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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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suas perspectivas futuras sobre a ótica da CEG, aqui representada pelo seu presidente,
bem como das indústrias do setor de petróleo e gás.
Eu quero fazer um agradecimento especial ao Deputado Domingos
Brazão que, na verdade, foi quem me inspirou a marcar esta reunião. Por sugestão do
Brazão, que sugeriu uma discussão com toda a cadeia produtiva, é que se chegou a
este formato de reunião. Quero aqui parabenizar o Deputado Brazão e fazer o meu
agradecimento pessoal.
Vou passar a palavra ao Secretário Júlio Bueno. Estava inscrito
inicialmente o Dr. Bruno, mas o Júlio tem um compromisso. Depois, será substituído
pelo Jorge Loureiro na Mesa.
Então, Dr. Júlio Bueno, por favor.
O SR. JÚLIO BUENO – Muito obrigado, Presidente. Quero
cumprimentar o nosso Presidente Picciani; o Deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha;
o Bruno Armbrust, Presidente da CEG - Rio; o Presidente Armando Guedes,
Presidente do Conselho de Energia da Firjan; o Sr. Jorge Paulo Delmonte, Gerente de
Gás Natural do IBP; e o José Carlos dos Santos Araújo, Presidente da Agenersa.
Presidente Picciani, as minhas considerações aqui são muito
simples. Na verdade, a grande apresentação é a do Bruno, que vai fazer uma
apresentação sobre a questão do gás natural e a perspectiva do gás natural no Rio de
Janeiro.
Então, do ponto de vista do poder concedente, eu quero dizer que
nós encaramos a questão do gás natural no Rio de Janeiro como um grande sucesso.
Se nós olharmos a utilização do gás natural no Rio de Janeiro, em todos os
segmentos, no segmento industrial, no GNV, no segmento domiciliar, nós
verificamos que os indicadores do Rio de Janeiro, e o Bruno vai mostrar isso, tanto os
econômicos como os de utilização, eles são muito melhores do que a média do País.
Nós tivemos uma crise em 2007, essa crise felizmente foi
ultrapassada, as perspectivas no setor são muito boas; a perspectiva do pré-sal,
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Tivemos - aí também vale a pena falar – uma redução nas térmicas do Rio de Janeiro;
é importante dizer isso. Se olharmos, nos últimos três anos, nenhuma térmica a gás
nova foi feita ou projetada no Rio de Janeiro. Isso foi proposital, Presidente. Na
verdade, as térmicas a gás, o Rio de Janeiro hoje tem uma capacidade de geração de
energia elétrica quase de duas vezes a sua capacidade. Então, nós fizemos um
trabalho de maneira a não incentivar as térmicas a gás, a não ser em ocasiões
especiais e em municípios com baixo IDH ou com baixo dinamismo econômico, que
a térmica viria a somar no desenvolvimento econômico do município. Mas eu queria
dizer isso para os senhores: que uma das políticas que fizemos foi reduzir o incentivo
a térmicas a gás nesses últimos três anos, o que implicou, como já me referi, em não
termos tido nenhuma térmica nova a gás no Rio de Janeiro, nem projetada para os
próximos anos. No próximo leilão, provavelmente, teremos algumas térmicas, por
conta de alguns municípios em que a utilização e colocação da térmica vai auxiliar na
volta do dinamismo econômico nesses municípios.
Então, era isso, Sr. Presidente. Na verdade, breves palavras,
esperando, na verdade, a apresentação da CEG.
Muito obrigado. (Palmas)
O SR. PRESIDENTE (JORGE PICCIANI) – Obrigado, Dr. Júlio.
Quero passar a palavra ao Dr. Bruno.
O SR. BRUNO – Exmo. Sr. Presidente da Alerj, Deputado Jorge
Picciani, a quem, cumprimentando, cumprimento a todos os demais Deputados aqui,
nesta Casa; Exmo. Secretário Júlio Bueno, a quem cumprimentando também
cumprimento todas as demais autoridades, senhoras e senhores.
Em primeiro lugar, Presidente, gostaria de parabenizar esta
iniciativa da Alerj em realizar este Fórum Permanente. Eu mesmo já estive aqui em
alguns debates, dos quais destaco mais recentemente o debate sobre o pré-sal. Em
segundo lugar, quero aproveitar a oportunidade, ao voltar a falar nesta Casa, para
agradecer todo o apoio que me foi dado, que foi dado à empresa, desde a Presidência
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dez anos. Então, é muito importante realmente planejar e identificar quais são as
necessidades futuras, porque no setor de energia, de infraestrutura intensiva, é
importante o planejamento.
Em 2003, veio o plano de massificação do uso do gás. A partir daí,
houve um forte incremento. Em 2007, o de balanço de gás; em 2008, como eu
comentei, houve a entrada do gasoduto de Vitória/Cabiúnas; em 2008, ainda, um
tema muito importante que a Agência Reguladora deliberou, que foi o início da
criação de clientes livres. Hoje, as grandes indústrias podem comprar gás diretamente
de algum produtor. Isso ainda não ocorre por questões conjunturais no País, mas é
um marco bastante avançado no Rio de Janeiro.
