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para a modificabilidade cognitiva
Índice
Introdução . 3
Conclusão .... 44
Bibliografia . 46
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A linguagem (oral e escrita) em crianças do 1º ciclo: contributos para a modificabilidade cognitiva
Introdução
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A sociedade do futuro, uma sociedade cada vez mais virada para a aprendizagem,
para as tecnologias de informação e para a acelerada divulgação de conhecimentos
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científicos, não pode limitar-se a uma escola baseada na transmissão directa e pura de
conteúdos e de soluções específicas, mas deverá orientar-se para o desenvolvimento do
indivíduo em todas as suas manifestações, para o acesso à cultura geral e neste sentido a
educabilidade cognitiva é uma abordagem extremamente potente para atingir estes
objectivos de forma integrada, na medida em que fornece os pré-requisitos, as ferramentas,
as destrezas e as competências cognitivas fundamentais de processamento de informação e
de interpretação da realidade, necessárias para aprendizagens posteriores.
O futuro da humanidade só pode materializar-se numa capacidade de aprender a
aprender.
Segundo o autor, o cérebro opera como um órgão total dinâmico onde algumas
áreas participam mais activamente do que outras, quando estão em jogo funções mais
complexas da linguagem, como é o caso da leitura ou da escrita. De uma globalidade
dinâmica emerge uma especificidade, ou seja, resultam funções que dependem mais
directamente de áreas corticais localizadas. Por exemplo, se a área de Wernicke (córtex
temporal posterior) for lesada num adulto no seu hemisfério dominante, é quase certo que
surgirá uma redução na sua capacidade de compreensão e utilização da linguagem.
Portanto, o cérebro está estruturado em áreas especializadas e em áreas difusas que regulam
e controlam diferentes aspectos do comportamento.
cerebrais, por doenças neurodegenerativas, seja ainda por lesões bilaterais congénitas, por
traumas, etc., que podem ter ocorrido no período pré-natal, no processo do nascimento ou
durante o desenvolvimento.
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Evidentemente que os dois hemisférios interagem entre si. Sperry (1968), cit.
Fonseca (1999), demonstrou que o hemisfério direito está apto a compreender informações
verbais e não verbais, embora impossibilitado de as expressar verbalmente. Sabe-se
igualmente que os dois hemisférios sofrem processos de maturação diferenciados, primeiro
o hemisfério direito, depois o hemisfério esquerdo. Vallet (1980), cit. Fonseca (1999), foca
que essa diferença é pouco significativa até aos cinco/seis anos (entrada para a escola), mas
assume uma especialização acelerada a partir desta idade. Neste bloco situam-se as funções
de codificação, armazenamento e integração da informação sensorial (visual, auditiva e
tactiloquinestésica) e perceptiva, ou seja, o processamento dos estímulos.
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Bruner, 1963 (cit. Sutherland, 1996; Sousa, 1993; Fonseca, 1998; Cruz, 1999),
sugeriu uma abordagem dinâmica. Desde o princípio que a criança é activa na procura de
regularidades no mundo, sendo o seu comportamento guiado pela prontidão activa de
meios-fins e pela descoberta. Defende a aceleração do desenvolvimento das crianças com
problemas de aprendizagem, apelando à relevância de brincar e da linguagem. A criança
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Ausubel, 1980 (cit. Sousa, 1993; Fonseca, 1998; Cruz, 1999), desenvolve a ideia de
assimilação-aprendizagem de estruturas conceptuais. A acção educativa deve visar o
reconhecimento de conceitos iniciais relevantes já estabelecidos na mente do aluno e
estabelecer as necessárias relações entre o que é ensinado e o que é conhecido. Defende que
a acção do aluno é determinante na organização e estruturação do seu próprio
conhecimento. Segundo Sutherland (1996), a principal proposição é que a criança forma a
sua própria versão da realidade a partir das suas próprias experiências que lhe são
peculiares. É esta forma que depois utiliza para lidar com qualquer experiência nova
naquele campo. O processo de construção do seu próprio conhecimento é activo, fá-lo
formando novas relações entre as ideias que já possui e incorpora nestas novos dados de
informações. Visto que a criança toma decisões por si própria, em vez de seguir os
conselhos do professor, é difícil prever-se o que irá aprender. Apela ao professor para
modificar a linguagem técnica do tema e apresentar aos alunos apenas aquilo com que eles
podem lidar.
