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EVOLUÇÃO E PREMISSAS
que, portanto, deriva da alçada constitucional dos direitos do consumidor. Pelo referido
princípio, nem o CDC prevalece diante de outra norma mais favorável ao consumidor
(ex.: planos de saúde, lei 9656). Cláusula, portanto, faz mais do que relação lei geral, lei
especial. Discussão sobre a cláusula é de suma importância e tem relevância, por
exemplo, na discussão sobre a revogação ou não do artigo 14, §4º do CDC pelo NCC.
CONSUMIDOR
Art. 2º CDC: quem adquire ou utiliza produto / serviço como DESTINATÁRIO FINAL
1 – CDC deve ser utilizado na chamada contratação pós moderna, ou seja, onde
houver sujeito que, na relação, tenha mesmas características dos consumidor
“por excelência”.
Hipóteses
• Hipossuficiente econômico
Menos poder econômico que as grandes corporações.
• Hipossuficiente técnico
Menos conhecimento sobre o que compra do que quem vende.
• Contrato de adesão
Consumidor não discute cláusulas. OU concorda e participa da relação
ou não concorda e não participa.
• Contrato eletrônico
Cheque eletrônico, sites, e-mails.
• Contrato automático
Botões, máquinas, formulários ... sem presença da pessoa
Então, em todas essas hipóteses, aplica-se o CDC por analogia, já que CC (nem o
novo) não “dá conta”.
Jurisprudência: não adota corrente algum, mas também não tem coragem de aplicar
CDC em favor dos bancos, da Coca-Cola etc. Costuma posicionar-se da seguinte
forma:
1- empresa pequena - SIM 3 – Locação predial urbana - NÃO
2 – contr. bancários – SIM (S. 285 STJ) 4 – Contribuintes - NÃO
Afirma que CDC garante ao consumidor 4 tipos diferentes de proteção: civil, penal,
administrativa e processual.
PROTEÇÃO CIVIL
Estrutura
Dicotomia: responsabilidade
Ex.: brinquedo para bebês que, Ex.: brinquedo que não funciona
embora funcione, tem partes
pequenas.
I – apresentação
ex.: avisos de segurança... mas não tem que avisar, por
exemplo, para não enfiar faca na testa
II – usos e riscos
Para Pablo Stolze, NCC não revogou CDC, por força do art. 2º,
§2º da LICC, já que aquele é norma geral e este especial.
Obs.: Advogados.
STJ: Estatuto (lei 8906) é norma especial. Não se submetem ao CDC.
Gustavo: “Momento de loucura”.
Artigo 17 – By stander
I - Substituição
II – Redibição
III – Estimação
Não é caso de vício de quantidade (já que quantidade é a constante do rótulo), mas
propaganda enganosa, com objetivo de desorientar o consumidor.
Outros exs.: 9 pesos diferentes de pasta de dente, peça inteira de embutido que vem
sem peso, mas com os dizeres “pesar na frente do cliente” etc.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
(Arts. 26 e 27)
Vício superveniente
Surge depois da tradição (neste momento, produto era perfeito).
Vício aparente
Pode ser reparado visualmente pelo homem médio.
Vício oculto
Não se consegue notar, constatar.
Terminologia
Decadência
Artigo 26:
caput
30 dias, bens não duráveis
90 dias, bens duráveis
§1º
inicia-se a contagem do prazo com a tradição
caput
Direito Civil - Consumidor • Professor Gustavo Kloh 10
§3º
inicia-se a contagem do prazo com ao aparecimento do vício
Aplica-se o mesmo prazo dos vícios aparentes. Assim, se vício não aparecer
(ou se o consumidor não reclamar) em 30 dias (produtos não duráveis) ou
60 dias (produtos duráveis), caduca o direito à reclamação.
Suspensão da decadência
Hipóteses:
II -
Prescrição
Artigo 27:
Prazo de 5 anos.
Obs.: STJ – interpretou contra empresa de ônibus alegando que não era consumidora em
hipótese duvidosa. Favoreceu autora da ação pelo prazo maior do CC, antes de 20
anos. Agora, com NCC, prazo é de 3 anos (art. 206), menor do que o do CDC.
Art. 28 CDC
- confusão semelhantes
- abuso de direito ao NCC
- excesso de poder
- infração à lei
- má administração ... culposa
Art. 50 NCC
- confusão patrimonial
- desvio de finalidade
CJF: Tem que provar. (ex.: sócio fraudulento, pessoas envolvidas etc.)
Outras disposições
Parágrafo 1º
Parágrafo 2º
Parágrafo 3º
PRÁTICAS COMERCIAIS
Artigo 29
Artigo 30
Não cabe excludente alguma. Fornecedor também não pode alegar erro, por cota
da teoria da confiança (ex.: Carrossel da Sony – anúncio no jornal: R$ 5,00).
Oferta ao público pode ser revogada, desde que pelos mesmos meios.
Obs.: Marketing
Conjunto de práticas para criar, aumentar ou manter clientela.
Artigo 31
Oferta, apresentação.
STJ: Não precisa etiquetar cada mercadoria desde que o preço esteja afixado ao
lado.
Obs.: PROCON/RJ
Órgão da Secretaria de Estado de Justiça, sem personalidade jurídica.
Artigo 32
§ único
Artigo 33
Artigo 34
Qualquer representante autônomo (mesmo não sendo mandatário etc.) que veicula
o produto gera responsabilidade no fornecedor.
Artigo 36
Artigo 37
Artigo 39
Se não estiver dentro das especificações, fornecedor não pode fazer prova de
que produto / serviço é bom.
Margem de lucro tem que ser fixada ab initio. Depois, alteração de preços
só pelo custo.
Hoje em desuso.
Artigo 41 – Tabelamento
Artigo 42
Artigo 43
Parágrafo 1º
Parágrafo 2º
Duas conseqüências:
Parágrafo 3º
Parágrafo 4º
Parágrafo 5º
Artigo 44
PROTEÇÃO CONTRATUAL
Artigo 46
Artigo 47
Artigo 48
Não existe contrato preliminar, pré-contrato no CDC. Vale tudo para o contrato.
Artigo 49
Artigo 50
Soma das garantias. Já visto quando da análise da garantia legal (página 10).
Artigo 51
IV –
VII –
Artigo 52
Artigo 53
Cláusula que estabeleça perda total das parcelas pagas não vale. Tem que devolver
valores pagos, só descontando as despesas.
PROTEÇÃO PROCESSUAL
Requisitos
Natureza - correntes
Juiz utiliza a inversão na sentença, para suprir eventual falta. Cada um que,
sabendo deste risco, produza a sua prova..
Defesa coletiva
(Artigo 81º, § único)
Transindividuais:
I – Difusos
II – Coletivos
Artigo 84:
Artigo 88:
Direito Civil - Consumidor • Professor Gustavo Kloh 19
Artigo 101:
Artigo 102:
Artigo 103:
Coisa julgada: efeitos semelhantes aos da ACP, mas nesta (art. 17, 6347) há
limitação territorial da decisão (Ex.: Niterói X RJ) .
I – erga omnes
II –
III -
PROTEÇÃO ADMINISTRATIVA
I – o que é PROCON
III – Projeto: