O autor descreve como a visão da criança e da família mudou ao longo dos séculos: (1) Antigamente as crianças eram vistas como substituíveis e aprendiam misturadas com adultos, (2) No século XVII a escola substituiu a aprendizagem e as crianças passaram a ser educadas separadas dos adultos, (3) Também nessa época a família passou a se organizar em torno da criança e dar-lhe mais importância.
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Resumo do Prólogo
Original Title
História Social Da Infância e Da Família - Resumo do Prólogo
O autor descreve como a visão da criança e da família mudou ao longo dos séculos: (1) Antigamente as crianças eram vistas como substituíveis e aprendiam misturadas com adultos, (2) No século XVII a escola substituiu a aprendizagem e as crianças passaram a ser educadas separadas dos adultos, (3) Também nessa época a família passou a se organizar em torno da criança e dar-lhe mais importância.
O autor descreve como a visão da criança e da família mudou ao longo dos séculos: (1) Antigamente as crianças eram vistas como substituíveis e aprendiam misturadas com adultos, (2) No século XVII a escola substituiu a aprendizagem e as crianças passaram a ser educadas separadas dos adultos, (3) Também nessa época a família passou a se organizar em torno da criança e dar-lhe mais importância.
A Sociedade via mal a criana: passava do momento em que no
se bastava direto para a fase adulta. A socializao da criana no era assegurada, nem controlada pela famlia, se afastavam logo dos pais e a aprendizagem se dava no contato direto com adultos. Paparicao: a criana pequena como um animalzinho, substituvel -> Superada esta fase, comumente ia viver em outra casa que no a de sua famlia. Famlia: sem funo afetiva -> conservao dos bens, prtica comum de um ofcio, etc -> Trocas afetivas realizadas fora da famlia Tentativa de interpretao das Sociedades tradicionais e o novo lugar assumido pela criana/famlia nas sociedades industriais. Fim do sculo XVII: mudana considervel: 1) A escola substitui a aprendizagem como meio de educao (criana deixa de ser misturada aos adultos, a distncia numa espcie de quarentena antes de ser solta no mundo) -> Incio do processo de enclausuramento das crianas = escolarizao. Separao e chamada razo: uma das faces do grande movimento de moralizao dos homens promovidos pelos reformadores catlicos -> no seria possvel sem a cumplicidade sentimental das famlias. 2) Famlia torna-se lugar de afeio necessria entre os cnjuges e entre pais e filhos, expressa sobretudo atravs da importncia dada educao (no se tratava mais de bens e honra, se interessavam pelos estudos dos filhos) -> A famlia comea a se organizar em torno da criana e a lhe dar uma importncia que lhe retira do seu antigo anonimato, cuja perda acompanhada pela dor e que, por isso, necessrio reduzir seu nmero para melhor cuid-la -> Sculo XVIII: malthusianismo demogrfico -> Consequncia no sculo XIX: polarizao da vida social em torno da famlia e da profisso, e o desaparecimento da antiga sociabilidade. Idade Mdia at o sculo XVIII: prtica da Aprendizagem e, consequentemente, a mistura de idades as classificaes tradicionais pela idade persistem na vigilncia sexual, organizao de festas. Juventude: celibatrios; os que casaram e os que no casaram; que possuam casa prpria e os que no possuam. Fim do sculo XVII: Infanticdio (proibido, mas camuflado) -> a diminuio da mortalidade infantil no sculo XVIII no explicada apenas por fatores higinicos e mdicos, mas porque pararam de deixar morrer/ajudar morrer as crianas. Fazia parte das coisas moralmente neutras, condenadas, mas praticadas em segredo.
Batismo: famlias foradas a ministrar o batismo o mais prximo
possvel de dada luz -> batismos coletivos -> da criancinha, inverso substituda pela asperso -> auge no sculo XIV. Ressurreio de crianas mortas nas igrejas: como se a alma tivesse sido descoberta antes de seu corpo -> imediatamente folclorizada, como herona de um novo folclore religioso. Tmulos: A representao da alma bem-aventurada sob a forma de criana no sculo XVI alma com a mesma inocncia invejada da criana batizada (poca em que a criana era uma coisa divertida, mas pouco importante) -> sculo XVI: a alma deixa de ser representada sob a forma de criana, e os retratos das crianas vivas e mortas se tornam mais frequentes (a criana passa a representar ela mesma) -> se torna muito personalizada para representar um modo de ser do alm e ao mesmo tempo muito ligada s caractersticas originais do indivduo para ser evocada sob os traos impessoais de uma alegoria -> a relao sobreviventes defuntos passa a ser tal que se passa a conserv-los em casa, no mais apenas na igreja e no tmulo. Sculo XVII/XVIII: recolhimento da famlia longe da rua, da praa e da vida coletiva, retrada dentro de uma casa melhor defendida contra os intrusos e melhor preparada para a intimidade novas formas de espacialidade. Antes: palcio s se distinguia pela torre; Sc XV: torna-se uma unidade monumental sem lojas e ocupantes estranhos espao reservado famlia pouco extensa (passa a testemunhar o poderio de uma famlia e deixa de se abrir para o exterior) -> sentimento novo entre os membros da famlia (mais entre me e criana): o sentimento de famlia. Relao precisa entre o incio do sentimento de famlia e da criana e na organizao particular do espao.