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‘A misica de nossoe dias deve: rocesso de P ‘cons ve ‘constitu o Unico agpectoInalteravel de nossa existénca. HL J. Koottreutter Mais um tno de valor a EDHTORA MOVIMENTO DE UMA NOVA ESTETICA DA MUSICA fA LLKOELLREUTIER_TERMINOLOGIA DE UMA NOVA ESTETICA Dre vcveuss eva “cusridon do Picosco evisto ‘chile Moro 1990 Direitos desta edigdo resorvados & Edita Movimenta Fue Banco Ingle, 252 ~ To. (512) 9.76.45 Morro Sena Toros 90240 Porto Alegre ~FS ~ Bras PREFACIO Este 6-um trabalho incompleto. € sempre seré incom- pleto, Pois, em cansequéncia da aceleragdo cientitica, isto 6, 68 rapidez com que evoluem as ciéncias e a tecnologia fem nosso tempo, palavrase termas tecnicos tornam-se capi omante desgastados © inaproveitaves. ’A nova imagem do mundo, resultante de descobertas na ea de fisioa ea reviravola radical do pensamento huma fo, obrigam constantemente & revise profunda o pormeno- fizada da estética da arte e, principalmente, da teminclogia dd queestase serve, Acontece que, tanto alinguagom comum, ‘quanto a terminologia especializaéa tradicional, ose torn: fam Inexatas om relag20 908 novas concellos, ou sé mostram fotelmente inadequadas para a descrigéo da nova realidade attistiea e para a precisa0 com que dover ser analisadas ® avaliadas as obras musicals do passado e do presente, para tus interpretagso » aun apreciacho estética Diante de tal situagdo, inimeros texmos téenicos no servem a0 novo campo de pesquisa @ ivestigardo cientitica, ois tanto as realidades cletificas quanto 8s artisticas ce nosso tempo {ranscenden a légica tradicional. Alm disso, lim consideravel nimero de conceites e termos tecnicos de ciéncias continantes ("Grenzwiesenschatten”), ousoja,clén- fas sem as quale @ arte musical nBo pode ser estudda a fundo, torna-se, cada vaz mais, indlspensével para o estudo lobalizante, ov sea, integral a estética eda leoriamusical Em conseauaeta disso @ de um intenso e continuo inter cetimbio do experiénciae © idélas no mundo intoiro, estética 6 teorla musical requerem, hoje mals que nunca, detinigbes Glaras inequivocas @ sem ambiguidade.€ por isso que estéti= € leoria musical procuram abstrai a linguagem, delim! tando 0 significado dos termos © uniticendo sua estrutura {de acordo com 08 prncipios da logica do pensamento moder fo. O mais consequente pracess0 de abstracdo leva & obra ‘musical propriamente dita, em que a ida € codificaéa por imbolos © em que operagoes,relacionando esses simbolos, sto detinidas rigorosamente ‘Surge uma estética musical nova, a negaySo de qusse todos os conceit eetéticostradicionals. Deseparece, grads tivanente, dualism, constitute fundamental da mdsica cildssica e romantica, ou soja, a opesigéo das contréios, as ‘sim como consoriincia e dlssondncia, tempo forte e {raco, {nica e dominante, melodia e acorde, por exemplo. A explo: ‘apdo do mundo subatémico em nosso tempo esté revelando lima realidade que, treqdentemente, transcend linguagem @ raclocini, levando & uniticagéo de conceitos, que até ent pareciam apostos ¢ Ireconcillavels. Por outre lado, surge um novo rapeettin da signos mus= cals que compresnde ruldos © mesclas, natural e atificial mente procuzides. Revela-se un novo conceito de temp, {que nega 0 conceito de tempo absolut, ito é de un fluxo Constante, invarival e Inaxorével que flu! desde 0 pessaco intinito 20 futuro infinite. © tempo dolxa do sor fator de ordem fisica para tornar-se uma forma de percepe8o. Assim, desaparecem a barra de compass, 0s valores de duracéo fina pulsagto perceptive! e métrica.