O documento discute a relação professor-aluno sob a perspectiva da psicanálise. Argumenta que os alunos transferem sentimentos da relação parental para os professores e que as relações emocionais na sala de aula remontam a fontes eróticas no inconsciente. Defende que as escolas devem permitir o desenvolvimento de competências que contribuam para a definição do aluno como pessoa e membro de uma comunidade, com professores capazes de autoanálise.
O documento discute a relação professor-aluno sob a perspectiva da psicanálise. Argumenta que os alunos transferem sentimentos da relação parental para os professores e que as relações emocionais na sala de aula remontam a fontes eróticas no inconsciente. Defende que as escolas devem permitir o desenvolvimento de competências que contribuam para a definição do aluno como pessoa e membro de uma comunidade, com professores capazes de autoanálise.
O documento discute a relação professor-aluno sob a perspectiva da psicanálise. Argumenta que os alunos transferem sentimentos da relação parental para os professores e que as relações emocionais na sala de aula remontam a fontes eróticas no inconsciente. Defende que as escolas devem permitir o desenvolvimento de competências que contribuam para a definição do aluno como pessoa e membro de uma comunidade, com professores capazes de autoanálise.
PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM: UM OLHAR DIFERENCIADO PARA A RELAO
PROFESSOR ALUNO Andra Baggio Amaral Revista Contedo, Capivari, v.1, n.3, jan./jul. 2010 ISSN 1807-9539
Nele depositado muito mais do que um papel de transmissor de
conhecimentos: s vezes professor, dividindo e compartilhando o saber historicamente acumulado; s vezes pai e me, sendo desafiado a lidar com questes que dizem respeito, pelo menos em grande parte, famlia como valores morais, ticos e religiosos, tendo, em ltima anlise, de estabelecer alguns limites para que as relaes escolares possam acontecer, sem prejudicar a aprendizagem. (AMARAL, 2010, p. 71) No espao da sala de aula, tambm verificamos alunos dependentes de seus professores, ou seja, que ainda no conseguiram se perceber como sujeitos da prpria vida, das prprias idias, sentimentos e atitudes. Assim, no dominando seus prprios sentimentos, identificam na relao com os professores aspectos da relao com os pais. Desta forma, transferem para os professores sentimentos vivenciados na relao parental sem, contudo, perceber conscientemente estes deslocamentos. (AMARAL, 2010, P. 82) Transferncia de sentimentos amistosos ou afetuosos, que so admissveis conscincia, e transferncia de prolongamento desses sentimentos no inconsciente. Com referncia aos ltimos, a anlise demonstra que invariavelmente remontam a fontes erticas. E somos assim levados descoberta de que todas as relaes emocionais de simpatia, amizade, confiana e similares, das quais podemos tirar bom proveito em nossas vidas, acham-se geneticamente vinculadas sexualidade e se desenvolveram a partir de desejos puramente sexuais, atravs da suavizao de seu objetivo sexual, por mais puros e no sensuais que possam parecer nossa autopercepo consciente. Originalmente, conhecemos apenas objetos sexuais, e a psicanlise demonstra-nos que pessoas que em nossa vida real so simplesmente admiradas ou respeitadas podem ainda ser objetos sexuais para nosso inconsciente. (FREUD, 1912, vol. XII; p. 140 apud AMARAL, 2010, 81). Conclumos, que nossa Escola deva ser o lugar onde se possa desenvolver um conjunto de competncias, que contribuam para a definio do sujeito aprendente, como pessoa e como membro de uma comunidade. Deve ser tambm, um lugar que permita a existncia de um corpo docente, capaz de auto-anlise e da constante avaliao sobre as concepes pedaggicas utilizadas. (POLITY, 1997, p. 85 apud AMARAL, 2010, P. 88).
Psicanlise e educao: pensando a relao professoraluno a partir do conceito de transferncia1
Marcia Regina Mendes Nunes
Sob a tica da psicanlise, de fundamental importncia ouvir o aluno na sua
individualidade para que a palavra seja resgatada em toda a sua autenticidade a partir das diferenas. Obviamente, o professor, diante da realidade cotidiana, no poder se tornar um clnico, nem poder escutar o aluno como
faz o psicanalista, dando lugar ao inconsciente. Mas poder, atravs de uma
tica, que leva em conta os fenmenos inconscientes presentes na sua relao com os alunos, ajud-los a avanar diante das muitas questes que os mesmos encontram no curso de sua trajetria escolar.