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Por

Lucas C. Coelho - 22 - 3ºA.

Supercondutividade

Supercondutividade é um fenômeno observado em diversos metais e materiais


cerâmicos. Quando esses materiais são resfriados a temperaturas que vão do zero
absoluto (0 graus Kelvin, -273°C) à temperatura do nitrogênio líquido (77 K, -196°C),
não apresentam resistência elétrica. A temperatura na qual a resistência elétrica é igual a
zero é chamada de temperatura crítica (Tc) e varia de acordo com o material. As
temperaturas críticas são atingidas por meio do resfriamento do material com hélio ou
nitrogênio líquidos.
Como esses materiais não possuem resistência elétrica, o que significa que os
elétrons podem se deslocar livremente através deles, eles podem transmitir grandes
quantidades de corrente elétrica por longos períodos sem perder energia na forma de
calor. Foi comprovado que malhas de fios supercondutores podem transmitir correntes
elétricas por centenas de anos sem nenhuma perda considerável. Essa propriedade tem
implicações para a transmissão de energia elétrica, se as linhas de transmissão puderem
ser feitas de cerâmicas supercondutoras, e para dispositivos de armazenamento de energia
elétrica.

A demonstração clássica do efeito Meissner. Um disco supercondutivo na parte inferior, resfriado por
nitrogênio líquido, causa a levitação do magneto acima. O magneto flutuante induz uma corrente e,
portanto, um campo magnético no supercondutor, e os dois campos magnéticos se repelem para fazer
levitar o magneto.

Outra propriedade de um supercondutor é que, assim que ocorre a transição do


estado normal para o estado supercondutor, os campos magnéticos externos não podem
penetrá-lo. Esse efeito é chamado de efeito Meissner e tem implicações para a fabricação
de trens de alta velocidade com levitação. Isso também tem implicações quanto à
fabricação de pequenos e poderosos magnetos supercondutores para a geração de
imagens por ressonância magnética.

PARTE 2: Explicacao de como os eletrons se deslocam sem encontrar resistencia.

A estrutura atômica da maioria dos metais é reticulada, parecida com uma tela de
janelas contra insetos, na qual cada intersecção dos fios perpendiculares representa um
átomo. Nos metais, os elétrons são fracamente ligados, de modo que essas partículas
podem se mover livremente dentro da rede: é por isso que os metais são ótimos
condutores de calor e eletricidade. À medida que os elétrons se movem através de um
metal no estado normal, colidem com os átomos e perdem energia na forma de calor. Em
um supercondutor, os elétrons se deslocam em pares e se movem rapidamente entre os
átomos, com uma menor perda de energia.
Como um elétron de carga negativa se move através do espaço entre duas fileiras
de átomos com carga positiva (como os fios na tela contra insetos), ele é puxado para o
interior dos átomos. Essa distorção atrai um segundo elétron para se mover atrás dele.
Esse segundo elétron encontra menos resistência, quase como um automóvel que segue
um caminhão na estrada encontra menos resistência do ar. Os dois elétrons desenvolvem
uma fraca atração, se deslocam juntos em um par e encontram uma menor resistência
total. Em um supercondutor, os pares de elétrons estão se formando, quebrando e
formando-se de novo constantemente, mas o efeito final é que os elétrons fluem com
pouca ou nenhuma resistência. A baixa temperatura facilita o emparelhamento dos
elétrons.
Uma propriedade final dos supercondutores é que, quando dois deles são unidos
por uma fina camada isolante, é mais fácil para os pares de elétrons passarem sem
resistência de um supercondutor para outro (efeito Josephson DC). Esse efeito tem
implicações para comutadores elétricos super rápidos que podem ser usados para fazer
pequenos computadores de alta velocidade.
O futuro da pesquisa da supercondutividade está em encontrar materiais que
possam se tornar supercondutores à temperatura ambiente. Assim que isso acontecer, todo
o mundo da eletrônica, da energia elétrica e dos transportes passará por uma revolução.

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