€ amisica, arte tom= poral por exceléncia, esté em vias de delxar de basear-se incfplos "subjtivo" e “objetivo”, tornando-se “onl- Melodia ¢ harmonia desaparecom. Unidades estruturals, 1s chamadas “gestalten’, ocupam seu lugar. Desaparecem ‘yozese partes 6, com elas, o pentagrema ea direcionalidade de gratia e loltura. A partitura mostra, cada vez mals, 05 ‘chamados "campos sonoros", produtes do uma estética relax tivista cuj0e conceitee fundamentals so 0 Impreciso @ 0 paradoxal, valores complementares de una estrutura musical fetinida @ indetinida a0 mesmo tempo, onde os elementos ocorréncas musicals, analagamente,s80 perceptivelseim- perceptvels, continuos e descontinues. 'A misica atual parece aproximar-se do um todo sonoro Interconectado em que nechuma das partes ¢ mals funde~ ‘mental do que qualquer outra, @ em que as caracteristleas ide cada parte sio doterminadas pelas de todas as outras. Os sons deixam do ser “objotos" distintos, pols sBo ligados estreitamante aoe fenémenas sonoros que of cltcundam. ‘Surge @ concelto do silnclo diferente do da pausatradi= clonal. © espaco "vazio", repleto do sons imperceptvels, 6 tho relevante para a composigéo musical como esse espago 0 6parao quacroea pintura. Sa conscientizapSo do séncto © a 6a vivéncia possbilitam a conexdo da arte musical com ‘mundo dodia a dia. ara a estética relatvista do Impreciso © do paradoxal, a misica se manifesta como proceso do Intorcdmbio © intoragdo entre som e siléncio. De acordo com a nova estética, o som 6 nada mals do {que um felxe de energia,escolhiso e selecionaco pela mente humana naquela parte do universo sonora, acessvel ao ou vi. Na misiea do nosso tempo, aqullo que, para nbs, repre sonta passado, prasente futuro, 6 dado "en bloc. Oouvinte descobre, durante sua avdigSo, novos elementos © novas 2corréncias musicals que, aparentemente, se sucecem uns ‘08 outros, mas em reelidade fazem parte ce um campomulti= dimensional e multidireciona, A obra apresenta-se como um todo dinkmico e indivisivel que necessita de interpretaco, (u see, decouiticagéo, Esta, no entanto, depende de andlise {, forgosamente, de uma linguagem capaz de penetrar no Conteido esplritual, intelectual e emocfonal da obra. , dante deste fato, nfo dveros eequocer que analisar nfo quer dizer descrever e explicar una obra musical, mas sim partcipar {a “inter-ag80" entre 0 mundo sonoro e 0 mundo em que "Aqui devo expressar minha profunda gratidSo a todos ‘0s meus alunos e aisfpulos que contrbutram para realizas ‘o deste trabalno, por enriquecedoras discussbes ¢objegdes fn torno da eetética da teorla musical, ampliando racioci- ‘los reflexes © compartlhando generosamente comigo ves idsiase ocusos. Eno oles, estacam-se Claudia Rice! telli e Ayrton Pacca Fatoroll. € a eles, representantes do Uma nova geragdo de um novo modo de pensar e sentir, {que devo uma grande parte deste trabalho. Agradego & Ora. Litiane Assat e a Bemadete Zagonel seus valiosos conselhes. ‘20 meu amigo e aluno Antonio Carlos Cunha sua colaboracto, ‘assim como, & Editora Movimento, oespapo para apublicaséo {de um trabaino experimgntal w eontvoverso. ‘Agradepo a mou amigo, aluno e assistente Sérgio izettt aque, datante todos 08 anos em que trabalnel nest liveo, me Otereceu inestimavels conselhse crticas. Suas discussoes foram extremamente estimulantes © esclarecadoras ara mim, tornando-se parte essencial de minha vida. Ht Koellreater 1986 itaoougAo Este llvro apresenta os “tijolos” indlspensdveis para a construgdo de uma estética relativista. do-Impreciso e do paradoxal, a meu ver, apropriada, de um