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Peritos do Brasil, EUA, Holanda e Reino Unido reúnem-se a 8 e 9 de Maio


Especialistas debatem em Lisboa insucesso de alunos
na Matemática

29.04.2008 - 17h21 Lusa

Vários especialistas internacionais vêm a Lisboa na próxima semana, a convite do


Governo, para analisar as dificuldades que os alunos portugueses sentem na Matemática e
fazer um balanço das estratégias adoptadas para ultrapassar o insucesso na disciplina. Os
peritos de quatro países - Brasil, EUA, Holanda e Reino Unido - estarão numa conferência,
a 08 e 09 de Maio, para apresentar as suas perspectivas e para contar as experiências dos
seus países.

Na mesma conferência também serão expostas experiências de escolas portuguesas que


adoptaram estratégias de combate ao insucesso da matemática. "A conferência procura
criar um momento de balanço, de avaliação deste conjunto de medidas e também um
momento introspectivo para avaliar que outras medidas será preciso lançar para vencer
este desafio", disse hoje a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, numa
conferência de imprensa para apresentar o evento.

"São peritos que tem experiência ou na formação de professores ou no desenvolvimento


curricular ou em planos de intervenção para a melhoria dos resultados em diferentes
países e que vêm dar o seu testemunho", salientou.

O Governo lançou em 2005 o Plano de Acção para a Matemática estabelecendo, segundo


a ministra da Educação, uma série de medidas "para dotar as escolas de meios e recursos
para poderem desenvolver as estratégias de diversificação dos instrumentos de ensino, a
diversidade de estratégias pedagógicas que as escolas precisam de desenvolver para a
recuperação dos alunos". As estratégias de acção para melhorar os resultados dos alunos
a matemática são definidas pelas próprias escolas de acordo com as "dificuldades
diversificadas" que identificaram.

Dificuldades só se ultrapassam com mais recursos e estudo

"Acredito que mais recursos se traduzem em mais trabalho. Não há outra forma de
ultrapassar as dificuldades de aprendizagem e a dificuldade de ensino sem ser fazendo
mais, estudando mais, trabalhando mais", disse a ministra, salientando que "aquilo que as
experiências internacionais mostram é que a diversidade de recursos e a diversidade de
estratégias é o elemento decisivo no aumento dos resultados".

O Plano de Acção para a Matemática tem uma dotação de nove milhões de euros para
apoios directos às escolas durante os três anos do programa. O plano envolve ainda mais
de 10 mil horas lectivas adicionais de tempo de trabalho para a matemática em cerca de
mil escolas, abrangendo 395 mil alunos por ano, mais de nove mil professores de
matemática e mais de 68.500 docentes de outras áreas.

Uma das primeiras dificuldades identificadas com o ensino da matemática foi a débil
preparação dos professores, de forma que estão neste momento a receber formação
contínua nesta matéria cinco mil docentes do primeiro ciclo e ainda 1700 professores do
segundo ciclo e 1500 no terceiro ciclo. Desde 2005/06 já receberam formação 12 mil
professores do primeiro ciclo.

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