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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Prof. Dr, Ruy Carlos Ramos Menezes

ESTRUTURAS DE AÇO E
MADEIRA - [ENG01110]

ÁREA II
Área 2

AULA 1

Resistência de Peças Submetidas à Flexão

Mn
≥ Md momento fletor

Rd ≥ Sd
n
≥ d esforço cortante

Sd: solicitação de projeto

Estados Limites:

Mesa superior

Alma

Figura 1.1 – Esquema para o perfil I

* considerando-se perfis compostos por chapas, conforme mostrado na Figura 1.1

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Figura 13.2 – perfis mais usados para flexão, sendo os três primeiros os de menor rigidez à torção

 Plastificação: Mnplast
 Flambagem Local (da mesa e da alma): MnFLM e MnFLA
 Flambagem Lateral com Torção: MnFLT

Sendo que o menor Mn será o valor a ser considerado de para o Mn.

PLASTIFICAÇÃO:

Ocorre ger lmente p r v lores de „b/t‟ pequenos.

Deformações Tensões Seção


e<ey σ<fy

e<ey σ<fy no regime elástico

e=ey
fy

e=ey fy início do escoamento

e>ey fy

fy regime inelástico
e>ey

fy

fy
plastificação total **

** momento de plastificação (rótula plástica).

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AULA 2

Resistência à Flexão

 ELU Plastificação:

Onde:

- Momento de plastificação;

- Momento de início de escoamento;

= 1,1

 Revisando:

- Regime elástico:

- No caso de ;

Onde:

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– Propriedade da seção transversal;

– Propriedade geométrica da seção (módulo elástico);

– Propriedade física do material.

I. Equilíbrio à Translação:

II. Equilíbrio de Momentos:

Onde:

– Propriedade da seção transversal;

– Propriedade geométrica da seção (módulo plástico);

– Propriedade física do material.

III. Fator de Forma:

 Exemplo:
a) Seção retangular:

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b) Seção I duplamente simétrica:

(em perfis usuiais está entre 1,1 e 1,2)

IV. Esbeltez dos Componentes:

Alma:

Mesa:

(limite)

 Aplicação:

(considerando que o EL último é a plastificação)

Dados:

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Perfil: VS 300 x 50,9

Aço: MR 250

Solução:

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AULA 3

Plastificação

P r “b/t” pequen s:
Mpl
MRd =
1 10

Mpl = Z.fy

sendo Z: propriedade geométrica

P r “b/t” gr ndes: C so de Fl mb gem Loc l

Premissas:

 Elementos estruturais são compostos por chapas;


 Estas chapas são carregadas no seu plano.

mesa
alma

Problemas: Flambagem de placas

A equação diferencial para o equilíbrio a direção deformada é a seguinte,


4
w 2. 4 w 4
w fx.t 2
w
4 4 4 4 . =0
x x y y x4

sendo D: rigidez da placa à flexão, dada pela equação D =

- Rigidez e flexão da barra

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b

h
x

.b.h3
EIx 12

- Rigidez à flexão da placa (ou chapa)

Rigidez: tendo que (1 – ν2) < 1

Para a solução de auto-valores (carregamento flambagem) e auto-vetores (forma de flambagem)


considera-se o menor auto-valor, que é a carga crítica.

sendo que k: considera como a placa está vinculada (apoiada, livre, engastada, etc) e
como está carregada (forma do carregamento)

b/t: esbeltez da placa (da chapa)

Validade:

 Regime elástico linear (lei de Hooke)


 Placa sem imperfeições

Observ ção: m c sos re is existem tensões residu is (σr).

