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Samdnio Assunto Capitulo 1 — Sistemas de unidades Bases utilizadas nos sistemas de unidades sais sistemas de unidades Principais converstes de unidades Lista de exercicios Capitulo 2 - Picndmetro Resumo tedrico Picndmetro com liquidos Procedimento experimental picndmetro com liquidos Relat6rio picnémetro com liquidos Resumo tedrico picndmetro com sblidos € liquido Procedimento experimental piendmetro sélidos ¢ liquido Relatorio picnémetro com s6lidos e liquido Capitulo 3 - Balanga Hidrostatica Resumo teérico da balanga hidrostatica Procedimento experimental Experiéncia da balanca hidrostatica Capitulo 4 — Viscosimetro de Stokes Resumo tedrico do Viscosimetro de Stokes Procedimento experimental do Viscos{metro de Stokes Experiéncia do Viscosimetro de Stokes Prof. Eng* Paulo Sérgio pagina 05 05 06 08 09 20 20 23 24 24 27 28 29 31 33 34 34 36 39. Capitulo 5 — Tensao Superficial Resumo teérico da tensto superficial Procedimento experimental da tensto superficial Experiéncia da tensdo superficial Capitulo 6 — Viscosimetro de Cannon-Fensk Resumo teérico do Viscosimetro de Cannon-Fensk Procedimento experimental do Viscosimetro de Cannon-Fensk Experiéncia do Viscosimetro de Cannon-Fensk Capitulo 7 — Estalagmémetro de Traube Resumo teérico do Estalagmémetro de Traube Procedimento experimental do Estalagmémetro de Traube Experiéncia do Estalagmémetro de Traube Capitulo 8 — Mecanismos de Troca de Calor Conceitos fundamentais Condugao de calor em paredes plana Analogia entre resisténcia elétrica e térmica Associagio em série de paredes planas Associago em paralelo de paredes planas Condugdo de calor em paredes cilindricas Associago em serie de paredes cilindricas Conducaio de calor em paredes esféricas Exercicios de classe Experiéncia da condutibili Resumo teérico Procedimento experimental Relatério da condutibilidade térmica ide térmica Prof. Eng? Paulo Sérgio 34 40 2 46 47 48 49 st 2 3 56 58 39) 59 63 66 67 68 n n B 4 82 82 89. 95 Capitulo 9 — Efeito Joule Resumo Teérico - Conceitos fundamentais Procedimento Experimental Experiéncia do Efeito Joule Exercicios propostos Prof. Eng® Paulo Sérgi tol 101 105 108 0 Bibliografia Complementar )Introduglo a Mectinica dos Fluidos Robert W. Fox & Alan T. MacDonald Editora Guanabara - Kogan 2) Fundamentos da Mecdnica dos Fluidos Bruce R. Munson ; Donald F. Young; Theodore H. Okiishi Editora Edgard Blucher Lida 3) Mecdinica dos Fluidos Franco Brunetti Editora Pearson Pratice Hall 4) Mecénica dos Fluidos Victor L. Streeter & E. Benjamin Wylie ‘Mac Graw Hill 5) Mecfnica dos Fluidos Arthur G. Hansen Eaitora Editorial Limusa 6) Mecénica dos Fluidos Dayr Schiozer Editora Aragu: 7) Fendmenos de Transporte 08 ) Fendmenos do Transporte C. 0. Benett & J. E. Myers Editora McGraw-Hill do Brasil Prof. Eng® Paulo Sérgio Bases utilizadas nos sistemas de Unidades Na engenharia temos que dar respostas aos problemas ¢ ¢ de suma importéncia que tais respostas venham acompanhadas de uma unidade adequada & grandeza envolvida. Por exemplo, um tubo com comprimento de 10 em é ‘completamente diferente de um tubo com comprimento de 10m. ‘Medir uma grandeza & comparé-la com outra da mesma espécie considerada a unidade padrio. Logo, um sistema de unidades deve conter unidades necessérias e suficientes para medir todas as grandezas de certo campo de atuasao. ‘Num sistema de unidades temos grandezas chamadas de fundamentais ¢ coutras chamadas de derivadas. ‘Na mectinica, dependendo do sistema de unidades utilizado, as grandezas fundamentais (essas grandezas sto chamadas de base), sto: MLT Me massa L=comprimento T= tempo. Base: ou FLT F= forga L=comprimento T= tempo. Todas as demais grandezas mectnicas s4o relagSes entre as grandezas da Brempl: F°L?T? ou simplesmente L* FLT? ou simplesmente L? PL'T' ousimplesmente LT" De uma base para a outra, a conversio se faz mediante a 2* Lei de Newton: Fema. Exemplo: dim F=MLT? nabaseM,L,T dim) M= FL"? na base F, L.T Prof. Eng* Paulo Sérgio 5 PRINCIPAIS SISTEMAS DE UNIDADES. BASE COMP | TEMPO | VELOCIDADE | ACEL. | FORCA FLT Lf Tt LT" LT F MLT L LT Lr MLT DENS. | TRABALHO PRESSAO a a FL FLT FL M_ TMC | MOT [Mor] Mor No Sistema Internacional ( S.1.) as unidades sto: BASE _| MASSA | DENS | TRABALHO. git N. Observagtio: Chama-se newton ( simbolo N ) a intensidade da forca que imprime a aceleragto de In/s’a uma particula de massa igual a lkg, IN = (Ikg ) (Ins?) ‘No sistema métrico técnico (MK*S) as unidades sto: BASE_[ COMP. | TEMPO | VEL. [ ACEI. FORCA FLT m 3 mis kgf BASE [MASSA] DENS. |TRAB POT. PRESSAO FLT | utm [ uimim’ | kghm kgf.mvs kgiim Prof. Eng* Paulo Sérgio 6 Propriedade: Quilograma-forga (simbolo kgf ) ¢ a intensidade da forga que PRINCIPAIS CONVERSOES DE UNIDADES imprime a aceleraco de Im/s’ a uma particula de massa igual a | utm (unidade técnica de massa) des: {A seguir, algumas das principais conversbes de uni 700) cm 2,54 ‘em 9, 80665 No sistema britdnico absoluto as unidades so: [Base [ comp. [Tempo [ VEL. | ACELERACAO T FORCA | [mit] or Ts fis Ib.ft/s BASE _| MASSA | DENS. [TRAB. | POTENCIA | PRESSAO | [wit] ib [era [part [pait7s [paint | Propriedade: Poundal ( simbolo pdl ) é a intensidade da forga que imprime a aceleracdo de 115" a uma particula de massa igual a 11b 3,28 ft A im 1000 _(litros) Ipdl = (IIb) . (1#05") 1é (tro ) 1000 cm? No sistema briténico gravitacional as unidades sAo: Observacio: inch = polegadas BASE | COMP. | TEMPO | VEL. | ACELERACAO | FORCA ‘atm = kgf / cm’ FLT ft s fils fis Tot [ BASE | Massa | _DENs. | Be POT. PRESSAQ_ [FLT | sug T sug/e? [bet of.ft/s EXEMPLOS DE CONVERSAO DE UNIDADES i 1-) im = cm = i Propriedade: Libra-forga ( simbolo Ibf) é a intensidade da forga que imprime a a ue ae hr aceleragto de Ift/s’ a uma particula de massa igual a | slug. 4) 148 in cm = 5-) 06kPa = kgflom’ I Ibf= (Islug ). (1ft/s*) mie : ie 7) 18 in? = ft | No sistema C.G.S. (centimetro, grama, segundo ) sto: 8) 1so0W = ef m/min 9) 148m‘ mm‘ COMP.| TEMPO | VEL. | ACEL. | FORCA. 10-) 14slug/f = gfem’ [Mit] cm [os [emis cms! [BASE | MASSA | DENS. [ TRAB. | Por. | PRESSKO. [MET] g | glem | dina.cm | dina.cm/s | dina/em Prof. Eng* Paulo Sérgio 7 Prof. Eng* Paulo Sérgio Lista de Exercicios de Fenémenos de Transporte Sistemas de Unidades (rascunho) IP EXERCICIO: Eserever as formulas dimensionais das seguntes grandezas mas basesMLT e FLT. MLT FLT a) Area sy b) Volume 5 o c) Velocidade angular 4) Aceleragao angular ) Aceleragao linear RESPOSTAS MLT FLT a) ov v bo B ce) 1 Tt aT? r e) LT? LT? Prof. Eng? Paulo Sérgio 9 Lista de Exercicios de Fenémenos de Transporte Sistemas de Unidades (rascunho) 2° EXERCICIO: Para as grandezas abaixo, mencionar as respectivas unidades no sistema S.l.eno M.K*S. SA. M.K*S. a) Forga b) Trabalho ©) Presto 4) Massa especifica RESPOSTAS: Sil. M.K*S. a) ON Kgf b) JouNm — Kgf.m c) Pa Kafim? d)— Kgim? utm/m? Prof. Eng® Paulo Sérgio ut Lista de Exercicios de Fenémenos de Transporte Sistemas de Unidades (rascunho) 3° EXERCICIO: Expressar as grandezas abaixo nas unidades pedidas: a) 1200m = __em b) 1200 m?= em? ©) 1200 m= em’ ) 1500 kg= utm ©) 1000 Pa= am RESPOSTAS a) 4,2.10°5 cm b) —-1,2.10+7 cm? ce) 1,2.10*% cm? d) 152,957 utm e) 1,02.107 atm Prof. Eng® Paulo Sérgio Lista de Exercicios de Fendmenos de Transporte Sistemas de Unidades (rascunho) 4 EXERCICIO: Coloca-se num tanque de capacidade volumétrica “A x 1000 litros ” um fluido cuja massa especifica € de 800 kg/m’. Qual a maior massa de fluido que pode ser colocada no tanque ? Expressar a resposta no S.1, e no M.K*.S Observagio: O valor de A é 0 iltimo digito do nimero de matricula do aluno Exemplos: N® de matricula 5089-3, A=9, N? de matricula 5090-7 Prof. Eng? Paulo Sérgio 15 Lista de Exercicios de Fenémenos de Transporte Sistemas de Unidades (rascunho) 5° EXERCICIO: Um avido cargueiro com dois motores a jato tem massa total no momento da decolagem de 380 t. Sabendo-se que a poténcia necessaria para vOo & dada por: P.,, = (1,75*10- *V3) sendo P em C.V (1 CV = 735,5 W) e V em Km/h, e tendo cada motor a jato. um consumo especifico de combustivel de 300-5 quando 4 900 km/h, calcular: a) A poténcia fornecida por cada motor quando a 900 km/h. b) O consumo de combustivel durante 10 horas de véo. ©) Para massa aproximada do avido na aterrissagem apds 10 horas de véo. Prof. Eng® Paulo Sérgio 7 EXPERIENCIA PICNOMETRO jetivo: Determinar a propriedade “p'( massa especifica ) dos fluidos: gua, dlcool, vaselina e glicerina, através da utilizagao do Picnémetro. © Picnémetro é um instrumento que mede um volume pré determinado com bastante preciso. O utilizado no laboratério apresenta 100 ml. Picnémetro: Prof. Eng* Paulo Sérgio 19 Resumo teé Define-se massa especifica ( como sendo a relagio massa/volume), _ massa volume 1" Experiéncia: Picnémetro somente com liquido 1.1a) PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Materiais Utilizados: Picndmetro, becker, balanga eletrénica, secador, papel toalha e fluidos: agua, alcool, vaselina ¢ glicerina. 