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CONSULTA
Em documento encaminhado ao Conselho Regional de Medicina do Paran, a
consulente Dra. E. M. T., Diretora Tcnica da I. S. C. de Misericrdia de Curitiba, formula consulta
nos seguintes termos :
Solicito parecer sobre a entrega de cpia de pronturio mdico de um paciente, solicitado por
uma enfermeira da Vigilncia Sanitria da Secretaria Municipal de Sade de Curitiba. Sem mais para o momento,
renovo protesto de estima e considerao
FUNDAMENTAO E PARECER
O pronturio mdico contm dados especficos e da intimidade de cada doente e,
sabidamente cabe a todos que de direito o manuseiam, manter as informaes nele contidas sob
rigoroso sigilo e guarda. A quebra do sigilo mdico somente passvel de ocorrer por justa causa,
dever legal ou autorizao expressa do paciente ou de seu responsvel (Art. 102 do Cdigo de tica
Mdica).
Na situao inquirida pela consulente, embora esta no a explicite, de se entender
que a solicitao efetuada pela Vigilncia Epidemiolgica diz respeito a doente com patologia e/ou
situaes de notificao compulsria o que, conseqentemente, requer medidas preventivas e
investigativas no s com relao ao doente, mas tambm a toda a comunidade, caracterizando
interesse coletivo e justa causa. Cabe, aqui, elucidativas citaes de dois ilustres jurisconsultos :
Justa causa sempre haver quando a revelao for o nico meio de conjurar perigo atual ou
http://www.portalmedico.org.br/pareceres/CRMPR/pareceres/2008/1939_2008.htm
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23/5/2014
o parecer, s. m. j.
Curitiba, 24 de abril de 2008.
http://www.portalmedico.org.br/pareceres/CRMPR/pareceres/2008/1939_2008.htm
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