Haywood, 1992 (cit. Fonseca, 1998; Cruz, 1999), apresenta uma visão
transaccional da inteligência. A natureza e o desenvolvimento da inteligência é
transaccional. A eficácia para pensar e aprender é perspectivada como derivando de duas
condições, ambas indispensáveis e que são a habilidade natural ou inata (de base genética),
denominada "inteligência" e os processos (aprendido com base na inteligência) de
percepção, aprendizagem, pensamento e resolução de problema.
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adulto, idoso) que se educa, forma ou treina, é modificável (papel da crença e do optimismo
sobre o indivíduo). O ser humano na sua essência é capaz de produzir mudança (papel do
sentimento de competência). O mediador deve ser um agente de mudança (papel da
intencionalidade e do investimento motivacional). Todo o envolvimento social (família, es-
cola, fábrica, empresa, etc.) pode ser modificado (papel da sociedade no desenvolvimento
do indivíduo). Em sua opinião, pode-se aprender a ser inteligente, uma vez que admite que
a inteligência não é inata. A mediação humana é essencial ao desenvolvimento da
inteligência e da aprendizagem, o que nos remete para o papel central do professor como
mediador e da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo.
(aptidão para reter material visual no cérebro); aptidão numérica (aptidão para manipular
números de acordo com determinadas regras).
2.3 - A neuropsicologica
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3.1 A fonologia
Segundo vários autores (Williams, 1984; Wagner & Torgesen, 1987; Adams, 1994),
cit. Viana (1998), existe um valor preditivo e fortes correlações entre a consciência
fonológica e a aprendizagem da leitura. Quando a capacidade de análise fonológica existe
precocemente (antes do ensino formal), será um bom preditor da aprendizagem da leitura
(Bradley & Bryant, 1985; Juel, 1988; Liberman, 1973; Tunmer & Nesdale, 1985), cit.
Viana (1998). Estes dados parecem sugerir que, mais do que uma simples capacidade de
segmentar palavras e sílabas no discurso, uma capacidade de análise fonológica facilitaria a
aprendizagem da leitura. Mas, será possível desenvolver esta capacidade? Viana (1998)
refere autores (Tornéus, 1984); Bradley & Bryant, 1983, 1985; Lundberg et at., 1988; Cun-
ningham, 1990; Ball & Blachman, 1991) que, pelos estudos realizados, concluem que a
consciência fonológica pode ser treinada, que possui um efeito facilitador no
desenvolvimento inicial da leitura e que o efeito do treino é maior nas crianças que, à
partida, possuem níveis de segmentação mais baixos.
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Ler é o processo que nos permite extrair informação de material escrito, isto é,
(re)construir o significado da mensagem que alguém codificou em sinais gráficos, enquanto
escrever é traduzir uma mensagem oral em forma gráfica. O acesso à linguagem oral é
universal e não carece de ensino, mas a mestria da escrita, pelo contrário, requer ser
ensinada, não estando, portanto, ao alcance de todos. Dominar a vertente escrita da língua
significa ser capaz de ler e de escrever. Qualquer que seja o método de iniciação à leitura, a
criança terá que ser capaz de identificar unidades do discurso oral, localizar as fronteiras
dessas unidades, segmentar palavras em sílabas e estas em fonemas a que, na escrita, vão
corresponder grafemas. Por sua vez, compreender e produzir um texto escrito exige a
capacidade de clarificar ambiguidades, manipular conscientemente as relações semânticas e
o conhecimento sintáctico (Sim-Sim, 1998).
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consciente ao fonema depende do treino e experiência neste domínio. O grande factor que
parece influenciar a capacidade de isolar fonemas é a aprendizagem da leitura.
3.2 A sintaxe
3.3 A semântica
partilham propriedades comuns e, por isso, se relacionam entre si. Portanto, o conceito diz
respeito a representações mentais do real e é um produto da categorização. Categorização, é
o processo através do qual o ser humano determina que entidades podem ser tratadas como
equivalentes (Siegler, 1986), cit. Sim-Sim (1998).
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convenção arbitrária que os falantes de uma determinada língua partilham uma palavra
específica para se referirem a um determinado conceito ou entidade, neste caso, a rosa.
Um dos princípios que parece reger a aquisição lexical é, segundo Clark (1987), cit.