lado, para ctlagéo {de uma linguagom de s@rs que corresponda & vis do mundo, fevelado pela ciéncia moderna, e, de outro, paraa elaborarao e uma linguagem musical, ue possa permitir a criagdo ce lum estilo novo, de cunho nacional (ndo nacionalistl), nde pendente dos padrées da musica européia, misica essa cvjos ‘valores cortespondem ao nivel da consciéncia e do deserve! vienento social das culturas emergentes do Tercoire Mundo da cultura brasileira, om particular ‘Trata-se do um glossério interdisciplinar do concoltos «@ termes t@enicos, que deverto ser desenvolvidos,debaticos ‘2 questionads pelos letores; pois a construgao de un mundo nove nfo sera a tareta do um ser humano $8, mas sim de toda a comunidade humans, A linguagem musical de nosso tempo no poders ser uma espécle 0 qual a composizao se manifesta, tendo como elementos bésicos a repeti¢ée, 0 Contraste ¢ a variagéo. Aspecto final da estruturacéo. ‘forma detine a obra musical, como, por exemplo: sona- ta, Balada, rondé, ote. Forma disewsiva Procede de manelra causal, doduzindo (ver) as ocor clas musicals como consequéncias légleas de outras. Tem ‘sua origem no pensamento raclonal (\riangular = tese, “ntitesee sintese) 0 qual caracteriza a fase raclonalista da historia da humanidade. Sua estruturacdo 6 predomi- nentemente simética, perlédica (quadratura do compas 50). Tem como catacteristicas estruturas o deseavoli ‘mento dos signes musicals por teragdo (ver). Os contré- Flos s&0 cpostas se excluem mutuamente (dualism). 18 sensagio da unidade formal resulta de un processo fanalitico-racional qu lava’ sintese. Sugere umapercep- (fo analtico-ciscermente, acentuadamente prospective, een: sonata, sinfonia, concert, etc. Ex: (27. Forma pottca Procede de maneira nfo causal, derivando (ver) un signe musical de outro, Tem origem no pensamento pré-racio- halista (circular). Sua estruturacdo 6 dessimétrica, no periddica, Tem como caracterlstlcas estruturals 8 orde- rhacdo e a dleposigio dos signos através do processo de ‘cjungo (ver. Os contrérios so complerentares. A sen- ‘sagdo da unidade Tormel 6 imanente ao todo, que & ponto se nantemente retrospective, pix. canto gregorlano, 6rga- no, ete. Ex: (20). Forma sinerbica Procede de maneira acausal, associando elamontos apa rentemente aistintos. Tem origem no pensamenteatraclo- ‘al (paradoxal, esférico). Sua estruturagso 6 assimétrice, ‘aperi6diea, Tem como caracteristicas estruturals a mus danca permanente dos signos musicals por varlagéo, transtormacdo, rotagéo, isto 6, sotre processo de meta ‘morfose, tendendo & forage de campos limitados, to- ‘mados isoladamente em relaco @ outros. Os contrérlos tundem-se numa multipticidade Wimitada de signos musi- cals. A sensagéo da unidade formal resulta de um proces: 80 Integrador (sinérese). Requor percopsdo sistética, p. ‘ex: algunas formas musicals de Boulez, Ligeti e Pende- reckl, Ex. (29. Fregmético (do grego phtegma = voz, palavra, canto). Relative a0 su musical produzldo por moles vocals. Fungo Relagio de uma parte com 0 todo. Grandeza suscetivel e variagdo, cvjo valor depence do valor de uma outra. Na harmon fung80 6 a propriedade de um determinado ‘corde, cujo valor exprossivo depende da relagio com (0s domals acordes da estrutura harmonica, Esta 6 deter~ minada pelas relagées de todes 0s acordes com um centro tonal, a tOnlea. O sentido da fungéo resulta do context, consclente ou inconsciente, de fatores musical, antoce- so ontes e consecdentes, © oscita entre epouso (tonica) © movimento (aubdom ‘mento ¢ dominante = aproximacéo). mo Exemplo 26 , Pendereck, “Andis