You are on page 1of 11

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

CAMPUS CATALÃO

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE FÍSICA ІV

TERCEIRO – EXPERIMENTO

CIRCUITO RETIFICADOR DE MEIA ONDA

ALUNOS: JUNIOR CESAR DELFINO PEIXOTO, 080792.


CURSO: FÍSICA-LICENCIATURA
PROFESSOR: JALLES FRANCO

CATALÃO
2009
1. OBJETIVOS
Verificar as formas de ondas e valores de tensão fornecidos por um retificador de
meia onda, que alimentam uma carga R.

2. TEORIA BÁSICA
A tensão elétrica fornecida às instalações industriais, comerciais e residenciais
apresenta-se sob a forma alternada senoidal, com freqüência fixa. Existem diferentes razões
que fazem que este seja o padrão mundialmente adotado. Pode-se citar a racionalização no
dimensionamento dos condutores das redes de transmissão e distribuição, a adequação para a
transformação de níveis de tensão com o uso de transformadores, adequação ao acionamento
de motores de corrente alternada, etc.
Entretanto, muitas aplicações requerem o uso de tensão na forma contínua. A
título de exemplo, citam-se os aparelhos eletrônicos em geral, onde os circuitos são
invariavelmente alimentados em tensão contínua. Portanto, nos casos onde o uso de tensões
contínuas é requerido, se faz necessário a utilização de um dispositivo que transforme uma
tensão alternada senoidal em uma tensão contínua.
Este dispositivo é constituído por um circuito denominado de circuito retificador.
Assim, de uma forma geral, pode-se dizer que um circuito retificador caracteriza-se por
transformar um sinal alternado em um sinal contínuo, impedindo a mudança no sentido da
corrente elétrica.

Retificador de Meia Onda


Considere que os pontos A e C, na Figura 1.1, são os terminais de um
transformador que reduz a tensão da rede elétrica para um valor apropriado. Emprega-se um
transformador abaixador para que o valor médio da tensão retificada seja pequeno, adequado
à alimentação de circuitos eletrônicos.

Figura 1.1
A retificação de meia onda é feita com o uso de um único diodo retificador
conectado conforme mostra a Figura 1.1.
O diodo funciona como uma chave que está fechada quando ele está polarizado
diretamente (tensão no ponto A maior do que a tensão no ponto B) e está aberta quando a
polarização é reversa (tensão no ponto B maior do que a tensão no ponto A), como mostra a
Figura 1.2.

Figura 1.2
Assim, como a da tensão no resistor é uma imagem da corrente que passa por ele
(V=R.i), entre os pontos B e C (Figura 1.1) a tensão terá a forma dada pela Figura 1.3.

Figura 1.3

Esta forma de onda caracteriza a retificação de meia onda (o semi-ciclo negativo


é cortado). Os diodos são componentes eletrônicos que permitem a passagem da corrente
elétrica em um só sentido, bloqueando correntes vindas em sentido oposto.
Quando empregados no processo de retificação, um diodo é tipicamente
denominado retificador. Todo diodo tem uma polaridade. O pólo positivo e chamado de
anodo e o negativo de catodo. Fisicamente falando, todo diodo possui uma marcação (uma
faixa geralmente branca) próxima ao seu catodo (pólo negativo), conforme Figura 1.4.
Basicamente o retificador de meia onda, e construído com um único dispositivo
eletrônico retificador, o diodo, ligado em serie com a carga que se deseja alimentar. Veja Fig.
(1). Assim, obtém um sinal de tensão com sentido único (corrente direta), porem com
intensidade variável. Para obter um sinal com intensidade, praticamente constante, deve-se
acrescentar, ao dispositivo, um filtro de baixa freqüência (um capacitor C em paralelo com a
carga R).

