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Relatório Individual do 2ºPeríodo

Área de Projecto

Para: Professora Orientadora Mª dos Anjos Poeira

De: Ana Margarida Fernandes Morais, 12ºD, Nº 4

Vila Nova de Tazem, 20 de Março de 2010

Mais uma vez e cumprindo sempre o típico estereótipo português


encontro-me a fazer este relatório no limite do tempo... Esperando assim, de
novo, que como tantos outros portugueses a professora Mª dos Anjos Poeira
se ultrapasse e consiga ler todos os relatórios a tempo de atribuir as notas.

Indo de encontro ao relatório propriamente dito posso dizer que esta


exposição tem como grande finalidade descrever e avaliar todo o trabalho
desenvolvido na disciplina de Área de Projecto ao longo do 2º período do ano
lectivo 2009/2010, bem como a reflexão crítica da interacção entre os
elementos do grupo de trabalho, a relação dos vários grupos da turma, a
orientação da professora Maria dos Anjos Poeira e a contribuição de outros
docentes e várias actividades que o grupo realizou ao longo do período, bem
como a justificação daquelas actividades que ficaram por realizar.

Depois do trabalhoso 1º Período, ganhámos algumas noções da


disciplina de Área de Projecto, nomeadamente o seu carácter burocrático e
formal e percebemos o quão exigente é trabalhar em grupo e desenvolver um
projecto sério, repleto de rigor e devidamente fundamentado. O que nos
contribui em grande escala, para uma maior preparação para a nossa vida
futura, quer enquanto alunas do Ensino Superior, quer enquanto cidadãs
orgulhosas do nosso país.
.

Depois da fricção inicial do ano, fruto da junção das duas turmas de


Línguas e Humanidades, neste período o clima registado entre todos, já foi
bastante mais positivo.

Assim, a escolha do tema e do subtema revela-se cada vez mais


acertada e fascinante, pois é notório o progressivo agrado e empenho no
referido tema “Ser Português... Portugal no Mundo”, bem como as respectivas
identificações dos grupos de trabalho e os subtemas pelos mesmos escolhidos.
E, penso que o nosso exemplo, é prova viva disso. Pois o gosto do grupo pelas
culturas e tradições de Portugal é imenso, o que contribui para uma maior
motivação no desenvolvimento do projecto.

Logo, penso que este projecto poderá resultar num excelente produto
final e que possa vir a recordar os feitos grandiosos dos supra referidos
portugueses.

Concentrando-me no 2º período, este foi iniciado com uma revisão de


actividades e objectivos a que nos propusemos inicialmente, para procedermos
a uma avaliação do que poderia ser feito nestes meses. Sendo que, as
actividades que decidimos tratar foram as seguintes:

 Preparação de um dia cultural na escola (nomeadamente referentes a


tradições musicais, gastronómicas, artesanato, culturas regionais,
folclore…);

 Elaboração de roteiros turísticos (sugestões);

 Elaboração de questionários a diferentes sectores etários, com o fim


de testar o que a população portuguesa sabe sobre a sua cultura e as
suas tradições;

 Reportagens e entrevistas locais (tradições académicas – Coimbra; e


tradições locais e artesanato – Seia…);
 Recolha (virtual) de tradições/símbolos características pelas várias
regiões do país e elaboração de uma exposição na escola para dar a
conhecer à comunidade escolar;

 Tentativa de realização de entrevistas virtuais com personalidades


características e representativas da nossa cultura;

 Palestras sobre a cultura e as várias vertentes tradicionais de


Portugal;

 E obviamente, o desenvolvimento do estudo científico, consecutivo de


uma pesquisa verdadeiramente fundamentada.

Para o desenvolvimento de todas estas tarefas, tivemos que proceder a


uma distribuição equilibrada de funções pelos quatro elementos do grupo.
Esta distribuição foi comum no que diz respeito à composição do Diário de
Bordo, à elaboração e tratamento de dados dos inquéritos e pesquisa
referente ao subtema, com a finalidade de desenvolver um trabalho
científico.

No meu caso específico, completei diversas vezes o Diário de Bordo;


procedi à elaboração do inquérito e ao inicio do tratamento dos respectivos
dados; ofereci-me para a realização de entrevistas virtuais a figuras
emblemáticas da nossa cultura; cumpri a pesquisa para a parte que me foi
atribuída da fundamentação teórica; procedi à elaboração da apresentação
final à turma, com a óbvia ajuda de todos os elementos do grupo e, finalmente,
fui o único elemento do grupo a trabalhar para a complementaridade do nosso
blogue, onde “postamos” todas as informações e documentos necessários
referentes à disciplina.

