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QUARTA-FEIRA
I. TANTO AMOU DEUS o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito, para
que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna1.
II. SABER QUE DEUS nos ama, com um amor infinito, é a boa nova que
alegra e dá sentido à nossa existência. Nós também podemos afirmar que
conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós7. E, perante esse
amor, sentimo-nos incapazes de exprimir o que também o nosso coração não
consegue abarcar: “Saber que me amas tanto, meu Deus, e... não
enlouqueci!”8
III. NO SERVIÇO A DEUS, o cristão deve deixar-se conduzir pela fé, nunca
pelos estados de ânimo. “Guiar-se pelo sentimento seria o mesmo que
entregar o governo da casa ao criado e depor o dono. O mal não está no
sentimento, mas na importância que se lhe concede [...]. Há almas para quem
as emoções constituem toda a piedade, a tal ponto que se persuadem de tê-la
perdido quando o sentimento desaparece [...]. Se essas almas soubessem
compreender que esse é justamente o momento de começar a tê-la!”13
Esta última é a atitude que o Senhor nos pede: que o amemos sem
condições, sem ficar à espera de situações mais favoráveis, nas coisas
correntes de cada dia e, se Ele assim o quiser, em circunstâncias mais
difíceis e extraordinárias. “Quando te abandonares de verdade no Senhor,
aprenderás a contentar-te com o que vier, e a não perder a serenidade se as
tarefas – apesar de teres posto todo o teu empenho e utilizado os meios
oportunos – não correm a teu gosto... Porque terão «corrido» como convém a
Deus que corram”15.
Com palavras de uma oração que a Igreja nos propõe para depois da
Missa, digamos ao Senhor: Volo quidquid vis, volo quia vis, volo quomodo vis,
volo quamdiu vis16: quero o que queres, quero porque o queres, quero como o
queres, quero enquanto o quiseres.
(1) Jo 3, 15; (2) cfr. Mt 3, 17; (3) Paulo VI, Homilia na festa do Corpus Christi, 13-VI-1975; (4)
Rom 8, 32; (5) cfr. Gen 1, 27; (6) 1 Jo 4, 8; (7) 1 Jo 4, 16; (8) São Josemaría Escrivá,
Caminho, n. 425; (9) cfr. Jo 15, 10; (10) Jo 15, 10; (11) cfr. São Josemaría Escrivá, Caminho,
n. 772; (12) Santa Teresa, Fundações, 5, 10; (13) J. Tissot, A vida interior, pág. 100; (14) São
Josemaría Escrivá, In memoriam, EUNSA, Pamplona, 1976, págs. 51-52; (15) São Josemaría
Escrivá, Sulco, n. 860; (16) Missal Romano, Oração do Papa Clemente XI; (17) Lc 1, 38.