
agentes antimuscarínicos mostram-se valiosos em alguns pacientes com asma ou com
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A localização dos subtipos de receptores
muscarínicos e sua função possuem importantes efeitos sobre a utilidade dos
antagonistas muscarínicos. A eficácia de drogas não-seletivas no tratamento da DPOC é
limitada, visto que o bloqueio dos receptores M2 auto-inibitórios nos nervos
parassimpáticos pós-ganglionares pode opor-se à broncodilatação produzida por
bloqueio dos receptores M3 no músculo liso das vias aéreas. Além disso, as drogas
antimuscarínicas são frequentemente utilizadas antes da administração de anestésicos
inalatórios, a fim de diminuir o acúmulo de secreções na traquéia e a possibilidade de
laringoespasmo.
Inervação parassimpática
Broncoconstritor neural hiperativo, presente na maioria dos indivíduos portadores
de asma, é mediado pelo vago, atuando sobre receptores muscarínicos nas células
musculares lisas brônquicas.
A inervação parassimpática dos músculos lisos brônquicos predomina e está
imersa nas paredes dos brônquios e bronquíolos, e as fibras pós-ganglionares inervam
os músculos lisos das vias aéreas. Estão presentes três tipos de receptores muscarínicos
(M), porém os M3 são farmacologicamente mais importantes. Estão localizados no
músculo liso e nas glândulas dos brônquios e medeiam a constrição brônquica e a
secreção de muco.
Com base em sua afinidade por receptores específicos, os antagonistas que atuam
sobre os receptores colinérgicos são classificados em: antimuscarínicos e
antinicotínicos.
Os fármacos bloqueadores muscarínicos são compostos que antagonizam
seletivamente as respostas à acetilcolina (ACh) e outros parassimpaticomiméticos que
são mediadas pela ativação dos receptores muscarínicos. Esses agentes são também
denominados drogas antimuscarínicas e anticolinérgicos. Os alcalóides da beladona,
como a atropina, são os agentes bloqueadores muscarínicos mais conhecidos, e seu uso
medicinal precedeu o conceito de transmissão neuroquímica.
A escopolamina também tornou-se parte da medicação pré-operatória e partos por
também produzir amnésia significativa, um efeito colateral que era considerado
desejável. Por outro lado, a retenção urinária e a hipomotilidade intestinal após a
cirurgia podiam ser significativamente exacerbadas pelo uso da droga antimuscarínica.
Com o advento de anestésicos inalatórios eficazes e não-irritantes, foi eliminada a
prescrição destes antimuscarínicos como medicação pré-anestésica.
A inalação da fumaça produzida queimando-se as folhas da Datura stramonium é
utilizada, há séculos, como remédio para a asma brônquica. Até pouco tempo, dispunha-
se de cigarros “Asthmador” contendo D. Stramonium, que eram usados sem prescrição
médica para essa indicação.
O ipratrópio, um análogo sintético da atropina, é utilizado como droga inalada na
asma. A administração por aerossol tem a vantagem de concentração máxima no tecido-
alvo brônquico, com efeitos sistêmicos reduzidos. O ipratrópio também tornou-se útil na
DPOC, uma condição que ocorre com maior frequência em pacientes idosos,
particularmente em fumantes crônicos. Os pacientes com DPOC beneficiam-se com o
uso de broncodilatadores, sobretudo agentes antimuscaríncos como o ipratrópio. Um
agente dessa categoria, em fase de investigação inclui o tiotrópio, uma droga
antimuscarínica quaternária de ação prolongada, duração de ação até 24 horas, (de 10-
15 horas para outros autres), administrada em aerossol. Início de ação 1,5-2 horas.
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2.1 PRINCIPAIS REPRESENTANTES
2.2 FARMACOCINÉTICA
Em distúrbios respiratórios
Durante muito tempo, os agentes bloqueadores dos receptores muscarínicos
ocuparam um lugar de destaque no tratamento da asma; todavia, foram substituídos, em
grande, pelos agentes adrenérgicos. Os problemas associados ao uso de alcalóides
antimuscarínicos em distúrbios respiratórios consistem no seu baixo índice terapêutico e
redução da expectoração. Este último problema resulta da inibição da secreção mucosa,
atividade ciliar e transporte mucoso.
