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Índice

Introdução……………………………………………………………………………………………………………….2
Escravatura o que é?....................................................................................................4
Nascimento da escravatura……………………………………………………………………………….…6
Castigo aos esravos…………………………………………………………..……………………………………….7
Os priomerios a preocuparem-se com a escrvatura ……………….......…………………..9
Escravatura de antigamente …………………………………………………………………………………14
Escravatura moderna…….………………………………………………………………………………………..15
Abolição……………………………………………………………..…………………….………………………………..19
Libertos e serviços ………………………………………………………………………………………………..28
Regime de trabalho nas colónias ……………………….……………..……..….……………………….31
Algumas notícias sobre a escravatura …………………………….………..……………………….35
Inquéritos ……………………….………………………………..……………………………………………………..40
Poemas……………………………………………………………………………………………………………………….53
Conclusão……………………….…………………………………..….…..………….………………………………….53
Infografia…………………………………………………….…………………………………………………………57

Introdução

No âmbito da área curricular não disciplinar de área de projecto,


foi desenvolvido um trabalho sobre o tema da escravatura. Ao longo
da história existiram milhões e milhões de escravos por todo o
mundo, e apesar de existirem em menor quantidade, os casos de
escravatura ainda persistem.

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É sabido que os homens escravizados tinham uma vida de
solidão, que eram maltratados e, que não comiam quase nada
durante uma semana inteira. Muitos morriam à fome. As mulheres
trabalhavam nas casas, nos trabalhos domésticos. Com o passar dos
anos, as mulheres escravizadas começaram a ser obrigadas a
prostituir-se e, as que recusassem a toda a força, acabavam por
serem mortas. Os filhos mais pequenos também não tinham melhor
destino. Uns trabalhavam em minas e outros eram logo mortos por
terem doenças e assim não davam despesas.

Existe vários tipos de escravatura: A escravatura mais antiga e


a escravatura mais moderna, que atinge todas as raças, negros,
brancos, índios ou «amarelos». Os dados mostram que todos os anos
milhares de vítimas são levadas de um país para outro para serem
comercializados.

Com este trabalho pretende-se atingir os seguintes objectivos:


• Chamar à atenção para o problema da escravatura desde o
passsado até à actualidae;
• Divulgar os tipos de escravatura actuais e em que países ela
existe;
• Pesquisar o trabalho das pessoas que foram ou são
escravisadas;
• E por fim, conhecer a situaçao dos países que são afectados
pela escravatura.
Actualmente estima-se que haja cerca de 200 milhões de
crianças escravizadas, com idades compreendidas entre os 5 e os 15
anos e mais de 100 milhões estejam nas piores formas de trabalho
infantil. A grande maioria nunca terá ido à escola, nem nunca o
conseguirá fazer.

Escravatura – o que é?

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Se consultarmos o dicionário encontramos: escravatura – comércio de
escravos, escravidão. Esta é uma definição que diz muito pouco acerca desta
prática comercial, política e social. Vamos descrever um pouco no que consiste
escravizar as pessoas.

Este acto resume-se ao exercício de direitos de propriedade de um ser


humano sobre outro que se designa de
escravo e ao qual é imposta esta
posição pela força.

Desde sempre existiu a escravatura. Desde os tempos mais remotos os


escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria e, como tal, eram
vendidos e comprados com a facilidade que se trocava uma batata por uma
cenoura. Os preços variavam conforme o sexo, a idade, o destino e a actividade
que iriam desempenhar.

O seu dono ou comerciante podia-os comprar, vender, dar ou trocar por


uma dívida, sem que o escravo pudesse exercer qualquer direito.

Os povos da Mesopotâmia, Hebreus, Gregos, Romanos, Celtas, enfim,


todos os povos tiveram escravos, fenómeno que ainda não desapareceu
completamente da face da Terra. Foi um fenómeno que variou de acordo com a
época, lugar ou povo, porém, assumindo diferentes contornos histórico-
geográficos.

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Fig.3 – Escrava a ser leiloada na Antiguidade, por Jean-Léon Gérôme.

Nascimento da escravatura

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No Egipto, as condições de existência dos escravos eram de certa forma
amenizadas pela lei, o que lhes possibilitava mesmo a adopção de um nome
egípcio e a fusão social com a massa camponesa do país, os felahs. Eram
sobretudo estrangeiros, vítimas da guerra, de cativeiro ou bandidos.

Na China e na Índia, todavia sem quaisquer direitos, sempre existiram


escravos.

A falta de mão-de-obra e os direitos de guerra estão na origem da


escravatura na Grécia.

Em Roma, eram elementos de organizações da casa familiar. A partir da


revolução agrária,as carências de mão-de-obra obrigaram mesmo à
escravização de lavradores livres. Devido às guerras da expansão em Roma
começou a existir mais escravatura.

A escravatura continuou a existir na Idade Média, embora sem a


expressão anterior ou o peso económico ou laboral.

A partir da formação dos primeiros impérios coloniais, principalmente nos


séculos XVI e XVII, a escravatura ganha nova importância, assumindo-se como
suporte do sistema comercial e produtivo.

Contudo, o século XIX marcou o início da abolição da escravatura,


aplicando e consagrando ideais de liberdade, direitos e garantias do indivíduo,
sem distinção da raça.

Cena representando escravos a servir a seu dono.

Castigos aos escravos

Vamos fazer uma pequena abordagem sobre alguns castigos dos escravos.

Nas cidades, os castigos eram feitos publicamente, nos pelourinhos. Eram


colunas de pedra, velha tradição romana, que se erguiam em praça pública. Na
parte superior, estas colunas tinham pontas recurvadas de ferro, onde se
prendiam os condenados à forca. O espectáculo era anunciado publicamente

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pelos rufos do tambor. E a grande multidão reunia-se na praça do pelourinho
para assistir ao castigo do carrasco abater-se sobre o corpo do próprio escravo
condenado, que ali ficava exposto á execração pública. A multidão excitada
aplaudia, enquanto o chicote abria estrias de sangue no dorso nu do negro
escravo.

Em alguns engenhos e fazendas, as crueldades de senhores de engenho e


feitores atingia os escravos.

Castigos perigosos que os senhores faziam aos escravos:

• Esfaqueavam o corpo
• Marcas de ferro em brasa
• Mutilações;
• Estupros de negras escravas;
• Castração;
• Amputação de seios;
• Fracturas dos dentes a marteladas;
• ...

