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respostas claras
e concretas
às suas perguntas
MITOS,
LENDAS,
SÍMBOLOS
Os elementos
O Fogo
Seja do céu ou da terra, sagrado ou doméstico, do paraíso ou do inferno,
o fogo, elemento primordial, é a expressão do bem e do mal.
HEFESTO, PROMETEU Prometeu, filho de Titã, roubou o fogo Encontram-se, no suplício de Prome
E O FOGO MITOLÓGICO da forja dos deuses, nas costas de H e teu, dois símbolos em analogia com
Hefesto-Vulcano, filho de Zeus-Júpiter festo, a fim de dá-lo aos homens que o fogo: primeiro, a águia, ave solar
e de Hera-Juno, era o deus do Fogo na ele criou. também chamada pássaro-trono, men
mitologia grega. Reinava poderosamente Deste modo, Prometeu foi considerado sageira dos deuses que transporta o fo
sobre o fogo dos vulcões e dos metais, benfeitor da humanidade, já que teve go do céu; e, em segundo lugar, o fí
isto é, sobre a metalurgia. Era o habili a ousadia de tomar o fogo do céu, pri gado, considerado a moradia da alma,
doso ferreiro dos deuses. Como tal, for vilégio que só os deuses possuíam até ou, mais exatamente, o órgão pelo qual
java armas com perfeição, principalmen então, com o único objetivo de tornar a alma, geradora do alento vital, está
te para Aquiles. Participou na criação de mais agradável a vida dos homens. Pa unida ao corpo que anima. O fogo das
Pandora, a primeira mulher dos gregos, ra castigar, Zeus acorrentou-o a uma ro paixões da alma encontra-se no fíga
a cujo corpo deu forma e cujos mem cha, com amarras de aço forjadas por do. Em hebraico, o termo fígado (ca¬
bros moldou com barro, segundo o mo Hefesto, e condenou-o a que uma águia ved) significa tanto fadiga, carga, como
delo das deusas imortais, antes de lhe lhe devorasse eternamente o fígado, que riqueza e poder, no sentido de poder
insuflar o alento vital. se reconstituía continuamente. divino.
A Terra
Sustentadora, agreste, cultivada, a terra é um elemento vital que tudo dá e tudo volta a tirar.
Tudo vem da terra e tudo regressa a ela.
DEUSAS E DEUSES
DA TERRA NO MUNDO
Deméter-Ceres N o Egito, no panteão dos deuses —
segundo o relato mítico da formação
da Terra (a cosmogonia) de inspiração
menfítica (de Mênfis, cidade do An
tigo Egito) —, Ptah, o grande de
Tlaltecuehtli miurgo, é uma divindade masculina e
feminina.
U m destes textos diz: "É o pai dos
deuses e também a mãe. E a sua alcunha
Laksmi Ptah
é 'a mulher'. É o útero no qual se põe
rar a fatalidade vinculada à morte, ri é infinitamente receptiva e das a semente. Fez extrair a cevada do
tual que ainda hoje se conserva ao quais foi, ao princípio, o re homem e o trigo da mulher..."
enterrar os mortos. ceptáculo. Com efeito, ela en Mais tarde, Geb foi a deusa-mãe, re
gendrou-as, como bem ilustra presentante da argila, da turfa, da ma
GAEA E DEMÉTER o mito de Gaea e do nasci téria primordial, da terra sustentadora,
AS GRANDES DEUSAS mento dos deuses gregos. cultivável e fecunda.
DA TERRA Gaea, freqüentemente representada Na China, a criação da Terra é obra de
Segundo a mitologia com os traços de uma mulher de for P'an-kou, segundo o Chou Yi Ki, um
grega, Gaea, a grande mas arredondadas, cheias, generosas, texto do século VI da nossa era: "Os
deusa-mãe, foi a se é a Mãe Universal, potência ines seres vivos começaram com P'an-kou,
gunda divindade a apa gotável de fecundidade. Guar antepassado de dez mil seres do uni
recer, depois de Caos, da também os segredos verso. Ao morrer P'an-kou, sua cabeça
que tinha engendrado a dos Destinos e preside, transformou-se em um pássaro sa
Noite e o Dia. Dela nasce assim, à sorte de toda a huma grado, seus ossos no sol e na lua, sua
ram Urano, o Céu, as Montanhas e nidade. carne nos rios e nos mares, seus ca
o Oceano. Deméter-Ceres, uma grande deusa ma belos nas árvores e nas plantas."
Gaea, ao unir-se ao Céu, seu próprio ternal segundo a mitologia grega, era a Na Índia, a Terra é, às vezes, Laksmi,
filho, concebeu Crono, o Tempo, e filha de Crono e de Rea, outra divin deusa da fecundidade e da prosperidade,
foi avó de Zeus. dade da Terra, ambos filhos de Gaea. cujo símbolo é o ouro; e, outras vezes,
Hoje em dia, estranha-se que a Terra Porém, distingue-se da sua avó no que Kâli, a deusa negra e sangrenta dos sa
esteja ausente da hierarquia celeste é uma representação mítica da terra cul crifícios. É também Bhûmi, o seio ma
do Zodíaco, que apresenta corres tivada. Chamavam-na a deusa do trigo. ternal.
pondências do Olimpo, criados a par Também se associa ao signo de Virgem, Para os Maias, a Terra era Itzam Cab,
tir de modelos mais antigos. Na rea muitas vezes ilustrado por uma mulher a iguana-terra, e para os Astecas tratava-
lidade, a Terra está onipresente no jovem sentada e carregando espigas de se de um monstro com as mandíbulas
Zodíaco, embora o astrólogo nunca trigo. abertas, Tlaltecuehtli, o senhor da ter
aluda formalmente a ela; pois en A história da sua filha, Perséfone, que ra..., duas figuras que se vinculam mais
contra-se situada no seu centro, o concebeu de Zeus, relaciona-se com o com o mito do dragão do que com o
centro de todas as influências às quais signo de Libra. da deusa-mãe.
Os elementos
O Ar
Vivemos graças ao ar que respiramos.
No entanto, o Ar é ao mesmo tempo vital efatal, mágico e ambíguo.
0 AR, 0 VENTO
0 SOPRO DIVINO EA ALMA
A alma e o sopro divino estão sempre li
gados. Porém, este sopro não é a alma,
mas sim o seu veículo. Ambos são invi
síveis, impalpáveis.
O ar, quer seja sopro ou vento, impreg
na-se de perfumes, cheiros, do calor e
do frio dos espaços que ocupa por intei
ro e nos quais evolui livremente. Ao co
locar a mão à frente da boca você pode
sentir o calor do seu hálito. O ar é o ali
mento dos deuses, graças ao hálito o or
ganismo pode produzir o calor da vida
ou o fogo interior.
Do mesmo modo, quando o vento so
pra, não é ele que vemos ou ouvimos,
mas percebemos unicamente o movi
mento dos galhos das árvores e o revoar
das folhas.
A respiração é um ato espontâneo, ins
tintivo, vital e imprescindível, que per
mite ao homem viver, animar-se. Mas
seu alento não é o ar; mas sim o próprio
ato de respirar.
