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Goiasnet - O Popular 12/02/10 23:43

Goiânia, 9 de dezembro de 2003

I NICIAL Fotos: Walter Alves

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Mundo Kil Abreu: necessidade de Luiz Fernando Ramos: Ney Piacentini, vice-
Esporte políticas conjuntas entre crítica serve para mexer presidente da Cooperativa
Magazine artistas e órgãos com a sensibilidade, para Paulista de Teatro: um dos
Especiais governamentais cutucar o artista convidados

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Coluna social Apesar do alto nível dos convidados, 1º Seminário
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Crônicas e de Artes Cênicas do Estado atraiu poucos participantes
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E-mail Realizado no sábado e no domingo, no Zabriskie Teatro, por iniciativa do
Cartas dos leitores Fórum Permanente de Teatro, o 1º Seminário de Artes Cênicas de Goiás
Assinatura
Acontece teve cerca de 40 participantes, segundo dados da organização, apesar do
Tempo hoje alto nível dos debatedores convidados. Precariamente divulgado, o
Indicadores
Na telinha
seminário, patrocinado pela Agência Goiana de Cultura (Agepel), diversas
Cinema vezes adiado, foi realizado graças à persistência do produtor cultural
Horóscopo Marcos Fidélis e do ator Paulo Vitória. Eles não mediram esforços para tirar
Guia do Assinante
do papel a idéia de proporcionar aos grupos goianos subsídios para
melhorar a qualidade das produções em termos estéticos e esclarecer
CHARGE atores e diretores sobre os direitos dos artistas, as políticas públicas para a
produção cultural e o relacionamento com a crítica.
ANTERIORES
Infelizmente, a maior parte do pessoal, que reclama da falta de atenção e
apoio dos órgãos de cultura e de parâmetros para realizações futuras, não
demonstrou interesse pelo encontro, que trouxe a Goiânia, pela primeira
vez, três experientes profissionais: o professor e jornalista Luís Fernando
Ramos, coordenador do curso de pós-graduação e Artes Cênicas da Escola
de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), e
crítico eventual da revista Bravo!, Ney Piacentini, vice-presidente da
Cooperativa Paulista de Teatro, ator e produtor da Cia. do Latão, e Kil
Abreu, chefe do Departamento de Teatro da Secretaria Municipal de Cultura
de São Paulo.

Para Marcos Fidélis, a promoção do seminário foi importante para todas as


linguagens artísticas, pois permitiu aos participantes discutir temas que
estão na ordem do dia dos artistas em todo o País. Entre os destaques
estão as políticas públicas para a cultura, as tendências de produção e a
política organizacional dos grupos teatrais. Os três profissionais de São
Paulo assistiram e analisaram os espetáculos Luas e Luas, com a Cia.
Zabriskie Teatro, e Torturas de um Coração ou Em Boca Fechada Não
Entra Mosquito, do Grupo Guará. “Não nos colocamos em posição de
inferioridade, mas como integrantes do diálogo cultural que ocorre em todo
o Brasil”, afirma Marcos Fidélis, para quem independente da efetivação de
uma política cultural consistente, opinião compartilhada pelos três
debatedores, é fundamental a militância diária dos artistas na defesa de
seus interesses. “Em São Paulo, ninguém fica a reboque do órgãos
governamentais. As políticas são feitas em conjunto, com vistas a um maior
benefício social”, disse Kil Abreu, da Secretaria Municipal de Cultural de
São Paulo.

No debate A Crítica Como Necessidade e Fundamentos da Crítica, Luiz


Fernando esclareceu que a crítica serve para mexer com a sensibilidade,
para cutucar o artista. É importante que o ator se eduque para ler o
comentário, sem levar para o lado pessoal. “Tenho prazer em fazer a leitura
teatral. Não há nada melhor do que ser absolutamente sincero na leitura
que se faz”, sublinhou o professor, ao fazer uma síntese da história da
crítica teatral na imprensa brasileira, a partir de Martins Pena, considerado
o primeiro crítico. Kil Abreu acha que atualmente a crítica faz muito mais
registro de espetáculo do que interpretá-lo como fenômeno teatral
contemporâneo. “Crítica precisa de paradigmas. Antes de mais nada,
precisa ser ética e fundamentada no sentido histórico”, completa.
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