Castigos chineses

• como os das urtigas;


• os dos insectos;
• o da roda d’água;
• …

Um testemunho

“Um testemunho de um oficial da marinha conta que "no Rio Grande do


Sul costumavam os senhores fazer atar os punhos de escravos por meio de
cordas e traves horizontais e mais altas do que a cabeça de modo que fiquem
os membros superiores dirigidos para cima, e sobre os corpos, inteiramente
nus, untar mel ou salmoura a fim de que miríades de insectos, como moscas,
vespas, etc., os venham ferretear e pungir!"

Instrumentos dos senhores

A série de instrumentos de suplício desafia a imaginação das consciências


mais duras: o tronco (Fig.8), o vira mundo, o cepo, as correntes, as algemas, o
libambo (Fig.9), a gargalheira (Fig.10), a gonilha ou golilha, a peia, o colete de
couro, os anjinhos, a máscara, as placas de ferro..

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Fig.10 – Gargalheira, instrumento de suplício,
Fig.8 – O tronco, onde Fig.9 – Libambo Fig.11 – outros
formado por dois semicírculos, era colocado
eram condenados os de cativos em objectos de
em torno do pescoço do escravo que se
escravos. viagem. tortura
queria punir.

Algemas, machos e peias prendiam mãos e pés do escravo. Os escravos


usavam uma peia num só pé . Isso impedia o que o escravo corresse ou
andasse depressa, dificultando a sua fuga.

Outro dos instrumentos, a máscara era usada para o escravo.Era uma


máscara de folha-de-flandres. O escravo com a máscara não podia comer nem
beber, sem permissão, e ficava neste suplício muitas vezes dias inteiros. A
placa de ferro pendia do pescoço onde estava presa a uma golilha. Servia
também para indicar o negro ladrão e fugitivo.

Como podemos ver eram castigos desumanos que deixavam o escravo,


muitas vezes, tão mal tratado que restava-lhe apenas esperar que as marcas
tomassem um bom caminho e o deixassem corar-se e viver, para voltar então à
mesma vida de suplício e dor, ou então infeccionar e leva-lo à morte.

Primeiros homens
preocupado s com a
escravatura
B artolomeu de Las
Casas

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Frei Bartolomeu de Las Casas nasceu em Sevilha, no ano de 1472 e
morreu em Madrid, a 17 de Julho de 1566, foi um frade e um grande defensor
dos índios. Era filho de um modesto comerciante.foi um grande protector para os
escravos.

Escravatura antigamente T
es formas durante a Antigüidade.

Alguns escravos eram utilizados para formar as forças


policiais da cidade de Atenas. Outros eram usualmente
empregados em atividades artesanais e, por conta de suas
habilidades técnicas, tinham uma posição social de
destaque. Em certos casos, um escravo poderia ter uma
fonte de renda própria e um dia poderia vir a comprar a
sua própria liberdade. Em geral, os escravos que
trabalhavam nos campos e nas minas tinham condições de vida
piores se comparadas às dos escravos urbanos e domésticos.

A escravidão ateniense não era marcada por nenhuma espécie


de distinção com relação aos postos de trabalho a serem
ocupados. O uso de escravos tinha até mesmo uma grande
importância social ao conceder mais tempo para que os homens
livres tivessem tempo para participar das assembléias, dos
debates políticos, filosofar e produzir obras de arte. Conforme
algumas pesquisas, a classe de escravos em Atenas chegou a compor cerca de um
terço da população no Período Clássico.

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O Império Romano foi uma das sociedades antigas onde a utilização da mão-de-
obra escrava teve sua mais significativa importância. Em geral, os escravos
trabalhavam nas propriedades dos patrícios, grupo social romano que detinha o
controle da maior parte das terras cultiváveis do império. Assim como em Atenas,
o escravo romano também poderia exercer diferentes funções ou adquirir a sua
própria liberdade. A única restrição jurídica contra um ex-escravo impedia-o de
exercer qualquer cargo público.

No primeiro século as relações entre o escravo e o seu senhor começaram a sofrer


algumas alterações impostas pelo governo romano. Uma das obrigações essenciais
do senhor consistia em dar uma boa alimentação ao seu escravo e mantê-lo bem
vestido. No século I, os senhores foram proibidos de castigar seus escravos até
a morte e, caso o fizessem, poderiam ser julgados por assassinato. Além disso, um
senhor poderia dar parte de suas terras a um escravo ou libertá-lo sem nenhuma
prévia indenização.

Escravatura Moderna

A escravidão moderna atinge todas as raças,


negros, brancos, índios ou amarelos. Os dados mostram que todos os anos
milhares de vítimas são levadas de um país para outro, ou mesmo de um
estado/cidade para outro, como parte do comércio de seres humanos. O
tráfico representa uma forma agravada da violência contra os direitos sexuais
de seres humanos e é incompatível com o principio da igualdade entre os sexos.
As mulheres e crianças atingidas pela pobreza são particularmente vulneráveis
ao fenômeno, que têm como motivação o lucro e, em muitos casos, estão
envolvidos no crime organizado.nge

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ao A abolição no Brazil

Peia

Por mais que a Princesa Isabel tenha ficado com fama de boazinha na história, o
real motivo para a abolição da escravatura não foi “bondade” e sim econômico.
Quando o Brasil estava crescendo economicamente com as lavouras e vários
escravos trabalhando nelas, os ingleses estavam dominando território africano,
fazendo colônias e mais colônias. Com tudo, não era lucrativo para a Inglaterra ter
a população de suas colônias sendo “roubadas” por exploradores de outros países
para serem usados como mão-de-obra escrava eu uma colônia na América. Por isso,
exigiu à coroa portuguesa que o tráfico negreiro para o Brasil fosse proibido,
ameaçando suas alianças políticas e econômicas. Com vista disso, a princesa Isabel
resolveu abolir a escravatura, tornando o escravo que aqui vivia livre e impedindo o
tráfico negreiro, para concordar com o contrato inglês.

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Causas que levam à abolição da escravatura

Apesar de já no século XVIII se começarem a dar os primeiros passos para


o fim da escravatura o certo é que o primeiro país a abolir totalmente a
escravatura só o fez no século XIX.

