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1.

REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Stephen J. Page (2001), o transporte é reconhecido como um


dos fatores mais significativos para o desenvolvimento internacional do turismo.
Este desenvolvimento esta muito ligado ao do transporte pois, por definição, o
turismo implica em deslocamentos para fora do lugar de residência habitual.
(ROCA, 2001, p. 103). Sendo assim, transporte e turismo estão interligados,
uma vez que, para se alcançar um determinado destino, faz-se necessário
utilizar um meio de transporte, seja ele um automóvel, ônibus, avião, trem,
navio, etc. (GUILHERME L. PALHARES, 2002, p 21). É fato que o turismo não
existe sem transporte, pois:

“ Uma região, por mais atrativo que tenha, não poderá nunca se
desenvolver como zona turística se carecer de infra estrutura ou foi
inacessível para os meios de transporte. Pela capacidade de orientar
os viajantes, o traçado das linhas férreas ou das rodovias, bem como
estabelecimento ou a negação de rotas aéreas ou marítimas influem
diretamente no aumento ou na queda da popularidade de um destino
turístico. Assim , a atividade turística se firmou sempre em áreas
providas de alguma rede de transporte ou com possibilidade para
iniciá-la”. (ROCA, 2001, p 103).

De acordo com Stephen (2001), o transporte fornece a ligação essencial


entre as áreas de destino e as de origens, facilitando o movimento de pessoas
em férias, viajantes de negócios, gente que visita amigos e parentes e aqueles
que se dedicam ao turismo educacional e de saúde. Sendo este, um elemento-
chave da “experiência turística”. Pearce (1982).

O transporte obteve desenvolvimento através de interesses militares,


administrativos e de negócios, tendo como principal justificativa, a necessidade
de transporta bens e produtos, geralmente no próprio pais, com fins comercias,
bélicos ou de caráter governamental. No período que antecede o século XIX,
os deslocamentos raramente eram motivados por férias. Neste período, o
transporte era rudimentar e lento (cavalo ou carroças). Quando se tratava de
trajetos marítimos ou fluviais, o veleiro era o meio utilizado.

No século XX, a partir dos anos 50, o automóvel começou a ser


acessível para boa parte da população e se transformou no meio de transporte
necessário a qualquer pessoa; provocando o aumento imediato do turismo
nacional, dada a facilidade que passaram a ter as viagens dentro do próprio
país e o uso cada vez mais generalizado do automóvel. (ROCA, 2001 p 105).

Segundo Roca (2001), o surgimento de novos meios de transporte, mais


rápidos, cômodos e seguros, foi determinante no crescimento do turismo, de
forma que novos destinos foram acompanhados de novas rotas e meios de
transporte para alcançá-los.

Guilherme L. Palhares (2002), define como quatro os elementos


constituintes do transporte:

• Vias: é meio pelo qual o transporte se desenvolve. O tipo de via


escolhido irá caracterizar o veiculo empregado.

Ex.: rotas aéreas controladas, rotas marítimas, canais, estradas,


estradas férreas, autopistas.

• Veiculo: os diversos veículos de transportes são construídos para


operarem em determinado tipo de via e influenciarão muito a
escolha de transporte pelo viajante.

Ex.: aviões, barcos, trens, ônibus e particulares.

• Força motriz: o desenvolvimento desta está fortemente


relacionado com a tecnologia dos veículos e das vias. A força
motriz de um determinado modo de transporte também diz
respeito ao seu alcance, velocidade e à lotação a ser
transportada;

• Terminal: lugar no qual se tem acesso aos meios de transporte.

Ex.: aeroportos, estações marítimas ou portos, estações de trens,


rodoviárias, garagens e estacionamentos.
Para Roca (2001), os meios de transporte fundamentais são os
transportes aéreos; transporte marítimo ( os “ferry-boats” ); estradas de ferro;
ônibus; transporte particular e ônibus fretado. Segundo Cooper et al. (1993), “a
escolha de um meio de transporte ou outro dependerá de vários fatores como
tempo disponível para viajar, a distancia a percorrer, a importância que se da
ao conforto, à segurança, o preço dos diferentes serviços, etc”.

De acordo com dados de (ROCA, 2001, p 107), cada meio de transporte


tem uma distancia aproximada na qual efetividade e competitividade têm um
limite:

• Automóvel e ônibus: até 1000 km.

• Trem: entre 200 e 500 km.

• Barco: até 300 km.

• Avião: mais de 1000 km.

Os transportes também podem ser classificados em públicos e


privados, onde os transportes públicos são aqueles em que o acesso é
permitido a qualquer pessoa, desde que adquira direitos e privilégios para
fazer uso do mesmo. Já os transportes privados são aqueles restritos a uma
determinada pessoa ou organização; Modo, está associado à tecnologia do
veiculo, podendo ser aéreo, ferroviário, rodoviário ou aquaviário; Regular e
não regular, sendo regular aquele que cumpre horários e é anunciado
previamente, independente do numero de passageiros, e o não regular,
existente para uma finalidade especifica, sem a obrigatoriedade de cumprir
horários e partidas; Doméstico e internacional, o primeiro o ocorre dentro
de um mesmo país. Já o segundo ocorre em outros países. (GUILHERME
L. PALHARES, 2002, p 30, 34).

Embora o surgimento dos vários modos de transporte tenha se dado de


forma independente, para um bom funcionamento dos seus sistemas, é
importante que estejam interligados, pois:
“A intermodalidade permite que passageiros e cargas (mesmo no
caso do turismo, não se pode esquecer que malas e bagagens são
cargas a serem transportadas) utilizem, ao longo de toda a viagem, o
modo de transporte mais eficiente possível”. (GUILHERME L.
PALHARES, 2002, p 44)

Desse modo, os terminais de transportes devem procurar estar


interconectados com os vários modos existentes para melhor prover os
turistas com opções de acessibilidade para o seu destino final.
(GUILHERME L. PALHARES, 2002, p 45).
2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PALHARES, Guilherme Lohmann. Transportes turísticos. São Paulo:


Alephe, 2002.

PAGE, Stephen. Transporte e turismo. Porto Alegre: Bookman, 2001.

Introdução ao turismo/direção e redação Amparo Sancho; traduzido por


Dolores Martin Rodriguez Corner. São Paulo: ROCA, 2001.

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