Este trabalho analisa como fatores socioculturais e psicológicos inconscientes contribuem para a aprovação popular de execuções de civis por policiais militares no Brasil. A pesquisa explora como a identificação com os policiais ou vítimas leva a aprovação ou rejeição das execuções, revelando problemas na relação da cultura brasileira com a lei, como a personalização da lei de acordo com interesses restritos. Isso está ligado ao funcionamento contraditório do superego enquanto representante da lei pulsional e cultural
Este trabalho analisa como fatores socioculturais e psicológicos inconscientes contribuem para a aprovação popular de execuções de civis por policiais militares no Brasil. A pesquisa explora como a identificação com os policiais ou vítimas leva a aprovação ou rejeição das execuções, revelando problemas na relação da cultura brasileira com a lei, como a personalização da lei de acordo com interesses restritos. Isso está ligado ao funcionamento contraditório do superego enquanto representante da lei pulsional e cultural
Este trabalho analisa como fatores socioculturais e psicológicos inconscientes contribuem para a aprovação popular de execuções de civis por policiais militares no Brasil. A pesquisa explora como a identificação com os policiais ou vítimas leva a aprovação ou rejeição das execuções, revelando problemas na relação da cultura brasileira com a lei, como a personalização da lei de acordo com interesses restritos. Isso está ligado ao funcionamento contraditório do superego enquanto representante da lei pulsional e cultural
Ttulo: Autoridade e seduo na relao pedaggica Co-autor: : Abordam-se determinaes inconscientes da relao professor-aluno, com enfoque particular na seduo e nos processos psquicos que a estruturam: identificao, transferncia e contratransferncia. Considera-se que um professor competente rene as condies bsicas para ensinar. Entende-se que as condies intelectuais mnimas qualificam o aluno para aprender. Mas, muitas vezes, o aluno no aprende porque o professor no ensina adequadamente, pois alheio recproca revivescncia inconsciente do passado infantil que interfere em como ele trabalha. Ocorre que a autoridade do professor se fundamenta na mediao que ele estabelece entre o aluno e os contedos culturais. Porm, caso a relao se estruture de modo a privilegiar o intercmbio inconsciente, uma autoridade do passado infantil ocupa o lugar da autoridade pedaggica resultando em uma forma abusiva dissimulada de exerccio da docncia. Essa problemtica educacional impe a vinculao do problema pedaggico do autoritarismo ao fenmeno psicanaltico da seduo. A repetio que a seduo acarreta rompida quando o professor no reage contratransferencialmente s expectativas transferenciais hostis do aluno. Ele
tambm pode se abster de alimentar a transferncia
ertica. Tais aes genuinamente pedaggicas podem propiciar a predominncia de afeio e respeito, criando condies favorveis para que o campo transferencial e a seduo que dele resulta favoream o trabalho intelectual. Nessas situaes ideais, o professor exerce adequadamente sua autoridade pondo em relevo o conhecimento a legitima. Esse o ponto crtico da relao pedaggica: uma relao que busca sua prpria negao superando a dependncia intelectual do aluno. No entanto, o campo transferencial pode impedir que sejam alcanadas as finalidades educacionais. necessrio, ento, diferenciar dois modos de negao da relao professo-aluno. Quando predominam amor e/ou dio muito intensos e recprocos, a relao pedaggica negada porque aluno e professor no conseguem se articular na experincia de ensino e aprendizagem. Quando predominam sentimentos brandos de afeto e respeito, a relao pedaggica tambm negada, porm dialeticamente: ela se desfaz no exato momento em que se consuma plenamente, concorrendo para a autonomia intelectual do aluno. Palavras-chaves : Autoridade, seduo, identificao, transferncia, contratransferncia.
Sub-tema: Existem novos sintomas e patologias?