1)Medir a massa do Picndmetro com a tampa ¢ bem séco. Para isso utilizar a balanga e anotar os valores lidos na tabela 1.1 2) Dos frascos grandes, coletar 0 fluido com 0 auxilio do Becker e colocé-lo no Picnémetzo até enché-lo completamente, 3) Garante-se que hé realmente 100 ml no Picnémetro, colocando- se a tampa no Picnémetro até que o excesso transborde, 4) Medir a massa do Picnémetro com o fluido dentro e anotar 0 valor na tabela 1.1 5) Calcular o valor da massa de fluido, através da diferenga entre a massa do Picnémetro vazio ¢ do Picnémetro cheio de fluido. 6) Repetir os procedimentos de 1 a5, para os demais fluidos, ndo esquecendo de secar o Picndmetro intemamente, com o secador, externamente com papel toalha. Obs.: Os fluidos alcool, glicerina e vaselina deverao ser devolvidos para os seus respectivos recipientes Prof. Eng* Paulo Sérgio 20 Balanga contendo o picnémetro ¢ o fluido Prof. Eng* Paulo Sérgio an Relatério do Picnémetro somente com liquidos (rascunho) 2.1) TABELA COM DADOS EXPERIMENTAIS Mine = Vol.do Picnémetro(¥) = Fluido: p=mv gua Alcool vaselina glicerina Unidade Maat = TR pac *™ pide 2.2) TABELA COM DADOS EXPERIMENTAIS NO S.1. Mh Vol.do Picnémetro(¥) = Fluido Moat 7 ado agua Alcool vaselina glicerina Unidade 2.3) Comentarios e conclusdes: Prof. Eng? Paulo Sérgio 22 Experiéncia do Picnémetro com sélidos e liquido Objetivo: Determinar a propriedade “ p” ( massa especifica ) dos sélidos: latio (cor amarela ), cobre (cor vermelha ), aluminio ( cinza ), com a utilizagdo do Picnémetro, PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Materiais Utilizados: Picnémetro, becker, balanga eletronica, secador, papel toalha e s6lidos:latdo, cobre e aluminio. 1) Medir a massa dos s6lidos lato, cobre e aluminio na balanga e anotar 0s valores na tabela 1.3. Cilindro 2) Colocar um dos sélidos dentro do Picndmetro, e completar com H20 colocando a tampa, garantindo-se assim o volume total de 100 ml. 3) Como Picnémetro contendo gua e sélido, bem seco externamente, colocar sobre a balanga e determinar a massa do conjunt. Prof. Eng® Paulo Sérgio 24 Balanga contendo o picnémetro, liquido ¢ 0 sélido. 4) Através da massa total (M ) obtida pela leitura da balanga, determinar a massa de agua ( m 20 ) contida no Picnémetro, pela expresso abaixo, e completar a tabela 1.3. M= Mpic + Migua* Myaido Magan = M = Mpic ~ Masido 5) Com a massa especifica da Agua (pygu) calculada anteriormente, determinar 0 seu volume, pela expressio abaixo e completar a tabela 1.3. Pagua = Migua!’ Vagua Vagus = Migua! Papa 6) Calcular 0 volume do s6lido através da expressio a seguir e completar a tabela 13 Vagus Wsélido = 100 mL 7)- Calcular a massa especifica do s6lido pasigy ™ M siso / VS6lido 8}- Repetir os itens 2 a 6 para os demais sélidos. Prof. Eng* Paulo Sérgio 25 Relatério do Picnémetro com s6lidos e liquido Nome: sennnnnnnnnnnedN® soos oe TUF! (Entregar ) 1.3b) TABELA COM DADOS EXPERIMENTAIS, Solido [mma | ma Ven Latdo Cobre Aluminio Unidade Meany = Masidy + Magua + ™ pic 1.4 b) TABELA COM DADOS EXPERIMENTAIS NO S.L. SEIS Tras | Monn [Van | Pam |p Pad Pa = I Latao Cobre Aluminio Unidade 1.5b) Comentarios e conclusbes: Prof. Eng* Paulo Sérgio a Experiéncia: BALANCA HIDROSTATICA Objetivos Utilizando um dispositivo chamado de Balanga Hidrostatica, determinar: A) amassa ¢ 0 volume de um cilindro feito em aluminio; B) a propriedade massa especifica “p” dos fluidos: alcool, vaselina ¢ glicerina. Nesta experiéncia a massa especifica da égua & suposta conhecida. (Utilize o valor encontrado na experiéncia do picnometro) Equipamento usado na experiéncia da balanga hidrostatica Prof. Eng* Paulo Sérgio 28 Resumo Teérico: Nesse experimento aplicamos a Lei de Stevin, conceito de pressio, € a 2* Lei de Newton. Nivel de 4gua no becker _4 pressao atmosférica A A TPA a Lh cilindro Pal | me DXF, =0 (Somatéria das forcas na diregao vertical (Y)) mg+PA=P'A+Tg Pela Lei de Stevin (P'-P)A= pa(b-a)A Define-se empuxo (Z) como sendo E = pg(b—a)A= pe sendo V 0 volume imerso Logo: Tg + pg =mg ou Prof. Eng* Paulo Sérgio 29 T+ p¥=m Equago do fenémeno Quando o cilindro esta totalmente imerso no fluido ar temos: T., + p,.¥ =m Considerando © baixo valor da massa especifica do ar (Px, valor do produto p,W & desprezivel quando comparado aos outros valores Quando totalmente imerso fluido 4gua temos: Tosa * Pagal’ = 7 Neste ensaio € considerado conhecido o valor da massa especifica da agua p4,,~1000“S.. Sendo assim o volume m do cilindro pode ser determinado: m-T, Ve Page Quando totalmente imerso no fluido alcool temos: Tetcoot + Paoot V = Mi Prof. Eng* Paulo Sérgio 30 Sendo assim a massa especifica do Alcool (Py...) pode ser determinada por: = LM Teseot) Pant = Quando totalmente imerso no fluido vaselina temos: T, + Prascina’ = Sendo assim a massa especifica da vaselina (Pyacinne) Pode ser determinada por: Prost = PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Materiais Utilizados: Balanga Hidrostatica, becker, secador, papel toalha e fluidos: 4gua, 4lcool, vaselina e glicerina. 1) Aferir a balanga (verificar se a seta esta no centro da graduagio ). 2) Pendurar 0 corpo no gancho da Balanga Hidrostatica e anotar o valor Ty na tabela 3.1. 3) Colocar 4gua no becker ¢ mergulhar totalmente o cilindro. 4)Com o corpo preso ¢ mergulhado totalmente no becker com Agua, anotar o valor Tages na tabela 3.1. 5)Repetir os itens 3 e 4 para os demais fluidos. 6) A partir das medigSes Tar, Tagua, T stcoots Tvasetinas Tplicerinas completar a tabela 3.1 Prof. Eng? Paulo Sérgio 31 EXPERIENCIA DA BALANCA HIDROSTATICA (Entregar ) 3.1) TABELA COM DADOS EXPERIMENTAIS Te Massa do Corpo Tagua ‘Volume do Corpo Tatcoot Pitcoot Trasetina Prasei Tylicerina Paticerina 3.2) TABELA DE RESULTADOS NO S.1 Ta ‘Massa do Corpo Tagua Volume do Corpo Tatcoot Patcoo! Tyasetina Praselina Tylicerna Prlicrina 3.3) COMENTARIOS E CONCLUSOES: Prof. Eng* Paulo Sérgio 3 Objetivo: Calcular a viscosidade absoluta 4 partir da medigio da velocidade de descida de uma esfera num fluido contido por um tubo vertical Viscosimetro de Stokes Resumo Teérico: A descida da esfera em contato com fluido é submetida as seguintes forgas: Prof. Eng® Paulo Sérgio 34 4 Fone E May Onde: Fy,ease= forga de resistente aplicada pelo fluido ao movimento da esfera; Fiscosa = 6UAVR= E= forga empuxo; E = p guq.8V Maja = forga peso da esfera Aplicando-se a condigo de equilibrio dinamico, isto é, movimento com velocidade constante, tem-se: Moja = HTVR + PpuyBY sendo Va velocidade de descida da esferae 4 Ve ye 0 volume da esfera Assim sendo, a viscosidade absoluta pode ser dada por: Prof. Eng* Paulo Sérgio 35 4nR? MgB ~ P pido 3 — 3 bar a PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Materiais Utilizados: Viscosimetro de Stokes, esferas, cronémetro, micrémetro, escala, balanga eletrénica. 1) Medir a massa da esfera na balanga eletrénica ¢ anotar o valor na tabela 4.1. 2)Medir o didmetro da esfera com micrémetro anotar na tabela 4.1. Medigao do diametro da esfera com 0 uso do micrometro 3) No tubo do Viscosimetro, marcar com a escala a distancia de aproximadamente 60 cm que seré percorrida pelas esferas. 