Um fato importante em 2008: nós assinamos novos contratos Sr.
Presidente, aqui; o senhor mesmo nos cobrou muito. Então, hoje temos gás para
crescer, quer dizer, não tem problema nenhum. E o gás nacional também, agora mais
no final de 2008, começa a se deslocar um pouquinho do preço do gás da Bolívia. Em
que pese isso como o Dr. Júlio falou, nós temos tarifas competitivas, ainda que
comprando um gás hoje um pouco mais caro.
Em 2009, a redução da demanda, e mesmo em 2009, como eu
comentei, entra o terminal de GNL, que dá uma flexibilidade muito grande. São 14
milhões de metros cúbicos, dinheiro que pode ser injetado no sistema. Então, hoje o
Rio de Janeiro tem uma situação estrutural de sistema de distribuição muito seguro,
muito robusto em comparação a outros Estados.
Indo para o slide seguinte, não vou me deter muito tempo, mas ver
os dois entes regulatórios, o da União e o dos Estados. Somente destacar que o gás
pode chegar ou por meio de um gasoduto ou por meio de barcos, GNL, como na Baía
de Guanabara. Ao contrário de outros países, aqui não há a questão do
armazenamento subterrâneo, que também é um elemento que poderia gerar uma
confiabilidade muito maior. Chega a um determinado ponto em que o transportador
entrega o gás e as distribuidoras o levam para os seus clientes finais.
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como podemos ampliar ainda mais isso. Mas, praticamente, o maior mercado nosso é
industrial, em seguida, o GNV.
O GNV experimentou um crescimento constante e sustentável
durante anos. Mais recentemente, em função da crise, do estímulo ao etanol, ao
álcool, ele vivenciou um período de redução. Felizmente, dados dão conta de que
recentemente as conversões voltaram a reagir. Já superamos cerca de 4 mil, quer
dizer, voltamos a crescer em conversões. Um fato importante na questão do GNV é
que, eu posso estar equivocado, hoje temos um parque muito grande de veículos. Eu
vou falar dos benefícios que isso traz, mas o Rio de Janeiro é o maior produtor de gás
e é importante que esse gás seja utilizado aqui.
Ao permitir a entrada do álcool, estamos fazendo com que um
produto que, se não me engano, em 80% vem importado de outros estados, gerando
emprego nos outros estados, entre aqui, ao contrário do gás natural, que realmente
podemos utilizar. Hoje, de certa forma, existe um volume bastante satisfatório no
sentido de ampliar esse consumo.
Destaco que nos 12 anos nós chegamos a quase 800 mil clientes.
No mercado convencional, fruto desses investimentos que citei anteriormente,
tivemos um crescimento importante: saímos de 2,6 milhões de m3/dia para 7,3
milhões de m3 em 2008. Do GNV, na época, existiam 21 postos, junto com toda a
cadeia de GNV, que, sem dúvida, é fundamental, desde fabricantes de compressores,
distribuidores. Saltamos para mais de 500 aqui no Rio de Janeiro, representando 50%
desse mercado no Brasil. Estimulamos a eficiência energética com um projeto de
climatização e cogeração, já chegando hoje a próximo de 90 clientes, e reduzimos o
consumo de óleo combustível substancialmente, quase o eliminando aqui no Rio de
Janeiro, com ganhos ambientais muito grandes.
Como o Dr. Júlio comentou, foram construídas as quatro usinas
termoelétricas, o que aportou mais de 3.000 megawatts de potência instalada. Os
investimentos, como comentei, foram da ordem de 2,4 milhões. Basicamente, esses
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se uma tem gás natural, há a tendência muito mais de se dirigir para aquela área.
Então, é uma vantagem competitiva. O Estado tem um número muito grande de
municípios, como também o Estado hoje tem um posicionamento privilegiado, dentro
do sistema Sul–Sudeste, de malha de gasodutos.
Na questão ambiental, é fundamental que as indústrias, quando se
instalem, utilizem o gás, quer dizer, são importantes as melhorias que proporciona.
Na questão do fornecimento de energia elétrica, não se tem a menor dúvida de que,
embora o País tenha um potencial hídrico muito grande, vai haver necessidade de
implantar novas termoelétricas, então, o Rio de Janeiro já se beneficiou disso e,
eventualmente, no futuro, pode continuar se beneficiando.
Sobre a questão da eficiência, economia eficiência energética,
destaco aqui um ciclo combinado. Não sou expert nisso, mas tem uma eficiência da
ordem de 45% e ao fazer cogeração em algumas indústrias – o Dr. Armando conhece
isso bastante – tem ganho de eficiência de 70%, podendo, em alguns casos, chegar até
a 90%. Então, seria muito interessante continuar estimulando a cogeração e a
climatização.
