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Medicina
O uso de fibras ópticas em aplicações médicas tem evoluído bastante desde as
aplicações pioneiras do Fiberscope, onde um feixe de fibras de vidro servia
basicamente para iluminar e observar órgão no interior do corpo humano. Hoje
em dia, tem-se uma variedade de aplicações de sistemas sensores com fibras
ópticas em diagnóstico e cirurgia. Inseridos através de cateteres ou
subcutaneamente, sensores de fibras ópticas miniaturizados permitem
monitorar funções biológicas internas dos pacientes. Estes sensores, que
podem permanecer aplicados no paciente durante um longo tempo, permitem
testar e acompanhar processos biológicos em tempo real, de vital importância,
por exemplo, em cirurgias. Dentre os sistemas sensores com fibras ópticas em
aplicações médicas podem ser destacados os seguintes:
1. Sensores de temperatura: têm sido utilizados, por exemplo, em
terapia hipertérmica radiológica de tumores cancerígenos, onde
as qualidades de imunidade eletromagnética das fibras ópticas
são únicas, face à radiação de microondas da fonte de calor
utilizada. A faixa de atuação típica dos sensores de temperatura
para aplicações médicas é de 0 a 100ºC e com precisão de
0,01ºC;
2. Sensores de pressão: utilizados para monitorar a pressão
intracraniana, cardiovascular, uretral ou retal. A faixa de atuação
é de 0 a 300mm de mercúrio com precisão de 0,5%;
3. Sensores magnéticos: permitem obter o mapeamento dos
campos magnéticos gerados pelo cérebro, útil no tratamento de
ataques de epilepsia;
4. Sensores de pH: utilizados para monitorar o nível de oxigênio do
sangue, permitindo, por exemplo, acompanhar o comportamento
de feto numa cirurgia cesariana. Atua tipicamente numa faixa de
pH entre 7 e 7,4 com precisão de 0,001, sendo que o nível de
asfixia é indicado por pH 7,2. A figura ilustra este tipo de sensor.