Podemos salientar que já o Marquês de Pombal, em 1758, aboliu a


escravatura dos filhos dos índios nascidos nesse ano no Brasil.

No entanto, a razão material da abolição foi a emergência da sociedade


industrial, surgida pelos efeitos socio-económicos provocados pela introdução
da máquina a vapor no processo produtivo. Essa sociedade, que se expandia a
partir do século XVIII, produzia mercadorias em série para consumo em massa.
Uma comunidade de escravos não consome, pois não ganha ordenado. Houve
então um conflito estrutural e ideológico entre a crescente e poderosa
sociedade industrial, que requeria mercados livres e trabalho assalariado, com
a política mercantilista de mercados cativos e mão-de-obra escrava.

O primeiro passo
A luta pela abolição da escravatura
Um dos capítulos mais apaixonantes, polémicos e gloriosos, da história
moderna foi o que conduziu à abolição do tráfico negreiro e a total supressão
da escravatura no decorrer do século XIX.

A primeira reacção contra a escravidão ocorreu no século XVIII, partindo


de uma seita protestante radical, os Quakers. Eles consideravam-na um pecado
e não podiam admitir que um cristão tirasse proveito dela. Enviaram, em 1768,
ao parlamento de Londres uma solicitação pedindo o fim do tráfico de escravos.
Pouco depois, John Wesley, o fundador do movimento metodista, pregou contra
a escravidão (Thoughts upon Slavery, 1774) afirmando que preferia ver as
Índias Ocidentais (como eram denominadas as colónias antilhanas inglesas)
naufragarem do que manter um sistema que “violava a justiça, a misericórdia,
a verdade”.

Economistas ilustrados também entraram na luta. Tanto os Fisiocratas


franceses como Adam Smith, o pai do capitalismo moderno, (in Wealth os the
Nations, 1776) afirmaram que a escravatura era deficitária na medida em que
empregava uma enorme quantidade de capital humano que produzia muito

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aquém daquele gerado por homens livres. Viam-na como parte de um sistema
de monopólio e privilégio especial, onde um homem desprovido de liberdade
não tinha nenhuma oportunidade de garantir a propriedade do que quer que
fosse e que seu interesse em trabalhar era o mínimo possível.

Assim, a escravatura só podia sobreviver pela violência sistemática do


amo sobre o cativo. Anterior a ele, nas colónias americanas, Benjamin Franklin
foi o primeiro homem moderno a submeter a instituição da escravidão a uma
análise contável, concluindo também que um escravo era muito mais caro do
que um trabalhador livre (The Papers of B.Franklin, 1751).

Alexis de Tocqueville, o grande pensador liberal francês, que visitou os


Estados Unidos, deixou páginas memoráveis no seu A Democracia na América,
de 1835, ao fazer a comparação entre os estados esclavagistas (povoados por
brancos indolentes e negros paupérrimos) e aqueles que mantinham o trabalho
livre, activos e industriais.

No plano filosófico ela foi repudiada na obra de Montesquieu (L’esprit de


les Lois, livro. XV, 1748), onde afirmou que “a escravatura, por sua natureza,
não é boa: não é útil nem ao senhor nem ao escravo: a este porque nada pode
fazer de forma virtuosa; aquele porque contrai dos seus escravos toda a sorte
de maus hábitos... porque se torna orgulhos, irritável, duro, colérico,
voluptuoso e cruel. (...) os escravos são contra o espírito da constituição, só
servem para dar aos cidadãos um poder e um luxo que não devem ter.”

Mais radical do que ele foi o pensamento de J.J. Rousseau (in Le Contrat
Social, 1762) para quem “os homens haviam nascido livres e iguais” e que a
renúncia da liberdade equivalia a renúncia da vida. Como a escravatura
repousava sempre a força bruta “...os escravos não tinham nenhuma obrigação
ou dever para com os seus amos”.

Apesar de Condorcet lamentar que só uns poucos filósofos “atreveram-se,


de vez enquanto, a soltar um grito a favor da humanidade”, a soma das
pressões religiosas, económicas, filosóficas e morais começaram a surtir efeito.
O Século das Luzes, como o século XVIII foi chamado, terminou por condenar a
escravatura como atentatória à dignidade do homem, a Revolução Francesa de
1789 aboliu a escravatura nas colónias francesas por acreditá-la incompatível
com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Napoleão, porém, mais
tarde, restaurou-a. Mas em 1848 ela foi finalmente reafirmada.

Na Inglaterra o abolicionismo encontrou resposta num grupo militante


chamado de “Os Santos” (The Saints), que organizaram, em 1787, sob
liderança de William Wilberforce, a Sociedade anti esclavagista (Anti-slavery
Society). Graças às suas batalhas parlamentares contra os interesses
esclavagistas das cidades portuárias de Liverpool e Bristol, Wilberforce
conseguiu fazer aprovar a lei de 1807 que proibia o tráfico negreiro.

Depois de uma série de leis intermediárias, a abolição completa do


trabalho escravo nas colónias inglesas ocorreu em Agosto de 1834 (Slavery

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Abolition Act) que libertou 776 mil homens, mulheres e crianças. Nesse período
a Inglaterra declarou guerra aberta ao tráfico. Nenhum barco negreiro poderia
mais singrar os oceanos sem ser vistoriado (Aberdeen Act). Se fosse capturado
os escravos deveriam ser devolvidos. Por pressão inglesa, o Brasil finalmente
concordou em abolir com o tráfico pela Lei Eusébio de Queirós, em 1850.
Mesmo assim, continuou recebendo, em desembarques clandestinos, braços
contrabandeados, o que gerou sérios atritos com a marinha inglesa.

Interior de um navio de tráfico de escravos.

O processo de abolição da escravatura em


Portugal
A escravatura como base da economia colonial
portuguesa
Até à década de 1850 e mesmo depois, a economia colonial portuguesa
assentava na escravatura.

A Guiné abastecia Cabo Verde, Angola abastecia S. Tomé, e todas elas


abasteciam o Brasil. Moçambique exportava mão-de-obra para o Transvaal e
até Macau extraía alguns lucros dos carregamentos de escravos chins para a
América e a Austrália.

Com poucas excepções, as estatísticas de todas as outras exportações


coloniais testemunhavam um quadro muito rudimentar de desenvolvimento
agrícola, sem falar já de indústria, praticamente inexistente. Este facto explica
por que motivo o gradual declínio do tráfico esclavagista, até à sua extinção
final, prejudicou o desenvolvimento de quase todo o Ultramar português e pôs
o difícil problema de reestruturar as respectivas economias.