Economia para as famílias: fazendo um cálculo muito rápido, hoje,
sobre a situação de preço de álcool e GNV, uma família que utiliza GNV no carro
pode chegar ao final do ano com R$ 4 mil a mais no bolso, entre economia em
combustível e IPVA. Então, é muito importante esse programa continuar firme e
sólido. O uso doméstico e comercial, sem dúvida, diminui o tráfego de caminhões.
No momento em que se substitui o GLP se aporta mais comodidade e segurança e é
muito importante o desenvolvimento sócio-econômico de municípios que ainda não
são atendidos.
Levando em conta novas oportunidades, entendemos que, na
expansão do sistema em áreas mais distantes da infraestrutura atual ou em áreas com
baixo potencial industrial, seria muito importante a ampliação do projeto de gás
natural comprimindo, desde que ponto a ponto, como mais recentemente fizemos em
Friburgo ou como devemos fazer no início do ano em Maricá e em Saquarema, como
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com 1, 8 milhão; na Argentina, com 1,7; no Brasil, com 1,6, sendo que metade dos
usuários está aqui no Rio de Janeiro. Hoje já são mais de 10 milhões de veículos,
entre ônibus, caminhões e carros, que circulam com GNV ou com biogás,
representando 40 bilhões de m3. Esse é um número que representa o dobro do gás
veiculado no Brasil, então, o GNV é uma realidade e o Rio é um exemplo.
Sobre o mercado de GNV, temos informações de que os principais
países envolvidos, em especial a União Europeia, têm como objetivo substituir pelo
menos 10% dos combustíveis utilizados atualmente por GNV até 2020. Estima-se
que o número de veículos, isso está no relatório da IGU, International Gas Union, até
2030 deverá chegar a 35 milhões de GNV em todo o mundo, num consumo de cerca
de 60 BCMs de gás natural e 5 a 10 de biogás.
Não preciso entrar em detalhes sobre os benéficos com relação à
redução de emissões. Não só no caso do Rio de Janeiro, mas do Brasil como um
todo, o GNV foi um elemento muito interessante na chegada de gás a municípios e
áreas menos industrializadas, porque ele era um elemento âncora. Então, é muito
importante para o desenvolvimento da indústria do gás natural e, principalmente, para
chegar a mercados de pequeno consumo que o mercado de GNV continue assim,
bastante ativo e em crescimento.
Chegando ao final da apresentação e como comentários finais, eu
queria só fazer algumas observações. Primeira: conforme estudo publicado pela IGU,
no recente Congresso de Buenos Aires, espera-se que o gás natural continue
crescendo muito nos próximos 25 anos. Há estudos indicando que nesses últimos
anos o gás natural cresceu mais do que outros energéticos e o nível de contaminação
cresceu menos. Então, foi o aporte que o gás natural deu para isso, mas se espera que
continue crescendo nos próximos 25 anos, principalmente pelas seguintes razões:
existem grandes reservas importantes; por ser um energético bastante importante para
o crescimento global sustentável, por todas as questões ambientais, como diminuição
da contaminação; pelo aumento da eficiência na indústria, como comentei, pois é
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muito importante para a indústria aumentar a sua eficiência; pela sua condição
competitiva de preços e pela crescente oferta de GNL no mundo.
Entendemos que o mundo está buscando uma matriz cada vez
mais limpa e, sem sombra de dúvidas, o Brasil tem uma situação muito superior,
muito melhor que a de outros países. Ainda tem muitos recursos hídricos, mas, em
que pese isso, não se tem dúvida de que as termoelétricas, se combinadas a gás, vão
continuar a ter um papel importante no futuro. Entendemos que são os dois mercados
com grande potencial de crescimento: a questão da geração e o próprio GNV. Temos
grandes reservas, que, espera-se, pelos números que se comenta em diversos fóruns,
poderiam gerar excedentes. Deputado Luiz Paulo, entendemos que seria muito
melhor do que exportar esses excedentes conseguir produzir produtos com maior
valor agregado no próprio País.
Acho que é importante ter GNL, entrar no contexto mundial, mas
também é importante planejar de forma que esse gás seja utilizado aqui e gere riqueza
aqui, com produto agregado muito maior. Nesse ponto, é importante frisar que todos
os investimentos já realizados em distribuição no Estado e os previstos para os
próximos anos, somados a todos os incentivos que o Governo do Estado vem dando,
servirão para garantir que o Estado continue como uma ponta desse desenvolvimento
e continue tendo uma grande atratividade para esses projetos, em relação a outros
estados.
Muito obrigado a todos. Era isso o que eu tinha a comentar.