Ttulo: Personalizao da Lei: um mal-estar na cultura brasileira Co-autor: Este trabalho desenvolve a tese de que a articulao de fatores socioculturais e fatores psicolgicos inconscientes de ordem universal concorre para engendrar a aprovao popular das execues de civis levadas a termo por policiais militares. Pe em relevo o tipo de funcionamento psquico predominante no momento em que essa aprovao se manifesta, na interao subjetividade individual e subjetividade coletiva, de modo que disso resulte a aprovao, que faz dos policiais
no mais os mediadores entre a lei e a sua
aplicao mas, sim, a personificao da lei. A pesquisa desse entrecruzamento de fatores socioculturais e fatores de ordem subjetiva inicia-se com a anlise histrico-cultural da relao que a populao tende a travar com a violncia institucional e com a violncia da prpria Polcia Militar. Aps relato documentado e anlise de dois casos considerados emblemticos escolhidos, parte-se para a fundamentao terica psicanaltica freudiana que autoriza sugerir o tipo de dinmica subjacente interao das subjetividades, no momento em que a aprovao da prtica policial manifesta. O conceito psicanaltico de identificao comporta a abordagem da complexa operao psicolgica que, a um s tempo, constitui a subjetividade humana e propicia os laos sociais. A partir da exposio desse conceito, argumenta-se que a aprovao s execues decorre de identificao com os policiais, assim como o rechao s execues tambm decorre de identificao com a vtima. Isso impe a discusso da relao problemtica que a cultura brasileira trava com a lei: at mesmo a interdio da transgresso costuma estar vinculada a interesses restritos, a partir dos quais a lei personalizada. Nessa dinmica est implicado o funcionamento intrinsecamente contraditrio do superego, ao mesmo tempo representante da lei pulsional e representante da lei cultural. Finalmente, discutem-se as implicaes dessa argumentao na compreenso de um outro fenmeno: o enraizado costume de transgredir a lei, que permeia as relaes subjetivas travadas na cultura brasileira. Palavras-chaves : Lei, personalizao, mal-estar, cultura.
Personalizao da Lei: um mal-estar na cultura brasileira
(Sub-tema: Existem novos sintomas e patologias?)
Maria Aparecida Morgado UFMT Este trabalho desenvolve a tese de que a articulao de fatores socioculturais e fatores psicolgicos inconscientes de ordem universal concorre para engendrar a aprovao popular das execues de civis levadas a termo por policiais militares. Pe em relevo o tipo de funcionamento psquico predominante no momento em que essa aprovao se manifesta, na interao subjetividade individual e subjetividade coletiva, de modo que disso resulte a aprovao, que faz dos policiais no mais os mediadores entre a lei e a sua aplicao mas, sim, a personificao da lei. A pesquisa desse entrecruzamento de fatores socioculturais e fatores de ordem subjetiva inicia-se com a anlise histrico-cultural da relao que a populao tende a travar com a violncia institucional e com a violncia da prpria Polcia Militar. Aps relato documentado e anlise de dois casos considerados emblemticos escolhidos, parte-se para a fundamentao terica psicanaltica freudiana que autoriza sugerir o tipo de dinmica subjacente interao das subjetividades, no momento em que a aprovao da prtica policial manifesta. O conceito psicanaltico de identificao comporta a abordagem da complexa operao psicolgica que, a um s tempo, constitui a subjetividade humana e propicia os laos sociais. A partir da exposio desse conceito, argumenta-se que a aprovao s execues decorre de identificao com os policiais, assim como o rechao s execues tambm decorre de identificao com a vtima. Isso impe a discusso da relao problemtica que a cultura brasileira trava com a lei: at mesmo a interdio da transgresso costuma estar vinculada a interesses restritos, a partir dos quais a lei personalizada. Nessa dinmica est implicado o funcionamento intrinsecamente contraditrio do superego, ao mesmo tempo representante da lei pulsional e representante da lei cultural.
Finalmente, discutem-se as implicaes dessa
argumentao na compreenso de um outro fenmeno: o enraizado costume de transgredir a lei, que permeia as relaes subjetivas travadas na cultura brasileira. Palavras-chave: Lei, personalizao, mal-estar, cultura.