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cr
(tensão)

fy

fy - r
válido

r =B/t

Mn

plastificação
Mpl

inelástico
Mr
elástico

p r =B/t

b
t

b
Mesa: t
carregamento uniforme;

vinculação livre/(apoio – engaste);

b
Alma: carregamento triangular (compressão e tração);
t

vinculação (apoio – engaste)/(apoio – engaste);

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Conclusão: kmesa

Kalma

limites λp e λr p r mes e p r lm
Mn
MRd = 1 10

genericamente:

- se λ≤λp M = Mpl

- se λ>λp e λ≤λr M – interpolado linearmente entre Mpl e Mr

- se λ>λr M = Mcr = W.σcr

* ver NBR8800 - nexo G: v lores λp e λr p r seções típic s.

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AULA 4

Resistência ao cisalhamento

 Na plastificação

Válido para perfil com componente pequeno.

 Estado Limite Último de Flambagem Local

Considerações:

- a peça estrutural é composta por chapas

- estes componentes são solicitados no seu plano

O equilíbrio na condição deformada resulta numa equação diferencial, cuja rigidez é dada por:

Essas equações resultam em um problema de autovalores e autovetores, porém para a resistência o


menor valor:

Validade:

- regime elástico (lei de Hooke)

- isenta de imperfeições

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Mesa: carregamento uniforme : vinculação livre (apoio-engaste)

Alma: carregamento com variação linear : vinculação (apoio-engaste) - (apoio-engaste)

Conclusão: mes e lm têm v lores de “K” diferentes conseqüentemente e .

Casos reais são obtidos numericamente e experimentalmente.

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AULA 5

Resistência ao Momento Fletor

- ELÚltimo Flambagem Lateral com Torção (FLT) -

Contenções laterais

[M] – o momento é uniforme (constante) ao longo da estrutura e igual a Mo.

Para determinar o Mocrítico (o momento que leva a instabilidade) é necessário se equacionar


a equilíbrio na condição deformada, gerando-se assim um problema de auto-valores e auto-vetores.

Então, tem-se seguinte equação:


d4 d2 Mo
ECw - GI - =0
dz4 dz2 y

ECw: rigidez à torção com empenamento;

GI: rigidez à torção pura;

EIy: rigidez à flexão em torno do eixo de menor inércia.

Observação:

Os seguintes perfis representados ao lodo não iriam flambar


lateralmente, sendo que:

- os dois últimos perfis tem a mesma inércia, pois são


simétricos nos dois eixos;

- o primeiro perfil, na posição desenhada, já está no eixo de menor inércia, e os perfis


tendem a se acomodar em torno do eixo de menor inércia.

 Validade:
 Regime elástico;
 Peça isenta de imperfeições
 Momento uniforme (constante no trecho)

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A solução para o problema de auto-valores: cargas de flambagem

auto-vetores : formas de flambagem

Sendo o menor auto-valor:

2
Mocrítico = Lb yG ( Lb y Cw

Porém em casos reais o momento no vão não é uniforme, sendo:

Mocrnão unif = Mocrunif.Cb

(não analítica) (analítica)

Cb:

Maior deformação
(menor momento
de flambagem)

Maior Mo

Cb≥1

A condição mais severa para a peça (sob a ótica de flambagem lateral) é a condição onde o
momento aplicado é uniforme entre os pontos de contenção lateral:

Cb ≥ 1
12 5.Mm x
Cb = 2 5.Mm x 3M 4M 3MC
.Rm

* os valores de Mmáx, MA, MB e MC serão determinados como o valor de Mmáximo no trecho


considerado e pelos valores de M em divisões de mesma distância do trecho, com Lb/4.

Rm: parâmetro de monosimetria;


c
Rm = 0,5 + 2( y)2

Observação: A equação Rm é usada em casos onde a peça estiver submetida a curvatura severa, pois
para a maioria dos casos considera-se Rm = 1.

Iy: momento de inércia da peça em torno do eixo de simetria;

Ic: menor momento de inércia da mesa comprimida em torno do eixo de simetria.

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AULA 6

Resistência ao Momento Fletor

MnFLT - Flambagem Lateral com Torção

Mp

Mr

p r

No regime elástico

2
Mcr = Lb. yG ( Lb y Cw

*não uniforme: Mcr = Cb.Mcrunif. Cb ≥ 1 0

Sendo Cb função da distribuição de momento (Mmáx, MA, MB, MC).