(Palmas)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Paulo) – Anuncio a presença do
Deputado Mário Marques e do Prefeito de Mangaratiba, Aarão, e informo que o
Secretário Júlio Bueno vai ter que se retirar. O Sr. Jorge Loureiro, assessor de energia
da Secretaria de Estado de Energia, Indústria e Serviços vai ocupar o lugar do
Secretário Júlio Bueno.
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Petrobras, como grande empresa brasileira de petróleo e gás hoje, até diversas
empresas que passarão a desenvolver atividades no País depois da abertura e a CEG,
com o gás. Quer dizer, toda cadeia está presente no Instituto.
Esse é um exemplo rápido da grande quantidade de eventos que
produzimos. Um evento, em particular, está ali embaixo, no centro: é o Seminário de
Gás Natural, que começa amanhã e mostra a abrangência das discussões que são
feitas no Instituto. O nosso maior evento é a Feira de Petróleo e Gás, que é
organizada a cada ano par. Ocupamos todo o Riocentro – só no congresso são mais
de três mil participantes de todo o mundo.
Esses são números da área de treinamento do Instituto.
Oferecemos diversos cursos de pós-graduação que estão aqui registrados e já há mais
de 20 anos oferecemos uma série muito grande de cursos de curta duração, de uma
semana, que ajudam muito a trazer mais conhecimento para a nossa indústria.
Aí está uma figura que mostra uma série de publicações que são
feitas no Instituto, não só com o apoio das nossas comissões técnicas, mas também
através de contratação de especialistas, para redigir diversos livros numa área carente
de informação como a nossa.
Agora eu vou dar uma ideia, tentando ser bastante objetivo, de
como funciona a indústria de gás no Brasil. Aí está uma “pizza”, que é um clássico
nas palestras a que assistimos, que mostra como é a participação do gás na nossa
matriz energética. Alguns anos atrás, particularmente no início da produção do gás
Gasbol, tínhamos uma participação pequena do gás na matriz – era de cerca de 3% a
participação na matriz, isso em meados da década de 90. Poucos anos atrás, até antes
do advento do pré-sal, o governo estabeleceu uma meta: fazer o gás crescer para 12%
na matriz. A expectativa, hoje, com as descobertas do pré-sal, é de que esse número
seja ainda maior.
Esse slide tem o objetivo de dar uma ideia para os senhores de
como é a estrutura da indústria de gás. Existe uma separação clara entre as atribuições
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consumo de gás no país, que vem da Bolívia, passa em Mato Grosso, em São Paulo e
se integrando recentemente ao Rio de Janeiro, indo até Porto Alegre, no Sul do País.
Próximo. Agora, falaremos um pouquinho da distribuição: temos,
no País, 23 empresas distribuidoras, que são responsáveis por 17.000km de
gasodutos. E um fato que chama a atenção é que mais de 70% desse mercado
encontra-se no Estado de São Paulo. Também deixei para os senhores um exemplo de
como se realiza a distribuição, tanto no que diz respeito à infraestrutura de gasodutos
- que está na parte inferior do quadro. Percebe-se que Rio e São Paulo são
dominantes. E, na parte superior está um gráfico de pizza que ilustra como se realiza
a venda de gás no País. Mais uma vez, Rio e São Paulo são dominantes.
Próximo slide. Esse quadro resume bem sinteticamente tudo o que
foi descrito aí previamente com relação ao mercado de gás. Temos uma infraestrutura
de transporte de um pouco mais do que 9.000km de gasodutos e uma rede de
distribuição de 17.700km de gasodutos. Como eu falei, o mercado, hoje, consome 46
milhões de m³/dia, com mais ou menos metade sendo importado da Bolívia e metade
sendo produzido aqui no País. E uma oferta flexível de gás liquefeito de petróleo da
ordem de 20 milhões de m3 de gás por dia.
Próximo. Esse é um gráfico que mostra como é o perfil do
mercado consumidor brasileiro. Essa é uma média do consumo dos setores no país
todo. Podemos observar que em amarelo tem o mercado de GNV, que é um mercado
bastante estável; em azul, o mercado industrial, que também é um mercado âncora,
para o desenvolvimento desse setor, que sofreu impacto no final do ano passado em
função da crise econômica, mas já recuperou boa parte do seu crescimento. Em cima,
em verde, verificamos o consumo térmico, que teve um comportamento um pouco
diferente em 2008, porque houve um despacho forçado das térmicas. Normalmente,
esse despacho tem subidas e descidas ao longo do ano.
Próximo. Aí, eu achei interessante mostrar um pouco a diferença,
até porque costumamos muito comparar os mercados, para entender como
funcionam, ilustrar como é o mercado do Rio e como é o mercado de São Paulo, em
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termos de segmento de consumo. Então, o que chama a atenção é que São Paulo tem
um consumo industrial bastante elevado, e o consumo térmico e o GNV não são as
partes mais importantes do que é comercializado. No caso do Rio de Janeiro, temos
um consumo mais importante de GNV, que é o mercado de Gás Natural Veicular, e
um consumo térmico bastante elevado também, que mostra que o Estado, por ter o
maior parque termoelétrico brasileiro é o maior produtor de gás de térmica e também
o maior exportador de energia elétrica a partir do gás.
