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Parte 2
1-As colegas começam o vosso trabalho com uma síntese da real missão da BE, que
passo a transcrever «Actualmente, a Biblioteca Escolar deverá assumir-se como o pólo de
inovação da Escola, promovendo uma nova forma de aprender em que cada aprendente
assuma o papel de construtor do seu próprio conhecimento, inserido numa comunidade
de aprendizagem colaborativa. Assim, o contexto de uma Escola da Sociedade do
Conhecimento implica uma Biblioteca Escolar que funcione como um recurso inovador e
contributivo para o cumprimento dos objectivos de ensino/aprendizagem» para a ligar ao
currículo, acrescento eu. Temos pois, referenciadas conceptualmente as linhas
orientadores da RBE, que devem pautar o plano de trabalho das equipas da BE. Com a
mesma matriz, o Plano Tecnológico do XVII Governo Constitucional o retoma e bem o
paradigma da construção da Sociedade do Conhecimento, agregando as mais-valias das
TIC.
Ora entre o sonho e a realidade vai uma distância considerável. É a nós que compete
diminuir este fosso, devendo para tal estarmos dotados de meios humanos e financeiros
adequados. A Sociedade da Informação constitui a primeira etapa de uma caminhada que
nos conduz à Sociedade do Conhecimento. Não se atinge a Sociedade do Conhecimento
sem os alunos dominarem as competências das literacias, sem o exercício pleno da
alfabetização informacional. Gimeno Sacristán diz que:
«La escolaridad tiene que rellenarse ante todo de hablar y de escuchar,
de leer y escribir. Cultivar estas dos últimas habilidades es función
esencial de la educación moderna. La alfabetización eficaz supone poner
a los sujetos a las puertas del poder que implica la posesíon del
conocimiento a través del domínio del lenguaje»
(cit. por CORCHETE, 2007, 50)
4- A cultura de escola mostra-se como uma variável comum em todos os níveis de ensino,
que influencia significativamente a concretização do PAA da BE e o sucesso das metas
que aí se definem. Torna-se claramente visível no desenrolar de actividades relacionadas
com os objectivos pessoais fixados pela avaliação individual dos professores. Concordo
com as vossas preocupações quando aconselham o cruzamento do modelo de auto –
avaliação das BE com o dos docentes. No ano lectivo passado, apercebi-me que a
avaliação dos professores quebrou o gelo, agilizando o trabalho colaborativo, chave da
sobrevivência da BE.
Não obstante as contínuas referências à flexibilização no modelo de auto-avaliação das
BE, parece transparecer, como dizem, uma certa exigência pouco conciliável com a
disparidade de níveis de desenvolvimento das BE. Contudo não deixa de ser menos
verdade, que devemos ser proactivos e olhar sem receio para o futuro. Entendo a
avaliação, como um processo essencial, primeiro com fins meramente pedagógicos e de
diagnóstico. Depois caberão outros passos, que não ocorrem aqui.