4) Com 0 cronémetro em mios, determinar 0 tempo que a esfera gasta, com velocidade Prof. Eng* Paulo Sérgio 36 constante, para percorrer a distancia marcada no item anterior. Me Esfera descendo no interior do viscosimetro de Stokes 5) Faga a cronometragem do tempo, com pelo menos 3 esferas e complete a tabela 3.1 6) Repita os procedimentos de 3 a 5 com os demais fluidos. Prof. Eng* Paulo Sérgio 37 EXPERIENCIA DO VISCOSIMETRO DE STOKES Nom N° Turm (Entregar ) 4.1) TABELA COM OS DADOS EXPERIMENTAIS E RESULTADOS NO S.1. Fluido [Tempo Distincia | Raioda | Massa # esfera m a Oleo m2 42 m3 ps Media| media Shampoo m m7 m2 1 ms mn Mmedia | media mi a Glicerina m, 2 ms ms Media| pmeaia 4.2) COMENTARIOS E CONCLUSOES Prof. Eng® Paulo Sérgio 39 Resumo Teérico: Tensio superficial como propriedade de fluido Os fluidos apresentam varias propriedades, algumas _bem conhecidas tais como viscosidade, massa especifica, condutibilidade térmica, dilatagao volumétrica. Porém existem outras também importantes mas nao t4o conhecidas como: COESAO: E a forga de atrag4o intra-molecular entre as particulas de um mesmo fluido. A intensidade dessa forga depende do fluido e no mesmo fluido, diminui com o aumento da temperatura. EX: a coesio do fluido mercirio(Hg)é maior que a do fluido dgua (H,0). ADESAO: E a forga de atrago intra-molecular entre as particulas de um fluido e as particulas de outros fluidos ou s6lidos. Analogamente, a intensidade depende do fluido e num mesmo fluido, diminui com 0 aumento da temperatura. E por isso que 0 fluido 4gua molha o vidro e 0 fluido mercéirio, nao. TENSAO SUPERFICIAL: devido as propriedades coesio ¢ adesto, junto a superficie livre dos fluidos, forma-se uma pelicula capaz de suportar pequenos esforgos. E essa pelicula que explica pouso de um inseto ou o flutuar de uma lamina de barbear sobre a superficie de um fluido. Define-se a propriedade tenso superficial (o) como sendo: Prof. Eng* Paulo Sérgio 40 Onde: F,,= Forga aplicada a pelicula de fluido Lasgo = comprimento de adestio esto EXPERIENCIA: MEDICAO DA TENSAO SUPERFICIAL PELO METODO DO ANEL. Objetivo: Determinar a tensao superficial (6) de uma mistura de Agua e detergente utilizando-se dinamémetros e 4 anéis metilicos , sendo dois deles de aluminio € os outros dois de latao. Pela definigao de Tensao superficial temos: Ft F, pel 1, (De + Dy) desdo Didmetro interno do anel e, = Diametro externo do anel No ensaio a forga é medida através de dinamémetro e os diametros com o auxilio de paquimetro. Sao utilizados 4 diferentes ancis, sendo 2 de aluminio. 1 de cobre € 0 ultimo de latao. Prof. Eng® Paulo Sérgio 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Materiais Utilizados: Base regulavel, dinamémetro, anéis metilicos, suporte, becker com a mistura Agua e detergente. xdos na experiéncia de determinagao da tens superficial pelo método do anel. Base regulavel utilizada na determinagio da tensio superficial pelo método do anel. Prof. Eng® Paulo Sérgio 2 i) 2) 3) 4) 5) 6) 72 Dinamémetro utilizado na determinagio da tensao superficial pelo método do anel. Colocar no becker a mistura agua e detergente. Nao hi necessidade de enché-lo completamente. Colocar o becker sobre a base regulavel Instalar 0 dinamémetro com uma extremidade fixa ao suporte ¢ na outra, pendurar um anel Posicionar o becker apoiado na base regulavel de tal sorte que o anel que esta preso ao dinamémetro fique imerso na mistura de agua e detergente. Abaixar cuidadosamente a base regulavel até que seja visivel uma pelicula formada entre o anel e a superficie do fluido. Nestas condigdes realizar a leitura da forga indicada no dinamémetro e anotando o valor na tabela 4.1 Repetir os itens 3 a 6 para os outros anéis. Prof. Eng® Paulo Sérgio 48 Dispositivo utilizado para a determinagaio da tensio superficial pelo método do anel Prof. Eng* Paulo Sérgio 44 EXPERIENCIA DA TENSAO SUPERFICIAL PELO METODO DO ANEL (Entregar) Nome: .. N°... 5.1) TABELA COM DADOS EXPERIMENTAIS. -+-Turma:.. Anel F, D, D, o in! ‘Aluminio | grande Aluminio [pequeno lat&o grande Tato pequeno Unidade 5.2) TABELA DE RESULTADOS NO S.I. ‘Ane Fa | o ‘Aluminio | grande ‘Aluminio | pequeno lato grande Tat&o pequeno Unidade 5.3) COMENTARIOS E CONCLUSOES : Prof. Eng* Paulo Sérgio 46 Introdugo: No mundo cientifico, medigdes so necessirias, o que sempre ¢ dificil, impreciso, principalmente quando esta é muito grande ou muito pequena, Exemplos; medir disténcia entre planetas; medir temperatura de célula, No mundo fluidico tal dificuldade também existe nas medigdes de propriedades. No capitulo 4, a viscosidade absoluta de alguns fluidos foram medidas utilizando © Viscosimetro de Stokes. Tal dispositive é adequado para viscosidades médias a grandes, pois baixas viscosidades, a velocidade de queda é muito grande o que dificulta muito a medigao do tempo de queda. Imagine avaliar a viscosidade do fluido agua, deixando cair uma esfera de uma altura de 1 m utilizando um viscosimetro de Stokes. Quando o fluido apresenta baixa viscosidade, 0 viscosimetro de Cannon Fensk é mais adequado, pois este, nfio mede de forma absoluta ¢ sim de forma comparativa, isto é, avalia se um fluido ensaiado apresenta maior ou menor viscosidade que um fluido considerado padrdo, sendo este geralmente a gua, Viscosimetro de Cannon-Fensk Prof. Eng* Paulo Sérgio 4a EXPERIENCIA DE CANNON-FENSK OBJETIVO: Verificar a relago entre as viscosidades cinematicas de liquidos em relagio a Agua considerada padrao. Resumo Teérico: Como ja foi mencionado na introdugio, o viscosimetro de Cannon-Fensk € utilizado para medir 0 valor de pequenas viscosidades de liquidos por comparagai0 com um outro liquido e de pequena viscosidade. E construido de tal forma que se pode garantir 0 escoamento em regime laminar ( mimero de Reynolds inferior a 2000 ) e, portanto valendo a equago genérica: V _ (agxhxr*) seam 1 r a xp (1) Onde V é 0 volume de fluido escoado; t é 0 tempo de escoamento; r & 0 raio do capilar; L é 0 comprimento do capilar; p é a massa especifica do fluido; 1 é a viscosidade absoluta; h é a carga piezométrica. Na equagio (1), ha termos relativos a construgio geométrica do viscosimetro e consideragdes envolvendo as propriedades do fluido. Aplicando-se a equagao (1) ao fluido agua tem-se: Aplicando-se a equagao (1) ao fluido alcool tem-se: V__ (regshar*) Pa GB) frat EXAyaot Prof. Eng® Paulo Sérgio 48 Dividindo-se a equagao (2) pela (3) temos: Lembrando-se do conceito de viscosidade cinematica v = p/p temos: A equacdo (4) mostra que 0 tempo de escoamento no viscosimetro Cannon-Fensk, € diretamente proporcional a viscosidade cinemética do fluido. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL, Materiais Utilizados: Viscosimetro de Cannon-Fensk; seringa, becker, cronémetro, secador de cabelos, fluidos. 1) Introduza o fluido na seringa; 2) Com a seringa, coloque o fluido no viscosimetro até que o bulbo fique quase cheio; 3) Com a seringa vazia, aspire o fluido para que este suba até a extremidade do viscosimetro; 4) Cronometre o tempo necessério para o escoamento do volume de fluido compreendido entre as marcas superior e inferior do viscosimetro. Anotar este valor na tabela 6.1 Prof. Eng® Paulo Sérgio 49 5) Repetir os itens 1 a 4 para os outros fluidos Volume utilizado na medigao do tempo de escoamento no Viscosimetro de Cannon- Fenk 6.1 Tabela com os dados experimentais Fluido | ti b ty | tinetio | Dyroor Vogue alcool gua 6.2 Comentarios e Conclusées Prof. Eng* Paulo Sérgio 50 Experiéncia: Estalagmémetro de Traube Objetivo: O Estalagmémetro de Traube permite determinar a relag&o entre a propriedade tenso superficial de um fluido com um outro considerado padrio que geralmente ¢ a agua. Na extremidade de saida do estalagmémetro, hd um gotejamento do fluido objeto de ensaio que sai na forma. de gotas. O aspecto geométrico é esbogado abaixo: Estalagmémetio de Taube Prof. Eng* Paulo Sérgio 52 Resumo Teérico: ‘Analisando o equilibrio das forgas quando uma gota esta suspensa na extremidade do Estalagmmetro de Traube tem-se: a Gota de fluido em equilibrio estatico na extremidade de saida de um Estalagmémetro