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O Fontismo e, de certa maneira, já o Cabralismo antes dele, tentaram nas
províncias ultramarinas, conquanto de forma muito mais moderada, o que
procuravam realizar na Metrópole, isto é, o desenvolvimento das infra-
estruturas como meio de fomento do comércio e da agricultura. Esta política foi
efectivada quase sem interrupções até à revolução de 1910 e, depois,
continuada pelos governos republicanos. Só nos fins da década de 1860 e
começos da de 70 é que as necessidades ou as preocupações de economias
fizeram afrouxar os investimentos públicos nas colónias.

De qualquer maneira, o aumento das despesas com o Ultramar esteve


sempre condicionado pela situação económica e financeira da Metrópole.

As primeiras preocupações
A questão da escravatura pairou sobre toda administração colonial
portuguesa até ao século XX. Em boa verdade, e de forma mais disfarçada,
prolongou-se mesmo até à década de 1950. Claro que Portugal não se
encontrava isolado perante esse problema que todas as nações coloniais, com
maior ou menor intensidade, tiveram de resolver também.

As grandes transformações industriais dos séculos XVIII e XIX tornaram


possível um movimento anti-esclavagista com boas condições de triunfo. A
Revolução Francesa elevara os conceitos de liberdade e de igualdade para todos
os homens e acendeu de novo a chama da doutrina cristã que proclama todos
iguais perante Deus.

No decorrer do século XVIII, a escravatura fora abolida na maior parte dos


estados da Europa e a luta contra ela converteu-se em atitude com o seu quê
de moda, que defendiam intelectuais e artistas “iluminados”. Em 1761 o
Marquez de Pombal havia já decretado a abolição do tráfico de escravos na
metrópole.

O Setembrismo vai generalizar a abolição, na medida em que Sá da


Bandeira (Ver anexos) proibiu todas as importações e exportações de escravos
a sul do Equador (1836).

O mesmo estadista tentou por fim ao trabalho obrigatório do negro que,


com frequência, substituía a mais pura escravatura ou até entrava em
competição com esta. No entanto, por muito simples que estas medidas
parecessem na teoria, a sua aplicação na prática encontrava obstáculos
intransponíveis.

O comércio de escravos prosperava em colónias como a Guiné e Angola. A


procura de escravos pelo Brasil constituía tentação à qual ninguém fazia muitas
intenções de resistir.

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Os decretos do governo da metrópole, por conseguinte, iam causar
resistência e descontentamento generalizado. Durante muitas décadas, a
efectuação de uma política anti-escravos teve muito de sonho e utopia…

Passo a citar um documento que tem por título: “1854/56 - Medidas


contra a escravatura” e que documenta bem o espírito de que estava imbuído
Sá da Bandeira.

“O que logo se manifesta ardentemente no espírito de Sá da Bandeira, apenas


entra no poder, é a intransigência da sua guerra à escravatura. O decreto de 14
de Dezembro de 1854 libertava todos os escravos pertencentes ao Estado, e
ordenava que todos os escravos importados por terra nos domínios portugueses
seriam imediatamente libertos; apenas Sá da Bandeira entrou no poder,
promulgou a carta de lei de 30 de Junho de 1856 pela qual eram também
declarados libertos os escravos das câmaras e das misericórdias, depois a de 24
de Julho do mesmo ano que declarava livres os escravos das igrejas. A 5 de
Julho do mesmo ano promulgou a lei abolindo a escravatura no Ambriz, Cabinda
e Molembo, a 18 de Agosto outra que declarava livres os escravos que
aportavam a qualquer porto do reino e ilhas do estado da Índia ou a Macau.”

(Manuel Pinheiro Chagas, As Colónias Portuguesas no século XIX – 1811 a 1890, Lisboa,
1890, pp. 125 – 126)

Doc.1 – “1854/56 – Medidas contra a escravatura”

Mas, apesar da declaração que abolia a escravatura nos territórios


portugueses, foi só a abolição total da escravatura no Brasil em 1888 – embora
o tráfico de escravos tivesse declinado consideravelmente a partir de 1850 –
que terminou com a venda de africanos nas colónias portuguesas.

Passo a documentar um pouco dessa declaração que, mais uma vez,


coloca em destaque Sá da Bandeira...

“Tendo sido promulgadas nos últimos vinte e dois anos muitas e eficazes
providências tendentes a aproximar a época em que, sem prejudicar direitos
consagrados pela organização social de outras eras, se possa acabar
inteiramente nas províncias ultramarinas com o estado de escravidão, cuja
duração indeterminada se torna incompatível com os princípios proclamados na
Carta Constitucional da Monarquia; considerando, que para complemento deste
sistema, que com tanto empenho e perseverança se tem seguido, cumpre
estabelecer ao menos um limite aquela duração, pois que as actuais
circunstancias da Fazenda Publica não permitem pôr-lhe termo desde já;
considerando que, não podendo o conjunto das aludidas providências deixar de
produzir o resultado de se ir constante e consideravelmente diminuindo o número
dos escravos nas referidas províncias, há por consequência todo o fundamento
para esperar que no fim do prazo de vinte anos esse número se ache a tal ponto
reduzido, que as indemnizações que se houverem de pagar aos legítimos
senhores dos que ainda então existirem, para a todos, sem excepção se dar

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liberdade, poderão ser satisfeitos com uma quantia moderada; considerando que,
deste modo, já se pode fixar o dia em que semelhante estado seja
completamente extinto nas mesmas províncias, e consequentemente em toda a
monarquia portuguesa; considerando, finalmente, o que foi proposto pelo
Conselho Ultramarino em consulta de 17 de Novembro de 1854; Hoje por bem,
usando da faculdade conferida pelo artigo décimo quinto, paragrafo primeiro do
Acto Adicional à Carta Constitucional da Monarquia, depois de ouvir o Conselho
de Ministros, decretar o seguinte:
Artigo 1.º O estado de escravidão ficará inteiramente abolido em todas as
províncias portuguesas do ultramar, sem excepção alguma, no dia em que se
completarem vinte anos, contados da data deste Decreto.

