You are on page 1of 21

23‐03‐2010

Filipe Rocha - Dezembro 2009


ELECTRICIDADE
1 Análise de Circuitos em Corrente Contínua

INTRODUÇÃO
 Até aqui analisou-se circuitos com apenas uma
corrente e considerando apenas a parte dos
receptores, sendo estes apenas receptores
Filipe Rocha - Dezembro 20

térmicos. Só se estudou e fez cálculos com uma


parte do circuito.

 Neste módulo vamos estudar circuitos completos,


com uma ou várias correntes a percorre-los,
percorre los com
009

geradores e receptores de vários tipos, de forma a


calcular as grandezas básicas o sistema.

1
23‐03‐2010

LEI DE OHM APLICADA A UM GERADOR


 O gerador eléctrico tem algumas características
próprias:

Filipe Rocha - Dezembro 20


 Uma delas é a força electromotriz (E), que é a
capacidade que ele tem de manter constante a
diferença de potencial aos seus terminais.
 Outra é a resistência interna (r), que mesmo de valor
reduzido oferece alguma oposição à passagem da
corrente eléctrica, que provoca uma queda de tensão
interna (ΔU).
(ΔU)

009
ΔU – Queda de tensão interna (Volt – V)
3
R – Resistência interna (Ohm – Ω)
I – Intensidade de corrente fornecida pelo gerador (Ampere – A)

LEI DE OHM APLICADA A UM GERADOR


 Conforme se deixou antever, a tensão (U) em
carga do gerador vai ser inferior à sua força
electromotriz (E) em virtude da queda de tensão
Filipe Rocha - Dezembro 20

interna.
009

U – Tensão aos terminais do gerador (Volt – V)


E – Força electromotriz do gerador (Volt – V)
r – Resistência interna (Ohm – Ω)
I – Intensidade de corrente fornecida pelo gerador (Ampere – A)
4

2
23‐03‐2010

LEI DE OHM APLICADA A UM GERADOR


 Esquema equivalente do gerador

Filipe Rocha - Dezembro 20


I I

r r

U U

009
+ +
E G E
-- --
5

LEI DE OHM APLICADA A UM RECEPTOR DE


FORÇA CONTRA-ELECTROMOTRIZ

 A força contra-electromotriz (f.c.e.m.) é uma “força” de


sentido contrário ao da corrente do circuito. Esta
“força” constitui, assim, uma oposição à circulação da
Filipe Rocha - Dezembro 20

corrente. Existe, assim, mais uma oposição à


passagem da corrente além da resistência do
material.

 A força contra-electromotriz é uma “força” contrária à


f
força electromotriz,
l i isto
i é,
é têm
ê sentidos
id contrários.
á i
009

 A f.e.m. tem o mesmo sentido que a corrente,


enquanto a f.c.e.m. tem sentido contrário ao da
6
corrente.

3
23‐03‐2010

LEI DE OHM APLICADA A UM RECEPTOR DE


FORÇA CONTRA-ELECTROMOTRIZ

 A força contra-electromotriz (E’) e a resistência


interna (r
(r’)) são características próprias do
receptor.

Filipe Rocha - Dezembro 20


009
U – Tensão aos terminais do gerador (Volt – V)
E’ – Força contra-electromotriz do gerador (Volt – V)
r’ – Resistência interna (Ohm – Ω)
I – Intensidade de corrente fornecida pelo gerador (Ampere – A)
7

LEI DE OHM APLICADA A UM RECEPTOR DE


FORÇA CONTRA-ELECTROMOTRIZ

 Esquema equivalente do receptor de f.c.e.m.


Filipe Rocha - Dezembro 20

I I

M E’ E’
U U
009

r’ r’

Motor Acumulador

4
23‐03‐2010

POTÊNCIA ELÉCTRICA DE UM GERADOR

Filipe Rocha - Dezembro 20


009
Pet – Potência eléctrica total fornecida pelo gerador
Pu – Potência (eléctrica) útil fornecida à carga
9
PJ – Perdas por efeito de Joule

RENDIMENTO ELÉCTRICO DE UM GERADOR


 O rendimento eléctrico (ηe) do gerador é o
quociente entre a potência útil e a potência
eléctrica total produzida.
Filipe Rocha - Dezembro 20
009

ηi – rendimento industrial
Pu – Potência útil
Pa – Potência absorvida (mecânica)

10

5
23‐03‐2010

POTÊNCIA ELÉCTRICA DE UM RECEPTOR


DE F.C.E.M.