de Traube Prof. Eng? Paulo Sérgio 3 Reescrevendo (1) para o fluido agua e alcool temos: G, = MZ = CyyAD (2) G gouaioot = "8 = Facou™D (3) Dividindo-se a equagio (3) pela equago (2) temos: Lacool (4 No Estalagmémetro de Traube 0 volume de Agua (Vg. ) € 0 volume de fluido do alcool (V4,) S80 iguais, pois sio medidos a partir das mesmas referéncias. Voge = Vatoor (5) A definigfo de massa especifica (p) €: massa (6 Vv volume ou =@ ? Prof. Eng® Paulo Sérgio 54 portanto: Magn Masel (gy Progus — Paieout Multiplicando-se os dois lados da equagao (8) pela aceleragio da gravidade (g) temos: MogaB _ Meters & Poga Paseo Goa _ Gates Aane. Cater! (9) Popa — Patt Todo o peso de fluido colocado no interior do Estalagmémetro. deixa-o na forma de gotas. Portanto: G= Neo Gya (10) Onde: N,,,,€ 0 nimero de gotas que caem do Estalagmémetro € Gay €0 peso de cada gota, ‘A equagao (10) substitufda em (9) resulta: Prof. Eng® Paulo Sérgio 55 Gana — Neto! Experiéncia do Estalagmémetro de Traube (Entregar) Porat Prices ; Nome... aN Turma. Gatco _— Nua Pe i) seams — Neon Pons 7.1) Tabela com os dados experimentais e resultado ‘A equagao (11) substituida em (4) resulta: Fluido ‘Numero de Gotas Toten S ogua P| 2 | 3 [Média N, (2) Agua Nexo Pagar —_ Fogue Vaselina Procedimento Experimental 7.2) Comentarios e conclusdes: Materiais Utilizados: Estalagmémetro de Traube, seringa, fluidos. 1) Colocar uma pequena quantidade de fluido no becker. Nao ha necessidade de se medir. 2) Com o becker colocado na parte inferior do estalagmémetro, aspirar o fluido com 0 auxilio de uma seringa instalada na extremidade do estalagmémetro que esta conectada a uma mangueira de borracha. 3) Quando o fluido estiver acima do bulbo, comece a contar 0 niimero de gotas que caem do Estalagmémetro a partir de uma certa origem e com a seringa desconectada, Prof. Eng® Paulo Sérgio 56 Prof. Eng® Paulo Sérgio 58 de Calor CONCEITOS FUNDAM! ‘AIS Vamos iniciar este capitulo conceituando 0 que significa calor, que tecnicamente tem um significado muito diferente do que usamos no cotidiano, Calor € uma forma de energia que é transferida através dos corpos em virtude de uma diferenga de temperatura fluindo espontaneamente da maior para a menor temperatura. Uma experiéncia muito simples que elucida o mencionado, € a insergio de um bloco metélico quente num recipiente com gua fria. Nesta situago 0 bloco quente esfriard isto 6, perderd energia e a dgua aquecerd, isto é, receberd energia. Nesta definigdo est implicito que um corpo nunca contém calor e que este s6 & identificado quando ha troca de energia. E, portanto um fendmeno transitorio. Unidades de Calor: Varias sio as unidades que quantificam 0 fluxo de calor. As principais so keal ( kilo Caloria ); BTU ( British Thermal Unit), ¢ no Sistema Internacional J (Joule). TEMPERATURA: FE muito dificil a definigio exata de temperatura. Popularmente, 0 conceito de quente ou frio é confundido com temperatura, porém muitas vezes a sensagao do tato é falha levando-nos a sentir corpos de diferentes materiais com diferentes “ temperaturas” embora se medissemos a temperatura concluirfamos que estio em equilibrio térmico, isto é a mesma temperatura. A melhor definigdo que se tem € que a temperatura Prof. Eng* Paulo Sérgio 59 medida na escala absoluta avalia o nivel de agitag’o molecular, isto 6, quanto maior a temperatura maior ¢ o grau de agitagao molecular. FORMAS DE TROCA DE CALOR Calor € endo a energia em transito que flui espontaneamente do corpo de maior temperatura para 0 corpo de menor temperatura Como existem diferengas de temperatura em todo 0 universo, os fendmenos de troca de calor sto universais A literatura geralmente divide o fluxo de calor em trés mecanismos bisicos: Condugio, Convecsio, Radiagio. Vale a pena salientat que estes mecanismos atuam na maioria das vezes conjuntamente, sendo separados para uma idade de equacionamento e entendimento. Em termos priticos, dependendo da situagaio ha a preponderdncia de um determinado mecanismo sobre um outro, O que 0 engenheiro faz é avaliar 0 mecanismo mais importante e solugdes aproximadas so obtidas desprezando-se os menos importantes, © fluxo de calor também pode se manifestar em regime permanente ou regime variado. Quando em regime permanente, a quantidade de calor fornecida aos corpos ¢ exatamente a mesma retirada, desde que ndo haja fonte ou sorvedouro de calor interno, Como exemplo real de regime permanente tem-se 0 forno de uma siderirgica, e, como regime varidvel, 0 sistema de lubrificago de um motor de combustio interna quando na fase de aquecimento. Prof. Eng® Paulo Sérgio 60 TROCA DE CALOR POR CONDUCAO O Mecanismo de troca de calor por Condugo ocorre quando a energia em trénsito denominada calor flui do corpo de maior temperatura para 0 corpo de menor temperatura atravessando um meio sélido ( algumas vezes fluidos) desde que estejam em contato fisico direto. A energia é transmitida por meio de comunicagao molecular direta, sem apreciével deslocamento destas moléculas. De acordo com a teoria cinética molecular, a temperatura de uma matéria depende da energia cinética média de suas moléculas. A quantidade de energia intrinseca de um elemento e a posigdo relativa de suas moléculas é chamada de Energia Interna. Logo, se as moléculas se movem mais rapidamente, maior € a energia interna ea temperatura. Quando moléculas de uma regito apresentam uma energia cinética média maior que a da regio adjacente, as moléculas que possuem maior energia transferem parte desta energia para as moléculas de regidio adjacente com menor nivel energético. Esta transferéncia pode se dar por impacto eldstico ( caso comum nos fluidos) ou por difusdéo de elétrons de movimento répido (caso dos metais). Independentemente do mecanismo exato, 0 fato observavel é a transmissao de energia. A Condugiio é 0 mecanismo de troca de calor que ocorre principalmente nos s6lidos, j& que nos fluidos o mecanismo predominante é a convec¢do que seré adiante explicada. A condugao é regida pela Lei de Fourier. TROCA DE CALOR POR CONVECCAQ ‘A convecgio € 0 mecanismo de troca de calor onde ha a combinagdo do mecanismo de condugdo e o movimento das particulas de um fluido. E 0 mecanismo presente entre um sélido ¢ um fluido, nfo importando se a fase é gasosa ou liquida. Sendo a superficie sdlida mais quente que o fluido, na primeira etapa, por condugao, as particulas de fluido serio aquecidas, o que aumenta a Prof. Eng? Paulo Sérgio 61 sua energia interna e sendo 0 fluido dilatavel o seu volume também cresce, 0 que reduz a sua massa especifica, ficando, portanto mais “leve” que as particulas fluidicas adjacentes, gerando por diferenga de massa especifica entio um transporte de massa. A convec¢io pode ser dita natural ou forgada. E Natural quando o movimento das particulas fluidicas se di exclusivamente por diferenga de massa especifica. E forgada quando o movimento das particulas fluidicas se da com o auxilio de um meio externo como, por exemplo, um ventilador. Esse mecanismo obedece a Lei de Newton da Convecgao. TROCA DE CALOR POR RADIACAO E 0 mecanismo de troca de calor entre corpos a diferentes temperaturas sem que haja nenhum meio entre eles. Podem estar até mesmo no vacuo que a energia fluira pelo mecanismo de radiagao. A transferéncia se da por ondas eletromagnéticas. E por esse mecanismo que a energia emitida pelo sol consegue chegar ao planeta Terra. E mecanismo da Radiagao é regido pela equacao de Sthefan-Boltzman. Prof. Eng* Paulo Sérgio o A equago que governa a troca de calor por condugao foi proposta pelo cientista francés Fourier em 1822. Ele enunciou que o fluxo de calor por condugS0 (Q.,,) € igual ao produto de uma propriedade do material chamada de condutibilidade térmica (k) pela drea de troca medida perpendicularmente ao fluxo de calor (A) e pelo gradiente de temperatura, isto é, a diminuigao da temperatura T a0 longo da distancia X medida na dirego do fluxo de calor. O sinal negativo se faz necessario, pois 0 fluxo de calor € considerado positivo e ele avanga no sentido do gradiente de temperatura negativo, isto