Assim deveremos, primeiramente, calcular

λ = Lb/ry

Sendo Lb: distância entre contenções laterais

 Se λ≤λp Mn = Mp
 Se λp<λ≤λr interpolação linear entre Mp e Mr

Mn = Mp – (Mp – Mr).(λ – λp)/(λr – λp)

 Se λ>λr Mn = Mcr

Para definir λp; λp; Mr; Mcr com valores apresentados no Anexo G da NBR 8800.

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Resistência ao Esforço Cortante

Rd ≥ Sd com VRd≥ Sd tal que VSd é o esforço das combinações de ação.


n
VRd = 1 10

Estados Limite Últimos ssoci dos o cort nte d do sendo necess rio definir ζ conforme é
representado na figura 18.1.

Figura 18.1. – squem tiz ção de ζ p r seção .

Assim, teremos que


S
ζ= .
x b

Constatações:

 As maiores tensões estão na alma;


 As tensões variam, mas, do ponto de vista prático, podem ser consideradas uniformes na
lm com um v lor ζmed.

ζmed = w

Sendo V: esforço constante na seção

Aw: área efetiva para fins de cisalhamento

Tal que

Aw = tw.d

Sendo tw: espessura da alma

d: altura da peça

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- Problema sugerido:

tw

hw

Placa submetida a um estado de tensões no seu plano

Se hw/tw for pequeno Plastificação

Se hw/tw for grande Flambagem (instabilidade)

- Para a Plastificação:
fy
Vp = Aw.ζy ζy = ≈ 0 6.fy
3

Vn = Vp = 0,6.Aw.fy

- Para a Flambagem no regime elástico:

Vn = Vcr = Aw.ζcr

* Sendo necess rio definir ζcr.

AULA 7

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Flambagem de Placas

Validade:

 Regime elástico;
 Peça isenta de imperfeições.

Se ; então

Se ; então

Se ; então

Por exemplo: Perfil I

5,0

; caso contrário:

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a: distância entre enrijecedores de alma

 Procedimento usual: encontrar o espaçamento entre enrijecedores que proporcione a


resistência adequada ao cortante

Resistência a Solicitações Combinadas

Caso Real: Edifício (pórtico)

Para carregamentos verticais (apenas):

 Barras horizontais: flexão (vigas)


 Barras vericais: axiais (almas)

Para carregamentos horizontais em todas as barras: par de [M eN] (simultâneas)

Abordagem:

(verificação da tensão)

Obs:

I) Na compressão há amplificação dos momentos atuantes;

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II) É necessário, adicionalmente verificar a estabilidade.

Estados Limites de Serviço:

 Ações: freqüentes; ocorrem muitas vezes na saída útil da estrutura;


 Resistências:
- Estabelecidas pela forma de utilização da estrutura;
- Deslocamentos máximos: visual; funcionamento de equipamentos;
- Acelerações e vibrações: conforto.

Equações de projeto: difícil generalização e formulação

 Normas: usualmente fixam limites de deslocamento.

AULA 8 – 9

Exemplo:

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Determinar Pd que atenda os Estados Limites Últimos aplicáveis à viga abaixo:

do catálogo:
d = 400mm
bf = 200mm
Viga: VS 400x78
tf = 19mm
Aço: MR 250 tw = 6,3mm

 Desconsiderar o peso próprio da viga;


 Considerar as seguintes alternativas de contenção lateral:
A. Contenção lateral nos apoios e pontos de aplicação das cargas concentradas;
B. Contenção lateral apenas nos apoios;
C. Contenção lateral de forma contínua.