eens | a sin ne a? Exempla 27 a Mozart, Sonata em Dé-maior para pianos WSS SONATA, Pierre Boulez: Exempio 29 trutures p/2 planes (1952) . | Gestalt (Memo; plural = gestaten) (0 terme gestale nfo possul na lingua portuguesa, tradus8o fo Ine db sentido exate, Contudo, por aproximaco, pode Ser entendldo como contiguragdo: conjunto de pants, Ik fins, sons ou outros signs que tendem aserom percebicos vie medino como um todo (= unidade estrutural. Ex: (90) Gestalismo (vor estruuralis) ‘Nao ouvimas partes ieoladas, mas relacde, ito 6, una pe fue 6 0 resultado de uma sensagéo alot insepardvels do todo @ sto outra cosa, ve - mas, fora desse tooo, As forgas ésicas que roger O processo Interne da percepgso s80 as de unitlcagéo ¢ resco segregazéo. As forgas do uniicagéo ov coesBo ag@ Be ntave ua Igualdede. de eetimulos (elementos con juntivos). re torees de segregagio agam om virtude da desigualdade Ge estimules (elementos cisjuntivos) © gestaltism cistingue 5 leis bésicas: 4) bel da prosimidade? elementos préximos uns dos outros tender a ser percebidos juntos, Isto é 2 constitulr gestaten, Ex (15 2) el da semelnanca: a igualdade de aparéncia, timbre ‘ou sone, tondom a constitu gestalen au unidades @3 truturals. Ex: 2); 6s percepgto dlrige-se espontanca~ Exemplo 20, 8) Let da. conclusto: @ todos coneluldos. Ex! (93); mente para.a rdenacto do ‘yal da seqiéncla ai boa continuldade: toss unade Iibar (sucesso de stones musicals) tond peeolosica ase prolengar na masma cero, order com . ‘S mesmo movimento. Ex: (4); MUSICA, scare enperinelt elemantos qv, do acordo com @ 4 ere nenca, tormamum todo tendem a constr mane n iestalten. Ex: (29) Gtobalizane ‘ave percebe,assimila, apreende por iter Grevtosio Forge atrativa ave universo. focorre entre todas as particu 60 Gravtons Na Fisica moderna parfculas desprovidas de massa, a ! era gatectadas experimentalmente, que atuar na it teragies yravitacioncic. Grupo de sons parupamento nfo ireclonal de son, cuos elements nia sarepecm a uma ordem periéaiea © que pode Ser perce” ido como um todo. Ex. (98) 6 ° i f il if ‘A. Webern, Exemplo 24 TANKAY Exemplo 35 |A. Weber, Varlagdes para piano, opus 27 Harmonia 1) Concatenagio de acordes segundo os principio da to- nalidage (ver tautofonia) 2) Disposigdo regular, coorente proporeionada entre as Partos de um todo. Hedonismo Corrente estética que considera o prazer, 0 divertimento ® ventretenimento do consumidor de arte, como principal objetive, Heterofonia Varlagées rfimico-molécicas que acompanham una me- lodia ou linha metédica preservando @ maior parte dos lementos caracteristlees da mesma, Ex: (37). Hotitco (Go grego h6to inteiro, completo). Relatvo ao tod, Holograma Espcle de fotogratia transparente,flta através de vaio laser. Nele, a imagem nio é bidimensional como na foto ‘normal, mas tridimensional. O holograma tem a propre dade do preservar 0 todo de imagem em cade uma d° ™ suas partes. Assim 6 que, "se qualquer pedago do hologra~ ‘ma for lluminado,retletir a imagem por intero, embora ‘com menes detalhes que 0 holograma completo”. (Fritjot Capra) Holomovinento Nia tfsiea moderna, fendmeno éindmico gorator de todas as formas ¢ ocorréncias do universo material. Homeostase Estado de equlforio entre os elementos estruturals da forma musical, Exemplo 37 Beethoven, “Missa Solene” toe tm vente Ss be = Tambo ‘Na misica, um dos seis modos rtmices usados na dade Mécia, composto de uma nota breve e outra longa (ver toques). foone ‘Signo que aprosenta relapto de semelhanga ou analogia com o retorente, px.: Beethoven, 6: Sinfonia "Pastoral" 2 movimento, compasso 128 (vozes de rouxinl, codorniz ® cuco); Villa-Lobos; “O Trenzinho Calplra”, Hermeto Idioma musical Linguagem musical especitia. Na musica ocidental,cis- tinguem-se, hoje, & soguines idiamas: modal, ona, ato- hal © elemental deol, Conjunto de convicg6es e convongdesfiloséficas, st6t!