Artigo 2.º As pessoas que, no dia designado no artigo precedente para a total
abolição do estado de escravidão nas províncias ultramarinas, ainda ali
possuírem escravos, serão indemnizados do valor deles pela forma que uma Lei
especial determinará.

Artigo 3.º Fica revogada toda a legislação em contrário.


O Visconde de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar, assim o tenha
entendido e faça executar. Paço das Necessidades, em 29 de Abril de 1858 = Rei
= Visconde de Sá da Bandeira.”

(Diário do Governo, Ano 1858, nº101, 1 de Maio)

Doc.2 – “1858 – A abolição da escravatura.”

Atrás mencionei o tratado de 1842 entre Portugal e a Grã-Bretanha …


Mas, afinal, em que consistia este? Vou tentar abordá-lo um pouco.

Consistia num acordo que suprimia por completo todas as formas de


tráfico de escravos nas possessões ultramarinas dos dois países. A opinião
pública esclarecida de Portugal fez então pressão sobre o governo para que
fosse transposto o passo final declarando-se livres todos os escravos. Esta
medida demorou algum tempo e repartiu-se por várias fases.

Como constava no documento antes transcrito, os escravos pertencentes


ao estado foram os primeiros a serem emancipados (1854), seguindo-se os dos
municípios, misericórdias e igrejas (1856). Constatamos também que, neste
mesmo ano, outra lei declarou igualmente livres os filhos de mães escravas.

A legislação de 1856 libertou ainda todos os escravos que


desembarcassem em Portugal metropolitano, Açores, Madeira, Índia Portuguesa
e Macau, abolindo por completo a escravatura em algumas zonas do norte de
Angola (Cabinda, Ambriz), com o intuito de travar as tentativas de penetração
britânicas nessas regiões.

Do documento 2 podemos concluir que o decreto de 1858 previa a


abolição total da escravatura no prazo de vinte anos, data cujo limite foi
reduzido a metade quando a lei de 25 de Fevereiro de 1869 proclamou a
imediata extinção da escravatura em todo o império português.

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Ainda sobre o tratado anglo-português, passo a transcrever um texto
acerca desse assunto:

“No dia 13 de Julho firmou-se enfim o célebre tratado em que as duas nações –
Portugal e Inglaterra – se uniram para pôr termo ao tráfico da escravatura. Esse
tratado dava o direito aos navios de guerra das duas nações, munidos dos
documentos necessários que a isso autorizassem, de visitar os navios de uma e de
outra nação que fossem suspeitos de escravatura, e estabelecia comissões mistas
compostas de indivíduos das duas nações em número igual que julgassem os casos
de escravatura, e apreciassem o procedimento dos oficiais de marinha que
apressassem os navios suspeitos. O governo português declarou que passaria a
considerar como piratas o tráfico da escravatura. Era firmado o tratado pelo duque
de Palmela e por Lord Howard de Walden.”

(Manuel Pinheiro Chagas, As Colónias Portuguesas no século XIX [1811 a 1890], Lisboa,
1890, pp. 82 - 83)

Doc.3 – “1842 – Tratado Anglo-Português sobre a Escravatura”

Um olhar sobre S.Tomé e Príncipe


O desenvolvimento económico de S. Tomé e Príncipe, na segunda metade
do século XIX, exigiu cada vez mais obreiros. Ao desaparecer a condição de
liberto, os donos das plantações contrataram negros livres da Serra Leoa,
Dahomey, Libéria, Angola, e até chineses da China. Neste conjunto, a posição
de Angola foi-se gradualmente destacando, à medida que os serviçais
substituíam, sem grandes problemas, os antigos escravos e libertos.

Entre 1885 e 1903, 56 189 serviçais angolanos entraram em S. Tomé e


Príncipe. A princípio eram livres e, nos termos do respectivo contrato de
trabalho, podiam regressar a casa depois de alguns anos. Mais tarde, porém, os
donos das roças ou os seus capatazes começaram a dificultar o repatriamento,
mantendo virtualmente os trabalhadores na situação de prisioneiros nas ilhas.

Este facto causou preocupações de monta, tanto às autoridades portuguesas,


desejosas de dar cumprimento à legislação anti-esclavagista, como aos próprios
colonos brancos de Angola, que se queixavam de uma crescente escassez de
mão-de-obra na colónia. A situação dos negros angolanos expatriados em S.
Tomé e Príncipe acabou por atrair a atenção de países como os Estados Unidos,
a Inglaterra e a Alemanha, dando origem a uma campanha, mais ou menos
violenta, contra Portugal.

Preocupados com a crescente concorrência que lhes faziam o cacau e o


café de S. Tomé, os plantadores ingleses das Índias Ocidentais e os seus
clientes no comércio e na indústria actuavam nos bastidores exagerando os
métodos empregues pelos portugueses contra os trabalhadores africanos.

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Um Chocolateiro inglês, de nome William Cadbury recebeu o encargo de
investigar o assunto. Esteve em Lisboa, em S.Tomé e Príncipe e em Angola
escrevendo e publicando posteriormente um relatório que causou grande
agitação no momento, onde atacava as formas existentes de contrato de mão-
de-obra, comparando-as com completa escravatura.

Cadbury fora já precedido e foi depois continuado por vários outros


autores menos famosos, como Henry Nevinson, Charles Swan e John Harris,
todos eles agitadores da opinião pública, sobretudo na Grã-Bretanha, onde a
questão chegou ao Parlamento e se exigiu o boicote dos produtos de S. Tomé.

A administração portuguesa tentou sinceramente corrigir alguns abusos,


os que reconhecia: fomentou contratos de trabalhadores oriundos de outras
partes (nomeadamente de Moçambique) e sob condições melhoradas e sujeitas
a uma maior supervisão; pôs freio a diversas injustiças e publicou um novo e
aperfeiçoado código de trabalho (1909); ordenou um inquérito e um aumento
de salários; etc.… Do lado português foram também publicados relatórios –
alguns por estrangeiros – contradizendo as conclusões de Cadbury e
defendendo a política de Portugal.

Fig.23 – William Cadbury, marcante pela sua posição contra os métodos portugueses usados nas
colónias.

Um bom exemplo de uma excelente descrição deste episódio é o livro de


Miguel Sousa Tavares, Equador. Aqui é abordada de uma forma extremamente
cativante a temática da escravatura ilegal em S.Tomé, o que fez com que um
cônsul inglês fosse envida para este território com fim de fazer um relatório
descritivo da verdadeira situação do trabalho nesta colónia.