Resolução:

Conforme estudado, tem-se que:

Pelo cálculo das


propriedades
geométricas:

hw = 362mm
Ix = 30094cm4
Iy = 2534cm4
rx = 17,45cm
ry = 5,06cm
Wx = 1505cm3
Zx = 1654cm3
Jt = 94,63cm4
Cw = 919353cm6
1 = 0,010471

Para a flexão:

Plastificação

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ELÚltimo FLM; FLA

FLT

MRd =

Mn = Mcr = (perfis viga soldada)

Solicitações: Traçando os diagramas teremos os valores representados a seguir.

FLM:

λ = b/t = 100/19 = 5 3

Mp = Zx.fy = 413,5 kN.m

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Mr = Wx.(fy-σr) = Wx.0,7.fy = 263,3 kN.m

Pelo Anexo G da NBR:

λp = 0 38. = 10,9
fy

λr = 0,95. (fy- σr /Kc


= 23,6

4
tal que Kc = hw/tw
= 0,528 (dependerá da rigidez proporcionada pela alma)

MnFLM
= = 375,91

FLA:

λ = 326/6,3 = 57,4

Mp = 413,5 kN.m

Mr = Wx.fy = 376,2 kN.m

λp = 3,76. fy
= 107,7

λr = 5,7. fy
= 163,2

MnFL
= = 375,91

FLT:

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Caso A: Mp = 413,5

Mr = 263,3 (idem FLA)

 Trecho i: Lb = 2,5m = 250cm Msd = 6Pd


 Trecho ii: Lb = 600cm Msd = 6Pd
 Trecho iii: Lb = 150cm Msd = 2,4Pd

Assim o trecho ii é o mais uniforme, com menor Cb, sendo o trecho crítico e de menor resistência
(rd). Já o trecho iii é o de maior resistência (rd).

Lb = 600cm

λp = 1 76. fy
= 50,4

1 38. y. 27.Cw.12
λr = . 1 1 = 169,9
ry. . 1 y

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fy- σr .W
tal que 1 = = 0,013574
.

λ = 600/5 06 = 118 5

Mn = [Mp – (Mp – Mr (λ – λp)/(λr – λp)].Cb ≤ Mp


12 5.Mm x
tal que Cb = 2 5.Mm x 3M 4M 3MC
.Rm = 1,32

sendo

com Mmáx = 6Pd

MA = 5,1Pd

MB = 4,2Pd

MC = 3,3Pd

Mn = 328.1,32 = 433kN.m sendo assim maior que Mp, logo, por norma,

Mn = Mp = 413,5kN.m

Mn – menor (MnFLA; MnFLM; MnFLT) = 413,5kN.m

MRd ≥ Msd

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413 5/1 10 ≥ 6Pd

Pd ≤ 62,7kN

Caso B: Contenção lateral apenas nos apoios.

Lb = 1000cm

λ = 1000/5 06 = 197 5 (regime el stico

. .y .Lb2 Cw
Mcr = Lb2
.Cb. (1 0 039. Cw y
= 273,4 kN.m

Com Mmáx = 6Pd MA = 6Pd MB = 4,5Pd MC = 3Pd Cb = 1,25

MRd ≥ Msd

273 4/1 10 ≥ 6Pd

Pd ≤ 41,4kN

Caso C: Contenção lateral contínua.

* não há flambagem lateral de torção.

Mn - menor (MnFLA; MnFLM)

Mn = 413,5

MRd ≥ Msd

413 5/1 10 ≥ 6Pd

Pd ≤ 62,7kN

Limite dado por Vsd

Supondo que há enrijecedores de alma nos apoios e nos pontos de aplicação das cargas concentradas:

a 250 600 150

a/hw 6,9 16,6 4,14

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Kv 5,0 5,0 5,0

= Vp

=1,24. ( )2.Vp

Vn = Vp = 0,6.Aw.fy = 0,6.(40.0,63).25 = 378kN

hw/tw = λ= 57,4

Kv.
λp = 1,1. fy
= 70,4

Kv.
λr = 1,37. fy
= 87,5

VRd ≥ sd

378/1 10 ≥ 2 4Pd

Pd ≤ 143,2kN

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