O próximo. Agora vou falar um pouquinho das expectativas, sobre
o futuro para a indústria de gás no Brasil. Vemos na área de transportes uma
duplicação da malha do Nordeste e da malha do Sudeste. Espera-se, para 2010, a
interligação dos dois sistemas, através do gasênio, um dos maiores projetos de gás,
acho que isso só foi menor que o Brasil-Bolívia.
O próximo. A intenção desse slide é mostrar como a nossa
indústria ainda é infante, ainda tem muita coisa para acontecer no país. Se olharmos o
gráfico anterior percebe-se que a malha de transporte e a malha de distribuição
brasileira é muito pequena em relação ao mercado americano. Somos, talvez, cerca de
5% desse mercado, e considerando que possuímos em torno de 10.000km de
gasodutos e 17.000km de gasodutos de distribuição. Então, comparando com uma
malha de 400.000km, 25.000 ou 27.000km mostram o quanto a gente tem para
crescer e os desafios que a gente tem pela frente. A Lei do Gás, publicada no início
deste ano, tem como um dos objetivos estabelecer regras claras para o
desenvolvimento dessa infraestrutura. Como eu disse, temos um desafio muito grande
aí.
O próximo slide, se não me engano esse é o último, vamos falar
um pouco do que se espera para a indústria de gás em relação ao pré-sal. Já temos de
concreto, hoje, três campos com descobertas declaradas: Iara, Tupi e Guará. Só essas
reservas já dobram a nossa reserva de hidrocarbonetos. O fato é que muitas perguntas
ainda permanecem quanto ao escoamento da produção desse gás a ser produzido a
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utilizada como combustível, e o que ele substitui é produto de menor valor agregado
dentro da indústria do petróleo, que é o valor usado como energia. Ele tem utilizações
muito mais nobres do que essa.
Então, a linha a que propusemos é a de buscarmos uma estratégia
em que possamos utilizar o gás de maneira um pouco mais nobre. Só para dar um
exemplo, o Brasil importa 80% do fertilizando que utiliza. Se o país quer ser um
grande produtor de grãos – como pode ser – não pode importar 70%, 80% do
fertilizante. Nós não temos uma indústria que atenda a nossa necessidade de
fertilizante, porque os preços do gás não tornam possível que essas indústrias se
instalem. Quando comparamos o preço do gás no Brasil com o de outros países,
vemos que aqui o preço é muito alto. Tem uma razão de ser. Se vai discutir por que
era alto, porque não tínhamos uma matriz de gás expressiva, a Petrobras teve e está
tendo de investir uma enorme quantidade de recursos para criar um mínimo de
logística para o gás. E evidentemente, numa circunstância dessa, não é fácil, é muito
complicado justificar que você tenha preços de gás atrativos para a indústria. Não
temos uma indústria química que usa gás em expressão. A nossa indústria química é
muito pobre. Exemplo típico, o próprio caso do Estado do Rio de Janeiro que nossas
linhas de etanol praticamente pararam por conta que o preço do gás não justificava.
Era mais barato importar o metanol do que produzir aqui. E outras indústrias que
poderiam eventualmente utilizar gás e não o fazem, porque os preços não são
convidativos. Tudo dentro desse contexto sobre o que fazer para frente. Procuramos
mostrar como é que a demanda e como estamos. Quais são as parcelas dos vários
segmentos que utilizam.
Vamos adiante. Aí, como a demanda está crescendo. Ela está
crescendo dentro da linha que comentei, como substitutivo energético.
Vamos adiante. Sobre a oferta, a tendência da oferta é de crescer,
gritantemente, de crescer, outra vez sem falar no pré-sal. Na hora em que
adicionarmos o pré-sal esse problema se torna bastante sério. Vamos ter uma oferta
muito maior do que a demanda. E aí vem a grande questão de que nós deveríamos
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planejar isso com antecipação, no caso do Rio de Janeiro, porque está a grande
produção.
Há expectativa com o pré-sal de no ano de 2020, quer dizer, dez
anos à frente, qualquer indústria que você queira instalar, o prazo não pode ser
inferior a dez anos, em nível de perspectiva, de planejamento. Qualquer indústria que
seja instalada precisa de um prazo desse tipo para poder se materializar. Então, você
tem que ter uma política que anteceda a isso para que ela possa se planejar. Não
adianta eu trabalhar com um prazo de seis meses. Ninguém vai implantar uma
indústria, com investimentos pesados, se não tiver garantia de fornecimento
sustentável num prazo maior em condições de competitivas.
