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6. 10.
Sorriem os anjos Meu mundo é escuro e triste
Mergulha-se em luz Vive em mim um poeta
Vivem-se dias felizes Que não sabe que existe
Na Arcádia do tempo. Triste, humano, dedo em riste
Pastores nos campos, Chora, poeta
Suas musas nos céus. Canta a canção
Banha-se de verde, Nas cordas desse pobre coração.
Respira-se aromas de flores
De milhares de cores. 11.
É hora de liberdade Não vejo as flores
Nas Minas. Nem suas cores,
Marília, Dirceu, Passam por mim os jovens,
Almas etéreas num amor profundo, Os anos correm.
Destino triste, Sinto o envelhecer
Distância que separa e mata. Sou novo, quero viver!
Agora, só lembrança
No tempo e no vento, 12.
Na Arcádia, Juro que deu vontade de pular
Pastores mortos, Daquele último andar.
Poesias restos, Queria poder voar
Saudade da alegria, Para saltar sem machucar.
Do “aproveite o dia”. Olhando lá de cima
O mundo é pequeno
7. Sobre mim só tinha o céu.
Mãos dadas Não quero morrer,
Na ciranda da vida Não quis pular,
Percorrem-se caminhos Quero voar.
De rosas
De espinhos. 13.
É tão estranho ser eu!
8. Vivo sem rumo,
Lágrimas secas de um amor passado, Tampado por véu,
Algo que não pode ser recuperado. Caminho ao léu.
Sonhos quebrados Não roubo, não fumo,
Permanentemente guardados Sofro,
Nos meandros do coração Sofrimento humano e puro.
Marcas já curadas repousam na pele sem
dó.
14. 16.
Coração pulsando, Poesia é momento,
Mão no coração. Uma coisa que brota de dentro
Coração pulando, Do ferido coração
Segura coração! E que nunca recebe um não.
Sangue circulando, Poesia é a essência de nós,
Hemácias correndo. Pura, vinda da foz.
Calor,
Coração saindo pela boca.
Mãos suando, 17.
Ouvidos atentos, Era noite. Brilhavam as estrelas no céu.
Pernas tremendo. Era Natal. Jesus nasceu.
Coração acelerado, Mais do que sagrado
Pensamentos em desordem. Por nós sacrificado.
Surgiu um rosto na esquina, Jesus,
O corpo reage aliviado. Filho da graça e da luz.
Ele sorri e pega a minha mão, Recebe presentes
Beija a minha boca. E de nós não descontente.
Adrenalina! Somos crianças
Calma, coração! Não perca ainda as esperanças.
Ele está aqui!
A felicidade chegou! 18.
Pula, pula, coração! Vejo aquela menina
Corre nas veias minhas a paixão! De olhos e voz tão cristalina
Esperando não se sabe o quê.
15. O que ela deve querer?
Dói quando respiro, Mão no peito
Dói quando ando, Destino ainda não feito.
Dói quando como. Menina, é brinquedo?
Já não é assim tão cedo!
Dói quando bebo, Doce?
Dói quando suspiro, Quisera que assim fosse!
Dói quando choro. Que deseja?
Não vou entregar de bandeja!
Coração parece quebrado, Menina, me conta!
Sempre batendo descompassado, Ora, que afronta!
Rápido, rápido, rápido. Reconheço o seu pesar
Se não quer falar,
Lágrimas sempre preparadas, Sua sina vou revelar.
Vida sempre triste, Ora, pois que seja!
Medo de lembrar o passado. É, menina, é amor que almeja?
28. 33.
A neve cai pesada e lenta As pessoas estão sempre representando,
Enxergo teus olhos cor de menta. De um baile de máscaras permanentemente
Rios congelados participando.
Acompanham teus cabelos prateados. Seus corpos, envoltórios,
Ventos cortantes Suas aparências alvos de falatórios.
Contrastam sua voz calmante. Cabe a você escolher:
Paisagem escura e fria Dançar ou se recolher?
Saber mais de ti eu queria.
34.
29. O baile, o magnífico valsar
Crescem os cravos no jardim Nem sempre belo pode se mostrar.
Vive a natureza grande festim. É soberbo e vivo para os que dançam
Abrem-se pétalas, E quanto àqueles que dele se cansam?
Cantam pássaros.
É primavera!
Eis a vida que prospera! 35.
Ouço as ondas do suave mar
Ao redor dele caminhar.
30. Brinca na areia sua espuma
Praias de areias brancas Caminha a brisa até que suma.
Ondas do mar tão francas Algas em seu interior.
Céu tão azul Sua grandeza e esplendor
Onde se vê o Cruzeiro do Sul. Só sou capaz de realçar.
Brisas quentes Que o Senhor proteja este poderoso mar.
Chuvas freqüentes.
Vida que se revigora
É essa a hora.
36. 40.
Música é um segredo Sonho não é papel
Guardado na ponta do dedo Ainda assim, pode ser rasgado como tal.
Ou escondido no pulmão. Mas com esse azul do céu
Sua chave mesmo é no coração E calma natural
Da gente Parar de sonhar?
Que vibra, que sente Simplesmente não dá.
Que entende ou não.
41.
37. Cordas sonoras de um violão ao luar,
Eu o vi num sonho A luz penetra clara pela janela
Era lindo e risonho O ar traz o perfume das damas da noite
Pura ilusão, Flutua a calma das estrelas no céu,
O príncipe do meu coração. Respira a paz, como num sonho.
38.
Suave princesa, 42.
Tão branca como a neve, Caminhos que se cruzam
Venha, pegue De distantes lugares vêm
Esta vermelha maçã Alguns são largos, sem flores
Com sua mãozinha louçã. Outros íngremes, vivo verde têm.
Coma este gentil presente,
Não se importe com o anão ausente. Caminhos cruzados,
Mastigue bem, De diferentes destinos vindos,
Adormeça também. Vidas que se encontram e vão,
Sim! Sim, Vossa Alteza, Vidas que deixam marcas, no tempo e no
Durma até que de você o mundo esqueça! chão.
39.
Quebraram minhas frágeis asas
Com suas frias palavras.
Meus sonhos foram apagados
Para não mais serem lembrados.
Agora caminho ao vento
Triste, sem alento.
O que será de mim?
O que me espera no fim?
Será que vale à pena?
Minha alma ainda é pequena.