A mão-de-obra escrava fazia baixar o preço do cacau e do café de S.Tomé


e, desta forma, era forte a concorrência à Inglaterra. Foi este o motivo pelo

19
qual o chocolateiro Cadbury, ao abrigo do tratado anglo-português, introduziu-
se nesta ilha e fez um polémico relatório com a descrição das condições dos
trabalhadores (escravos). Está todo este cenário desenhado no Equador, livro
que adorei ler e que recomendo.

Porque foi difícil o processo que levou ao fim da escravatura em S.Tomé e


Príncipe, passo para aqui uma opinião que retrata isso mesmo:

“ […] Com os precedentes, que ficam apenas apontados, a transformação das


nossas colónias africanas, - a desta de que tratamos agora – pela abolição
definitiva da escravatura, não podia deixar de causar abalo profundo; contudo, as
resistências que se levantaram em S.Tomé não se repetiram, felizmente, em mais
parte alguma. É porque era aqui o mal mais profundo do que nas outras colónias.
Todo o trabalho rural assentava sobre a nefanda instituição da escravatura; e,
apesar das dificuldades ou quase impossibilidade de alcançar braços para
aproveitar a fertilidade de uma terra, em grande parte inexaurível, a opinião, afeita
a considerar o homem negro como uma espécie de máquina de trabalho, não viu,
sem profundos terrores e desalentos, aproximar-se a hora em que teria que tratar
com homens os trabalhadores agrícolas, a pagar-lhes, sob qualquer forma, um
salário. O período de transição não podia deixar de ser mais ou menos difícil, e pôr
em risco interesses criados à sombra dos antigos usos e abusos. […] O período de
transição da época nefasta, em que prosperava o desolador tráfico da escravatura,
para a época actual, na qual começa verdadeiramente o período agrícola, industrial
e comercial – desassombrado dos últimos vestígios da escravidão – durou perto de
quarenta anos. Neste longo prazo foi sucessivamente desaparecendo o trabalho
escravo, o trabalho servil foi mitigando as suas asperezas; até que a lei lhe veio
dar o último golpe, em 1875 […].”

(João de Andrade Corvo, Estudos sobre as Províncias Ultramarinas, vol. I, Lisboa, 1883, pp.
114 - 116)

Doc.4 – “1875 – O fim da escravatura em S.Tomé e Príncipe.”

Mas, não foi só em S.Tomé que os “ataques” se fizeram sentir... Ingleses e


Americanos colocaram muitos entraves ao comércio de Portugal em Angola,
Guiné e Moçambique.

Regime de Trabalho nas Colónias


A campanha internacional contra o regime de trabalho indígena seguido
nas possessões portuguesas (sobretudo em S. Tomé, Angola e Moçambique)
datava dos tempos da Monarquia…

A ética republicana, proclamando a liberdade e a igualdade para todos e


denunciando toda a casta de abusos, havia, como é óbvio, de interferir no
regime de trabalho seguido nas colónias. A situação era difícil, não só pelo
melindre de prejudicar a colonização branca com seus reflexos no panorama
económico, mas também devido à opinião generalizada de que o indígena era
indolente por hábito e carecia de o obrigarem a trabalhar para fins

20
civilizacionais. Mais ou menos todas as potências coloniais da época perfilhavam
este ponto de vista, defendendo que o trabalho representava uma obrigação
moral e legal.

Norton de Matos (Fig.24), duas vezes governador de Angola, foi o melhor


representante do «new look» republicano para com os indígenas. Como viria a
declarar mais tarde, encontrou escravatura em Angola, «encoberta, camuflada,
sofismada». Era o resultado da falta de mão-de-obra e das pressões
económicas à escala nacional e internacional.

Norton de Matos travou, tanto quanto pôde, o recrutamento forçado de


trabalho africano; fez suspender o código de trabalho indígena de 1911 que,
em muitos aspectos, se mostrava pior que os anteriores. Proibiu os castigos
corporais, publicou uma copiosa série de portarias concedendo protecção oficial
ao Negro, lutou contra o alcoolismo entre os indígenas, instituiu comissões para
assistência local, etc.. Tentou igualmente, em parte conseguindo, o
repatriamento total dos trabalhadores angolanos em S. Tomé. Ao mesmo
tempo, ia gizando (e aos poucos executando) um plano de conversão dos
Negros em agricultores permanentes, garantindo-lhes a posse plena das suas
terras mediante um cadastro oficial da propriedade indígena, tanto particular
quanto comunitária. Desta forma se edificaria uma Angola nova e reduzir-se-ia
a necessidade, para o Negro, de ir oferecer o seu trabalho ao patrão branco e
fora da sua terra.

O primeiro governo de Norton de Matos (1912-15) teve enorme influência


no sistema tradicional de recrutamento de trabalho. Contratos livres vieram
substituir as tais «formas disfarçadas» de escravatura. Tabelaram-se e
elevaram-se os salários. Nomearam-se inspectores que fiscalizassem o
cumprimento dos contratos de trabalho, e verificassem as condições de vida do
indígena, especialmente no que dizia respeito à alimentação, à habitação, ao
vestuário e à assistência médica, etc..

Todavia, só uma grande estabilidade governativa poderia garantir o


sucesso permanente da nova política indígena. Isso não aconteceu. Demitido
em 1915, Norton de Matos viu sucederem-lhe nove governadores em seis anos,
o que, por si só, prejudicou todas as medidas renovadoras. Regressando, em
1921, o agora Alto-comissário imprimiu de novo à política indígena o impulso
anterior, conseguindo mantê-lo mesmo para além da sua demissão final, em
1924. Mas não sofre contestação porque os seus sucessores foram incapazes de
assegurar a permanência da orientação inicial, até mesmo porque a ela era
contrária ou lho inculcava a Metrópole.

O programa republicano exigia uma luta permanente e árdua contra a


tradição, o preconceito e os interesses adquiridos, extremamente difícil de
manter. Após 1926, os colonos tiveram maior liberdade do que antes para agir
como bem lhes parecia. O combate contra os interesses capitalistas e a
consequente exploração do indígena afrouxou. Muita da legislação progressiva

21
de Norton de Matos e de alguns sucessores seus foi sendo, aos poucos, posta
de parte, esquecida, ou simplesmente revogada. E as tais «formas disfarçadas»
de escravatura voltaram a nascer aqui e além.