Vamos adiante. No mercado potencial, aí abordamos os vários
segmentos e menciono fundamentalmente alguns segmentos: como o GNV – que foi
mencionado – pode substituir a gasolina e o álcool, que são, na cadeia no petróleo, os
produtos de maior valor agregado. Então, se você substitui está agregando valor.
Você pode substituir o óleo diesel - também já foi mencionado aqui – em caminhões,
em motores de carga pesada. O diesel também tem valor agregado alto e tem uma
característica, ele é bem inexperiente do que o gás natural, se usado no lugar dele. Por
exemplo, o Brasil tem investido um monte de dinheiro para produzir o tal Diesel S-
10, que tem 10ppm de enxofre, exatamente para evitar, para diminuir os gases de
efeito estufa. O gás natural tranquilamente é um substitutivo para o óleo diesel e
transportes pesados. No Rio de Janeiro, se você substitui a frota de ônibus da cidade,
em torno de 15.000 veículos, de óleo diesel para gás natural, você agrega um enorme
valor, melhora substancialmente a condição ambiental e aumenta o consumo de gás,
que pode atingir até 1milhão m³/dia, só na frota de ônibus do Rio de Janeiro. Isso
pode ser repicado em várias grandes cidades do Brasil, como São Paulo e outras.
Adiante. O primeiro ponto que eu queria mencionar e que acho
talvez seja a grande chance que está aparecendo. O gás natural sempre foi agregado
ao petróleo no que diz respeito ao preço dele, em função da quantidade de energia
que você possa utilizar de um e de outro. E você tem uma relação mais ou menos da
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seguinte natureza: nos Estados Unidos, por exemplo, você tem o preço de gás daquela
ordem que é mencionado naquele gráfico, que chegou a cerca de dois dólares e hoje
está em torno de quatro, isso se relaciona ao petróleo na faixa dos 30 ou 35 dólares o
barril. O que aconteceu? Há indicações bastante precisas de uma gigantesca
descoberta de gás natural nos Estados Unidos inshore em terra, o chamado shore gas;
só para vocês terem uma ideia dos valores que são indicados com precisão bastante
grande, porque são fatos bastante estabelecidos, e foi discutido tremendamente nesse
último congresso mundial de gás que teve recentemente em Buenos Aires, que as
reservas americanas de gás, uma grande preocupação dos Estados Unidos, teria uma
duração da ordem de 12 anos, passa com essa nova descoberta para mais de 40 anos.
Os americanos resolveram o problema de gás deles, que era uma grande preocupação
não só para eles, mas para o mundo inteiro. As grandes empresas de petróleo estão
investindo dezenas de milhões de dólares no Oriente Médio para produzir GNL para
transportar, para atender ao mercado americano. O que vai acontecer? Com essa
descoberta dos americanos esse gás, que estaria sendo produzido na Ásia sob forma
liquefeita, não vai ter mercado nos Estados Unidos.
Vou usar uma expressão forte, mas serve para colocar o que deve
ser dito: o mercado vai ser inundado de gás natural. Isso explica o que aconteceu,
porque houve um desprendimento do preço do gás. O petróleo foi pra 70 dólares, e o
gás caiu de 11 para quatro ou cinco dólares. O mercado americano já está
precificando esse aumento da produção de gás natural, o que significa dizer que no
caso do Brasil nós vamos ter o mesmo problema. A estratégia que a Petrobras estava
adiantando era no sentido do excedente de gás natural que teríamos com as
descobertas do pré-sal seria liquefeito e eventualmente exportado. Para você colocar
gás nos Estados Unidos a três ou quatro dólares por milhão, em BTU, vai ter que sair
gás daqui quase a preço zero.
Isso significa que a própria companhia, a Petrobras, vai ter que
mudar sua estratégia no que diz respeito ao mercado interno. Ela vai ter que
desenvolver posições conforme o mercado interno se desenvolva, para que ela possa
colocar o gás aqui no mercado interno, e não no externo. Até porque ela não poderá
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produzir petróleo se não der um rumo para o gás. E ela exportar a gás ao preço dos
Estados Unidos a três ou quatro dólares por milhão de BTUs, vai sair quase a preço
zero aqui, se não for impossível nessas condições, ou seja, dando prejuízo. Então, até
dando condição – isso é que eu acho que é a grande conclusão – tem toda uma
condição de nós desenvolvermos uma política no Brasil, e particularmente no caso do
Estado do Rio de Janeiro, para você utilizar o gás no mercado interno em vez de
vender para o mercado externo. E, utilizando no mercado interno, tanto quanto
possível agregando mais valor, substituindo gás natural liquefeito, gás natural
veicular – substituindo álcool e gasolina, substituindo o diesel, usando na indústria
química para produzir uma série de produtos; na indústria petroquímica, em que
também o uso do gás é extremamente pequeno. O volume de gás que de São Paulo
vai entrando, lá em Caraguatatuba, é gigantescamente grande, e não está se pensando
na utilização das frações mais nobres do gás natural, que é o uso da indústria química.