é, diminuigdo de temperatura. (= Mar LEI DE FOURIER A propriedade condutibilidade térmica ( k) avalia a facilidade ou dificuldade que o meio oferece & passagem do fluxo de calor. Em geral a variag%o da condutibilidade térmica com a temperatura é desprezivel em aplicagdes de engenharia. Alto valor de condutibilidade térmica significa que h4 pouca resisténcia ao fluxo de calor. A esses materiais chamaremos de condutores de calor. Os materiais que apresentam valores de condutibilidade térmica pequenos, diremos que so materiais isolantes térmicos. No cotidiano do engenheiro esses dois grandes grupos de materiais sao usados dependendo da finalidade. A tabela abaixo sugere alguns valores de condutibilidade térmica. Prof. Eng® Paulo Sérgio 6 Material Cond. Térmica Wim°C Cortiga 0.043275 La de vidro 0.038 | | Tijolo de Caulim 0.25965 Borracha 0.150597 Vidro de J Aluminio Cobre latéio la Nas aplicagSes cotidianas dos engenheiros, a hipétese fluxo de calor em regime permanente ¢ perfeitamente aplicdvel. Por essa hipdtese © gradiente de temperatura ao longo da parede constante o que faz com que fluxo de calor também seja constante. Observa-se ainda que o fenémeno de transmissio de calor é semelhante ao fendmeno da corrente elétrica. A corrente elétrica provocada por uma diferenga de potencial elétrico. O fluxo de calor & provocado por uma diferenga de potencial térmico ( diferenga de temperatura). A corrente elétrica atravessa um meio que pode ser isolante elétrico ou condutor elétrico, Analogamente o fluxo de calor atravessa um meio que pode ser bom condutor térmico ou isolante térmico. Analogia também é aplicdvel aos materiais, pois bons condutores elétricos so também bons condutores térmicos assim como os isolantes elétricos so também isolantes térmicos. A analogia s6 n&o é total pois nos circuitos elétricos exigem circuitos fechados, e nos térmicos nao. Prof. Eng? Paulo Sérgio 64 Av ', Y Resisténcio — Elétrica A mae Uma questio interessante a ser abordada & quanto A relagdo entre massa especifica de materiais porosos ( tijolos, cortiga, concreto) € a condutibilidade térmica dos mesmos pois a condutibilidade aumenta medida que 0 nimero de poros diminui. Quanto a umidade, os materiais porosos timidos conduzem mais calor. Para materiais fibrosos (madeiras, I& de vidro), condutibilidade ¢ maior a0 longo da diregao das fibras. Um bom isolante deve atender as seguintes exigéncias: 1- Baixa condutibilidade térmica 2+ Nao ser higroscépio 3+ Baixa massa especifica 4- Baixo calor especifico 5- Custo acessivel 6- Estrutura estavel 7- Certa resisténcia mecénica compatfvel com seu uso 8- Incombustivel e indilatavel 9- Inodoro, imputrescivel e imune A ago de insetos ¢ fungos. Prof. Eng* Paulo Sérgio 65 Analogia entre a resisténcia térmica e a resisténcia elétrica Assim como um condutor elétrico tem a sua resisténcia elétrica dependente do material e de suas dimensdes a resisténcia térmica também depende do material ¢ suas dimens6es. A resisténcia elétrica é expressa por: R, sendo Py, & Fesistividade elétrica, L 0 comprimento do fio ¢ A rea da segao transversal ao fluxo elétrico. A resistencia térmica para paredes planas é expressa por: Onde: k € propriedade condutibilidade térmica, A Area da sego transversal ao fluxo de calor € (e)a espessura do material que ¢ 0 comprimento percorrido pelo fluxo de calor. ‘A expresso da resisténcia térmica para uma parede plana é tanto maior quanto maior for a sua espessura, o que dificulta a passagem de calor como era de se esperar. Da mesma forma pode-se concluir que uma parede de grande drea oferece pouca resisténcia a passage de calor. Prof. Eng® Paulo Sérgio 66 Nos circuitos elétricos € comum termos associagao de resisténcias elétricas em série e/ou paralelo, Nos circuitos térmicos também e calculamos a resisténcia equivalente do circuito da mesma forma como os exemplos irdo mostrar: Associagio em série de paredes planas Neste caso 0 mesmo fluxo de calor atravessa inicialmente a parede 1 depois a 2 e assim sucessivamente. A caracteristica da associago em série € que 0 mesmo fluxo de calor percorte as diversas paredes analogamente ao circuito elétrico em que uma mesma corrente elétrica percorre diversas resisténcias elétricas uma aps a outra. A resisténcia térmica da parede | é dada por: Roy =e KA sendo AX = a espessura da parede 1, k, = Condutibilidade térmica da parede 1 ¢ (A) = rea perpendicular & passagem do fluxo de calor Prof. Eng® Paulo Sérgio 6 A resisténcia térmica da parede 2 € dada por: kA sendo AX2= a espessura da parede 2AX, = a espessura da parede 1, k, = Condutibilidade térmica da parede 2 (A) = rea perpendicular 4 passagem do fluxo de calor Na associago em série a resisténcia equivalente é a soma das resisténcias das paredes 1,2 € 3 logo: Rare = Reer + Rear + Bers = Logo © fluxo de calor (calor por unidade de tempo) por condugao (Quam) €: ‘do em paralelo de paredes planas Neste caso, 0 fluxo de calor que atravessa a parede 1 € diferente do fluxo de calor que atravessa a parede 2. A caracteristica da associago em paralelo que para uma mesma diferenga de temperatura, temos diferentes fluxos de calor percorrendo as diversas paredes ¢ 0 fluxo de calor total & a soma dos fluxos 1 e 2 Prof. Eng? Paulo Sérgio 68 Analogamente ao circuito elétrico, diferentes correntes elétricas percorrem 0 circuito submetido a mesma diferenga de potencial elétrico, sendo que a corrente total é a soma das correntes de cada ramo. Nestes casos temos: A resisténcia térmica da parede 1 é dada por: Run = kA, Sendo AX, a espessura da parede 1 Prof. Eng* Paulo Sérgio 69 R, er A, Sendo AX, a espessura da parede 2 © fluxo de calor que atravessa a parede I sera fluxo de calor total sera: Pout = Qi + Or Prof. Eng? Paulo Sérgio 70 Condugao de Calor em Paredes cilindricas © mesmo raciocinio feito para as paredes planas é valido para as, paredes cilindricas ¢ esféricas, porém nestas a resisténcia térmica ¢ dada pela equagao: Prof. Eng® Paulo Sérgio n Associagaio em série de paredes cilindricas Neste caso 0 mesmo fluxo de calor atravessa inicialmente a parede 1 depois a 2 e assim sucessivamente. A caracteristica da associagaio em série é que o mesmo fluxo de calor percorre as diversas paredes analogamente ao circuito elétrico em que uma mesma corrente elétrica percorre diversas resisténcias elétricas uma apés a outra. Para a parede | Prof. Eng® Paulo Sérgio n Para a parede 2 5 ky Ltt) 9 4) % _2hlty-ta)n 43) 4 CONDUGAO DE CALOR EM PAREDES ESFERICAS Para a parede 3 Q © mesmo raciocinio feito para as paredes planas e cilindricas é valido para as paredes esféricas, porém nestas a resisténcia térmica é dada pela equagao: Prof. Eng® Paulo Sérgio B Prof. Eng® Paulo Sérgio " ) EXERCICIOS A SEREM RESOLVIDOS EM CLASSE Determinar 0 fluxo de calor por unidade de area que atravessa uma parede de ago plana de espessura 20 mm isolada com 60 mm de asbesto. A temperatura interna da parede metilica é de 200° Ce a externa do isolante 50°C. Determinar também a temperatura na face de contato metal-isolamento. Dados: Condutibilidade térmica do ago = 50 keal/mh°C e do asbesto 0,15 keal/mh°C. Prof. Eng? Paulo Sérgio 5 2) A parede plana lateral de um forno industrial é composta por trés camadas superpostas com diferentes materiais. A mais quente é de refratério com!2 cm de espessura e condutibilidade térmica de 1,4 kcal/hm°C. A segunda camada colocada sobre a de refratério é de um isolante desconhecido com 14 cm de espessura e condutibilidade térmica de 0,15 keal/hm®C. E, por fim, a terceira camada com espessura de 12 cm, condutibilidade térmica de 0,60 kcal/hm°C. sobreposta a segunda, A temperatura interna do forno junto & camada de refratério € de 1500 °C e a externa do isolante junto ao meio ambiente & de 50 °C. Hé uma especificagao técnica para que a segunda camada (isolante desconhecido) nfo ultrapasse em hipotese nenhuma a temperatura de 1350 °C. Pede-se a) O fluxo de calor perdido pela parede do forno b) A segunda camada (isolante desconhecido) esta devidamente especificada? Prof. Eng® Paulo Sérgio 16 3) A parede de um forno retangular