Filipe Rocha - Dezembro 20


009
Pet – Potência eléctrica total fornecida pela rede ao receptor
Pu – Potência (eléctrica) útil do receptor
11
PJ – Perdas por efeito de Joule no receptor

LEI DE OHM GENERALIZADA


 A lei de ohm generalizada aplica-se a circuitos em
que existam geradores (f.e.m.), receptores de
força contra-electromotriz (f.c.e.m.) e receptores
Filipe Rocha - Dezembro 20

térmicos, todos percorridos por uma única


corrente.
I I

r E’
E
009

U
+
E r’ 12
--

6
23‐03‐2010

LEI DE OHM GENERALIZADA


 Do circuito obtemos as seguintes expressões:

Gerador

Filipe Rocha - Dezembro 20


 Receptor

 Tendo as duas expressões o U como elemento comum


e representam os dois lados do circuito, obtemos:

009
13

LEI DE OHM GENERALIZADA


 No entanto a expressão obtida só serve para este
circuito, sendo necessário generalizar, para circuitos
com vários
á geradores e vários
á receptores.
Filipe Rocha - Dezembro 20

 Generalizando obtemos a seguinte expressão:


009

ΣE – Somatório das f.e.m. 14

ΣE’ – Somatório das f.c.e.m.


ΣR – Somatório de todas as resistências do circuito

7
23‐03‐2010

LEI DE OHM (RESUMO)


Gerador

Filipe Rocha - Dezembro 20


Receptor de força contra-electromotriz

Receptor térmico

009
Generalizada
15

ANÁLISE DE REDES ELÉCTRICAS


 Até agora só foram analisados circuitos com uma
única corrente, com uma só malha, ou seja, só
foram analisados circuitos simples.
Filipe Rocha - Dezembro 20

 Agora vamos fazer a análise de circuitos mais


complexos, com mais do que uma corrente e mais
do que uma malha, ou seja, uma rede eléctrica.
009

 Para tal vamos estudar os métodos que permitem


efectuar tal análise.
16

8
23‐03‐2010

MÉTODOS DE ANÁLISE CIRCUITOS


 De entre os processos de resolução de circuitos
eléctricos, não resolúveis pelos processos já
estudados, destacam-se aqui os mais

Filipe Rocha - Dezembro 20


importantes:
 Leis de Kirchhoff
 Teorema da sobreposição
 Teorema de Thevenin
 Teorema de Norton

009
17

LEIS DE KIRCHHOFF
 As leis de Kirchhoff são utilizadas em redes mais
complexas, em que se pretende conhecer as
correntes em vários pontos da rede. Este método
Filipe Rocha - Dezembro 20

permite calcular todas as incógnitas, de forma


sistemática.

 Pode-se por isso dizer que este método é o mais


abrangente de todos e é utilizado quando se
009

pretende fazer um estudo completo da rede.

 São duas as leis de Kirchhoff: lei dos nós e lei


18
das malhas.

9
23‐03‐2010

LEIS DE KIRCHHOFF
 Nó – ponto de um circuito onde convergem e de
onde divergem várias correntes.

Filipe Rocha - Dezembro 20


 Ramo – troço do circuito que liga dois nós.

 Malha – conjunto mínimo de ramos que é


necessário percorrer, desde um nó, até regressar

009
a esse mesmo nó. Pode-se considerar uma malha
como sendo um circuito.

