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Uma Análise Espírita sobre o Espaço-Tempo Parte III

João Fernandes da Silva Júnior (joaofdasilvajunior@gmail.com)

Estudando a estrutura do Universo nos deparamos com uma questão intrigante: como é a
geometria do espaço-tempo? Bem, imagine que você está observando uma esfera de
proporções gigantescas. Apesar dessa esfera possuir três dimensões espaciais (altura,
largura e profundidade) a superfície exterior dela possui somente a geometria de uma
esfera de duas dimensões (altura e largura) porque nela existem somente duas direções
independentes de movimento ao longo de sua superfície.
Uma grande descoberta proporcionada pela Teoria Geral da Relatividade foi a de que o
conceito sobre a curvatura da superfície de uma esfera pode também ser aplicado ao
Universo como um todo.
Einstein comprovou que o espaço-tempo é uma entidade geométrica que pode ser curvo tal
qual a superfície de uma grande esfera. E assim, a geometria do espaço-tempo é a geometria
de todo o espaço e de todo o tempo reunidos em uma única entidade matemática.
De uma maneira geral, os físicos trabalham utilizando as equações de movimento cujas
soluções melhor expliquem o sistema que eles desejam descrever.
A equação de Einstein de movimento no espaço-tempo é clássica, porque nela o
comportamento quântico nunca é considerado.
A geometria do espaço-tempo é tratada como uma entidade classicamente exata, sem
nenhum tipo de inexatidão quântica, e por essa razão, ela é considerada como sendo a melhor
aproximação para a composição de uma teoria exata.
A completa descrição de um determinado espaço-tempo inclui não só todo o espaço, mas
também, todo o tempo, ou seja, tudo aquilo que alguma vez já aconteceu e tudo o que virá
ocorrer em tal espaço-tempo.
Do mesmo modo em que simplificamos as suposições para resolver as equações, também
devemos fazer isso com relação à curvatura do espaço-tempo. Assim, a primeira suposição
que os pesquisadores fizeram é a de que o espaço-tempo pode ser alinhado separadamente no
tempo e no espaço, ou seja, o espaço-tempo não seria sempre curvo em alguns casos, como
por exemplo, em torno de um buraco negro onde o espaço e o tempo são deformados juntos,
não podendo mais se movimentar separadamente.
A todo tempo no Universo alguém vê o mesmo espaço para qualquer direção em que olhar, e
ver sempre o mesmo espaço em todas as direções é chamado de Isotropia, já observar o
mesmo espaço em todos os pontos é chamado de Homogeneidade. Assim, tem-se como
certo que o espaço seja homogêneo e isotrópico, e os astrônomos chamam essa suposição de
Simetria Máxima.
A equação de Einstein prediz que qualquer desvio na curvatura em um Universo em
expansão, preenchido com matéria ou radiação, somente consegue aumentar com a própria
expansão do Universo. E, por causa disso, qualquer pequeno desvio na curvatura do espaço
em um tempo muito anterior ao Big Bang teria aumentado de maneira considerável, porque
se agora o desvio na curvatura é muito pequeno, ele pode ter sido muito menor no início do
Big Bang.
A Teoria das Supercordas foi proposta no ano de 1970 por três físicos: Yoishiro Nambo
(japonês), Holger Nielsen (alemão) e Leonard Sussekind (norte-americano), e, de acordo com
o que esta teoria apresenta todas as subpartículas e partículas seriam geradas por meio de
diferentes vibrações nas supercordas.
Uma outra teoria muito interessante é a de que os buracos negros seriam na verdade
recicladores cósmicos, ele sugam a luz e a matéria e as transforma pela aplicação de Lei de
Reversibilidade entre Matéria e Energia (E=m.c²) – já comentamos sobre isso na primeira
parte de nosso artigo.
No Universo tudo vibra em regime de interconexidade, tudo está interligado, desde o mais
simples até o mais complexo. (vide a primeira parte deste nosso estudo).
Quando Albert Einstein apresentou a Teoria Geral da Relatividade ele provou que o tempo
absoluto não existe, e, inclusive com o surgimento da Mecânica Quântica e da tentativa de
unificá-la com a gravidade surgiu o conceito de tempo imaginário, dessa forma observamos
que o tempo é um conceito relativístico variável, isto é, em cada ponto do Universo a
passagem do tempo não é igual, não existe um tempo único para todos os astros.
Percebemos claramente a necessidade da criação de um tipo de metodologia que seja
específica para a pesquisa voltada para o setor científico do Espiritismo, visando incrementar
o processo de desenvolvimento nessa área do conhecimento humano, tendo em vista
justamente que devemos aproveitar que aqui no Brasil nós possuímos considerável
quantidade de obras espíritas que descortinam um número significativo de fenômenos dados
tanto no plano material quanto no extrafísico.
A ideia que fazemos acerca do Universo é tão acanhada quanto a ideia que os
paleantropídeos faziam acerca da geração do fogo.
Temos que entender que é algo muito difícil explicar certos conceitos quânticos para pessoas
pouco habituadas ao jargão científico, entretanto, hoje, mais do que em qualquer outra época,
nós seres humanos temos necessidade de entender – nem que seja só um pouco – de Ciência,
e a própria Ciência já tem necessidade de ver com outros olhos os eventos infinitos que
acontecem na Casa de nosso Pai.

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