de uma empresa de tratamentos térmicos de materiais foi construfda com duas camadas sendo a primeira de refratério ( condutibilidade térmica de 0,60 kcal/hm*C) e a outra sobreposta primeira de material isolante com condutibilidade térmica de 0,90 kcal/hm°C. A temperatura interna do forno é de 1000 °C e a externa do isolante 50 °C. A espessura total da parede do forno (tefratério e isolante) néo pode ultrapassar o valor de 40 cm, € nem 0 fluxo de calor deverd ser superior a 800 kcal/hm? Pede- se a) A espessura do refratario e do isolante b) A maxima temperatura que o isolante ficara submetido ©) O novo fluxo de calor se a espessura do isolante aumentasse em 25% Prof. Eng* Paulo Sérgio 7 4) Determinar 0 fluxo de calor total que ocorre na parede plana representada abaixo LA | : Se sin “ = 16 Kealsn ae Ts10°C sosgh—romt Lsomnd Prof. Eng® Paulo Sérgio 8 5) Determinar 0 fluxo de calor total que ocorre na parede plana representada abaixo. Sio dados: Condutibilidade térinica do material A = 170 W/m °C Condutibilidade térmica do material B = 40 W/m °C; Condutibilidade térmica do material C = 70 W/m °C; Condutibilidade térmica do material D = 90 W/m °C; Condutibilidade térmica do material E = 170 W/m °C Condutibilidade térmica do material F = 35 Wim °C; Condutibilidade térmica do material G = 30 W/m °C; Area de troca de calor da parede G ¢ igual a Area de troca de calor da parede F e igual a 6 m® Area de troca de calor da parede B é igual a parede C e igual a parede D e igual a 4 m’, diferenga de temperatura entre a face interna de A e a externa de C = 120°C. 0 6° Exercicio: Um tubo de ago com condutibilidade térmica de 40 U.M. de didmetro extemo 3 polegadas, com 9 m de comprimento e 2 mm de espessura esta isolado com Ia de rocha de condutibilidade térmica 0,04U.M. e 1,5 polegadas de espessura. A temperatura na face interna do tubo é de 220 °C e a da face externa do isolante 30 °C. Apés alguns anos de uso, a l& de rocha foi substituida por um outro material, porém com a mesma espessura e com essa substituigo houve um aumento de 10% no fluxo de calor. Mantendo-se as outras condig6es, determinar: a) 0 fluxo de calor usando a la de rocha 'b) 0 coeficiente de condutibilidade térmica do novo material d) qual deveria ser a nova espessura do novo isolante para que 0 fluxo de calor nao sofresse nenhum aumento. Prof. Eng* Paulo Sérgio 80 7 Exercicio: Um reservatério esférico destinado a armazenar oxigénio liquido tem didmetro interno de 1,5m ¢ € feito de ago com espessura de 0,03m e condutibilidade térmica 40 UM Externamente é revestido com 1a de vidro de espessura 0,35 m e condutibilidade térmica 0,033 U.M. A temperatura na face interna do ago € de 180° C abaixo de zero e na face externa do isolante ¢ de 10 °C. Determinar o fluxo de calor através das paredes do reservatério. Prof. Eng® Paulo Sérgio 81 EXPERIENCIA DA CONDUTIBILIDADE TERMICA, 1. OBJETIVO Determinagao da Condutibilidade térmica em metais. 2. Resumo tedrico © principio zero da Termodinamica mostra que ao se colocar em contato dois corpos com temperaturas diferentes, ocorre um fluxo de calor (energia) do corpo “mais quente” para o “mais frio”. Quando ha um corpo sujeito a um gradiente de temperatura (pontos diferente do material estio em diferentes temperaturas), deduz-se que, 0 fluxo de calor dentro do material dé-se no sentido em que hi decréscimo da temperatura. Esse processo é descrito em condigdes de regime permanente pela lei de Fourier: kAdT Qeont = Fe a) ‘A condugao térmica neste experimento seré estabelecida em uma barra de metal cilindrica de secgo (A) e comprimento (L). Prof. Eng* Paulo Sérgio 82 Dispositivo utilizado para a determinagao da condutibilidade térmica de um sélido Para estabelecer um gradiente de temperatura ao longo da barra a: extremidade superior estaré em contato com uma fonte fria (pedras de gelo) mantida a temperatura constante (7) ¢ a inferior em contato com uma fonte quente ( égua previamente aquecida) a uma temperatura (T >T,,); desta forma no decorrer do tempo, o calor retirado da fonte quente passard para a fonte fria através da barra cilindrica. Deve-se ressaltar que a barra sera revestida com isopor de forma a evitar perdas de calor através das paredes laterais Prof. Eng® Paulo Sérgio 83 sie. reciente CLUNDRICA ssoron Barra metilica cilindrica com a extremidade superior em contato com a fonte fria representada por gelo picado eto 2 venwouern0 ‘roe ous. ene Barra metilica cilindrica com a extremidade superior em contato com a fonte fria representada por gelo picado a inferior em contato com a fonte quente representada pela agua em ebulica0 Prof. Eng® Paulo Sérgio 84 Como pode ser visto nas figuras acima, na montagem experimental proposta haveré um transporte de calor da fonte quente a fonte fria a0 longo do tempo enquanto houver uma diferenca de temperatura entre as fontes. EQUACIONAMENTO. Para © equacionamento, considera-se desprezivel a capacidade térmica do recipiente. ‘A capacidade térmica da “fonte quente” & dada pela equagdo: CQ = CopuaM ogee _ leat wus = 900 Onde o calor especifico médio da agua c, Considera-se que transporte de calor efetuar-se-4 de forma lenta e gradual, 0 que permite em primeira aproximagao considerar regime permanente, isto é, o calor pro condug%o (Q,,,,) ser constante em todos os pontos da barra condutora, ou seja pela lei de Fourier, temos: amg == BE (1 Define-se vetor densidade de energia (}) com sendo: = ont A aT Jo a? Prof. Eng® Paulo Sérgio 85 Dentro da hipétese de regime permanente, o fluxo de calor deve ser constante ao longo do tempo, o que implica que 0 vetor densidade de energia também seja constante ao longo do tempo. Dentro destas consideragdes, a equacdo (2) mostra que a taxa de decréscimo da temperatura ao longo da barra condutora ¢ constante Utilizando a equago (2) podemos obter (j,) em fungZo da temperatura (T,)da fonte quente, da temperatura (7, )da fonte fria e do comprimento (L) da barra condutora: judi =-kdT on j, (de =-k f! ar Integrando temos: JoX) = ~KT yf = j,(L-0) = k(Tq -T,) lo-T) _ Wav L A O fluxo de calor também pode ser calculado por: ar ag=c% (4) E conveniente salientar que o parametro(7) refere a temperatura € (a0 tempo. Igualando (3) e (4) temos: Prof. Eng* Paulo Sérgio 86 at _-Ky-T))A dg=c2 OC L A solugdo da equacao diferencial (5) pode ser feita separando as varidveis, logo: kAdt (T-T,) CL (6) A equaco (6) apresenta alguns pardmetros constantes que serdo reunidos e chamados de (a) Reescrevendo (6) temos: aT aoe = ~aadt (7) @-T) (7) A solugdo da equagdo diferencial (7) fornece a temperatura da fonte quente em fungo do tempo. Prof. Eng® Paulo Sérgio a7 (8) Podemos simplificar a equagio (8) pois T, = 0°C (gelo fundente) p t T =Te*}(9) onde T; é a temperatura da fonte quente no instante t = 0. A expresso (9) mostra que o esfriamento da fonte quente é exponencial, com constante de tempo (t) dada pela equagao: 1 3. MATERIAL UTILIZADO. a) garrafa térmica; ) Barras de metal (cobre, aluminio e lato); ©) Gelo picado; d) Termémetro; e) Agua quente; f) Cronémetro; g) Paquimetro; h) Escala milimetrada. Prof. Eng* Paulo Sérgio 88 Dispositivo utilizado para a determinagao da condutibilidade térmica de um sdlido com o termo par instalado para detectar a temperatura da agua quente 4, PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL a) Mega 0 comprimento (L) 0 diémetro (D) da barra metalica de cobre; b) Coloque a mistura de (gelo picado + agua) no recipiente que ira constituir a fonte fria; c) Aqueca agua numa vasilha a parte, até uma temperatura proxima & de ebuligio e em seguida despeje no calorimetro uma quantidade de agua que permita a barra ficar imersa aproximadamente 0,5 cm; ) Decorrido certo tempo para a estabilizagio térmica (aproximadamente 2 minutos), mega a temperatura inicial (T;) da fonte quente, ¢ simultaneamente ligue 0 cronémetro; e) Anote a temperatura da fonte quente em intervalos de tempo que dio um esfriamento de 3°C, preenchendo a tabela indicada do estudo dirigido; f) Determinar a massa (m) de 4gua quente utilizada; Prof. Eng* Paulo Sérgio 89 g) Repetir o procedimento anterior, para as barras cilindricas de aluminio ¢ latdo. RELATORIO DE_CONDUTIBILIDADE TERMICA 1. Qual é 0 objetivo deste experimento? 