- as, cultural, religasas,jurdicas, soclaise politica. Improvisagao Realizagéo musical que delxa margem a Interteréncias ‘ue no estBo pré-determinadas. 76 Individuallsmo ‘Tendinciafilosdtica que sustenta a supremacia do Inaivi= ‘ual sobre 0 coletvo (comunisace). Inereme (Que, por natureza, est Inseparavelmenteligado a alguna Informacto 1) Transmisso de algo novo e desconhecido: 2) Qualidade que surge do grau de imprevisibiicade de signos e ocorréncias musicals. € responsével pea or Ginalidado da obra musical. Corresponde as conceltos e surpresa, novidade @ Improbablidade, (ver redun- inci). Informagio estilstica Elementes noves ¢ desconhcldos que caracterizam um 17 fost reser saeas Seqiéncla Reprodugto subsaqdente de um motivo melédico rtmico ou hamden aos ato a long om erent pase ‘escala (progresséo). Ex.: (56). ae Serialismo ‘Tecnica de estruturacso musical, Maneira de estruturar composi¢ao baseando-se na ordenacto serial de varios tu ator on parte mare (serialismo Integral). Mwai om bra Série Sucasto determinate lnitags de eaentes do un Parmer, ue forman um conjunto. Ex: (57), Shrat(Sinacris) "Na misica da Ina Na msn nda sons mentes ave un sniton (ni ql loca entre 08 sone do modo (4,3 00 2 shrutl entre 2 sons) 6 Behl or 3) © que caracterlzam oe intervalos Signo 1)Sinal qu se retoroa alguna cis fora 2) Na mésica distinguem-se trés tipos de ira anes 8) Signo simples: tom, ruldo, mescla; ae ')Signo comptexo constituido de varios sons simult eos, Ex.: simultandide, acorde, etc. ae ‘Signo composto: que consist em mais do um signo simples ou conplexa, formando um todo gestdtica, En: motivo, inciso,eblula, cadéncla (ver dimenso). sypressto, Recureo que tende a causer tens8o, ‘om conseqoéncla de expectativa, Néo se restringo @x- Clusivemente & auséacla de som. A Estética moserna ‘Gbandone a distingdo tradicional entre som e siféncio, ‘Endo que o som néo pode ser separado do espao "Va io" 6o silencio em quo ocorre (ver pause. 2) Sensagdo causaca por monotoia nace alto de redun- Sancia, roveroeragao, simplicidade, austeridade, dell= Simbolo (Go grego symbalein; syn = com, juntamonte; bain = ting, lengar, colocat). Signo que coincide com 0 ob|ete sere representado. Um simbolo 6, portanto, mals que vin signo, jd que nele esto latentes duas possbitidades ar interpretaedo: visto racionalmente,osimbolo 6 contfa- Bato ao objeto representado, visto psiqulcament,skbe- foe objeto formam umn todo. Simulranide ‘Bloco sonora resultante da emissio simultanea de trés fs male sone de alturas diferentes e que néo podem ser Sedonadcs exclusivamente om tergas sobrepostas, cero Shore nos acordes. Ex: dbntébeldest; db-mirsl; mites sier6. 9 Sinal Melo de transmise do & aistanca, portador de informapbes «2 de signos. Sinergia 1) Agdo stmultdnea em comum; 2) Ato ou esforgo simulténeo ce diversos 6rgos na reall zagdo de uma funsSo. Sinérese (do 91090 sinalreo ries elementos) juntar, agrupar, uni, integrar 1) Resultado de um processo de pereeppdo arraclensl que ‘ausa a sensagao de unidade integrando os elementos fm um todo; 2} Sensacdo de unidade causada por um processo alégico ‘de relacionamento dos signos musicals; integrags0 de \étigs elementos por todos 08 lads e 20 mesmo tempo. Sintaxe Conjunto das relagSes estruturls que se