Para o circuito da Fig. (1), tem-se como valor médio Vmedio e valor eficaz
Vrms de tensão na carga R:

V2pico V2pico
Vmedia = Vrms =
2π 2 (1)

Ao acrescentar um capacitor C, em paralelo com a carga R, melhora a variação


da tensão na carga. Mesmo assim, o sinal apresenta uma ondulação remanescente chamada
ripple e sua amplitude pode ser determinada matematicamente por:

(2)

Onde: I e a corrente elétrica que flui pela carga [A], f e a freqüência do sinal de
saída [Hz], C e a capacitância do filtro de saída [F], V a tensão media na carga [V] e R a
resistência de carga [ Ω ].
Uma estabilização mais adequada e conseguida com o uso de um estagia
estabilizadora a zener ou CI’s reguladores de tensão.
3. RELAÇÃO DO MATERIAL
• 01 Fonte de tensão AC;
• Osciloscópio (com duas pontas de prova);
• 01 Capacitor eletrolítico de (2200 μF, 1500 μF, 470μF);
• 01 Resistor de 2200 kΩ , 820kΩ , 270 kΩ ;
• Fios e cabos de conexão elétrica;
• Diodo 1N4007 ou equivalente;
• Multímetro digital;

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Monte o circuito indicado na Fig. (2) e energiza-o. Verifique, com o

osciloscópio, as formas de ondas: na entrada do circuito V2 acoplamento modo AC, na carga

VR modo DC e anote-as na tabela: (1) com seus respectivos valores de tensão ( Vmax e Vmin ) e

período (T). Meça também, com o voltímetro, a tensão media ( VDC ) e a tensão eficaz ( VAC

) no resistor de R1.
Diagrama esquemático:

Fig. 2 – circuito retificador de meia onda sem filtro na saída.

Inverta o diodo, como indicado na Fig. (3). Execute os mesmos procedimentos

do item anterior. Anote os valores de tensão media ( VDC ) e a tensão eficaz ( VAC ) no resistor,
anote os valores tabela: (2).

Fig. 3 circuito retificador de meia onda sem filtro na saída com diodo invertido.
Monte o circuito indicado na Fig. (4) e energiza-o. Verifique, com o

osciloscópio, as formas de ondas na carga R: VOND modo AC e tensão entrada VR modo

DC com seus respectivos valores de tensão ( Vmax e Vmin ) e período (T). Feito a leitura da

tensão VR modo DC e tensão de oscilação VONDpico ( AC ) anote os valores na tabela (3).

Fig. 3 circuito retificador de meia onda com filtro na saída (C= 2200*10−6 µ f ).
Mantenha o capacitor e troque o resistor de Rl, por urn de R2. Meça, com o
oscilosc6pio, a tensão VR (DC) e a tensão de oscilação VONDpico (AC) e anote os valores na
tabela: (3). Troque, agora, o resistor R2, por urn de R3 e repita o mesmo procedimento
anterior. Faça o mesmo, sem carga na saida. Anote os valores na tabela: (3) para ambos os
casos. Agora, monte o circuito somente com o resistor de R2 na saída. Troque o capacitor de
filtro de Cl (cerca de 100 µ f ) para C2, meça, com o osciloscópio, a tensão VR (modo DC) e
a tensão de oscilação VONDpico (modo AC) e anote-os na tabela: (4). Repita o mesmo
procedimento para um capacitor.

5. Dados obtidos
Tabela 1: Valores de tensão medidos com o voltímetro.

Valores de tensão na carga R1


Tensão Media na carga ( VDC ) 3,20

Tensão Eficaz na carga ( VAC ) 3,21

Diagrama 1:
Formas de ondas na entrada (V2 ) e saída (VR ) do circuito retificador de meia
onda, para R1 .
Tabela 2: Valores de tensão medidos com o voltímetro.

Valores de tensão na carga R1


Tensão Media na carga ( VDC ) -2,41
Tensão Eficaz na carga ( VVC ) 2,98

Diagrama 2: Formas de ondas na entrada ( V2 ) e saída ( VR ) do circuito retificador

de meia onda, para R1 .

Tabela 3: Valores de tensão na saída do retificador, medidos com o osciloscópio,

para cargas de R1 , R2 e R3 e sem carga. Voltagem aplicada V=25V e capacitor


fixo de 4700*10−6 µ f .
Valores de tensão para cargas diferentes e
capacitor de filtragem fixam em C
VR ( DC ) 7,69 V
R1 =2200 Ω VONDpico ( AC ) 3, 2 ∗10−3 V

VR ( DC ) 7,58 V
R2 =820 Ω
VONDpico ( AC ) 3, 0 ∗10−3 V
VR ( DC ) 7,48 V
R3 =270 Ω
VONDpico ( AC ) 1,1 ∗10−3 V

Vsaida ( DC ) 7,89 V
Sem carga
VONDpico ( AC ) 1, 0 ∗10−3 V

Diagrama 3: Formas de ondas no resistor VR (V ) em função de t(s).