2. Quais sio os instrumentos de medi¢do utilizados e suas respectivas precisGes? TABELA COM DADOS EXPERIMENTAIS Cobre ‘Aluminio lato L om L om L om D em D cm D om _—| m g m 8 m g T, °C T, °C T, °C ¢c 7, |e 7, |C al, eC ec °C Prof. Eng® Paulo Sérgio 90 Tempo Temperatura em °C 8 aluminio cobre lato 4, Determine a capacidade térmica (C) da fonte quente a) Aluminio b) Cobre ©) Latao Prof. Eng? Paulo Sérgio an 5. Construir em papel monolog, o grafico (t ; T) para cada material utilizado, 6. Determine a constante de tempo ( t ) do esfriamento, para cada barra condutora utilizada 7. Através do resultado do item 6, obter a, para as barras aluminio, cobre e latéo. 8. Determine a condutividade térmica (k) para cada material utilizado (aluminio, cobre, lato). 9. Compare, percentualmente, os valores obtidos experimentalmente com aqueles jé tabelados. Prof. Eng® Paulo Sérgio 2 10. Qual dos materiais € melhor condutor do calor? Justifique. 11. Mostre que a temperatura T(x) ao longo da barra metélica é dada pela expressio: . jo T Jo ro) r 0 < x < L eT éa temperatura da fonte quente. T- 12. A expressio do item 11 mostra que o “perfil de temperatura” ao longo da barra é linear; tendo em vista este fato, suponha como exemplo que a temperatura da fonte quente em um dado instante seja T = 60°C, e a temperatura da fonte fria seja Tr = 0 °C; qual é a L temperatura no ponto x = > da barra condutora? per Pe A Prof. Eng? Paulo Sérgio 3 13. O resultado deste experimento verifica a hipétese de j = jo CONSTANTE ao longo da barra condutora? Justifique. Prof. Eng? Paulo Sérgio 4 8 - PROBLEMAS PROPOSTOS 1. Num experimento de condutividade térmica, utilizou-se uma haste de comprimento L = 10 cm e Area de secgdo reta $ = 3,6 cm’. Imersa em 300 g de agua quente, foram obtidos os valores da tabela anexa. t(min)|_ 0 10 | 20 | 30 | 40 | 50 Tec | 80 | 54 | 38 | 27 | 19 | 13 a) Construir diagrama (t; T) em papel mono-log b) Determinar a constante o (resposta: 6,06. 10s“) c) Determinar 0 coeficiente de condutibilidade térmica do material (Resposta: k = 0,5cal°C“'s“'cm"') 2. Resolver o problema anterior construindo o diagrama cartesiano (t; T) em papel milimetrado. Prof. Eng* Paulo Sérgio 99 3. Em papel mono-log, foi construido o diagrama abaixo (t;T) representativo de um experimento para a determinagio da condutibilidade térmica de um material. Sao dados: Volume de agua quente (1 litro); Comprimento da barra (20 cm) e Diémetro da barra (cm). (min) Determinar: a) O coeficiente de condutibilidade térmica do material (identificd-1o) Resposta k = 0,92cal°C"'s"tem™ b) Completar as lacunas das temperaturas T na tabela abaixo min) [10 18 Q 90200 TCC) Respostas | 91,67 | 85.51 | 69,40 | 45,72 | 17,5 Prof. Eng® Paulo Sérgio 100 1. OBJETIVO Determinagao do equivalente mecénico do calor (J). 2,RESUMO TEORICO CONCEITOS FUNDAMENTAIS O conceito de calor, atualmente est perfeitamente definido pela Fisica: “Calor € energia, mais precisamente calor é energia em transito”, como foi j discutido no capitulo anterior. Na natureza existem diversas formas de energia: cinética, potencial, elétrica, magnética, etc. Sabe-se que a energia pode passar de um corpo para 0 outro e em alguns casos, pode ser armazenada por um corpo, como por exemplo, a energia cinética o que nfo acontece com 0 calor. Observe-se que quando uma substancia sofre uma variagio de temperatura, estaré recebendo ou cedendo calor. Exemplos: dois corpos estando inicialmente em temperaturas diferentes, atingirdo uma temperatura comum (intermediaria) de equilibrio térmico, se forem colocados em contato, Isto significa que um dos corpos sofreu uma variagao positiva de temperatura (recebeu calor) o outro uma variago negativa (cedeu calor). Portanto em valor absoluto o quanto um corpo recebe de calor o outro cede. Se os dois corpos estivessem inicialmente 4 mesma temperatura, © que aconteceria apds 0 contato? A experiéneia mostra que a temperatura de cada corpo permanece invariante, logo nao hé troca de calor entre eles. Prof. Eng* Paulo Sérgio 101 Outro exemplo: um corpo de massa m e velocidade v choca-se frontalmente com outro corpo de mesma massa ¢ velocidade nula (repouso), estando os dois corpos inicialmente & mesma temperatura. Apés 0 choque os dois corpos permanecem juntos (choque inelastico). Demonstra- se que a energia mecanica do sistema apés 0 choque é menor que antes do choque, logo a diferenga foi transformada em calor. Percebe-se 0 fato pelo aumento da temperatura dos corpos apds o choque. A partir destes exemplos, verifica-se a coeréncia da definigdo de “caloria” como unidade de calor: “caloria é 0 calor necessario para aquecer (1) um grama de agua de 14,5 °C para 15,5 °C, na pressao atmosférica normal”. Naturalmente, toma-se necessério encontrar um fator de conversdo de caloria para Joule ou vice-versa. Isto significa que uma mesma quantidade de energia pode ser expressa tanto em Joules quanto em calorias. Esse fator de conversio, que s6 pode ser determinado experimentalmente € denominado equivalente mecAnico do calor (J). _ joules caloria Um resistor ( R ) esta inicialmente em equilibrio térmico com Agua, contida no interior de um recipiente de aluminio. Utilizando um gerador elétrico (figura 1) fornece-se ao resistor uma corrente elétrica (I) constante. Prof. Eng® Paulo Sérgio 102 Montagem esquemética da experiéncia para a Determinagao do equivalente mecénico do calor Devido @ passagem da corrente elétrica, o resistor sofrerd aquecimento (Efeito Joule), que ocorre devido ao choque dos portadores de carga elétrica com a estrutura atémica do condutor (resistor). Ocorre assim, transformagao de energia elétrica em calor que passa para a gua e para o recipiente que a contém. A poténcia elétrica dissipada pelo resistor é dada por: Poty, = RI? (2) No intervalo de tempo (At)a energia elétrica (W) transformada em calor é dada por: Ey, =RPAt (3) O calor recebido pela égua e recipiente, no mesmo intervalo de tempo é dado por: Prof. Eng® Paulo Sérgio 103 Q= Magus Capua (T~To)+ Mee Cnc (E-To) (4) onde: m,,,, ~ massa de Agua utilizada Copan ~ Calor especifico médio da agua ‘me ~ massa do recipiente Cyc calor especifico do recipiente T, ~ temperatura inicial da agua T - temperatura da 4gua decorrido o intervalo de tempo At Considera-se aqui que no intervalo de tempo At a Agua e 0 recipiente de aluminio estio na mesma temperatura (7); para garantir este resultado deve-se colocar 0 conjunto (resistor + agua + recipiente) no interior de um vaso de isopor. O equivalente mecanico do calor sera dado por: a (5) Q 3. MATERIAL UTILIZADO a) Resistor; b) Gerador elétrico; ©) Recipiente; 4) gua €) Termémetro e agitador; f) Cronémetro. 8) Prof. Eng® Paulo Sérgio 104 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL a) Medir a massa do recipiente, bem como, a massa de ‘gua a ser utilizada; b) Anote a temperatura inicial da agua; ©) Mergulhe © resistor na agua, € ajuste uma corrente elétrica (1) constante; anote o valor de (1) Prof. Eng® Paulo Sérgio 105 EXPERIENCIA DO EFEITO JOULE - Entregar Nome: sauN®, 1. Qual € 0 objetivo deste experimento? 2. Quais so 0s instrumentos utilizados e suas respectivas precisdes? 3. Anotar os valores obtidos, nos espagos correspondentes. Grandeza Valor Unidade U Prof. Eng® Paulo Sérgio 108 4. Determinar 0 equivalente mecanico do calor (J). 