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Petrolífero
(Lei 9478/97, Decreto 2455/98 e Estatuto da Petrobrás)
Breve Histórico
Durante 40 anos a Petrobrás teve o monopólio da atividade de exploração e produção petrolífera, mas
com entrada em vigor da lei 9478/97 (Lei do Petróleo) o mercado abriu as portas para o capital
estrangeiro e diversas empresas já se instalaram no Brasil. O petróleo e o gás continuam pertencendo à
União, assim como o monopólio de atividades relacionadas, mas as atividades desse setor poderão ser
objeto de concessão e autorização pelo Estado a outras empresas, nacionais ou estrangeiras, e não
somente à Petrobrás.
A internacionalização tem que atender ao primeiro princípio da lei do petróleo, “preservar o interesse
nacional”. A quebra do monopólio permitiu maior arrecadação fiscal, diminuição da importação de
petróleo e produtos com melhor preço e qualidade para os consumidores (proteger o interesse do
consumidor é outro princípio da lei do petróleo)
O Estado passou de produtor e provedor a regulador e fiscalizador, e para exercer esse papel criou a
Agência Nacional do Petróleo. A ANP realiza licitações para a concessão de áreas ou blocos destinados à
exploração e produção de petróleo e gás.
Obs: os dados e informações sobre as bacias sedimentares também são recursos petrolíferos de
propriedade nacional, cabendo à ANP sua coleta, manutenção e administração.
Da Exploração e da Produção
Concessão e Autorização
As atividades petrolíferas serão reguladas e fiscalizadas pela União e poderão ser exercidas mediante
concessão ou autorização por empresas constituídas sob as leis brasileiras com sede e administração no
país. Essas empresas deverão atender a requisitos técnicos, econômicos e jurídicos estabelecidos pela
ANP.
O concessionário terá obrigação de explorar por sua conta e risco, e em caso de êxito, produzir petróleo
em determinado bloco (parte da bacia sedimentar - são delimitados pela ANP). Ele terá a propriedade
dos bens extraídos, com os encargos relativos ao pagamento dos tributos e das participações legais e
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(Lei 9478/97, Decreto 2455/98 e Estatuto da Petrobrás)
contratuais correspondentes (royalties por ex.) Ao término da concessão deverá ocorrer a devolução de
áreas e reversão de bens à União ou à ANP, e isso sem implicação de qualquer ônus às mesmas, e
inclusive sem indenização em favor do concessionário.
É permitida a transferência do contrato de concessão, desde que o novo concessionário atenda aos
requisitos da ANP e que esta autorize previamente.
Causas de extinção da concessão: vencimento do prazo contratual, acordo entre as partes, ocorrência de
motivo previsto em contrato, término da fase de exploração sem descoberta comercial, desistência e
devolução durante a fase de exploração das áreas em que não justifiquem investimentos.
Licitação
O edital da licitação indicará: o bloco objeto da concessão, o prazo estimado da fase de exploração (ao
seu término, se não tiver sido feita descoberta comercial, o contrato estará extinto); as participações
governamentais mínimas; a indicação de que caberá ao concessionário o pagamento de indenizações
por desapropriações ou servidões necessárias.
A empresa estrangeira que concorrer deverá apresentar junto com sua proposta: seus atos
constitutivos e prova de estar organizada e regular conforme normas de seu país; designação de um
representante legal junto à ANP; compromisso de constituir empresa segundo as leis brasileiras, com
sede e administração no Brasil.
Em caso de empate a licitação será decidida em favor da Petrobrás quando esta concorrer.
Contrato de Concessão
Cláusulas essenciais: definição do bloco objeto da concessão; prazo de duração da fase de exploração e
as condições para sua prorrogação; a obrigação do concessionário quanto às participações;
procedimentos de acompanhamento e fiscalização das atividades; obrigatoriedade de o concessionário
fornecer à ANP dados e informações relativos às atividades; o procedimento de transferência do contrato
(possibilidade explicada acima); regras de solução do controvérsias, inclusive conciliação e arbitragem
internacional; casos de rescisão e extinção do contrato; penalidades.
Outras Atividades
Essas atividades são exercidas por meio de autorização da ANL. Basta que a empresa, ou consórcio de
empresas, esteja constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no país, e que
atenda os requisitos técnicos, econômicos e jurídicos estabelecidos pela ANL. É permitida a transferência
da titularidade da autorização, mediante consentimento da ANL.