19

LEIS DE KIRCHHOFF
 1ª lei de Kirchhoff ou lei dos nós
 “A
A soma das correntes que convergem (entram) num
nó (ΣIC) é igual à soma das correntes que dele
Filipe Rocha - Dezembro 20

divergem (saem) (ΣID) ”


009

I1 I2 Aplicando a lei dos nós ao nó


A
A, obtemos:

I3 20

10
23‐03‐2010

LEIS DE KIRCHHOFF
 2ª lei de Kirchhoff ou lei das malhas
 “Ao
Ao longo de uma malha
malha, a soma algébrica das forças
electromotrizes (ΣE) é igual à soma algébrica das

Filipe Rocha - Dezembro 20


quedas de tensão (ΣR.I) ”

009
21

LEIS DE KIRCHHOFF
 Aplicação das leis de Kirchhoff
 Pretende-se calcular as correntes do circuito
Filipe Rocha - Dezembro 20

R1 I1 A I3 R2

I2
r1 r2 r3
1 2
009

E1 E2 E3

B
22

11
23‐03‐2010

LEIS DE KIRCHHOFF
 Aplicação das leis de Kirchhoff
 Três correntes: I1, I2 e I3

Filipe Rocha - Dezembro 20


 Três forças-electromotrizes: E1, E2 e E3
 Várias resistências: r1, r2, r3, R1 e R2
 Três malhas no total , duas independentes (malha 1 e
2)
 Dois nós: A e B, um nó distinto (nós distintos: na rede
só existem n-1 nós distintos)

009
23

LEIS DE KIRCHHOFF
 Sequência de procedimentos
1
1. Definir sentido das FEM
Filipe Rocha - Dezembro 20

2. Identificar nós distintos


3. Identificar malhas independentes e definir o sentido
para a circulação em cada uma delas
4. Arbitrar sentido das correntes
5. Aplicar a lei dos nós a “todos menos um”
6. Aplicar a lei das malhas a cada uma das malhas
009

7. Juntar as equações num sistema de equações


8. Resolver o sistema de equações
9. Criticar os resultados obtidos (verificar se o sentido
das correntes está correcto, se as fem o são ou não 24

12
23‐03‐2010

LEIS DE KIRCHHOFF
 Resolução do exemplo apresentado
 Sabendo que E1 = 5V,
5V E2 = 3V,
3V E3 = 6V,
6V r1 = 0,1Ω,
0 1Ω
r2 = 0,2Ω, r3 = 0,3V, R1 = 2Ω, R2 = 3Ω

Filipe Rocha - Dezembro 20


1 - Coloca-se as equações num sistema de equações

009
2 – Substitui-se todos os valores conhecidos

25

LEIS DE KIRCHHOFF
3 – Fazer os cálculos possíveis
Filipe Rocha - Dezembro 20

4 – Substituir a variável isolada na 1ª equação numa


das outras (neste caso I3)
009

5 – Simplificar a equação

26

13
23‐03‐2010

LEIS DE KIRCHHOFF
6 – Resolver a 2ª ou 3ª equação em ordem a uma das
variáveis (neste caso I2 na 3ª equação)

Filipe Rocha - Dezembro 20


7 – Substituir esta variável na outra equação (neste
caso I1 na 2ª equação)

009
8 – Simplificar a equação

27

LEIS DE KIRCHHOFF
9 – Determinar o valor dessa variável (neste caso I2)
Filipe Rocha - Dezembro 20

10 – Substituir esta variável na outra equação (neste


caso I2 na 3ª equação) e resolver a equação
009

11 – Substituir as variáveis descobertas na 1ª


equação e resolvê-la

28

14
23‐03‐2010

LEIS DE KIRCHHOFF
 Analisando os resultados obtidos, verificamos que
as correntes I2 e I3 foram marcadas mal, o seu
sentido real é o sentido oposto ao qual foram

Filipe Rocha - Dezembro 20


arbitradas.

 E1 e E3 são f.e.m. e E2 é uma f.c.e.m.

009
29

TEOREMA DE THEVENIN
 Este teorema permite calcular a corrente em
ramos de uma rede activa, com um ou vários
geradores, através das divisão do circuito em
Filipe Rocha - Dezembro 20

duas partes, entre dois terminais definidos em


função do problema proposto.

 Este teorema permite calcular as correntes uma


a uma.
uma É utilizado geralmente para cálculos
009

parcelares.

