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critrios da CAPES, ficaro sem defesa para a crtica de que o curso mesmo de segunda
linha, porque comandado por PhDs defendidos em centros que no esto entre os dez
mais (top ten) nos EUA (9). Se fingirem que o problema nada tem a haver com eles, a
omisso ser vista como a aceitao de uma condio subalterna, a de condutores de um
curso de ps-graduao de segunda linha. Uma vez que a CAPES disse no haver erro
tcnico, s lhes resta criticar os critrios que um dia imaginaram ser-lhes teis,
denunciando-os como equivocados e/ou mera ideologia?
Quem sabe os que dominam o ps-graduao em economia deixem de se sentir PhDs na
FEA/USP e passem a se sentir professores da FEA/USP? Quem sabe alguns colegas
percebem que no h muito futuro em ser satlite de PhD? Quem sabe outros colegas saem
da omisso em que vm se mantendo? Quem sabe o EAE/FEA/USP volte a se orgulhar de
ser um centro plural, abrigando todas as correntes/escolas, cuja fora est na diversidade?
Quem sabe ele volte a ser um centro que abriga e estimula o pensamento crtico para
intervir no debate sobre os problemas econmicos e sociais brasileiros? Quem sabe o
EAE/FEA/USP proponha a constituio e lidere uma frente contra a ideologia (autismo,
PhDismo, produtivismo) que, com a articulao da CAPES, esto tentando nos enredar?
Quem sabe o EAE/FEA/USP recuse seguir na marcha da insensatez?
FEA/USP, maro de 2002
Publicado em Informao Assimtrica, no. 2, So Paulo: CAVC/FEA/USP, edio de abril
de 2002
(9) At quando vamos continuar fingindo que no sabemos haver uma hierarquia entre os PhDs? Por qu
continuar fingindo que acreditamos que os PhDs das top ten respeitam os demais? Por qu fingir que no
vemos que estes guardam uma respeitosa admirao pelos PhDs das top ten?