Então, nós estamos – nós, eu digo, nós brasileiros e
particularmente nós, do Estado do Rio de Janeiro – temos que pressionar de um lado
o governo, do outro lado a Petrobras, para perceber – isso claramente está caindo a
ficha – que o mercado de gás natural no mundo vai mudar e particularmente no Brasil
também deve mudar. E nós temos todas as condições de poder fazer isso.
Então, eu acho que o grande papel que nós vamos ter que vencer é
exatamente criar condições para que isso possa se proceder, através dessas
colocações feitas aí. Esse eu acho que é o recado, essa é a mensagem. Há um
potencial enorme de produção de gás. Vamos ter excedente de gás. O preço do gás no
Brasil é o único preço que tem vinculação com o mercado internacional. Todos os
outros produtos, volta e meia você ouve reclamos de que está um pouco zoneado,
mas de tempos em tempos esse alinhamento é feito. No caso do gás natural, não. O
preço nosso é mais ou menos o dobro do preço dos grandes mercados lá fora, e todo o
quadro futuro é de um trading, de uma tendência de que vai haver um excesso de tal
ordem que o preço do gás natural no mundo vai cair vertiginosamente e nós vamos
ter que trabalhar para que isso aconteça também no Brasil, e criar condições para usar
nosso gás de maneira bem mais nobre.
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concessionárias, com pleito do poder concedente, com pleito dos usuários, e todos os
nossos pleitos são julgados em sessão pública. Nossa agência não julga nada em
sessão fechada. E as nossas sessões, desde o dia 30/06 passado, são todas
transmitidas pela Internet. Pela nossa página da Internet, qualquer pessoa pode
acompanhar nossas sessões, que normalmente são na última semana do mês.
Também temos, quando todo assunto é muito importante,
precedemos isso de uma grande discussão, de uma grande audiência pública, como
foi o caso dos consumidores livres, das revisões quinquenais e de outros assuntos de
grande importância.
Também temos a consulta pública. A nossa Ouvidoria tem agido
hoje com bastante eficiência. Nós temos um quadro ali, só para citar, que chega a
nossa Ouvidoria basicamente 0,013% do número de reclamações proporcional ao
número de usuários. Desse total, a agência tem conseguido resolver 90,73% na
Ouvidoria, sem ir ao conselho diretor. Isso, eu acho que é um grande feito da agência.
Nós temos trabalhado sempre com convênios com a UFF,
Fundação Getúlio Vargas, IME, ANP, NTT e outros órgãos.
Eu vou pular algumas coisas que já foram ditas pelos demais, para
apressar um pouco a apresentação. E vou falar um pouco sobre a estrutura tarifária
que muitas pessoas confundem que a agência faz a tarifa. A agência não faz a tarifa: a
agência regula a margem, que é de aproximadamente 15% do que é a tarifa. Então,
nós temos várias formas de reajuste da tarifa. Uma, é a própria revisão quinquenal de
cada cinco anos, considerando todas as políticas públicas, os investimentos futuros,
todos os equilíbrios e desequilíbrios nós reavaliamos para os próximos cinco anos.
Nós temos, uma vez por ano, reajuste da margem, no dia 1º de
janeiro, pelo IGPM. E também toda vez que a Petrobrás sobe ou desce o gás,
imediatamente, a commodity, o preço final sobe ou desce. Mas somente nós contamos
com 15%, essa margem que é capaz de fazer todo o investimento, a universalização
do gás no Estado do Rio de Janeiro. Então, quando se paga a conta de gás, a agência
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por todos os componentes, pelo poder concedente, pelos nossos usuários, pelos
clientes consumidores, pelas concessionárias, é de paz.
Então é isso que a Agência pugna, é isso que a Agência pretende. É
a harmonia entre todos nós.
Muito obrigado. (Palmas)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Paulo) – Obrigado, Dr. José Carlos.
Eu quero convidar o Deputado Domingos Brazão para fazer uso da
palavra, visto que V.Exa. está inscrito e foi um daqueles que pediu ao Presidente
Jorge Picciani que participasse do Fórum de hoje.
O SR. DOMINGOS BRAZÃO – Nobre Deputado Luiz Paulo nosso
companheiro de Assembleia, que preside esta solenidade, Senhores da Mesa – não
vou citar nominalmente, porque já foram citados aqui diversas vezes – Srs.
Deputados, Senhoras e Senhores, nosso cordial boa tarde. Inicio parabenizando, mais
uma vez, a Assembleia, na pessoa do Presidente, pela criação do Fórum Permanente,
que reúne mais de trinta instituições para debater os principais temas do
desenvolvimento sócio-econômico do nosso Estado na certeza de que a Assembleia
tem dado uma contribuição significativa nesses fóruns. Acima de tudo, é uma
oportunidade para os Deputados aprenderem mais sobre os diversos temas que aqui
são discutidos e elaborarmos, a partir daí, leis que possam colaborar com o
desenvolvimento do Estado. Também quero cumprimentar de maneira muito especial
os Conselheiros das Agências que estão aqui presentes.
