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Estudo das adaptações físicas, fisiológicas e psicológicas provocadas pelos exer

cícios físicos nos


pacientes com insuficiência renal crônica.

A doença renal crônica tem repercussões em diversos sistemas orgânicos com conse
quente redução da expectativa e qualidade de vida dos pacientes. Abordagens tera
pêuticas, como o exercício físico, poderiam agir positivamente sobre a condição
física, metabólica e mental dos pacientes. O objetivo da presente pesquisa é ava
liar as adaptações funcionais, fisiológicas e psicológicas provocadas pelos exer
cícios físicos nos pacientes com insuficiência renal crônica, contribuindo dessa
forma para a criação de intervenções não medicamentosas de baixo custo aplicáve
is ao SUS e para a formação de recursos humanos para o trabalho em saúde e para
o desenvolvimento de pesquisa de qualidade na área de exercício físico e saúde n
o estado de Mato Grosso. A população do estudo será de pacientes submetidos á he
modiálise e atendidos no INEMAT de Cuiabá (MT). Serão levantadas questões relati
vas ao perfil demográfico, sócio econômico e clínico dos pacientes e determinado
nível de atividade física, ingestão alimentar, nível de stress, qualidade de vi
da e sintomas musculares por meio de questionários específicos. A avaliação dos
marcadores do stress oxidativo, da síndrome metabólica, da composição corporal (
para diagnóstico de sarcopenia, osteopenia e osteoporose), além dos testes de qu
alidade de vida, stress, sintomas musculares e capacidade funcional dos paciente
s serão realizados antes e após o período de intervenção (3 meses). Espera-se qu
e o programa de exercícios seja capaz de atenuar sinais e sintomas da síndrome u
rêmica e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Os resultados do estudo pod
erão nortear a criação de estratégias de promoção da saúde que sejam de baixo cu
sto, fácil aplicabilidade e implantação, beneficiado desse modo setores públicos
e privados da saúde e a sociedade em geral.
Coordenadora: Profª Drª Christianne de Faria Coelho
Postado por LAFIME às 16:35 0 comentários Uma pesquisa da Escola de Educação Fís
ica e Esporte (EEFE) da USP constatou que a função renal de diabéticos do tipo 2
ficou mais eficiente durante a prática regular de exercícios físicos quando ass
ociada ao suplemento alimentar creatina. O trabalho acompanhou 60 homens e mulhe
res, entre 25 e 35 anos, com diabetes do tipo 2.
Sob a orientação do professor Antonio Herbert Lancha Junior, a tese de doutorado
, Efeitos da suplementação de creatina e treinamento aeróbio no controle metaból
ico e função renal de diabéticos do tipo 2, de autoria de Bruno Gualano, teve or
igem no projeto de iniciação científica realizado de 2003 a 2006, época em que o
s pesquisadores investigaram os efeitos da suplementação de creatina na sensibil
idade à insulina em cerca de 20 voluntários saudáveis e sedentários submetidos a
treinamento aeróbio.
Benefícios da creatina
De acordo com Lancha Júnior, a creatina ajuda a fornecer a energia responsável p
elo movimento dos nossos músculos porque, uma vez incorporada ao músculo, consti
tui em fonte rápida de energia. "A creatina fosfato é quebrada em 'creatina livr
e e fosfato inorgânica' após o exercício físico dos músculos.
Em humanos, geralmente metade da creatina armazenada é originada dos alimentos,
principalmente das carnes vermelhas e brancas também, como a do peixe", explica.
"A sua concentração é equilibrada pelos rins, e logo após ela é eliminada pela
urina como creatinina", diz o professor.
A maioria das pessoas consome cerca de um grama de creatina por dia, proveniente
da alimentação habitual. Em 2005, a venda de creatina, sob a forma de suplement
o alimentar, foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
em todo o Brasil. Na pesquisa, os especialistas estudaram a dose de 10 gramas p
or dia, durante quatro meses. Após este período, todos os participantes tiveram
sua função renal avaliada e não apresentaram qualquer alteração.
Metabolismo da glicose
Segundo dados do site da Sociedade Brasileira de Diabetes (www.diabetes.org.br),
o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1, sendo
uma de suas peculiaridades, a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O pro
blema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por mu
itas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corr
ente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência insulínica".
Neste estudo, o que se verificou foi que a função renal foi melhorada durante a
prática de exercício físico. A atividade física empregada foi a caminhada ou a c
orrida, praticadas 3 vezes por semana durante quatro meses.
Melhoria da função renal
Para verificação do impacto do exercício, os voluntários foram divididos em dois
grupos: o que fez atividade física e tomou o suplemento e o que fez atividade f
ísica e tomou placebo. "Identificamos parâmetros até 20% melhores na função rena
l dos pacientes que fizeram exercícios", afirma Lancha Júnior. "O rim dessas pes
soas foi menos sobrecarregado, contribuindo para a melhora de sua qualidade de v
ida."
A tese de doutorado de Bruno Gualano deverá ser defendida no início do próximo a
no. O professor Lancha Júnior enfatiza que a linha de investigação da pesquisa n
ão se vincula a uma única especialidade ou área do conhecimento. "Trata-se de um
trabalho multiprofissional que envolve médicos, nutricionistas e profissionais
de educação física", informa.

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