Tampouco o vento é ar. É conseqüência
das deslocações de ar produzidas pelos
rodeiam respiram o mesmo ar que dividual, mas que implica um
nós. N o entanto, quando expiramos, movimento que vai da vida
quando emitimos um hálito de ar, po à morte, da inspiração à ex
demos dizer que produzimos um ar piração.
que nos pertence, que passou pelo fil A árvore da vida é, portanto,
tro dos nossos pulmões, um ar indi também uma árvore da
vidualizado. morte.
Os pulmões são os órgãos do corpo en Não esqueçamos que situado
carregados da respiração. Mas a pele no centro dos pulmões está o
também respira, através de seus poros. coração, que também, pelo
Nutre-se com a respiração da vida. É seu movimento binário de
a razão pela qual os nativos dos sig diástole (dilatação do coração
nos de Ar (Gêmeos, Libra, Aquário) e das artérias) e de sístole
têm muitas vezes a pele fina e sensível, (contração do coração e das
e podem mostrar uma sensibilidade "à artérias), passa sem cessar da
flor da pele". vida à morte. O ritmo cardí
aco é um ritmo de vida e de
A ÁRVORE PULMONAR morte. Sem ele nenhuma vi
E A ÁRVORE DAVIDA da será possível. Todavia, a
Os pulmões estão unidos aos brônquios respiração é um ato de vida, a
direito e esquerdo, que se juntam sob manifestação de uma vontade
a traquéia. Ao observar o conjunto pul¬ ativa, no sentido em que se
mões-brônquios-traquéia, descobrimos enraíza nos pulmões, que
a imagem de uma árvore invertida. também são duplos. Nos rins
Existe, pois, uma associação simbólica encontra-se o equilíbrio, a força, a vore da vida que existe em nosso in
evidente entre a árvore pulmonar e a potência. Diz-se, a propósito de um ser terior. Permitem igualmente tomar
árvore da vida. Plantada no centro do equilibrado, que adquiriu um certo do consciência de seu ritmo. Com efeito,
jardim do Éden, a árvore da vida, ou ár mínio de si mesmo ou que se encontra o ar, o alento, a respiração, são também
vore da ciência do bem e do mal, não numa posição de bem-estar material, o ritmo. Cada um de nós possui o seu
é outra senão a árvore do sopro divino, que tem o "rim bem coberto". Assim próprio. Controlar o alento e a respi
a que está na origem da consciência in como todas as partes do corpo cumprem ração significa estar no seu ritmo,
uma função vital, os rins aprender a viver no seu ritmo.
respiram. São os órgãos da Etimologicamente, ritmo é movimento,
respiração genital, na parte a cadência e a medida, mas também a
inferior do corpo, enquan maneira de ser. Mediante o domínio do
to os pulmões se encon ar em si e do seu alento, a pessoa desco
tram na parte superior. O brirá seu ritmo pessoal, sua maneira de
ser que é dono de sua for ser.
ça, de sua vontade, de seus
rins, é também o dono de Pequeno exercício
seu espírito nos pulmões. de hata-ioga
Este domínio consegue-se Deite-se no chão olhando para o teto. Rela-
pelo uso do músculo do xe, inspire o ar pelo nariz, com a boca fecha-
diafragma, que separa o tó da, enchendo os pulmões e concentrando-
rax do abdômen e que per se nos rins. Depois, retenha o ar durante um
mite à árvore pulmonar breve momento. Finalmente, expire pela bo-
desenvolver-se. ca pressionando contra a barriga. Não respi-
Os exercícios da hata¬ re durante um breve instante e volte a rea-
yoga (ver quadro, à di lizar o processo de respiração desde o
reita) favorecem o con começo. Deste modo, e com o tempo, você
trole da respiração e do adquirirá o domínio de sua respiração. Este
desenvolvimento da ár exercício, ao alcance de todos, produz calma
vore pulmonar, essa ár e relaxamento.
Os elementos
A Água
Da nascente, o regato; dos regatos, o rio; dos rios, o mar; dos mares, o oceano.
A água do oceano sobe ao céu e desce novamente à terra. Água. Assim ê o ciclo da vida.
0 TOURO
PO PRIMEIRO DECANATO
de 21 a 30 de abril, aproximadamente
Aparece deitado com sua parte traseira
oculta por trás de uma moita, e a outra
metade emergindo, com a cabeça orien
tada para a direita, isto é, em direção ao
signo de Áries, que o precede no Zo
díaco. Esta cabeça ligeiramente inclinada
para a direita parece realizar um movi
mento, enquanto que seus olhos olham
para a frente, para a direita, para nós, isto
é, no sentido inverso ao movimento dos
astros no interior do Zodíaco. A pata es
querda está ligeiramente dobrada para a
frente com o casco apoiado sobre o solo,
como se nosso touro se preparasse para Estamos portanto ante um touro tran 0 TOURO
se levantar, enquanto que a pata direita qüilo que aspira à quietude, a segurança, PO SEGUNDO DECANATO
se mostra dobrada para um lado. Embora que demonstra uma força tranqüila, sa de Io a il de maio, aproximadamente
sua estatura não deixe nenhuma dúvida tisfeita, abandonando sua posição de des A cabeça está ligeiramente levantada
sobre sua força e potência, estas parecem canso apenas para buscar o que necessita. para o céu, coroada por dois chifres
passivas e contidas. O que emana dele Nunca faz mais esforços que os neces que, juntos, formam uma magnífica
é, principalmente, a paz, a calma e a tran sários. Seu olhar é fixo. Como sabemos, Lua crescente. Apresenta-se de pé com
qüilidade. Além disso, seus chifres, bas o nativo de Touro do primeiro decanato atitude orgulhosa. Anda da direita para
tante separados, se orientam para ambos é quase sempre um ser de grande sen a esquerda em plena luz do dia — desta
os lados, sem deixar entrever nenhuma tido comum, de muita sensatez, porém vez, portanto, no sentido do Zodíaco
agressividade. com tendência a idéias fixas. —, em uma pradaria verde, a pata dian-
0 TOURO Mantém-se de pé com suas patas tra
PO TERCEIRO DECANATO seiras, enquanto que as patas diantei
de 12 a 21 de maio, aproximadamente ras se dobram sob ele, como se estivesse
O terceiro animal apresenta-se meio deitado, inclinando a parte fron
com uma atitude tal de seu corpo para o solo. Ao seu
pelo menos sur redor, a paisagem é menos frondosa que
preendente, porém no segundo decanato, como querendo
apenas na aparência, atrair toda nossa atenção para o prota
pois na realidade, co gonista. Sobre sua cabeça, com os olhos
mo veremos, corres dirigidos para o solo, as pontas de ambos
ponde perfeitamente aos os chifres, muito juntas, se dirigem para
elementos revelados o céu. A massa imponente de seu corpo,
pelo terceiro deca esta postura que o apresenta como der
nato deste signo. rubado sobre a terra, suas patas traseiras
Trata-se desta vez de dobradas e bem plantadas no solo, re
dianteira dobrada, com passo aparente um touro, cujo corpo pode parecer ro velando a potência de sua parte traseira,
mente seguro, e sua cauda dirigida para busto, menos forte que o touro do se são elementos que evocam o peso e a in
o céu. gundo decanato, mas que dá a impressão tensidade de Saturno, regente do ter
Este touro está plenamente in de peso, de massa, de força esmagadora, ceiro decanato, que confere a este na
tegrado em seu meio natural. de gravidade. tivo realismo, sentido do concreto,
Confunde-se com a paisagem capacidade de realização e con
que o cerca. Está em seu ele vicções inquebrantáveis.