estabelecem en- tre os signos musicals; relagGes harmonicas, contra Heticas, melédicas,elimicas, ete. Sintese 1) Resultado de um processo de percepe8o racional ave procede de um elemento & outro, do simples ao com plexo; 2)Seneagéo de unidade que parte da elaboragdo de tose fe antitese, resultando num concelto formal mais abran Gente, Ex: forma-sonata, 120 Sintagma Fusdo do elementos minimos numa unidade superior. Stotase Processo perceptive que resne, junta, unitica partes em tivo que rene, junta unit ca partes un todo. A sistase ndo causa, mas intepra algo. Ex: (66 Sistema etberntico Dlspsicto dos elements do um toda cue furelona dna utamente camo esttura organiza que tones um Som Tudo 6 que soa. Ex.: tom, ruldo, mescla, Som mévet ‘Som produzido por movimento continuo, Ex. trémul nado, estregar, raspar, sacudir, we Sondncia Som qu se extiravelntanent Sen lanente, 0a devo a crater sles do instrument (rato ov gone) a por ast !agdo (arcada, respiragao), = Sonido (© mesmo que som, Subjetvo Relativo a0 sujelto; 0 que se Sia 0 culate: © au se passa oxluivarente no Subst Exemplo 54 1) Parte material de algo; 2} conjunto das earactor(sticas especitices, ou sea @ lidade da composi. [Atraso na resolugdo da dominante Swett Na Fuga, parte nicl, ndividuallzada, de uma tisha mol6- lea, a ser imitada om outea vor. Ex.: (59) Superetrutura Na sociologia,cenjunto das ideotogiasceligloses, los6- fleas, polticas, estéticas, etisticas, et. Sistema de relagoes cultural, visando & manutengo do Slstema de comunicagda Inter-humana, na base do este- Delecimento de valores’ esprituals, intelectuis e i400 Iogheos. Example 85 Supersigno CConfiguragdo que resulta da unio de varios signes musi Ccadéncia de engano tal, simples, compostos © ou complexos (ver major}. TT ato we 123 Exemplo 58 4. 8. Bach, Chacona da partita nt 2 para vielino solo 124 exemple 57 Diver Messiaen, “Modo de valores e intensidedes” ye tet A 125 Example 8 [A Webern, Varlagées p/piano, opus 27 - Ml Exempla 59 4.8. Bach, “A arte da fuga” taped 17 Tata (Sanscrito) ‘Na masica da India, ritmo ou ciclo de valores de curagto ‘2 acentos métricos, correspondente ao cencelta de com- paseo da misiea ocidental Tauerono ‘ve ocorre a0 mesmo tempo (simultéinen) Tautofonia ConcatenagSo de signos sonoros simulténecs, indepen Gente dos prinepiae tracicionals da harmonia, Ex.: G. Ligat, “Lontano". +) Douttina que considera mundo como um sistema de relagdes entre mes e fins: 2) Estudo da tnalidade, Tena Supersigno individualizado que se destaca no decorrer sda composi; elemento bésico, gerador da maioria dos teamponentes da compesi¢éo musical tracicional(cléssica € romantica), Distinguer-se 4 tips de tema: 1)Tema basco Constitido de um perfec, dvicido em 2 semiperfogas 128 siméteicos @ correspondentes em comprimento, forma f posigdo relativa de partes. Ex: (60); 2)Tema evolutvo ‘Constituido de un perlodo dlrecionado, ascondente ou escendontemente, a um ponto de gravidade, destecho fu allman. Ex: (61): 2)Tema antltico Constitlde Ge um perfod, dvidido em 2 semiperfodos (que expressam idélas de carSter oposto. Ex: (62), 4) Tema concéntrico Constivldo de 2 semiperfodes que estdo.em lads 0908 tos de um contro comun. Ex: (68) Tensio Fase de interceptago interina de um estado psfquicopre- Cedonte, om que se faz sentir a necessidade 60 afrour xamento. Estado pstquico transitrio, causado, por exemplo, pela ‘ontraposigdo do duas tendéncias opostas; pela rlaidez ‘om certae partes da composicSo; pela grande aplicacto fu concentragao de elementes; por movimento mel6cico Teoria da informagao arte da clbernética (vet) quo estuda aparecimento, Consorvacdo, eodificagéo, tranformagaoe interpretacSo fe Informagies, assim camo a estrutura estatfstica das ‘meemas, evando em consideragso significado, osentido a expresso do sistema Informacional Terminologia Conjunto dos termos prépries do uma arte ou cléncia Detinigéo e conceituagdo de termes. 