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REGRAS DE DERIVAÇÃO 71
A função derivada f ′ (x) fornece informações valiosas sobre a função f (x), sendo
assim sabendo mais sobre a função f ′ (x) saberemos mais tambem sobre a função
f (x). A derivada f ′ (x) da função f (x) é chamada de derivada primeira de f (x), A
derivada f ′′ (x) da função f ′ (x) é chamada de derivada de segunda de f (x) e assim
por diante.
Solução:
(a) f (x) = sen(x)
f ′ (x) = cos(x)
f ′′ (x) = −sen(x)
f ′′′ (x) = −cos(x)
f IV (x) = sen(x)
f V (x) = cos(x)
Aplicação de Derivadas
Exemplo 3.1. Encontre os intervalos onde a função f (x) = 4x2 − 32x + 5 é cres-
cente ou decrescente.
73
74 CAPÍTULO 3. APLICAÇÃO DE DERIVADAS
ƒ
c x
a b d
ƒ
c1 x
c2
ƒ(x)=x5 +2
SOLUÇÃO:
Se f (x) = 5x2 − 4 então f ′ (x) = 10x. Avaliando a função f ′ (x), temos que está é
uma reta que só assume valor nulo quando x = 0, ou seja, f ′ (0) = 0 e pela definição
3.3, x = 0 é um número crı́tico da função f .
x
Exemplo 3.3. Encontre o valor máximo e mı́nimo absoluto da g(x) = 2 no
x +1
intervalo [0, 2]
SOLUÇÃO:
Primeiro, vamos avaliar o valor da função g(x) para os extremos do intervalo [0, 2];
2
g(0) = 0 e
g(2) = .
5
Agora, vamos verificar se g possui números crı́ticos no intervalo (0, 2);
Para isso, vamos determinar g ′ (x) aplicando a Regra do Quociente.
d d
(x2 + 1) · x − x · (x2 + 1) (x2 + 1)(1) − x · (2x) ′ 1 − x2
g ′ (x) = dx dx ⇒ g ′
(x) = g (x) =
(x2 + 1)2 (x2 + 1)2 (x2 + 1)2
A função g ′ possui como domı́nio o conjunto dos números Reais (R) e só se anulará
quando 1 − x2 = 0, ou seja, para x = 1 ou x = −1. O número x = 1 é o único
1
número crı́tico de g em (0, 2), e terá imagem g(1) = .
2
Analisando o sinal da derivada nos intervalos (0, 1) e (1, 2) temos:
Assim pelos passos anteriores, podemos concluir que o valor mı́nimo absoluto é
1
g(0) = 0 e o valor máximo absoluto é g(1) = para o intervalo [0, 2].
2
x d x
a c b a c b
SOLUÇÃO:
A função f é um polinômio e por isso, é contı́nua e diferenciável para todos x ∈ R,
logo será contı́nua no intervalo [−1, 1] e diferenciável no intervalo (−1, 1). Então
pelo Teorema do Valor Médio existe um número c em (−1, 1) tal que
e então
10 − 6 = (6c + 2)(2) ⇒ 12c + 4 − 4 = 0 ⇒ 6c = 0 ⇒ c = 0
e 0 ∈ (−1, 1). Logo existe um único número c = 0 que satisfaz o Teorema do Valor
Médio.
Teorema 3.6. (Teste da Derivada Primeira): Suponha que c seja um número crı́tico
de uma função contı́nua f :
(a) Se o sinal de f ′ mudar de positivo para negativo em c, então f tem um máximo
local e c;
(b) Se o sinal de f ′ mudar de negativo para positivo em c, então f tem um mı́nimo
local em c;
(c) Se f ′ não mudar de sinal em c, então f não tem extremo local em c.
f é
(i) côncavo para cima em I se f ′ (x) > 0 em I.
(ii) côncavo para baixo em I se f ′ (x) < 0 em I.
ou que
lim f (x) = ±∞ e lim g(x) = ±∞.
x→a x→a
Então
f (x) f ′ (x)
lim = lim ′
x→a g(x) x→a g (x)
Exemplo 3.5. Encontre o valor dos limites abaixo usando a Regra de L’Hôpital:
x9 − 1
(a) limx→1 5
xx − 1
e −1
(b) limx→0
senx
ln x
(c) limx→∞
x
SOLUÇÃO:
Aplicando a Regra de L’Hôpital, temos:
3.4. PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO 79
(a)
x9 − 1 9x8
lim = lim
x→1 x5 − 1 x→1 5x4
9x4
= lim
x→1 5
9(1)4
=
5
9
x −1 9
lim 5 =
x→1 x − 1 5
(b)
ex − 1 ex
lim = lim
x→0 senx x→1 cos x
e0
=
cos 0
ex − 1
lim =1
x→0 senx
(c)
1
ln x x
lim = lim
x→∞ x x→1 1
1
= lim
x→1 x
ln x
lim =∞
x→∞ x
0 · ∞ , 00 , ∞0 , 1∞ e ∞−∞
Os tipos de aplicação são ilimitados, tornando-se, assim, difı́cil enunciar regras es-
pecı́ficas para a determinação de soluções. É possı́vel, entretanto, desenvolver uma
estratégia geral para abordar tais problemas. De modo geral, vale a orientação
seguinte:
Exemplo 3.6. Deve-se construir uma caixa com base retangular, usando um retângulo
de cartolina com 16cm de largura e 21cm de comprimento, cortando-se um quadrado
em cada canto. Determine as dimensões desse quadrado para que a caixa tenha o
volume máximo possı́vel.