Os membros de sua diretoria serão nomeados pelo Presidente, após aprovação pelo Senado, para
mandato de 4 anos, permitida recondução. Composição: um diretor geral e 4 diretores. A diretoria é a
instância administrativa final nas questões de competência da ANL. O diretor geral representará a ANP,
ativa e passivamente, em juízo ou fora dele e aprovará edital de concursos públicos.
A ANL poderá instruir processo com vistas à declaração de utilidade pública, para desapropriação e
instituição de servidão das áreas necessárias à exploração, desenvolvimento e produção.
A ANP poderá contratar, por tempo determinado, especialistas para a execução de trabalhos nas áreas
técnica, econômica e jurídica, com dispensa de licitação.
O quantitativo de pessoal ativo da ANL, incluindo cargos de comissão e temporários, não excederá a 373
servidores.
Petrobrás
Sociedade de Economia Mista, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, que tem por objetivo a
pesquisa, a lavra, a refinação, o processamento, o comércio e o transporte de petróleo, seus derivados e
gás. Essas atividades são exercidas em caráter de livre competição com outras empresas. A Petrobrás
poderá exercer fora do território nacional qualquer uma das atividades citadas.
A Petrobrás pode estabelecer, no país e no exterior, filiais, agências, sucursais e escritórios, podendo
exercer fora do território nacional qualquer das atividades integrantes de seu objeto social. Ela e suas
subsidiárias podem formar consórcios com empresas nacionais ou estrangeiras objetivando expandir
atividades, reunir tecnologias e ampliar investimentos. Suas subsidiárias podem associar-se a outras
empresas, majoritariamente ou minoritariamente.
Capital Social
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O controle da União será exercido mediante a propriedade e posse de, no mínimo, 50% + 01 ação do
capital votante.
O capital social da empresa é dividido em ações ordinárias, com direito de voto, e ações preferenciais,
estas sempre sem direito de voto.
O capital social poderá ser aumentado com a emissão de ações preferenciais, sem qualquer proporção
com as ações ordinárias, respeitado o limite de 2/3 do capital social. Os aumentos de capital social
mediante a emissão de ações ordinárias serão submetidos à apreciação prévia da Assembléia Geral. As
ações preferenciais serão inconversíveis em ações ordinárias, e vice-versa.
A Companhia poderá adquirir suas próprias ações, sem diminuição do capital social.
Acionistas:
Além da União, que é acionista controladora, poderão ser acionistas pessoas físicas ou jurídicas,
brasileiras ou não.
Os acionistas terão direito em cada exercício aos dividendos e/ou juros de capital, que não poderão ser
inferiores a 25% do lucro líquido ajustado, rateado pelas ações em que se dividir o capital da Companhia.
Os dividendos não reclamados pelos acionistas dentro de 3 anos prescreverão em favor da companhia.
Licitação
A Petrobrás adotará procedimento de licitação simplificado quando for adquirir bens e serviços.
Quando participante de licitação objetivando concessões de exploração e produção, a Petrobrás poderá
assinar, como forma de composição de sua proposta, pré-contratos, mediante expedição de cartas-
convites. Esses pré-contratos conterão cláusula resolutiva, para o caso de outro licitante ser declarado
vencedor, que isentarão a Petrobrás de qualquer eventual indenização por não execução do contrato.
Repetro
Estes tributos permanecem com sua exigibilidade suspensa pelo período de utilização no regime, tendo
sua extinção prevista no caso de re-exportação dos equipamentos admitidos no regime.
O REPETRO é aplicável aos bens constantes do anexo único da Instrução Nomativa RFB 844, podendo
ainda ser aplicado a máquinas e equipamentos sobressalentes, ferramentas, aparelhos e a outras partes
e peças destinadas a garantir a operacionalidade dos bens do anexo único, desde que sua utilização
esteja diretamente relacionada com as atividades de pesquisa e lavra de petróleo e gás natural.
Características do REPETRO:
• Não tributação das entradas dos equipamentos admitidos no regime, apesar de serem utilizado
em atividades econômicas;
• Possibilidade de receber e transferir bens para outros regimes aduaneiros especiais;
• Utilização Compartilhada de bens;
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• Exportação sem saída do território aduaneiro;
• Importação sob o regime de drawback de matérias primas, produtos semi-elaborados e partes ou
peças destinados à fabricação de bens objeto do REPETRO para posterior submissão ao
procedimento de exportação ficta.