Sim-Sim (1998), o princípio de contraste, ou seja, qualquer diferença na forma gera
diferença no significado. Assim, perante uma palavra nova, o falante reconhece-lhe um
significado diferente das palavras conhecidas. Ao confrontar-se com sinónimos, a criança
opta pelo vocábulo conhecido e rejeita o novo. Ainda pelo mesmo princípio, a criança
inventa palavras para preencher lacunas lexicais (p. exp.: uveira para designar vinha,
biciclista para ciclista). A aquisição de novos vocábulos ocorre durante a participação
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para bebermos ).
3.4 A pragmática
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Cada aluno se sinta responsável pela sua aprendizagem e pelo seu contributo para o
desempenho do grupo;
Johnson e Johnson (1989), cit. Morgado (2004), com base em estudos comparativos
entre modelos de aprendizagem em cooperação e modelos de aprendizagem individual,
afirmam que os alunos envolvidos em experiências de cooperação obtêm melhores
resultados, aumentam a sua auto-estima e estabelecem melhores níveis de relacionamento
com os pares. Segundo Wang et al. (1993) e Wang (1995), cit. Morgado (2004), o ensino
em cooperação, baseado na interacção entre alunos e entre alunos e professor, permite de
forma mais eficiente a introdução de mecanismos de ajustamento no processo de
ensino/aprendizagem. Estudos realizados por Mortimore et al. (1988), cit. Morgado (2004),
mostraram também que, quando se solicita aos alunos o envolvimento em tarefas realizadas
de forma autónoma, menos dependente do professor, introduzem-se benefícios quer em
termos cognitivos, quer ao nível do funcionamento sócio-afectivo. A utilização regular de
dispositivos de cooperação estimula nos alunos o desenvolvimento de atitudes de interajuda
e, ao mobilizar o recurso a padrões de interacção verbal, desenvolve competências de
comunicação (Spillman, 1991), cit. Morgado (2004).
Webb & Vulliamy (1996), cit. Morgado (2004), enunciam também um conjunto de
vantagens decorrentes da utilização regular de trabalho em cooperação:
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Trabalho a par - existem muitas situações em que o trabalho a par será um recurso
interessante e com grandes possibi1idadesde de ser bem-sucedido. Os pares podem
trabalhar conjuntamente em tarefas e problemas ou desenvolver modelos de tutoria.
O trabalho a par pode ser uma boa abordagem e iniciação ao trabalho de grupo em
cooperação. O trabalho a par potencia formas de auto e heteroregulação de
importância central nos processos de desenvolvimento e aprendizagem.
Atenção
Tomar consciência do que exige a tarefa para atender ao que é relevante e recordar;
Aquisição de conhecimentos
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Personalização e controlo
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Controlar a impulsividade;
Recuperação
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Transferência
Avaliação
Conhecimento
dos objectivos que se pretendem com ela. Ter consciência da sua amplitude, do
nível de dificuldade, das semelhanças com as actividades realizadas anteriormente,
do tipo de processamento cognitivo e dos recursos que requerem;
Regulação
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Conclusão
A sociedade do futuro, uma sociedade cada vez mais virada para a aprendizagem,
para as tecnologias de informação e para a acelerada divulgação de conhecimentos
científicos, não pode limitar-se a uma escola baseada na transmissão directa e pura de
conteúdos e de soluções específicas, mas deverá orientar-se para o desenvolvimento do
indivíduo em todas as suas manifestações, para o acesso à cultura geral e, neste sentido, a
educabilidade cognitiva é uma abordagem extremamente potente para atingir estes
objectivos de forma integrada, na medida em que fornece as ferramentas, as destrezas e as
competências cognitivas fundamentais de processamento de informação e de interpretação
da realidade, necessárias para as aprendizagens posteriores.
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Bibliografia
Amaral, I & Kay, E.S. (2000). Perturbações da linguagem (texto policopiado). Braga, UM.
Cruz, V. & Fonseca, V. (2002). Educação Cognitiva e Aprendizagem. Porto, Porto Editora.
Dolle, J.-M. & Bellano, D. (1993). As Crianças que não Aprendem diagnóstico e
remediação. Lisboa, Instituto Piaget.
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Ramos, A. & Teles, R. (2007). Meios e materiais de ensino (texto policopiado). Porto,
ESE/IPP.
Román, J-M. & Gallego, S. (1994). Escala de Estrategias de Aprendizaje ACRA. Madrid,
TEA
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