mento. Sabe onde vai, o Como vemos, estas re
que quer e o que faz. N o presentações simbólicas
entanto, apesar da potên do segundo signo do
cia que aparenta, detecta Zodíaco distam muito
mos certa leveza em da figura do Minotauro,
sua atitude. Reflete monstro mítico grego
o estado de recep que tinha o corpo de
tividade no qual se homem e a cabeça de
encontra, o fato de touro, que se alimentava de
encontrar-se em sete rapazes e sete moças
total identificação todos os anos, o guardião do
com a natureza, labirinto que Teseu, com a
presa das pulsações ajuda de Ariadne, conseguiu
instintivas reveladas recorrer até o final. Está tam
por este período do ano bém distante do touro furioso
dedicado à procriação cujo golpe faz tremer a terra.
Aqui, os símbolos juntos da Lua e da
terra verde, cujos caracteres são femi
ninos, e o touro, solidamente plantado
na paisagem, cujo princípio é mascu
lino, são representações da fertilidade,
nome deste decanato. Estamos por
tanto ante o reencontro das polarida
des psíquicas e sexuais do feminino e
do masculino dispostas a unir-se. Este
touro nos lembra inevitavelmente o
boi de Ápis, o grande distribuidor de
vida da mitologia egípcia, e do qual
Menes, primeiro faraó histórico, foi
o unificador do Baixo e Alto Egito por
volta de 3200 a. C.
Mitos e símbolos dos signos do Zodíaco
Os símbolos vivos
de Virgem
Virgem: A virgem prudente ou a virgem inepta? Isto é algo que nos podemos interrogar
se levarmos em conta a parábola recolhida no Evangelho Segundo São Mateus (Mt. 25, 1-13).
Os símbolos vivos
de Libra
Indecisão, dúvidas, irresolução, são com freqüência termos empregados para os nativos de Libra.
As figuras dos três decanatos deste signo empregam uma linguagem muito diferente.
Os símbolos vivos
de Escorpião
O nativo do primeiro decanato deste signo é impulsivo, o do segundo é indomável
e o do terceiro é sentimental, tal como nos mostram estes três símbolos vivos.
Os símbolos vivos
de Sagitário
Sagitário, cujo nome significa "flecha", é um ser mítico e fantástico em todo seu esplendor.
Com ele pode-se dizer: diz-me para onde queres lançar tua fecha e te direi quem és.
0 CAVALO, 0 HOMEM,
O ARCO E A FLECHA
Ao fim e ao cabo, quando observamos
esta animal fantástico e irreal que sim
boliza o nono signo do nosso Zodíaco,
que retém nossa atenção: o cavalo, o
homem, o arco ou a flecha?
O centauro tem o corpo de um cavalo,
mas em vez de uma cabeça de cavalo
tem um busto de homem com cabeça e
braços. E portanto um ser meio homem,
meio animal. N o entanto, se é a cabeça Desta criatura mitológica, cujo corpo seava-se na representação pictórica do
que rege este animal, então o homem e cabeça têm grande importância, po animal e do objeto que se pretendia
domina sobre o animal. Mas, se é o demos tirar a seguinte conclusão: de nomear e em sua enumeração se se tra
corpo que exerce a supremacia, o cavalo pendendo da nossa mente ou nossa tasse de vários ou se fossem diferen
predomina sobre o homem. Finalmente, atenção estar dirigida ou fixada sobre tes.
o que marca a diferença é a flecha, já que esta ou aquela preocupação, elevamo-la Deste modo, reunindo os pictogramas
em função da direção em que o centauro ou empobrecemo-la. homem/cavalo pretendeu-se designar o
dirija seu arco — para a frente, para trás Quanto à sua representação, devemos conceito cavaleiro, ou talvez homem nu
ou para cima — perceberemos qual procurá-la nos pictogramas que pre cavalgando, fundindo-se com sua mon
parte de seu corpo privilegia. cederam a escrita. Seu princípio ba taria, a ponto de se confundir com ela
e imaginando que forma um ser Estamos no universo da sabedoria, que SAGITÁRIO
único e fantástico. dá nome ao primeiro decanato de Sagi PO TERCEIRO DECANATO
Mas, o que nos parece maravilhoso é tário, cujo regente é Mercúrio. Imerso de 12 a 21 de dezembro
que tais imagens nascidas da imaginação no mundo de Júpiter e secundariamente aproximadamente
do homem tenham podido ter seme de Netuno, que governam conjunta A semelhança do centauro representado
lhantes ressonâncias psíquicas e que vin mente este signo, encontramo-nos em no primeiro decanato, este encontra-se
das do nosso passado longínquo, reve um mundo de simplicidade e de ins imóvel. Seus cascos encontram-se so
lem pensamentos tão atuais. piração que nos conduz até a sabedoria. lidamente assentados no chão. Suas
patas firmes c centradas mostram-nos
SAGITÁRIO a fragilidade habitual nos cavalos. O
PO SEGUNDO DECANATO busto do homem está ligeiramente in
de 2 a 11 de dezembro clinado para trás, o braço esquerdo es
aproximadamente ticado para o céu, os olhos fixos no eixo
Aqui nosso centauro vai para a frente. da flecha levantada para o céu. Se esta
Galopa com o arco esticado e afastado última simboliza o espírito, as idéias, as
do corpo. Imaginamos por isso que, a aspirações, o destino do homem, temos
menos que tenha uma habilidade fora de acreditar que o espírito, as idéias,
do comum, lhe custará atirar. as aspirações e o destino do nosso cen
Porém, supomos que não atira nem tauro são ambiciosos e elevados, a ponto
uma só flecha de se dizer do nativo deste decanato que
pois leva a al está disposto a lançar a flecha mais longe
java às costas do que ela pode alcançar. O que quer
presa por dizer que, no âmbito deste de
canato, o alvo é um ideal.
SAGITÁRIO
PO PRIMEIRO DECANATO
de 23 de novembro a 1 de dezembro
aproximadamente
O primeiro centauro de que vamos falar
tem o corpo do cavalo dirigido para a uma tira de couro que envolve seu
esquerda, mas o busto do homem vol corpo nu, cheia de pontas afiadas e
tado para trás, à direita, com o arco es emplumadas. O ardor, a fogosidade e De fato, es
ticado e a flecha dirigida também para a energia emanam do movimento de tamos imersos
trás, com a ponta no eixo preciso dos seu corpo de cavalo, enquanto todos no universo das
seus rins de animal e cauda em pena¬ os músculos de seu tronco se retesam convicções sóli
cho. Encontra-se imóvel, disposto a dis como seu arco. Se no decanato ante das, representadas
parar. rior nosso centauro se virava de forma pelos cascos do
E se é certo que, no centauro, o cavalo decidida para o passado, este aqui é corpo equino do
e o homem se fundem formando um só visto fixo no presente. Trata-se de um nosso centauro
ser, ao observar a imagem do primeiro presente dinâmico, em movimento, que se confun
decanato temos a sensação de que tam cm ação, nem por um instante estático de com a terra sobre a qual o nativo
bém se fundem com o arco, com a fle nem fixo para sempre. Aqui o tempo deste signo pode descansar para apro
cha, e mesmo com a alvorada, que não não se detém. Corre para a frente. Não fundar seu conhecimento do mundo
vemos, mas ele sim. Como a alvorada é o decanato da aventura mas sim das e da vida.
se encontra por trás dele, volta-se para aventuras, simbolizado pelas várias fle Assim dirigirá sua flecha para um obje
seu passado. Mas, trata-se de um pas chas contidas na aljava do centauro e tivo idealista ou humanitário, uma causa
sado ambicioso, se assim podemos dizer, que lança aqui e ali, por onde quer que nobre e generosa, ambas as causas fa
que mostra e atualiza simbolicamente, passe, ampliando assim seu campo de zendo avançar o Sagitário do terceiro
com a ponta da flecha. ação à medida que avança. decanato para o futuro.
Mitos e símbolos dos signos do Zodíaco
O símbolos vivos
de Capricórnio
Duas cabras com cauda de peixe e uma cabra-montês quefecunda representam
os três decanatos do signo de Capricórnio.
Os símbolos vivos
de Aquário
Originalidade, inspirações, utopias são as três características mágicas dos três decanatos de Aquário,
cujos símbolos vivos misturam o sonho com a ambigüidade, o realismo com a imaginação.
Os símbolos vivos
de Peixes
Os três decanatos do último signo do Zodíaco são representados por três pares de peixes.
Cada um deles simboliza à sua maneira, e segundo seu estilo, a ambivalência própria deste signo sutil.
0 UNICÓRNIO
Em geral, a atual representação deste
animal fabuloso, o Unicórnio, se parece
muito com a da tapeçaria de seis peças
do final do século XV, A Dama e o Uni-
córnio, do museu de Cluny, em Paris.
O Unicórnio aparece inicialmente com
o aspecto de um animal fantástico c
irreal, com o corpo de um cavalo, casco
dividido e uma cabeça de cabra, cuja
testa possui um longo chifre.
Dai provém o seu nome do latim, uni-
cornius, em português, Unicórnio.
O mito do Unicórnio c citado pela pri-
meira vez pelo historiador grego Cte-
sias, médico de Ciro, o jovem (423-401
a.C), e, posteriormente, por Artajer-
jes II Mnemón (404-358 a.C), ambos
— Ciro e Artajerjes —, reis e irmãos
inimigos foram os responsáveis por
levar o Império Persa ao caos. E por
isso que sempre se atribui a origem do
mito do Unicórnio aos persas.
Na sua história, Ctesias, que seguiu Segundo os alquimistas da Idade Média, e contra qualquer evidência, o Unicórnio,
Artajerjes pelo Egito e pela Índia, men- princípio masculino, e a corça, princípio feminino, formavam um casal perfeito.
ciona as virtudes medicinais atribuídas
ao chifre deste animal mítico que, na Independente da origem histórica, o que nos faz lembrar que, para os ho-
verdade, não passava do rinoceronte- Unicórnio se transformou em um ani- mens da Antiguidade, principalmente
branco-da-índia. Em qualquer caso, mal mítico muito prezado durante a no Egito, o céu era feminino e repre-
assim como o Unicórnio das lendas, o Idade Média. Símbolo de pureza e cas- sentado pela deusa Nuti e a Terra era
rinoceronte-branco é um animal so- tidade, era uma representação da Vir- um princípio masculino representado
litário, muito temido, absolutamente gem Maria. N o entanto, o seu cará- pelo deus Geb.
herbívoro, que possui um ou dois chi- ter selvagem, indomável e a lenda de Para os alquimistas, o Unicórnio re-
fres no focinho e que vive em zonas que apenas uma virgem era capaz de presentava o espírito, o enxofre, prin-
pantanosas. Devido ao seu olfato se aproximar dele e domesticá-lo, tam- cípio masculino, e a corça simbolizava
muito aguçado, é quase impossível se bém o converteram em uma figura do a alma, o mercúrio, princípio femi-
aproximar desse animal. Por outro Menino Jesus. Outra lenda, que sur- nino. Dessa forma, da união de ambos
lado, são atribuídos poderes afrodisía- giu no século XI, dizia que beber em poderia nascer o ser divino.
cos ao pó do chifre de rinoceronte. um chifre de Unicórnio protegia de
Além disso, o Unicórnio, apesar da sua todos os males. Posteriormente, os al- 0 DRAGÃO
elegância e fragilidade aparentes c do quimistas o associaram à corça, for- Sem querer fazer nenhuma associação
seu caráter feminino muitas vezes as- mando um casal perfeito. Na sua men- e sem querer encontrar a todo custo
sociado, é um símbolo do princípio talidade, ocorreu uma curiosa inversão coincidências e laços entre algumas
masculino fálico. — fiel à lenda mítica do Unicórnio — crenças do passado e as que atormen-
atormentam a imaginação dos homens
com características
con de um grande rép encontrar com essas forças primordiais,
temporâneos, não podemos deixar de til dotado de asas ou aletas, um longo primitivas, que o encadeiam no ciclo
constatar que existem muitos pontos pescoço, patas longas com dedos (tanto infernal e interminável do nascimento
cm comum entre o mito do dragão, na forma de garras quanto palmípedes) e da morte, seguido de um novo nas
animal lendário, e o dinossauro que, e que cospe fogo. Pelo menos, é dessa cimento e de uma nova morte. Mais
apesar de sabermos que realmente forma que ele é representado na cul uma vez, os mitos e os símbolos do
existiu, também nos parece fantástico. tura ocidental. dragão se integraram na simbologia al
De certa forma, o dinossauro parece Por outro lado, na China, o dragão, ani quimista. Assim como a corça, o gran
mais irreal que o dragão, pelo fato de mal mítico, símbolo do Yang, da fer de princípio feminino e mercurial, o
mais de cem milhões de anos nos se tilidade e da ação, é representado como dragão devia ser sacrificado para que o
pararem da sua presença na Terra. uma serpente enroscada no centro da enxofre, o grande princípio masculino,
Então, como podemos imaginar o sig Terra, origem da criação do mundo. O pudesse ser extraído dele.
nificado de cem milhões de anos, nós céu e as constelações quase sempre
que somente vivemos na Terra por também eram representados como
volta de 70 anos? Ou então, seria pos uma grande serpente que envolvia a
0 Unicórnio e o dragão
sível que o ser humano tivesse con Terra, tanto no Ocidente quanto no
são monstros?
Devemos falar de monstros quando
servado na sua mais profunda memó Oriente. Simbolicamente, o dragão tem
nos referimos ao Unicórnio e ao
ria marcas inconscientes da existência sido associado e identificado com esse
dragão? Acreditamos que não. Na
desse réptil gigantesco? Não podemos fabuloso potencial de energias pri
mentalidade dos nossos antepassados,
afirmar nada a respeito. Atualmente, mordiais — ao mesmo tempo destru
esses dois animais fabulosos não eram
tudo o que sabemos é que o homem, tivas e criadoras, celestes e terrenas —
monstros da natureza, apesar de se-
por mais inteligente que seja, apenas que o homem carrega dentro de si e
rem vistos como tais. Não podemos
usa cerca de 10% da sua capacidade ce que também encontram-se na Terra. É
esquecer que, tanto na Antigüidade
rebral e que, normalmente, não vive como se uma força incrível, superando
quanto na Idade Média, os monstros
mais de cem anos, mesmo dispondo tudo o que possamos imaginar, fosse
tinham um caráter divino, justamente
de uma quantidade de neurônios su mantida prisioneira dentro da Terra,
por serem extraordinários e excepcio-
ficiente para durar mil anos. Em todo assim como dentro do ser humano. É
nais. As suas particularidades os torna-
caso, apesar de não sabermos se os nos por isso que, para o
vam mensageiros dos deuses na Terra.
sos antepassados já tinham encontrado homem, vencer o
Deviam ser venerados ou pelo menos
esqueletos de dinossauros, uma coisa dragão se trans
escutados quando se manifestavam e
é certa: a iconografia do dragão quase forma em uma
atendidos quando apareciam. Dessa
sempre representa um animal fabuloso busca para se
forma, a caça ao Unicórnio e ao dragão
se transformou em uma busca mística.
Na realidade, não se estava caçando
O dragão, animal fabuloso, é uma um sonho, uma lenda ou um mito;
imagem simbólica das forças pois, alcançando um ou outro, os
primordiais que o homem homens alcançavam a si mesmos
i leva dentro de si. para encontrar a luz, a verdade e o
amor. Não é exatamente isso que
todos nós ainda buscamos?
O Paraíso, Adão e Eva,
o pecado original
Os mitos do Paraíso, do andrógino primogênito do primeiro homem e da primeira mulher,
são universais. Mas o mito do pecado original é único no seu gênero.
No jardim do Éden, Adão e Eva não tinham vergonha Depois do pecado original, a sexualidade transforma-se
de sua nudez. em um objeto de vergonha.
o fim último do ho 0 PECADO
mem. Mas nos relatos da Embora não tirassem as
Bíblia aparece no princípio conclusões científicas que
dos tempos. Relacionamos, existem atualmente, os
portanto, este mito com o médicos da Mesopotâmia
de uma Idade de Ouro ori sabiam que certas doen
ginal que a humanidade ças podiam ser transmi
conheceu, da qual saiu e à tidas simplesmente pelo
qual um dia voltará. contato. Prodigalizavam
Este jardim das delícias, o curas, preparavam remé
Éden, este paraíso perdido, dios e praticavam nor
cuja porta devemos encon malmente os exorcismos.
trar, pode ser comparado Consideravam que o por
com os símbolos do labi tador de uma doença,
rinto e da Mandala tibetana. além de ser contagioso,
Mas com respeito a como foi sofria de um mal, do qual
relatado pelos primeiros re era de certa forma res
datores da Bíblia, devemos ponsável. Tinha de ter co
assinalar que se inspira em metido um delito, uma
um texto anterior, escrito transgressão das regras e
pelos Sumérios e depois re leis em vigor nessa civi
tomado pelos semitas da lização, do qual era cul
Babilônia, onde se faz alusão pado. Tratava-se portanto,
ao "país dos vivos", situado não só de curá-lo, mas
a sudoeste da Pérsia, e re também de libertá-lo des
gado pelos quatro rios. ta falta, ainda mais quan
O Gênesis II, 10-14 diz: do podia tê-la cometido
"Saía do Éden um rio que sem o saber ou contra sua
regava o jardim e dali par Este símbolo, conhecido na índia com o nome de shriyantra, vontade.
tia-se em quatro braços. O simboliza o ser andrógino original. Foi nesse contexto que
primeira chamava-se Pisão foram escritos os pri
[...]. O segundo chamava-se Guijão tendida como uma infração sexual, meiros relatos da Bíblia. De qualquer
[...]. O terceiro chamava-se Tigre [...]; apareceu pela primeira vez nos textos forma, na mitologia hebraica do Antigo
o quarto era o Eufrates". Vemos, por do teólogo hebreu Filão de Alexandria, Testamento, esta noção de transgres
tanto, que o Éden se situa em um lugar no começo de nossa era. De qualquer são, segundo a qual o culpado nem
geográfico muito concreto. forma, devido aos numerosos textos da sempre está consciente de sê-lo, trans
Assinalemos finalmente que, para os Bíblia, escritos em diferentes épocas e forma-se totalmente. O mal é consi
cabalistas, o Gân-Âeden do relato da não de uma só vez, dispomos de duas derado inevitável. Q u e m não trans
Criação é o lugar por onde Adão deve versões do mito de Adão e Eva. O pri gride não conhecerá o mal, a doença
sair com o risco de não evoluir nunca meiro é o chamado yahvista, porque ou o sofrimento. Infelizmente não é
mais. Segundo estes, é como um re nele o Deus é Yahvé; o segundo, pos tão simples, visto que homens e mul
fúgio demasiado confortável, no qual terior, chama-se eloísta, pois Deus apa heres de coração e intenções puras so
o homem leva uma vida muito pre rece com o nome de Elói ou Elohim. friam sem razão nem causas aparentes.
guiçosa, em condições psicológicas e Nesta segunda versão adotada pelos ca Para poder explicar os tormentos e
fisiológicas inertes e imutáveis, nas balistas, que chamam ao primeiro grandes sofrimentos das vítimas ino
quais não pode manifestar sua vontade, homem Adâm, que vem de adamah, a centes tinha que haver, portanto, uma
nem seu livre arbítrio, nem sua cons terra de Adão, homem e mulher ao causa primeira, um pecado original:
ciência individual. mesmo tempo. Voltamos a encontrar o que Eva cometeu segundo o relato
aqui o mito do Paraíso perdido, no yahvista; ou o cometido por Adâm an
ADÃO E EVA sentido de que, sempre segundo os ca drógino, segundo o referido relato elo
Formam o casal primogênito, que nos balistas, este homem original é tam ísta e os cabalistas que o seguem. Foi
parecem indissociável. Devemos saber bém o homem no qual nos devemos deste modo que nasceu o mito do pe
que, historicamente, sua união, en transformar. cado original.
A fada e a bruxa
As fadas, da mesma forma que os anjos, eram gênios bons e espíritos da natureza.
Como chegaram a se transformar em bruxas?
AS BRUXAS EA INQUISIÇÃO
Certamente, se quisermos dar ao demô
nio ou ao que entendemos como tal —
isto é, o Diabo, as forças do mal, as po
tências das trevas, etc. — uma ou duas
figuras reais, devemos procurar em
nosso passado e referir-nos ás imagens
da Europa do século XV e XVI, que foram
os tempos da caça às bruxas e aos demô
nios.
Impelidos por um fanatismo religioso,
que inspira, talvez sem eles saberem, os
Os maravilhosos contos de nossa infância nos ofereceram uma imagem da fada que vivia
sectários de todas as crenças ou religiões,
em plena natureza e que trazia paz e serenidade com um toque de sua varinha mágica.
os grandes ou pequenos inquisidores
torturaram, queimaram e massacraram
quem não tinha fama de santidade e não como foram descritas, ou seja, m u DA FADA À BRUXA
se conformava com as regras, as leis e as lheres sob tortura, denunciadas, per N o entanto, a história e o nascimento
normas da religião, as quais eram to seguidas, condenadas mesmo antes de das fadas são muito anteriores a este pe
talmente arbitrárias e tirânicas. serem julgadas. ríodo negro e cruel da Inquisição, pois
Tais horrores foram cometidos em Foi assim durante a segunda metade é evidente que, a partir do século XIV,
nome do amor e da fé em toda a Europa do século XV, no final da Guerra dos houve um ataque direto às crenças, co
— especialmente na Alemanha e na Cem Anos. Mulheres nuas ou vestidas nhecimentos, mitos e símbolos dos nos
Espanha —, durante este obscuro pe de preto, montadas em uma bengala, sos antepassados, dos quais sentimos
ríodo, que deixaram um rastro persis em uma vassoura ou em um animal nostalgia. Sem eles, faltam-nos pontos
tente em nossa imaginação e em nossa monstruoso, anunciando malefícios, de referência e já não sabemos de onde
memória. lançando feitiços e firmando um pacto vimos, quem somos e para onde vamos.
Assim, quando falamos de bruxas ou com o Diabo, do qual tinham marcas Seria possível as fadas nos ajudarem a
as representamos, as vemos sempre no corpo. encontrá-los novamente?
Sem dúvida. Até podem estar na
causa do atual interesse existente por
tudo que nos faz sonhar, pelo que nos
afasta do mundo fácil do material, cada
vez mais desencantado.
De fato, no início, as fadas tinham os
mesmos atributos, poderes e, podería
mos dizer, os mesmos deveres e respon
sabilidades que atualmente atribuímos
aos anjos da guarda. Eram associados aos
bons espíritos dos lugares, montes, bos
ques, vales, colinas, montanhas, cumes,
fontes, rios, escarpas, grutas. Quando os
romanos invadiram a Gália e a Europa
dos Celtas, deram a estas divindades, a
maioria representada com traços de mu
Representação de duas bruxas sobrevoando a paisagem.
lheres e às quais os druidas se dirigiam,
o nome de fati ou fata, a "deusa do des
tino", que derivou do latim fatum, "des malévolas, ávidas de poder e riqueza Foi assim que os espíritos femininos
tino", de onde provém o nome de franquearam para justificar os piores da fauna e da flora da Europa celta, as
"fada". horrores que cometiam, principalmente divindades boas daqueles povos, as que
Da fiandeira do destino, que era a fada porque a mulher fada tinha a fama de adoravam principalmente as mulheres,
que tecia as redes do destino do bebê no ser capaz de metamorfosear-se, de to se perpetuaram oralmente, de geração
ventre da mãe, à feiticeira, que era a mar o aspecto de uma raposa, doninha, em geração. Os ritos, costumes e co
bruxa, era só um passo que as mentes gazela ou Unicórnio e eram-lhe atribuí nhecimentos adquiridos desde há sé
dos poderes sobrenaturais, como pro culos — especialmente no campo da
porcionar sorte e amor, curar milagro medicina empírica a partir de amostras
Representação do suplício de uma bruxa
samente as doenças e as feridas, seduzir (o que hoje em dia chamamos fitote
na fogueira.
os homens e unir-se a eles para ter fi rapia ou tratamento através das plan
lhos magos ou dar-lhes força, coragem, tas) — foram associados desde o século
heroísmo e vitória nos combates de XII aos espíritos malignos, devido à im
guerra, tudo isto virtudes sob suspeita. plantação do processo inquisitorial
Em um conto de Perrault, cita-se uma proclamado na bula Vergentis in senium
espécie de ninfa das águas, que está por do papa Inocêncio III. Mas foi sobre
trás da mudança e renovação do ar ou tudo a partir do século XV que estes
que, pelos menos, percorre as terras seres maravilhosos foram considera
germânicas durante os dias compreen dos uma verdadeira praga na Europa.
didos entre o Natal e os Reis. Quando As fadas converteram-se assim em bru
neva na terra dos homens, é porque ela
xas.
agita seu leito de plumas. As mulhe
res que vão ao seu encontro recebem
dela saúde e fecundidade.
Os recém-nascidos provêm de seu re
As fadas
servatório. Castiga as fiandeiras pre
Morgana e Esterel
Entre as fadas mais conhecidas, encontra-
guiçosas, suja suas rocas, embaralha seus
fios ou queima seu linho. se a fada Morgana, irmã do rei Artur, aluna
Por outro lado, envia fusos às jovens que de Merlim, que lhe ensinou sua magia. Outra
fiam com paixão e durante a noite também muito importante é Esterel, fada
adianta-lhe o trabalho e termina-o. Atrai que deu seu nome ao maciço e bosque com
facilmente as crianças para seu tanque, o mesmo nome (na Provença) onde habi-
confere felicidade aos que são bons e tra tava. Foi célebre durante a Idade Média.
balhadores e torna miseráveis os que são Criava beberagens mágicas que davam fer-
maus ou preguiçosos. tilidade às mulheres.
Quem é o Diabo?
Crentes ou não, afigura do Diabo nos inquieta, nos perturba e nos causa angústia.
Todavia, sabemos a razão disso?
Diversas representações
do Diabo no imaginário
medieval.
daemon ou demônio rito do Mal, por oposição
não tinha sido identificado a Deus, espírito do Bem.
com esse espírito infernal, de Devemos saber que a idéia
anjo mau, anjo caído ou dia que temos destas práticas
bo. Antes disso, o daimôn está totalmente sobrevalo
grego era um poder divino e rizada: a maioria eram ritos
benéfico, que distribuía e re pagãos baseados em cren
partia. Reencontramos aqui ças anteriores ao cristia
o sentido de "tirar de um e nismo e grande parte deles
de outro" evocado anterior se baseava nos poderes que
mente. O daimôn era a di se atribuíam aos deuses, às
vindade ou o espírito prote divindades, aos espíritos
tor ligado a cada homem ou protetores presentes na na
a cada elemento da natureza. tureza.