Por outro lado, o brometo de ipratrópio é um agente bloqueador muscarínico
sintético que, nestes últimos anos, passou a ser amplamente utilizado no tratamento de
distúrbios respiratórios. Trata-se de um composto de amônio quaternário que é aplicado
topicamente às vias aéreas através de inalador dosimetrado. Uma fração significativa da
dose é deglutida, porém a absorção pelas vias aéreas e pelo trato gastrintestinal é
insignificante, e a maior parte do fármaco é eliminada nas fezes. Consequentemente,
não se observa a ocorrência de efeitos adversos significativos. O ipratrópio não afeta o
transporte mucociliar nem o volume e a viscosidade do escarro.
Os ensaios clínicos realizados demonstraram a eficácia do ipratrópio na doença
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), para a qual apresenta eficácia igual ou superior
aos agonistas β2-adrenérgicos. São obtidas respostas broncodilatadoras máximas ao
ipratrópio dentro de 1,5 a 2 horas. Por conseguinte, o ipratrópio é menos apropriado do
que um agonista β-adrenérgico de ação rápida para emergências.
O ipratrópio é menos eficaz do que os agonistas dos receptores β2 na asma, mas
pode ser útil quando associado a outros broncodilatadores.
Em rinossinusites
O brometo de ipratrópio nasal age bloqueando os receptores muscarínicos,
promovendo o controle da rinorréia, podem ser útil quando esse sintoma é a principal
queixa. Não bloqueia os espirros, o prurido nem a obstrução nasal.
2.8 POSOLOGIA
3. METILXANTÍNICOS
16
Estimulantes do SNC
Categoria
Exemplos Mecanismo de ação Significado clínico
Usos clínicos
não relacionados à
atividade
Inibição da estimulantes,
fosfodiesterase embora a cafeína
Antagonismo esteja incluída em
Metilxantinas
Estimulantes dos receptores A2 da vários “tônicos”.
(ex.: cafeína,
psicomotores adenosina (não é A teofilina é
teofilina)
clara a relevância usada pela sua
destas ações para ação dobre os
efeitos centrais) músculos cardíacos
e brônquicos
Constituintes
de bebidas
3.2 FARMACOCINÉTICA
As xantinas são prontamente absorvidas pelas vias oral e retal. Embora essas
drogas possam ser administradas por injeção (a aminofilina é um sal solúvel da
teofilina), a administração intravascular está indicada apenas no estado asmático e na
apnéia em lactentes prematuros. A injeção intramuscular geralmente produz dor
considerável no local de injeção.
Os compostos são muito metabolizados, principalmente aos derivados do ácido
úrico. Não existe, entretanto, nenhuma indicação de que as metilxantinas agravem a
gota.
A broncodilatação produzida pelas metilxantinas constitui a principal ação
terapêutica desses agentes. Não ocorre tolerância; entretanto, os efeitos adversos,
especialmente o SNC, podem limitar a dose. Além desse efeito direto sobre o músculo
lido das vias aéreas, esses agentes – em concentração suficiente – inibem a liberação de
histamina no tecido pulmonar induzida antigeneticamente. Seu efeito sobre o transporte
mucociliar não é conhecido.
A teofilina é metabolizada pelo fígado, de modo que administração de doses
habituais a pacientes com hepatopatias pode resultar em concentrações tóxicas do
fármaco. Por outro lado, a depuração pode ser aumentada através da indução das
enzimas hepáticas por tabagismo ou por mudança na dieta.
Abusos de xantinas
3.8 POSOLOGIA
Antimuscarínicos:
São broncodilatadoras com ação máximas dentro de 1,5 a 2 horas, por isso são
menos apropriados que um agonista β-adrenérgico de ação rápida para emergências.
Os antagonistas muscarínicos são a escolha para a substituição em casos de
pacientes não tolerantes aos β-adrenérgicos.
Além disso, podem ser úteis quando associados a outros broncodilatadores,
inclusive derivados xantínicos.
Metilxantinas: