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1 – INTRODUÇÃO
1
COELHO. 2005, p. 05.
importância. Porém, algumas profissões não eram reguladas e outras nem mesmo
constavam nesses Atos. A insuficiência dessa teoria forçou o surgimento de outro
critério que regulasse as atividades comerciais. Mais tarde, esse novo conceito
tornou-se a teoria da empresa.
Nessa teoria alargou-se o âmbito de incidência do direito comercial, passando
as atividades de prestação de serviços e as ligadas a terra a se submeterem às
mesmas normas aplicáveis às comerciais, bancárias, securitárias e industriais2.
Passou-se a disciplinar uma forma específica de produzir ou de circular bens e
serviços. O direito não pode ser estático, inerte. Deve-se enquadrar a evolução e a
modernidade do mundo Contemporâneo.
A teoria da empresa não acarreta a superação da bipartição do direito privado.
Altera o critério de delimitação do objeto do Direito Comercial que deixa de ser os
Atos de Comércio e passa a ser a empresarialidade, mas não suprime a dicotomia
entre o regime jurídico civil e o comércio3.
2 – EMPRESÁRIO
De acordo com o artigo, não será profissional quem exerce atividade de modo
esporádico. Se não for habitual, não será um empresário.
A atividade exercida pelo profissional habitual, segundo Fábio Ulhoa, é a
empresa. Essa mesma atividade terá que ser econômica, ou seja, buscar gerar lucro
para quem a explora (princípio fundamental do capitalismo).
Por último, terá que ser organizada porque nela se encontram articulados,
pelo empresário, os quatros fatores de produção: capital, mão-de-obra, insumos e
tecnologia4. Caso não possua algum desses itens, o indivíduo não será empresário.
2
IBEDEM, op. cit, p 07.
3
IBEDEM, op. cit. p. 08.
4
IBEDEM, op. cit. p. 13.
Portanto, o empresário tem o dever de conhecer os bens ou serviços por ele
fornecidos, bem como informar amplamente aos consumidores e usuários.
Demonstrado o que seria necessário para se tornar empresário, esclarer-se-á
suas obrigações. Elas são compostas em três:
A) Registrar-se no registro de empresa antes de iniciar suas atividades;
B) Escriturar regularmente os livros obrigatórios;
C) Levantar balanço patrimonial e de resultado econômico a cada ano.
Descumprida alguma dessas obrigações, não importa na exclusão do
empresário. O cumprimento dessas obrigações visa mais a estimular o cumprimento
que a punir o empresário pelo seu descumprimento.
Entretanto, o empresário não-registrado não pode usufruir os benefícios que o
direito comercial libera em seu favor. Caso falte a um livro um dos requisitos legais
ou se não possuir o livro, estará ele sujeito as conseqüências na órbita civil e penal.
Também, fica o empresário impedido de declarar falência caso falte-lhe os balanços
anuais. Se insistir em declará-la, poderá incorrer em crime.
A micro e a pequena empresa não optante pelo SIMPLES não precisam
cumprir essas obrigações. Entretanto, as optantes devem escriturar os livros caixa e
registro de inventário. Se não mantiverem os livros contábeis exigidos, estarão
sujeitas às mesmas conseqüências que a lei reserva aos empresários em geral.
5
TEIXERA, 2001. p. 24.
produção, deixa de possuir as características comumente relacionadas à burguesia
empresarial6.
6
IBEDEM. op. cit. p. 25.
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www.Sebrae.com.br
juros altos. Considera-se a queda do faturamento no comércio um ajuste, após três
meses consecutivos de alta.
Em setembro deste ano, o pessoal ocupado apresentou alta de 4,5% sobre o
mesmo período do ano passado. Conseqüentemente, o gasto com salários nesse
mesmo período foi maior em relação ao ano anterior. Isso é um indicativo de que as
MPEs estão operando num nível de atividade superior a 2004.
Assim, como a inflação vem se aproximando das metas estabelecidas pelo
Banco Central, os juros básicos (Selic) podem sofrer novos cortes, seguindo o que
ocorreu em setembro e outubro desse ano. Porém, mesmo que ocorram, essas
quedas ainda devem levar alguns meses para surtir efeito.
8
IBEDEM.
9
TEIXERA, op. cit. p. 38.
O primeiro deles, diz respeito à realização de algum tipo de planejamento
anterior à abertura do negócio ou da experiência do empresário no ramo. Nas
empresas em atividade 68% dos empresários declararam ter experiência no ramo, já
nas empresas extintas apenas 52% dos empresários possuíam.
Outro fator preponderante é o aperfeiçoamento dos produtos e serviços
conforme a opinião dos clientes. 86% das empresas que se mantêm em atividade
apresentaram esse aperfeiçoamento, enquanto que 74% das que não resistiram, não
se preocuparem com a defasagem dos seus produtos e serviços.
Com relação às dificuldades encontradas para a consolidação do negócio, a
pesquisa mostra que entre as empresas que sobreviveram a maior dificuldade
relaciona-se à recessão econômica, ao passo que entre as que fecharam as portas a
reposta foi voltada para a falta de capital de giro. Há que se destacar o fato de a
carga tributária ter sido citada por todos os tipos de empresas independentemente da
forma ou rumo de atividade10.
O Sebrae ainda aponta para outros fatores, tais como: A falta de dedicação
exclusiva a empresa, descuido com o caixa, não utilização de assessoria e estrutura
excessivamente pequena.
Portanto, conforme os fatores analisados, podemos certamente afirmar que os
altos índices de mortalidade das microempresas ainda nos primeiros anos não
podem ser atribuídos a um único fator, mas sim a junção de vários fatores.
Para a redução dessa mortalidade o Sebrae expõe a necessidade de
desenvolvimento do comportamento do empreendedor; ênfase no apoio as empresas
recém nascidas, onde o grau de mortalidade é maior; ações de apoio e capacitação
por fazes (1/12 meses, 12/24 meses, 24/36 meses, etc).
Prega também que não necessita somente uma melhor formação e dedicação
do empresário, mas, também, um reajuste das políticas públicas através de uma
desburocratização e redução dos custos dia a dia, assim com, também, da abertura;
política de créditos e micro créditos.
Enfim, tudo para que não só as MPEs possam se estruturar e crescer, mas,
também, a economia brasileira.
10
IBEDEM. Op. cit. p. 39.
6 – PERFIL COMPARATIVO
11
IBEDEM. Op. cit. p.29.
Na região de Franca, a Industria responde por 55,3% do total de empregados
formais da região, com grande destaque para a indústria do couro que detém
sozinha 35,7% do total de empregados.
No setor de Serviços (17,7% dos empregados da região) se destacam os
serviços de saúde (4,7% dos empregados) e os serviços de transporte (2,1%).
No Comércio (14,3% dos empregados da região), os segmentos mais
importantes são os supermercados e o comércio varejista em geral (vestuário,
material de construção, etc).
Na agropecuária (9,3% dos empregados da região), destacam-se as unidades
rurais de produção mista lavoura/pecuária (3,7% dos empregos da região) e as
culturas da cana (2%) e do café (1,3%).
No que tange à participação das MPEs, pela observação do número de
estabelecimentos, estas empresas estão mãos presentes no comércio varejista em
geral (vestuário, diversos, material de construção, produtos farmacêuticos,
minimercados, calçados), na indústria do couro e da construção civil, nos serviços
(principalmente nos serviços de saúde, nos serviços prestados ás empresas e de
alojamento e alimentação), nas unidades rurais de produção mista (lavoura/pecuária)
e nas culturas de café e cereais12.
12
www.Sebrae.com.br
apesar de revogada, estabeleceu as diretrizes que até hoje prescrevem um
tratamento diferenciado que acaba por servir como estímulo aos pequenos e micro
empreendedores.
13
MELCHOR.
Para a pequena empresa na área da construção e da industria o limite é de 99
pessoas; já no comércio e serviços é de 49.
12 – PERSPECTIVAS ATUAIS
13 – CONCLUSÃO
14
TEIXERA. Op. cit. p. 54.
das MPEs não é somente o proprietário e seus empregados, mas também o próprio
governo que ,além de realizar a sua função de gerar o bem comum de todos,
arrecada impostos.
Porém, apesar dos avanços legislativos alcançados pelos pequenos
proprietários e preciso uma maior desburocratização e a concessão de maiores
incentivos creditícios. Embora muitos recebam orientação do sebrae, ainda é caro e
demorado abrir uma MPEs devidamente registrada, o que faz com que o
empreendedor prefira atuar na informalidade. Isso irá repercutir negativamente na
economia em virtude da sensível perda de arrecadação por parte do estado. Nestes
casos, a redução da arrecadação se dá antes mesmo de se falar em mortalidade
empresarial.
Outro fator que deve ser analisado é o fato em relação à mortalidade das
microempresas. Em virtude de estas terem se transformado numa alternativa ao
desemprego, muitas pessoas despreparadas apostam tudo o que possuem e, em
muitas das vezes, perdem tudo.
Enfim, segundo Teixeira, acredita-se na necessidade de uma maior atuação
dos governantes em todas as esferas (federal, estadual e municipal) no sentido de
incentivar a microempresa, fornecendo incentivos fiscais e creditícios, bem como
uma maior capacitação aos empresários através de programas de especializações
dentre outros visando elevar a produção, o consumo e a empregabilidade no país.
Não adianta só conceder empréstimos, é necessário capacitar o empresário fazendo
com que o espírito empreendedor existente dentro de cada um desperte.
13 - BIBLIOGRAFIA