Fig.24 – Norton de Matos.

O problema do recrutamento da mão-de-obra indígena não se punha só


para o binómio S. Tomé – Angola. De Moçambique seguiam todos os anos, para
a União da África do Sul e para a Rhodésia, cerca de 50 000 trabalhadores com
destino principalmente às minas do Transvaal. Muitos outros passavam a
fronteira clandestinamente. Não eram melhores as condições que os assistiam,
mas poucos reflexos da sua (quase) escravatura surgiram na imprensa
estrangeira. É que o desenvolvimento económico da África inglesa dependia,
em parte, da mão-de-obra moçambicana, e os interesses britânicos faziam
calar as críticas humanitárias. Aliás, os governos republicanos esforçaram-se
por melhorar as condições de recrutamento e por repatriar muitos
trabalhadores, embora com menos publicidade do que na contra – costa.

Um acordo firmado em 1928 autorizava o recrutamento anual de um


mínimo de 65 000 e um máximo de 100 000 moçambicanos pela companhia
mineira do Transvaal, números, aliás, raras vezes atingidos. Também a
exportação de mão-de-obra para a Rhodésia passou a contar bastante nas
receitas da colónia.

Maugrado o aumento de cuidados com assistência médica e a repatriação


da grande maioria dos trabalhadores ao fim de um período de dois a três anos,
as condições reais do contrato achavam-se longe de perfeitas, verificando-se

22
uma taxa, por vezes muito elevada, de mortalidade, entre esses emigrantes (4
a 5 % na década de Vinte).

Posteriormente, diversas leis – 1953, 1960, 1961, 1962, etc.… procuraram


impedir toda a espécie de trabalho não remunerado, compulsivo, … Embora as
condições de recrutamento de mão-de-obra tivessem consideravelmente
melhorado desde 1910 (sobretudo desde 1961), a exploração do obreiro negro
nunca pôde ser travada de todo, devido às carências económicas e à
persistência de tradições longínquas, acatadas e mesmo defendidas por muitos
africanos.

Uma ou outra forma de trabalho obrigatório estava sempre presente, por


causa de «crises económicas», «emergência», ou argumentos idênticos!

Relativamente à falta de mão-de-obra para trabalhar em Àfrica e à


imigração deixo aqui um texto…

“ […] Um dos grandes males das nossas colónias é este. Faltam verdadeiros
colonos. A imigração portuguesa busca a América e não a África. Há razões para
isso; e essas, essencialmente práticas, não se destroem com vãs declamações. A
emigração é uma lei natural da humanidade. A liberdade de emigrar é um
direito; o uso desse direito não pode ser sujeito a restrições, senão aquelas que
tenham por fim proteger os incautos e evitar fraudes e enganos. Mas, por isso
mesmo que a liberdade de emigrar é um direito, por isso mesmo não está
dependente senão dos impulsos do próprio interesse. Querê-lo sujeitar a regras,
querer estabelecer preceitos contra a liberdade individual. Se queremos atrair a
emigração, - uma emigração sã e válida. E o país prepara-se pela construção de
caminhos; pelo estabelecimento de comunicações para os territórios mais
produtivos e mais solubres; pelo melhoramento das condições higiénicas; pela
atracção lucrativa dos capitais; pela criação de uma população nativa, que
livremente trabalha, e que venha a interessar-se pela prosperidade dos colonos,
partilhando com eles as vantagens da civilização. Não há meio termo: ou fazer
dos negros trabalhadores livres, e civiliza-los por exemplo, pela doutrinação, pelo
trabalho; ou repelir as populações indígenas, sacrifica-las ao nosso interesse e
ocupar o solo que elas abandonarem. É assim que sucedeu na América do Norte
e na Austrália. Mas, aqui na África, há outro inimigo a combater, e esse
invencível, é o clima, que inabilita o colono europeu a entregar-se aos trabalhos
rudes do campo. Isso explica, mas não justifica a escravidão. Porém, hoje, esse
estado degradante não pode continuar; a moral e a civilização não o consentem.
Em tal caso não há senão uma solução: a criação do trabalho livre negro, e a
civilização deste pelo trabalho. […]”

(João Andrade Corvo, Estudos sobres as Províncias Ultramarinas, vol. III, Lisboa, 1885, pp.
57 - 58)

Doc.5 – “1885 – Imigração portuguesa e trabalho indígena.”

23
Algumas notícias sobre o tema

"Mulheres portuguesas são autênticas escravas"


2007-01-28 00:00

28-01-2007
Católica convicta e praticante, a deputada socialista considera que as mulheres têm
hoje menos razões para abortar do que há nove anos. Há mais planeamento familiar,
a medicina evoluiu e a baixa natalidade assim o requer a bem da economia nacional e
europeia. José Sócrates, garante Matilde Sousa Franco, ao JN, deu-lhe "total
liberdade" para fazer campanha pelo "não".
As mulheres portuguesas têm menos direitos que as europeias. Trabalham mais e
não recebem os mesmos apoios à maternidade que uma alemã, belga, francesa ou
austríaca. Se tivessem as mesmas condições, acredita Matilde Sousa Franco, não
seria necessário "liberalizar-se o aborto". A lei, no entanto, deveria sempre ser
mudada. "As mulheres não devem ir a tribunal em nenhuma semana de gravidez",
afirmou ao JN.
JN|Há nove anos o "Não" venceu e hoje uma das críticas do "Sim" é que não
fizeram nada...
Matilde Sousa Franco|E o que fizeram os do sim? Nada. O que se dá agora não é
uma escolha mas outra escravatura deixar matar filhos saudáveis até às dez
semanas e se for dez semanas e um dia continuam a ir para tribunal. Não quero
mulheres em tribunal em semana nenhuma de gravidez, quero é que tenham
condições para criar os filhos. As mulheres portuguesas são umas autênticas
escravas.
Uma mulher deve ser presa por abortar?
Não. De forma alguma. Temos uma lei mal feita que, como tal, deve ser emendada.
Como?
Não sou jurista, mas temos óptimos no país para emendar o problema. Uma lei que
está mal feita não pode continuar a existir .
Como se deve combater o aborto clandestino?
Esse problema é muito discutível. Em 1998 os apoiantes do Sim falavam em 200 mil
casos, hoje falam em 18 mil, mas segundo dados da Direcção-Geral de Saúde não
devem chegar a 1500 os internamentos por aborto clandestino.
Então não existe um problema?
Não, sei que os dados não são fiáveis...
Então, como deve combater- -se?
Muito facilmente, dando condições às mulheres para terem os filhos que
entenderem. Tal como a existente noutros países europeus como a Alemanha ou a
Áustria. O problema da liberalização do aborto surgiu há meio século. Hoje os
condicionalismos são totalmente diferentes o planeamento familiar é muitíssimo
bom, a ciência evoluiu imenso e os economistas dizem, por todo o mundo, que é uma