Dito de outra maneira, tinha Assim, mais uma vez, o ca
os mesmos atributos e fun ráter diabólico, no sentido
ções que os famosos espíri pejorativo do termo, que
tos da natureza, nos quais se dava a estas crenças, cul
Dionísio ou Areopagita se tos e ritos, desviou estas
inspirou para criar a hierar práticas do seu significado
quia celeste dos anjos. original e profundo. Em si
Assim, o fato de repartir e mesmas não tinham nada
Satã, ou Satanás, encarnação do Mal, é freqüentemente descrito como
tirar de um lado e de outro de maléficas, mas por sua
um ser sinistro com chifres na testa e pés de cabra.
refere-se a um princípio es própria vontade paga e po
sencial revelado pelo daimôn: o destino, sal. A história nos ensinou que aque pular perturbavam a ordem estabelecida
mas ao mesmo tempo o espírito prote les que tinham sido destinados a di daquelas épocas de desconcerto. Foi
tor, o espírito bom, o anjo bom, o que rigir o povo (que é a primeira acepção assim que os demagogos, "os que diri
chamamos hoje a boa consciência. Aque de demagogo) não agiram sempre a gem o povo", no sentido etimológico
le que seguia o seu daimôn, compreen favor deste. A partir daí, era lógico de e literal do termo, inventaram o Diabo
dia e seguia a voz de sua consciência. duzir que o daimôn que dirigia o des e os demônios. Houve um tempo em
Tratava-se de um homem justo e bom. tino da humanidade, e que suposta que tudo que era susceptível de pertur
As intuições, as inspirações vinham dele, mente devia ter um papel protetor ou bar a ordem estabelecida era atribuída
bem como o talento e os dons inatos. benéfico, podia trair sua própria natu sistematicamente ao Mal, aos demônios,
Como pode ser que este elemento tão reza original e exercer algumas vezes ao Diabo. Desde essa época, Diabo e
benéfico para o ser humano tenha po uma influência maléfica. É assim que, demônio têm muito má reputação e são
dido tomar uma acepção tão negativa, pouco a pouco, o demônio foi to representados com imagens que nada
sinistra, maléfica, convertendo-se na mando a aparência das forças essen têm a ver com o que foram.
única acepção do diabo? Paradoxal cialmente maléficas e destrutivas, pois
mente, a explicação encontra-se no os dramas, perseguições, guerras e
termo grego de origem indo-européia, violência gerados por seres de forte
daiesthai, que significa partilhar, divi personalidade, com uma excessiva
dir. Daí deriva o termo grego demos, sede de poder e ânsia de divisão
o povo ou a população. Também en (para reinar a seu gosto) e com Representação de Satanás
contramos esta raiz em "demagogia" e ambição desmedida, estão segundo um desenho de 1616.
"democracia", bem como em "epide gravados na memória cole
mia" e "demiurgo". Epidemia, em tiva.
grego, significa tanto a integração de E atualmente não acontece ain
uma pessoa no povo como uma doença da o mesmo? Sim, mas esta
que contagia o povo. Mas, principal mos longe do imaginário me
mente, vemos aí um paralelismo entre dieval dos conciliábulos de
o demagogo e o demiurgo, ou seja, o bruxas ou missas negras, du
que adula o povo com suas palavras e rante as quais se prestava culto
o que faz passar por criador univer ao Diabo, encarnação do espí
A arca de Noé
Ao reunir todos os animais em sua arca para salvá-los do dilúvio,
Noé perpetuou a vida sobre a Terra.
Mas simbolicamente... o que significa esta mítica lenda?
0 DILÚVIO SIMBÓLICO
Quer os escritores da Bíblia tenham se
inspirado em um relato mais antigo, que
interpretaram e transportaram à sua ma
neira, quer se trate de Ea ouYahvé,Atra
hasis ou Noé (Noah em hebraico está
relacionado com os verbos "conduzir",
"consolar" e "arrepender-se"), não mu
da nada quanto ao conteúdo simbólico
da lenda do dilúvio.
Este anuncia e revela uma regeneração
necessária, uma renovação que só pode
surgir com o caos. Na Terra, o caos será
produzido em forma de desastre natu
ral — inundação, tempestades, mare
moto —, mas também tem lugar em
cada um de nós quando somos vítima
de uma doença ou quando nossos de Vishnu arrasta o barco de Manu até os cumes do Himalaia para salvá-lo do dilúvio.
A simbologia dos números
01
O 1 reúne e unifica. Forma um todo. Aqui não o entendemos tanto como o primeiro número,
mas sim como o símbolo unificador dos elementos da vida.
O PONTO DE LUZ
Tudo acontece como se o 1 fosse o prin
cípio e o fim, como se o princípio e o
fim formassem uma e a mesma coisa.
Este princípio revela-se na figura an
cestral do ponto situado no exato cen
tro do círculo. "Quando o Des
conhecido dos Desconhecidos quis
manifestar-se", diz o Zohar, "começou
por criar-se um ponto." De fato, se ima
ginarmos um mundo imaterial e vazio
onde nada é aparente, onde nada existe,
no qual surgiria do desconhecido um
simples ponto, nos depararíamos de re
pente com o mundo do visível. Por
outro lado, este ponto visível no qual
podemos fixar nossa atenção, mas tam
bém concentrar nossa mente, aguça e
desperta nossa consciência.
É assim que certos exercícios de ioga nos
conduzem, depois de alguns movi
mentos de relaxação e de respiração a
criar o vazio em nós, tranqüilizando,
acalmando ou amansando a atividade
02
O Tai Ghi Tu ou símbolo do Yin e do Yang, o Zodíaco e o ritmo binário
são representações simbólicas da função unificadora do 2.
03
Tanto em seu aspecto geométrico como triângulo, como no mítico e místico de uma Trindade
o 3 é um vínculo e um princípio criador.
O 4
As figuras do quadrado e da cruz são as duas melhores e fiéis representações do número 4.
Mas este é também um símbolo do destino e do livre arbítrio.
O 5
O homem tem cinco dedos em cada mão, cinco dedos em cada pé e cinco sentidos para perceber
o mundo. O 5 é considerado o número do homem.
06
O 6 é o número da gênese. Seus dois símbolos, o hexagrama e o selo de Salomão,
parecem-se com os elementos e os astros que regem o Zodíaco.
07
Há sete dias da semana, sete astros que regem o Zodíaco, sete notas musicais, sete cores no arco-íris,
sete sistemas cristalinos, etc. Simbolicamente, o 7 é o número da perfeição.
08
Símbolo do infinito e da eternidade, o 8 é também uma representação das energias terrestres e celestes
que circulam sem cessar de cima para baixo e de baixo para cima, regenerando-se.
Algumas figuras
FICHA DE IDENTIDADE DO 8 e símbolos do 8
A propósito deste número, devemos fa-
Nomes: oito, oitavo, oitava, oitavado. zer alusão aos oito trigramas essenciais
Correspondências aritmomânticas com as letras do do I Ching. Estas oito figuras, cada uma
alfabeto: H, Q e Z. delas composta por três traços contínuos
Correspondência com as letras da cabala: Heith. e/ou interrompidos, reúnem-se em um oc¬
tógono, no centro do qual encontra-se
Correspondências astrológicas: Câncer, cujo símbolo está em analogia com o 8 ver- o Taichi, símbolo chinês do Yin e do Yang,
tical e separado, mas também com Escorpião, que é o oitavo signo do Zodíaco e energias primordiais feminina e masculi-
cuja dialética corresponde à simbologia do número 8. na que nos lembram a força da vida e a
força da morte, às quais fizemos alusão
Cor: o vermelho. Símbolo geométrico: em relação ao número 8. Os oito trigra-
o octógono. mas encontram-se relacionados com as
oito direções do equivalente à nossa rosa-
dos-ventos. Na China, o lótus das oito pé-
talas simboliza os oito caminhos a seguir
para encontrar a Via segundo Buda.
A simbologia dos números
09
O 9 lhe ajudará a compreender como o círculo dos números se fecha, anunciando assim algo novo
que ocorrerá com o 10.