Diagrama 4: Formas de ondas no resistor Vond (V ) em função de t(s).

Tabela 4: Valores de tensão na carga medidas com o osciloscópio, para

capacitores de C1 , C2 e C3 .

Valores de tensão para capacitores de filtragem


diferentes e carga fixa em R1 =820 Ω
C1 = 4700*10−6 µ f VR ( DC ) 7,64 V
V=25V VONDpico ( AC ) 0, 6 ∗10−3 V

C2 = 1500*10−6 µ f VR ( DC ) 7,61 V
V=35V VOND ( AC ) 0,5 ∗10−3 V

C3 = 2200*10−6 µ f VR ( DC ) 7,63 V

V=16V VOND ( AC ) 0, 7 ∗10−3 V

6. Questões
1. Calcule Vmedio=VR e Vrms, se filtro na saída, e compare com os valores
medidos.
V pico 7,8 V pico 7,8
Vmedio = = = 2,48
V Vrms = = = 3,9V
π π 2 2

2. Calcule Vond, para cada caso. Qual a influencia na tensão de saída do retificador,
tensão media VR (DC) e tensão de oscilação Vond (AC), quando se aumenta o
valor de R, e de C.
2.1 Cálculos com capacitor fixo referentes à tabela (3)

I V 25
Vripple = Vond = = = −6
0, 43 =V
f∗C f ∗R ∗C 60 220∗ 4700
∗ 10 ∗

I V 25
Vripple = Vond = = = −6
1, 61 =V
f∗C f ∗R ∗C 60 820∗ 4700
∗ 10 ∗

I V 25
Vripple = Vond = = = −6
0, 53 =V
f∗C f ∗R ∗C 60 270∗ 4700
∗ 10 ∗

2.2 Cálculos com resistência fixa referentes à tabela (4).

I V 25
Vripple = Vond = = = −6
1, 61 =V
f∗C f ∗R ∗C 60 820∗ 4700
∗ 10 ∗
I V 35
Vripple = Vond = = = −6
0, 72 =V
f∗C f ∗R ∗C 60 820∗ 1500∗ 10 ∗
I V 16
Vripple = Vond = = = −6
0, 48 =V
f∗C f ∗R ∗C 60 820∗ 2200
∗ 10 ∗

7. CONCLUSÃO

Este experimento foi de grande importância para melhor compreensão na


prática de do estudo feito em sala de aula. Foi constatação na prática a utilização do
diodo em um circuito de retificação de sinal, juntamente com filtragem para um sinal
mais próximo do “constante” na tensão da resistência de carga.
O destaque em questão para o aprendizado referente à implantação de
circuitos de retificação e filtragem de sinais para um valor determinado faz-se mais
que importante. Um fato muito importante ocorrido no experimento foi o
transformador disponibilizado para o experimento, em que a sua tensão de pico
(Vmáx) não atendia as exigências iniciais do experimento.
Vale lembrar que na maioria dos casos, alterando a resistência, o

VONDpico ( AC ) medido teve um valor inferior ao medido no VR ( DC ) .

A observação do comportamento e das características destes três tipos


de circuitos retificadores baseados em diodos e o programo da filtragem é de exímia
importância para possíveis situações práticas em que seja necessário desenvolver
algum projeto em que a carga necessite de um determinado sinal próximo do
constante a partir de uma senoide de entrada. Assim sendo, conhecendo os três
tipos, pode-se dimensionar o circuito conforme as exigências e características
exigidas pela carga.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Boylestad, R., Nashelsky, L., Dispositivos Eletr6nicos e Teoria de circuitos; Ed.
Prentice-Hall do Brasil- PHB, Rio de Janeiro, 1994.
[2] Albuquerque, Rômulo, Analise de Circuitos em Corrente Alternada, Ed. Erica São
Paulo, 1989.
[3] O'Malley, John, Analise de Circuitos, Editora Mc Graw Hill, São Paulo, 1993.
http://www.ee.pucrs.br/~terroso/AULA2.PDF
http://pt.wikipedia.org/wiki/Circuito_retificador
http://www.eletronica24h.com.br/cursoeletronica/cursoEN1/aulas/Aula003.htm

You might also like