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Si nd PFA Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrarios jp Om ol pd | Ne Ww Carta Aberta a Presidéncia do Incra oe Santarém, 28 de maio de 2015 Sra. Presidente do Instituto Nacional de Colonizagao e Reforma Agraria - Incra Maria Liicia Falcén, Os Engenheiros Agrénomos da carreira de Perito Federal Agrario por meio da Delegacia Regional de Santarém do SindPFA (SR30) inicialmente satidam a presenca de Vossa Senhoria em nosso local de trabalho e regiéo de atuacao profissional. Esta sua ita ocore no momento em que a SR30 completa dez anos de existéncia. Até onde nos recordamos, é a primeira vez, desde a sua criacdo, que um dirgente maximo da autarquia se disponibiliza a conversar com os servidores em nosso local de trabalho. Para nés, este gesto € carregado de simbolismo e pode colocar em um novo patamar a relagdo da diregdo desta casa para com o conjunto dos servidores. Senhora Presidente, a criagéo da SR30 em 2005 se deu pelo agravamento de conflitos fundiarios na regido oeste do Para, cujo maior simbolo foi o assassinato da Irma Dorothy Stang, a promessa de asfaltamento da BR-163, 0 cfescimento da grilagem de terras ptiblicas e dentincias de corrupgao envolvendo servidores de diversos érgaos piiblicos, entre eles, do préprio Incra. A estrutura Sane até entéo existente de cinco pequenas Unidades Avancadas seriam incapazes de responder a estes problemas € ainda administrar e destinar um dos maiores patriménios de terras da Unido ainda existentes no pais, fruto das intervengées fundidrias promovidas pelo regime militar nos anos setenta. Para tentar dar conta disto, foi criada a Superintendéncia de Santarém e — ‘steriormente, a \estrutura do Inera na regido inegavelmente se faraeonsya Se SR30 conta | i ew a, ee \ Vere com um corpo técnico qualificado € com clareza do dever institucional, apesar de ainda pequeno numericamente, e uma estrutura de trabalho muito superior ao do passado, Infelizmente, neste caminhar de dez anos nem sempre o fortalecimento do Incra na regio se voltou para o cumprimento da misséo institucional e legal da autarquia. Assim, vimos nos anos de 2005 e 2006 a regio sendo usada para inflar de forma fantasiosa o numero de familias assentadas. As consequéncias desta desastrada decisdo repercutem até hoje entre os servidores e mais negativamente ainda, para o pubblico que depende da politica de assentamentos A descontinuidade administrativa e até 0 desconhecimento basico de como gerir um 6rgao puiblico também sao marcas desta Superintendéncia. Indicag6es eleitoreiras e sem qualquer critério técnico e 0 aparelhamento da autarquia por pessoas pouco qualificadas formam um caldo que explicam as mas gestées que sucederam nos iiltimos anos e que permanecem até os dias atuais Em recente texto sobre a situacéo da Superintendéncia Regional do Incra de Maraba, 0 jornalista Felipe Milanez destacou que nao entendia como “(...) um érgao federal tomado por corrupgao e descaso — era usado, de maneira eficiente, para a concentragao de terras". Destaca esse mesmo jomalista: “O INCRA veste 0 que antropélogo Eduardo Viveiros de Castro me disse ser uma suposta impoténcia estratégica" do Estado, Finge nao dar conta do problema, finge uma ‘auséncia’, que na verdade, nada mais é do que uma alianga com certos interesses ilegitimos". Senhora Presidente, a situagéo da SR de Santarém nao difere muito desta fotografia retratada pelo jornalista sobre Maraba. Infelizmente, a atual gestdo do orgao em Santarém é ausente para dar conta dos problemas institucionais, mas muito presente para apontar solugdes para seus interesses particulares e para grupos antag@nicos a reforma agraria, de interesses ilegitimos. Portanto, a paralisia das obrigagbes institucionais na regiao é complementada por uma espantosa agilidade em atender a esses interesses antagénicos. Somos sabedores que a maioria dos servidores de nossa carreira e do conjunto dos servidores da casa nao compactua com essa forma de gerir. Contudo, os mecanismos internos de controle sao extremamente lentos e frageis e pior ainda, néo encontrévamos na presidéncia anterior qualquer espaco institucional e politico para formalizar qualquer dentincia. Mas, para além de nossa vontade, é nossa obrigacao fazer choger stb Vosee Senhoriso conjunto de dendncas fundementades jé pyptocolzadas por © ee YR ewe Zo) \Pak esta Delegacia Sindical junto ao Ministério Puiblico Federal, que indicam e comprovam o que estamos apontando. Estes substanciosos documentos que se presencia nesta SR, direcionando as acées para ao in e missao institucional. do apenas uma fracéo do /erso do que determina a lei Senhora Presidente, é preciso promover uma séria ee na conduta de gestores e de alguns servidores desta casa sob o risco da mpleta desmoralizagao do Incra na regiao. Também ¢ preciso promover profundas mudancas na gestéo do Incra de Santarém, nao sé trocando seis por meia duizia, mas fazel Ad inistrago Publica para a escolha de dirigentes. De nossa parte, mais uma vez nos colocamos a disp das obrigagées institucionais e de nosso cargo e novamente si nesta casa, como espago de abertura para o didlogo. Respeitosamente, Ree? a / Rodrige Sra Denauts _Deivison de j. Barbosa vente Astra erito Federal Agrarto iene. 2015S9CREA: 16652. Engenheiro Agronomo NORASRPONT ‘Slape: 2032387 EG in Sales Cereja rg? Ngptonmn0-INCRA SR on om . RSA CREAN®170853-0 A) Cyrlowne Cin, Gistaine Binsjolg Ale 210 PARE Figug xyes Aare EX 6° Abrswone “SiAPE: Zora Zit : 2 LE ee, 15 51BEL ido valer os principios da igo para o cumprimento audamos a vossa presenca Candida be daw ‘Snide Neto da oe ardrone NCRASRSD Chen. cess Jae / ‘Marcel Ferhandes Pinto EngenheroAggnore 20482 ‘CREA 124420527NCRASR.3D hPa te Eng: AginemciCREA. 15°25 SUPE 155218 Nera ST Nunes Engerero Agroromo ‘SIAPE: 1! 818

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