O 10
O 10 é um fim em si mesmo, um regresso ao centro, à unidade, um novo ponto de partida
no caminho da vida e da realização pessoal.
O 12
O 12foi, sem dúvida, uma unidade de medidaperfeitado espaço e do tempo para os homens
da Antiguidade. Em todo o caso, trata-se de um número dos signos do Zodíaco e do sistema duodecimal.
O 12 E O ZODÍACO UNIVERSAL
Dado que estamos no Egito, lembre tempo símbolos da perfeição: as doze encontramos os próprios fundamentos
mos que os escribas astrônomos, guar tribos de Israel, as doze gemas oracu¬ da astrologia.
diães do calendário, tinham dividido lares, os doze apóstolos de Jesus, as doze Nada nos impede de imaginar que o
o ano em 360 dias e três grandes esta portas da Nova Jerusalém, segundo o Zodíaco indiano e o chinês, depois do
ções, ou seja, três vezes 120 dias, e cada apocalipse de São João, etc. Esta refe Zodíaco egípcio, tenham saído da mes
uma destas estações estava dividida por rência ao número 12 tem, sem nenhu ma fonte de inspiração mesopotâmica.
sua vez em quatro meses de trinta dias, ma dúvida, uma origem comum e an É evidente que o número 12 está oni
e cada mês dividido em três períodos terior à da redação da Bíblia. presente em todas estas civilizações, as
de dez dias. Encontramo-nos, obvia De maneira que, a epopéia de Gilga- quais, todavia, possuem costumes muito
mente, nas medidas do Zodíaco, com a mesh, um longo poema sumério que diferentes.
única diferença de que, hoje em dia, data de início do II milênio antes de
temos quatro estações em vez de três. nossa era, consta de doze tábuas, assim OS DOZE ELOS
Note que existem 360 graus no Zo como os doze símbolos do Zodíaco. E PO CICLO DOS RENASCIMENTOS
díaco, divididos em doze partes iguais o Poema da Criação, ou Enûma Elish, re Em todas as partes, o 12 era o número
de trinta graus cada uma: os doze signos lato acádio cosmogônico do final do II dos ciclos perfeitos e mutáveis da na
do Zodíaco, os quais por sua vez se di milênio antes de Cristo, compõem-se tureza e da vida, até no ciclo dos re
videm em três partes iguais de dez de sete tábuas, assim como os sete as nascimentos, que revela as grandes cau
graus, os decanatos. tros-deuses que regem os dozes signos sas da reencarnação de uma mesma
Poderíamos citar inúmeras alusões ao do Zodíaco. alma, as quais são doze, segundo o hin
número 12 no Antigo e no Novo Tes Além disso, existe outra questão de duísmo. Estas causas chamam-se Ni-
tamento da Bíblia, que são ao mesmo grande importância: é neste relato que dânas, o que literalmente poderíamos
traduzir como "uniões, cadeias, 4 Nidâna Nâmarupâ, boliza os desejos, os sentidos que pro
anéis ou elos". Cada Nidâna tem um o nome e a forma, consi porcionam prazer, os quais engendram
nome diferente, mas sobretudo repre dera-se um homem em novos desejos e necessidades sem limites.
senta-se sobre uma imagem simbólica um barco sem remos, à
determinada que ilustra as doze causas deriva, à mercê da corrente. Nesta caso, 8 Nidâna Trishnâ, a se
que encadeiam o homem na existência: trata-se de uma imagem que simboliza de, a aspiração ou inveja,
a invocação de uma forma de vida pelo representada por um ho
1 Nidâna Avidyâ, a seu nome, ato que conduz a viver no mem que bebe um copo
ignorância ou ofuscação, mundo das aparências e da ilusão, que de vinho. Esta imagem simboliza a sede
representada por uma encadeiam a existência. de viver que nunca se satisfaz e induz o
anciã cega, com um ho homem a querer possuir, ter e dominar
mem que guia seus passos, segurando- 5 Nidâna Shadâyatana, para se saciar. Todavia, se sua inveja se
a pela mão. Neste caso, mostra-nos o os seis fundamentos ou transformar em aspiração, neste ponto
ser ofuscado pelo desejo. E o guia não é categorias, representada pode libertar-se do ciclo sem fim das
outro se não o destino que deve seguir. por uma casa com seis reencarnações.
aberturas: uma porta e cinco janelas, que
2 Nidâna Samskâra, a simbolizam os órgãos dos sentidos se 9 Nidâna Upâdâna, o
impressão ou intenção, gundo os hindus; a porta é o espírito e apego, representado por
representada por um ho as cinco janelas são a visão, a audição, um homem que colhe os
mem sentado em frente o olfato, o paladar e o tato. frutos de sua horta. Esta
de um torno de oleiro, dando forma a imagem ilustra o apego à vida e aos bens
um jarro de barro. Esta imagem sim 6 Nidâna Sparsha, o deste mundo, conseqüência da sede de
boliza as concepções, os pensamentos tato ou o contato, mos viver, revelada no Nidâna precedente e
que, pouco a pouco, tomam forma e se tra-nos um homem tra da qual o homem não se conseguiu des
convertem em realidade e nos enca balhando a terra. Esta fazer.
deiam na existência. imagem simboliza a tomada de cons
ciência da realidade física do mundo 10 Nidâna Bhava, o ser
3 Nidâna Vijnâna, a através dos órgãos dos sentidos, e daí ou o provir, representado
consciência, que aqui é as necessidades, as dependências e as por uma mulher com a
um macaco pendurado servidões que engendra para o homem. cabeça e o rosto cobertos
em uma árvore com uma por um véu nupcial, representando o
copa tão alta que não a consegue ver 7 Nidâna Vedâna, sen eterno retorno, as eternas núpcias do
nem alcançar. É a imagem do intelecto sação e sentimento, re homem e da mulher, que os encadeiam
que conduz o ser a identificar-se com presentada por um olho no provir na Terra e os impedem de
suas idéias e seus atos e com os quais atravessado cm seu cen procriar.
se encontra encadeado. tro por uma flecha. Esta imagem sim
11 Nidâna Jâti, o nasci
mento, mostra-nos uma
mulher dando à luz uma
FICHA DE IDENTIDADE DO 12 criança. Esta imagem de
Nomes: dúzia, duodécimo, duodenário. riva da precedente e revela que, chega
dos a este ponto, o ser é prisioneiro dos
Correspondência com as letras-números da cabala: ciclos dos renascimentos sem fim.
Lamed.
12 Nidâna Jarâ, a velhice
e a morte, representada
Correspondência astroló- Símbolo geométrico: o por um velho defunto cu
gica: Libra. triângulo sagrado egípcio, jo corpo é submetido ao
cuja base mede 4, o lado 3 ritual hindu da cremação. Esta imagem
e a diagonal 5, isto é, um simboliza a fase última e fatal de toda a
perímetro de 12. vida terrestre, pelo menos enquanto o
ser permanecer ofuscado pelo desejo e
se deixar conduzir pelo seu destino.
A simbologia dos Números
O 13
e alguns outros números
Do 13 ao 666, há certos Números aos quais se atribuem vibrações maléficas.
Vamos tentar compreender de onde vêm tais superstições.