Devido ao forte preenchimento do plano anual de actividades neste 2º


Período e à escassez de tempo, houve quatro actividades a que nos
propusemos desenvolver, que não foram concretizadas, obrigando-nos, assim,
a proceder a alterações no plano elaborado ao inicio do ano. As actividades
que não conseguimos corresponder foram a elaboração do dia cultural e a
exposição de símbolos, a palestra sobre cultura, que pretendemos juntar num
só ia do 3º período, bem como a realização de reportagens locais em Coimbra
e em Seia, que desejamos realizar no mês de Maio. No entanto, apesar de não
cumprirmos algumas actividades propostas, a professora Manuela Silva
sugeriu-nos que contribuíssemos para a organização de uma actividade
cultural intitulada “As Máscaras de Pessoa” à qual o grupo respondeu
activamente, visto que realizou três interessantes vídeos que contribuíram para
o preenchimento da sessão, dissertámos/interpretámos três poemas de Pessoa
e conduzimos toda a sessão. Sessão, que contou com o contributo igualitário
de todos os elementos do grupo.

A actividade que integrava a elaboração de roteiros sugestivos ficou ao


encargo da aluna Mariana Dias, que se concentrou nas cidades de Coimbra,
Lisboa, Seia; em vários museus e também na Natureza.

Já a actividade que se refere à elaboração de inquéritos, todos os


elementos do grupo trabalharam de forma igual. A realização deste estudo
empírico, que integra o desenvolvimento de qualquer estudo científico, tem
como objectivos:

 Constatar o nível de conhecimento da população referente à sua


noção da cultura e das tradições de Portugal;

 Encontrar ligação entre o nível cultural das pessoas e as suas


habilitações literárias, a região onde residem, a idade e o sexo;

 Verificar como os portugueses vêem o seu país;

 Aferir quais os estereótipos que os portugueses mais ligam ao seu


país;

 Conhecer mais sobre a nossa própria cultura e as tradições


envolventes do nosso país.

Assim, a amostra de população que decidimos estudar contempla


unicamente cidadãos portugueses inseridos no ambiente escolar (alunos,
professores e funcionários), quer da nossa escola, quer de outras cinco escolas
ao longo do país (que contemplam Norte, Centro, Sul, Litoral e Interior), bem
como pretendemos realizar o mesmo inquérito a uma amostra igualmente
significativa que contemple cidadãos fora da escola, tais como familiares,
amigos ou simplesmente transeuntes.

A elaboração deste inquérito, para além da ajuda da nossa orientadora


de projecto, contou com o contributo fulcral das docentes Balbina, que nos
ensinou a trabalhar com o SPSS (programa de tratamento de inquéritos) e
Lúcia Leitão que se revelou fundamental no processo de formação de questões
a integrar o dito inquérito. No entanto, esta actividade não ficou completa, neste
período, visto que ainda não obtivemos respostas de todas as escolas para as
quais enviámos os inquéritos. Limitámo-nos assim, a iniciar a introdução de
dados na respectiva base de dados, criada com a forte ajuda da nossa
professora orientadora.

Após esta fase inicial, a nossa professora teve o cuidado de nos orientar,
mostrando-nos documentos utilizados em anos anteriores e informando-nos
dos critérios rígidos e burocráticos decididos pelo grupo de professores de AP.
Nesta fase, contámos também com a ajuda fundamental da professora
Manuela Silva, pois revelou-se incansável e sempre disponível para nos ajudar
em diferentes tarefas.