129 Tesis (rego « ato de pr. Indie acentuago tOnlea, Todo 4) Conjunto de elementos organlzadns de acordo com 1 frncipo sblido do rolagbee e iterrolardos, O tee rad civsivel e nfo pode ser composto de partes dey Tw Pode ser considerado como estrutura na qual rouse a Rarmonia absoluta dos elementos: 2) Sewage que resulta de um alt grav de concatenaso e elementos. Tom 1)80m com altura determines! 2 Rtorvato de 2 maior, fmado por dls semitone 3) Mutegdo de todos os clorentos da estrutura harman Fale oniea, sua subdominante @ sua dominant Ex: tom de R6 Maior Principio de estrturagdo musical ue Prine gam um centro de convergéncia denominado to laciona 0s signos oval cromatico ‘Ocorvénclas musicais que apresentam integralmente 08 Peers Ga esvala eremétlca, sem utlizagdo da eetrutur agi dodecaténice. Toalidade Conjunto de partes que causa a aparéncia de um Lode 190 Transformasto Prooesso que dé nova forma, feigdo ou caréter a0 tigno frusteal; que o torna diferente do que era; que o submet Tum processo de metamortose (mudanga de forma, trutura). Trion Na Idade Média, formava a conjunto das tts artes ibe- tals: gramtica, reérica e dalétics (ver Quadrivise)- Tropo 1) Igual & metélors 2} Ampiagso metismatica do Canto Gregorian Ex. (64) Troquen ‘Na misica, um dos sels mados rftmicas wsados na Idade Média, composto 6 uma rota longa e outra breve (ver Tambo). 131 Example 6 Mozart, Sinfonia em Dé-malor, “Jipiter’; KV.S51 Exemplo 62 Exemplo 6 Example 61 4. 8. Bach, "0 cravo bem tomperads” vol. Beethoven, Sinfonia re 1, opus 21, 1¢ movimento ‘tuga em Dé-maior(sujelto) 192 139 Unidade 1) € aparte que, em relago a um conjunto maior, forma, por ai 96, um todo (ver Unidade estraturalls 2) Sensacdo que resulta da coordenagBo edo interelacior Tpamonto dos constitutes da obra musical. Unidade estraural (= gestalt) ‘Conjunto formado por ponte, inhas sonoras, ruldos, mes Cas ov outros signas musicals, percebido de imediato Co- fo um todo. Tende & multiirecionaidade (ver) Universal ‘Que 6 adaptével ou ajustavel, de modo a atender dite- Fontes necessidades uo ulizagSo- Valor Importéncia da contribulgdo da obra de arte em functo do meio soclal a que se destine. Veriagto Processo de moditicar um ou varios elementos cont- tuintes do um signo musical composto, de um motivo ou toma (duragéo, altura, istanciasintervalares, proporGbes temporais) conservando, ao mesmo tempo, outros. 135, UOGRAFIA eM, te fo repeat, oh 0 a Anne Ste, cnet hn, Ova ec, Winy 8 Set Now Ye 18 ise ir arc Ot br rt Boece mes © gate, Ate, Ro Sno, Bobet time. 193. Bae ect nets de ar Har, inn, EeaeeNei fro, Pcie pee ate. 2, Mo 66a ‘GUILLAUME, Pac te prt dee forma. Arges, saree Als 137. Sesonar ar, Pcs des anES bees, Some Sema, So 7 ‘op Po of a os 8 Rr ra So"se ao nmin Eaton Avert, Urano Sle RS te as oe Set mtn ee TEES neo. nesta wg hr rt ae hay of sR ovo BIteNAM AUREUO, Hove Frnt, 208. 7 ORE i a nce Apron hea rs seca SEERA Sear TR me on SCH6EREL, Date Mf, Mah oe Lm. M.D Sem, Ki, aan ou me et Sa or sn mh Ye ee nee am, te ra 198 cCOLEGAO Luis CosME Saeco ‘i i mae ‘nti eit 1 Aeomeeniio mu stoke n « er ape rep nhc age So prancing tee etm cenit eioge erra rtic mie EDITORA MOvIMENTO

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