SOLUÇÃO:
Comecemos por fazer um desenho da peça de cartolina, onde introduziremos a
variável x para denotar o comprimento do quadrado a ser cortado em cada canto.
Nosso objetivo é maximizar o volume V da caixa a ser construı́da, dobrando-se a
cartolina após retirar, em cada canto, um quadrado de lado x.
16 cm
21 cm
3.4. PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO 81
e
28
3x − 28 = 0 ⇒ x = 3
′
V =0⇒ ou
x−3=0⇒x=3
Como 28 3
está fora dos limites de variação de x, consideremos apenas x = 3 como
número crı́tico. Aplicando o Teste da Derivada Primeira 1 , temos que, V ′ > 0
se x < 3 e V ′ < 0 se x > 3, ou seja, o sinal de V ′ muda de positivo para negativo em
x = 3, logo f (3) é um máximo local de V . Verificando-se os extremos do domı́nio
de V , V = 0 para x = 0 e x = 8, isto é, o máximo de V não ocorre em nenhum dos
pontos extremos do domı́nio. Consequentemente, deve-se cortar de cada canto um
quadrado de 3cm de lado para se obter a caixa de volume máximo.
Exemplo 3.7. Quando uma pessoa tosse, o raio da traquéia diminui, afetando a
velocidade do ar na traquéia. Se r0 é o raio normal da traquéia, a relação entre a
velocidade v do ar e o raio r da traquéia é dada por uma função da forma v(r) =
ar2 (r0 − r) , onde a é uma constante positiva. Determine o raio para o qual a
velocidade do ar é máxima.
SOLUÇÃO:
O raio r da traquéia contraı́da não pode ser negativo, nem maior que o raio normal,
1
Teste da Derivada Primeira: Suponha que c seja um número crı́tico de uma função contı́nua
f:
(a) Se o sinal de f ′ mudar de positivo para negativo em c, então f tem um máximo local e c;
(b) Se o sinal de f ′ mudar de negativo para positivo em c, então f tem um mı́nimo local em c;
(c) Se f ′ não mudar de sinal em c, então f não tem mı́nimo local em c.
82 CAPÍTULO 3. APLICAÇÃO DE DERIVADAS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
xex −ex + 1
14. lim x 18. lim x
x→0 e − 1 x→0 e − 1
cos x − 1 sen2x
15. lim 19. lim
x→0 x x→0 sen5x
ln x
ln(x + 1) 20. lim
16. lim x→∞ x
x→0 x3
ln x
x 21. lim+
17. lim x x→0 sec x
x→0 e − 1
23. Um recipiente cilı́ndrico, aberto em cima, deve ter a capacidade de 375π cm3 .
O custo do material usado para a base do recipiente e de R$ 0,15 por cm2 e
o custo do material usado na lateral e de R$ 0,05 por cm2 . Se não há perda
de material, determine as dimensões que minimizam o custo do material para
construı́-lo.
24. Uma janela deve ter a forma de um retângulo superposto por um triângulo
equilátero. Se o perı́metro da janela é 12 pés, determine as dimensões do
retângulo que proporcionam a área máxima. √
l 3
Obs.: A altura de um triângulo equilátero de lado l é dada por h = .
2
25. O Departamento de Estradas de Rodagens planeja construir uma área de
piquenique para os motoristas ao longo de uma grande auto-estrada. Ela
deve ser retangular, com área de 5000m2 , e deverá ser cercada nos três lados
não-adjacentes à estrada. Qual é a menor quantidade de cerca necessária para
se efetuar trabalho?
26. Quando um resistor de R ohms é ligado aos terminais de uma bateria com
uma força eletromotriz de E volts e uma resistência interna de r ohms, uma
corrente de I ampères atravessa o circuito e dissipa uma potência de P watts,
sendo
E
I= e P = I 2 R.
R+r
Supondo que r = 2 ohms e E = 50 volts, qual o valor de R para o qual a
potência dissipada é máxima?
28. O custo total C para fazer x unidades de um certo artigo é dado por C =
0, 005x3 + 0, 45x2 + 12, 75x + 250. Todas as unidades feitas são vendidas a R$
40,00 por unidade. O lucro P é, então, dado por P = 40x − C. Determine o
número de unidades que devem ser feitas de modo a obter o lucro máximo.
29. Uma folha de papelão quadrada com 50cm de lado é usada para fazer uma
caixa aberta, retirando-se quadrados de mesmo tamanho dos quatro cantos e
dobrando-se os lados. Qual é o tamanho dos quadrados que resulta na caixa
com maior volume possı́vel?
30. Quer-se dividir o número 56 em duas partes x e y, tais que o seu produto seja
máximo. Determine-as.