No que diz respeito ao desenvolvimento do trabalho científico, ou à


fundamentação teórica (como a professora gosta de lhe chamar), o grupo acho
por bem fazer uma estrutura inicial dos tópicos que deveriam ser referidos e a
respectiva distribuição justa pelos elementos do grupo. Resultando assim, a
seguinte divisão:

I – A Cultura (ao meu encargo, Ana Morais)

1.1 Origem, definição e evolução do conceito Cultura

1.2 Focalização na Cultura Portuguesa

1.3 Evolução da cultura portuguesa

1.4 Constituintes da Cultura portuguesa

II – As Tradições portuguesas (ao encargo da aluna Mariana Dias)

1.1 Origem, definição e evolução do conceito de Tradição


1.2 Focalização na Tradição Portuguesa

1.3 Divisão do território português (em NUTS II) e especificação das suas
várias tradições (ao encargo da aluna Patrícia Cruz, as NUTS II do Norte,
Centro e Lisboa; ao encargo da aluna Carolina Cruz, as NUTS II do Alentejo,
Algarve e Ilhas).

a) Musical

b) Gastronómica

c) Religiosa

d) Desportiva / Jogos Tradicionais

e)Artesanal

No meu caso particular, o desenvolvimento da minha fundamentação,


apesar de ser trabalhoso, foi um grande deleite pois sou uma incondicional
apaixonada por cultura e uma entusiasta aficionada pela minha cultura.
Curiosamente, surpreendi-me a mim mesma, ao constatar que tenho um bom
conhecimento da minha cultura, o que me deixou bastante orgulhosa de
pertencer a uma cultura tão rica e vasta.

Para procedermos a esta fundamentação reportámo-nos às seguintes


questões:

 “ O que é a cultura?”;

 “ O que caracteriza a cultura portuguesa?”;

 “ Qual a origem da cultura portuguesa? “;

 “ O que são tradições?”;

 “ Quais as tradições mais características de Portugal? “.


No desenvolvimento desta tarefa o contributo das professoras Mª dos
Anjos e Manuela Silva foi fundamental, pois souberam sugerir e dar dicas para
corrigirmos aquilo que estava menos bem.

Depois de tanto trabalho, penso que tudo foi mais fácil com a orientação
dada pela professora Mª dos Anjos, bem como o contributo fulcral das
docentes Manuela Silva, Balbina e Lúcia Leitão. No entanto, reforço mais uma
vez a ideia e penso que seria necessário que se revisse o cariz burocrático que
esta disciplina criou, os inúmeros papéis que é necessário preencher com
questões superficiais. Provavelmente, o aspecto em que mais se devia apostar
seria o desenvolvimento de um bom e fundamentado estudo empírico.

Consecutivamente, dentro da minha avaliação de grupo, penso que tudo


decorreu com grande normalidade e em continuidade com o período passado,
visto que já somos quase um grupo fixo de quase três anos. Mais uma vez
refiro que me encontro bastante orgulhosa da Carolina, da Mariana e da
Patrícia, pois estão sempre à altura deste projecto e estão lá sempre que é
preciso... Mesmo, quando o meu mau génio se mostra, e tendo a elevar o meu
tom de voz para me fazer entender, elas compreendem, colaboram, sugerem e
criticam. Mais uma vez, trabalhámos como uma verdadeira equipa que se
complementa e funcionam em comum. Prova disso, são os encontros extra-
aula pautados por um forte clima de divertimento e felicidade, acompanhando
sempre “roteiros gastronómicos” confeccionados pelas casas de todos os
elementos do grupo.

Quanto à relação geral da turma, penso que poderia ter sido mais vezes
concretizada, visto que muitos elementos tendem em não colaborar nas tarefas
comuns a toda a turma, nem fazem questão de contribuir para uma correlação
deveras necessária entre os vários grupos de trabalho. Obviamente, mais do
que os subtemas, todos estamos a trabalhar um projecto de turma comum. Por
sugestão da professora orientadora, elaborámos um documento - carta para
acompanhar os inquéritos enviados para outras escolas, e lamentavelmente só
um grupo reduzido de alunos correspondeu ao desafio, onde o grupo II estava
inserido. Isto, só para ilustrar a fraca relação intra-turma.
Já na recta final deste longo relatório, e a poucos meses do fim deste
simpático projecto, penso que o que me resta dizer é que considero que o
grupo cumpriu os objectivos integrados na disciplina, atrevendo-me mesmo a
dizer que obtivemos comparativamente com outros grupos um rendimento
elevado, pois como o nosso grupo funciona muito bem o que conduz a uma
forte produtividade. Espero, assim, que no próximo período todos os aspectos
positivos se mantenham e, obviamente, os menos positivos melhorem para
terminarmos este projecto de forma grandiosa, à medida de todos os nossos
antepassados nacionais que contribuíram para a grandiosidade da nossa
cultura enquanto nação.

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