30

15
23‐03‐2010

TEOREMA DE THEVENIN
 Teorema de Thevenin:
 “Ao
Ao removermos uma parte de um circuito
circuito, a partir
de dois quaisquer terminais (A e B), a parte do

Filipe Rocha - Dezembro 20


circuito que ficou é equivalente a um gerador cuja
f.e.m. (ETH) é igual à tensão eléctrica entre esses
terminais (abertos) e cuja resistência interna (RTH) é
igual à resistência medida entre os dois terminais,
depois de substituídos os geradores pelas suas
resistências internas.
internas.”

009
 Este gerador equivalente tem o nome de gerador de
Thevenin.

31

TEOREMA DE THEVENIN
R1 A Seleccionam-se dois pontos A e
B no circuito e retira-se a p
parte
do circuito onde se quer calcular
Filipe Rocha - Dezembro 20

r1 r2 a corrente e usa-se o resto para


R determinar o equivalente de
Thevenin.
E1 E2

B
009

RTH A
Achar o equivalente de
Thevenin é achar um gerador
equivalente (ETH) e uma
resistência equivalente (RTH) ao ETH
R
circuito que ficou. 32

16
23‐03‐2010

TEOREMA DE THEVENIN
R1 A
Utiliza-se o circuito que ficou
p
para calcular o ggerador
r1 r2 equivalente (ETH), calculando a

Filipe Rocha - Dezembro 20


UAB = ETH tensão U entre os terminais A e
B, o valor desta tensão é o Valor
E1 E2 de ETH.

B
R1 A
Para calcular a resistência

009
equivalente (RTH) retiram-se
r1 r2
todos os geradores e ficam
Ω apenas as resistências,
calculando depois o valor da
resistência deste circuito. 33

TEOREMA DE THEVENIN
RTH A
Filipe Rocha - Dezembro 20

ETH
R

Depois de calculados os valores de ETH e RTH,


009

liga-se o circuito equivalente ao circuito que


ficou e calcula-se a corrente que passa no
circuito que se retirou, aplicando a lei de ohm
generalizada. 34

17
23‐03‐2010

TEOREMA DE THEVENIN
 Aplicação do Teorema de Thevenin:
 Pretende-se calcular a corrente na resistência R (IR)

Filipe Rocha - Dezembro 20


 Sabe-se que E1 = 5V, E2 = 3V, r1 = 0,1Ω, r2 = 0,2Ω,
R1 = 1,4Ω, R = 2Ω

R1 A

r1 r2

009
R

E1 E2

B 35

TEOREMA DE THEVENIN
1 – Calcular RTH
Retirar todos os geradores do circuito e
deixar só as resistências. E calcular a resistência
Filipe Rocha - Dezembro 20

equivalente do circuito.

Calcular a série (Rs) entre R1 e


R1 A r1

r1 r2
Calcular
C l l o paralelo
l l (RTH) entre
t
009

Rs e r2

B
36

18
23‐03‐2010

TEOREMA DE THEVENIN
2 – Calcular ETH (UAB)

Filipe Rocha - Dezembro 20


2.1 – Calcular a corrente no
I R1 circuito
(como temos apenas uma
malha podemos aplicar a lei de
r1 r2 ohm generalizada)

009
E1 E2

37

TEOREMA DE THEVENIN
2 – Calcular ETH (UAB)
I R1 A 2.2 – Calcular a tensão UAB
(pode ser calculada usando o
Filipe Rocha - Dezembro 20

ramo de E1 ou o ramo de E2)


r1
UAB = ETH Usando o ramo de E1

E1

A B
009

I Usando o ramo de E2
r2

38
E2

19
23‐03‐2010

TEOREMA DE THEVENIN
3 – Calcular IR

RTH A IR

Filipe Rocha - Dezembro 20


ETH
R

009
39

TEOREMA DA SOBREPOSIÇÃO
Filipe Rocha - Dezembro 20
009

40

20
23‐03‐2010

CONDENSADOR EM CORRENTE CONTÍNUA

Filipe Rocha - Dezembro 20


009
41

21

You might also like