Deputado Luiz Paulo, eu inicio dizendo que talvez o nosso
problema – quando digo nosso, não é só do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil –
seja a forma de encarar a coisa, como vemos a questão da energia e do
desenvolvimento. Todos nós sabemos que embora a energia mova o mundo, embora
nós estejamos assistindo ainda os noticiários de ontem à noite e de hoje, dizendo que
o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, bem como o representante da
China, anunciaram que não levariam à Copenhague uma proposta concreta de
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liberação vem da produção para a distribuição, quer dizer, do grande para o pequeno.
E aqui foi ao contrário; aqui começou do pequeno para o grande. Então, é uma
questão que seguramente vai evoluir com as descobertas que têm. Com o
desenvolvimento de outros ofertantes a condição futura pode mudar. O Rio de Janeiro
tem hoje uma legislação e quando isto vai ocorrer não dá para precisar neste
momento. Mas em algum momento acredito que isto vá ocorrer e vão existir
condições para tal.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Paulo) – Temos aqui ainda mais duas
perguntas para que eu possa fazer, posteriormente, o encerramento.
O autor das perguntas é o Sr. Celso Silva, Diretor Comercial da El
Paso Óleo e Gás do Brasil, dirigida também ao Dr. Bruno: “Como a regulamentação
da lei do gás poderá contribuir na aceleração do desenvolvimento do mercado de gás?
Que ações devem ser implementadas para permitir a aproximação de outros
produtores de gás à CEG?”
O SR. BRUNO ARMBRUST - Eu vou começar pela segunda.
Com relação a isto podemos sair ali fora e conversar sem nenhum problema.
Bem, brincadeira à parte, a lei do gás eu acho que é muito
importante. A legislação precisa ser alterada. Já temos a lei; ela precisa, agora, ser
regulamentada e que, no nosso entendimento, seria importante que a regulamentação
criasse condições e que outros produtores pudessem, eventualmente, ofertar. Nesse
sentido é importante, por exemplo, que as infra-estruturas que existirão no futuro,
independente de ser estatal ou privada, sejam possibilitadas realmente a outras
empresas. Quer dizer, é importante que o Governo defina as infra-estruturas; que ele
defina que plantas de regaseificação existirão, quer dizer, que o planejamento seja
feito pelo Governo. Acho que a Petrobras desenvolveu este mercado com muita
competência nos últimos anos, mas a chegamos a uma nova etapa, quer dizer, uma
nova dimensão futura. Temos o pré-sal, onde tem toda essa conjuntura dos Estados
Unidos, Dr. Armando falou. Hoje existe um excesso de oferta e se tivéssemos,
digamos, um marco regulatório distinto, eventualmente... Se tivéssemos terminais de
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Essa questão nesse debate não está resolvida porque não temos
aqui nem a presença da Petrobras nem a presença do Ministério de Minas e Energia,
tampouco a presença da Agência Nacional de Petróleo. Então, temos que dar um
passo a mais. Quero chamar a atenção para isso.
Essas legislações suplementares que estamos fazendo têm sido
muito oportunas porque têm provocado o debate e têm provocado reação. Aquele
movimento que aqui foi feito na Assembléia há dois anos provocou uma reação na
produção do gás. Agora temos que fazer esse debate para provocar uma discussão
profunda sobre que política de preços nós vamos ter.
O Deputado Domingos Brazão vem insistindo muito nessa tese e
acho que ele tem absoluta razão. Então, acho que ainda falta uma audiência pública
com esse Ministério de Minas e Energia, com a ANP, com Petrobras para discutir
política de preços especificamente.
Antes de concluir, tinha recebido aqui mais uma pergunta e eu não
sabia de onde estava vindo. Seria para o Dr. Bruno. Enquanto empresa que detém o
monopólio de distribuição de gás no Estado do Rio de Janeiro, o que a CEG estaria
fazendo para garantir a segurança do consumidor final de ter seus serviços? A
pergunta é do Grupo Morte por Gás Nunca Mais.
Ainda há uma segunda pergunta para o Dr. José Carlos para depois
fazermos o encerramento. Como uma Agência que se diz fiscalizadora dos serviços
de distribuição do gás no Estado permite que os serviços prestados pela CEG sejam
de qualidade duvidosa, colocando os consumidores finais em risco a maior parte do
tempo? Tem havido grande ocorrência de acidentes sem a devida fiscalização à CEG.
Então, a primeira pergunta ao Dr. Bruno. Passo às suas mãos, caso
o senhor não tenha anotado e depois eu passo ao Dr. José Carlos.
Quero dizer que a Assembleia Legislativa é um ambiente
absolutamente democrático, em que todos têm direito à expressão, àquilo que
desejarem. (Palmas)
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