5. Comparar o valor obtido para J, com aquele tabelado. Calcular o desvio percentual entre eles. 6. Fazer uma critica deste experimento, indicando possiveis interferéncias que nao foram consideradas no calculo de J. Prof. Eng® Paulo Sérgio 109 EXERCICIOS PROPOSTOS | © grafico indicado representa a variag&o de temperatura em fungao do tempo de dois sistemas utilizados na determinagao do equilibrio mecanico do calor. Pedem-se a) A temperatura inicial 7, do sistema A. Resposta: a) 40°C b) O calor recebido pelo sistema B até o instante em que as temperaturas dos dois sistemas se igualem. Resposta: Qa = 5340 cal DADOS: SISTEMA A SISTEMA B 0 2 R=40Q 15A I=3A 00 cal/ °C C= 200 cal PC Equivalente mecdnico do calor = 4,2 J/cal acc) a 62,2 t(s) Prof. Eng’ Paulo Sérgio 110 2 Um resistor R e ajustado no interior de um recipiente contendo Agua. A capacidade térmica do conjunto (4gua + recipiente) é CO sistema é aquecido pela passagem de corrente elétrica no resistor conforme o grifico indicado. Sabe-se que nos trechos (1) ¢ (2) a corrente elétrica é constante e vale I; ¢ lz respectivamente. Pedem-se: a- A corrente elétrica h. ( resposta h = 1,4 A) b- A capacidade térmica C. cal resposta C = 238 cc DADOS: J = 4,2 I/cal o 100 150 t(s) Prof. Eng* Paulo Sérgio M1 3. Um resistor € colocado no interior de um recipiente contendo agua. Aplicando-se ao resistor uma tensio V, através dele circula uma corrente elétrica I. A capacidade térmica do conjunto (recipiente + agua) ¢ C. Mede-se a temperatura da agua em fungao do tempo obtendo-se a curva experimental indicada no grafico. A curva teérica foi tragada com base no equivalente mecnico do calor verdadeiro (J,). Sao dados: V = 20 volts; I= 1,2 A; C = 200 cal/ °C; Jy = 4,2 Ical. Determinat A. A temperatura inicial da agua 0, (t= 0 ). (Resposta T, =16°C) B. A quantidade de calor perdida até o instante em que a Agua atinge a temperatura de 30 °C (resposta Qye, = 400 cal) Prof. Eng® Paulo Sérgio 112 4. Um resistor R é colocado no interior de um liquido de massa m, e calor especifico c.. O liquido est contido em um recipiente de capacidade térmica C . Quando o resistor & percorrido por uma corrente elétrica 1, observa-se uma elevagaio de temperatura AQ no intervalo de tempo At. a) Determinar o calor especifico do iquido; Admitindo que o ensaio descrito acima fosse efetuado com uum liquido de calor especifico menor, porém, de mesma massa que 0 anterior, mantida a mesma corrente elétrica, pergunta-se: A elevagio da temperatura no sistema no mesmo intervalo de tempo seria maior ou menor que a anterior? Justificar sua resposta. DADOS: R=S00 ohms C=200cal/°C Ad =8°C J=42 Jeal m, = 300 g 1=0,5A At = 180s Resposta AT ceases logo se c,,€ menor, AT aumenta. Prof. Eng® Paulo Sérgio 13 TESTES 1 - Um resistor € colocado no interior de um recipiente contendo agua. Aplica-se no resistor uma tensio V, através dele circula uma corrente elétrica I. A capacidade térmica do conjunto (recipiente + agua) € C. Mede-se a temperatura da agua em fungio do tempo, obtendo-se a curva experimental indicada no grafico. A curva tedrica foi tragada com base no equivalente mecénico do calor verdadeiro (Jy). DADOS: V=40volts 1=2,0A C=200cal/°C Jy= 4,2 Seal (Responder as questdes 1, 2,3 ¢ 4) Prof. Eng® Paulo Sérgio 4 1. O equivalente mecinico do calor J. , obtido experimentalmente, vale aproximadamente em J/cal: a) 4,5 b)43 650d) 48) 4.6 2. A temperatura inicial da agua 0, (t= 0) vale em °C. a)7 b)29,5 10 4) 15 ©) 20 3. O calor perdido Qp até o instante em que a dgua atinge a temperatura de 40 °C vale em cal a)400 b)200~—c)250 sd) 300 e) 600 4. O instante t' vale em s: a) 420 b) 160 ©) 1932 d) 300 e) 1312 Prof. Eng® Paulo Sérgio 1s II - Um resistor R é colocado no interior de um recipiente de capacidade térmica C, que contém um liquido de massa m, € calor especifico c.. Utilizando-se de um gerador elétrico mantém-se no resistor uma corrente elétrica constante I. Observa-se que 0 liquido tem a sua temperatura incrementada em uma taxa K. (Refere-se as questdes 5, 6 ¢ 7) 1 = 0,8 cal/g °C 3,0A K = 0,089 °C/s 5. © equivalente mecinico do calor J,, determinado experimentalmente, vale em J/cal: ay48 b) 5,2 ©) 4,4 d) 5,0 ©) 4,6 6. Admitindo que o valor verdadeiro do equivalente mecnico do calor é Jy = 4,2 J/cal, entdo a taxa com que 0 sistema perdeu calor para o ambiente externo é em cal/s a)7,2 b) 18,4 c) 1,46 = d) 1,66 ~—e) 25,2 7. O calor recebido pelo liquido no intervalo de tempo de 40 s vale em cal: a) 1139,2 b)2500 c) 1228,2 d)600 —e) 5400 Prof. Eng® Paulo Sérgio 116 II - No experimento do efeito Joule observa-se que a elevago da temperatura no interior do calorimetro dé-se de acordo com a curva 1 (curva experimental). Caso 0 calorimetro fosse ideal, a elevagao da temperatura se daria conforme a curva 2 (curva teérica). DADO: J, /J,= 1,2 , onde Je e Jy representam o equivalente mecénico do calor relativo as curvas 1 © 2, respectivamente. acc) CURVA 2 ‘CURVA 1 o te t(s) Refere-se as questdes 8 ¢ 9 8. A temperatura 0, vale aproximadamente, em °C: a)38,4 41,4) 40,4. d) 42,4) 39,4 Prof. Eng® Paulo Sérgio 7 9. Admitindo-se que a capacidade térmica do conjunto (calorimetro + agua) € C = 150 cal/ °C, ent&o a quantidade de calor Qp perdida para o ambiente externo até a data t. vale aproximadamente, em calorias: a)320b) 450 ¢)260d)400—e) 210 IV - Um resistor é colocado no interior de um recipiente contendo agua. Aplica-se no resistor uma tensio V, através dele circula uma corrente elétrica I. A capacidade térmica do conjunto (recipiente + Agua) é C. O sistema tem a sua temperatura incrementada em uma taxa K. Refere-se as questdes 10, 11 € 12) DADO’ V=45 volts 97,8 cal/ °C I=3A K=0,3°Cls 10. © equivalente mecanico do calor J, obtido experimentalmente vale em J/cal: a) 4,4 b)5,2 ©) 4,6 448 e) 5,0 Prof. Eng® Paulo Sérgio 18 11. O calor recebido pelo conjunto (recipiente + agua) no intervalo de tempo At=60s vale em joules: a) 6200 —b) 3200 =) 2600 = d) 8100 ~—e) 1500 12. © equivalente mecénico do calor verdadeiro vale J, =4,2 Veal : entdo a taxa com que o sistema perde calor para o ambiente externo vale em joules: a) 8,2 b)1,78 —¢) 82 4552 e) 118 13. Um resistor R = 100 € colocado no interior de um liquido, sendo percorrido por uma corrente elétrica I= 2,5A. O equivalente mecnico do calor J = 4,2 J/cal podemos afirmar que no intervalo de tempo At = 300s, 0 calor recebido pelo liquido vale em calorias: DADOS: a) 30420 b) 25625) 70620 d) 44643. —e) 15800 14. Um resistor R é colocado no interior de um calorimetro que contém uma quantidade de égua ma. Ao ser percorrido por uma corrente elétrica I, observa-se uma elevagio de temperatura da Agua @ no decorrer do tempo t, conforme gréfico abaixo. Considerando que a capacidade térmica do calorimetro seja desprezivel, podemos afirmar que 0 Prof. Eng® Paulo Sérgio 19 equivalente mecnico do calor J obtido experimentalmente vale, em joule/cal: DADOS: ma = 200 g; ca = I cal/g°C; 12 ohms; I= 1,0 A occ) 20 15 o 400 t(s) a) 4,60 b)4,80 c)4,20 d)4,00 e)4,50 15. Um resistor € colocado no interior de um recipiente que contém um liquido. A capacidade térmica do conjunto (recipiente + liquido) é C. O resistor recebe poténcia elétrica P. Qual € a taxa de elevagdo de temperatura do liquido? DADOS: CC = 25 cal/ P=210W ‘J =4,2 Jical a) 1,0°C/s B0,2°C/s ¢) 2,0°C/s 4) 0,5°C/s_ e) 1,5°Cis Prof. Eng® Paulo Sérgio 120 16. No experimento de efeito Joule verificou-se que no intervalo de tempo At a 4gua teve uma elevagio de temperatura AQ. A tensio no resistor Ue a corrente €1. A capacidade do conjunto (4gua + recipiente) é C. O equivalente mecanico do calor verdadeiro € Jy, podemos afirmar que a taxa de calor perdido para o ambiente externo vale aproximadamente em cal/s: DADOs: AO =15°C U=10V cal/°C At=2000s I=1,5A Jy=4,2 Veal c = 400 a)0,571 —b) 1,058) 0,893 d)2,372.-—e) 0,762 17. Introduz-se um resistor em um recipiente contendo um liquido. O resistor ao ser percorrido por uma corrente elétrica I, provoca no sistema uma elevagdo de temperatura AO no intervalo de tempo At. Determinar a nova corrente para que o incremento de temperatura passe a ser 2 AQ no intervalo de tempo 3 At: DADOS: I= 6A a) 49 b) 3,0 ©) 1,0 4) 6,0 e) 12 Prof. Eng® Paulo Sérgio 121 18. No experimento de efeito Joule observa-se a variagao da temperatura com o tempo, conforme diagrama anexo. As curvas (1) e (2) correspondem as correntes elétricas Ii ¢ I: A temperatura inicial 7, vale aproximadamente em °C: a)19,8 —b)7,82 ¢) 10,2 d) 15,0 €) 25,2, Prof. Eng® Paulo Sérgio 122 RESPOSTAS DOS TESTES A|B[CI[D[E Bfolec|sfosfenfafesfro|— x u x 12 x 13 x 14 x 15 x 16 | x 17 a 18 | x Prof. Eng? Paulo Sérgio 123

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