24
mais valia haver mais crianças, existirá mais mão de obra e ajudarão a pagar as
reformas. É que mesmo com milhões de imigrantes na União Europeia, em 2030
haverá falta de 20 milhões de trabalhadores na Europa a 25 e em 2050, 48
milhões. Em Portugal temos desde o início dos anos oitenta falta de um milhão de
crianças. São todos argumentos a favor do Não.
O que sentiu quando o líder do partido - José Sócrates - classificou de hipócrita a
solução defendida por si e outras duas deputadas do PS de suspensão provisória
dos processos sobre crimes de aborto?
Não senti nada, porque queria uma reforma maior mais planeamento familiar e
apoio à maternidade. Uma legislação em que não fosse possível famílias
desequilibradas tratarem mal as crianças só por serem filhos biológicas. Depois,
quando o engenheiro José Sócrates me defendeu para ser cabeça de lista por
Coimbra, informei-o das minhas ideias. Ele achou muito bem. Defendia-as na
campanha e tive a melhor votação de sempre. Pedi licença para fazer campanha
pelo não e ele também me disse que achava lindamente. Deu-me toda a liberdade.
Tem receio da abstenção?
Tenho muito receio porque a pergunta está muito confusa.
A campanha tem decorrido de forma serena e esclarecedora?
É difícil, as pessoas não admitem outras opiniões. Estive num debate onde a maioria
das pessoas era do sim e fui completamente metralhada, mas também não de me
deixar intimidar e fui dando argumentos até que as pessoas acabaram por se ir
embora com ar zangadíssimo.
O "sim" também acusa o "não" de fazer uma campanha agressiva, por exemplo os
cartazes...
Não acho nada. Que cartazes? Falar que bate um coração? Falar-se nos gastos
públicos? É a pura da realidade. No outro dia, os do Sim também trouxeram cá uma
francesa para dar conselhos sobre o aborto. Ora a França não é exemplo para
ninguém porque tem cerca de 200 mil abortos por ano, e os imigrantes
reproduzem-se muito mais que os europeus. Essa senhora teve o despudor de numa
entrevista dizer que não se fazem abortos por prazer e que há mulheres que ficam
chocadas com o produto que sai - o que é um atentado, senão à ciência, à
sensibilidade elementar.
Acha possível alguma mulher recorrer ao aborto como uma prática contraceptiva?
Acho, então não vemos tantas maltratarem crianças. Há pessoas com uma
insensibilidade enorme.
Concorda que uma mulher que tenha sido violada aborte, apesar do embrião ser
saudável?
Aceito. Se o conseguir psicologicamente óptimo, mas acho que é pedir-lhe
demasiado, afinal já foi vítima de uma barbaridade. Compreendo perfeitamente
esses casos, chamados desculpabilizantes e a igreja católica também.

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China: Polícia resgata 379 escravos de fábricas de tijolos

A polícia chinesa já recuperou 379 trabalhadores que se encontravam em


condições de escravatura em fábricas de tijolos do centro da China, nas
últimas operações nas províncias de Shanxi e Henan, noticiou hoje a imprensa
estatal.
Entre os resgatados nas duas províncias estão mais de 100 crianças, que eram
vendidas por 65 dólares (cerca de 48,85 euros), além de deficientes mentais e
idosos até 70 anos.
Na província de Shanxi, que abriga a maior parte das fábricas, foram localizados
162 escravos, enquanto outros 217 foram resgatados em Henan, local de origem de
muitos dos trabalhadores sequestrados e enganados, segundo a imprensa.
Foram detidas 120 pessoas por participação nas redes de venda de trabalhadores
em Henan e outras 25 em Shanxi, segundo a rede de televisão nacional CFTV e a
agência oficial Xinhua.
A polícia de Henan lançou uma campanha de busca e captura dos sequestradores,
que raptam pessoas em estações de comboios e autocarros para serem utilizadas
como escravos em fábricas de tijolos de províncias vizinhas.
Os polícias de Shanxi, acusados por parentes dos escravos de permitir o
funcionamento das fábricas em troca de subornos, parecem finalmente começar a
colaborar na campanha.
Segundo o jornal Xin Beijing, os menores de idade eram levados para as fábricas
com promessas de bom salário e uma vida melhor. Quando a estratégia não
funcionava, eram drogados com sonoríferos ou empurrados à força para dentro de
camionetas.
O jornal publica uma entrevista com Chai Wei, um pai que há dois meses procura o
seu filho de 17 anos, tendo já visitado mais de mil de fábricas de tijolos e gasto
todas as suas economias, sem nada descobrir.
Chai conta que enquanto procurava o filho pôde ver nas fábricas dezenas de
meninos desesperados, que pediam ajuda.
Os escravos trabalham descalços, vestidos com farrapos, às vezes alimentados só
com pão e água. São espancados se não fazem bem o trabalho ou tentam fugir, às
vezes até à morte.

Estágios são forma de escravatura


25-09-2009

26
Sem remuneração e com atribuição de funções desadequadas aos recém-
licenciados, estágios são entendidas como uma forma de exploração.
Para Natália Alves, socióloga e professora auxiliar na Faculdade de Psicologia e
Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, concluir um curso como o de
Direito, que até há pouco tempo era de cinco anos, "e ainda ter mais dois anos em
que se trabalha a custo zero" leva os jovens "a protelarem os seus projectos de
vida".
"É, de alguma forma, manter a vida em suspenso", assinalou, considerando que não
pagar aos estagiários sob o pretexto de que estão num contexto de formação "é
uma exploração da mão-de-obra", pois, no caso do Direito, "se é certo que eles não
são tão produtivos como um advogado com experiência, a verdade é que eles
produzem".
Natália Alves, que lecciona e investiga nas áreas de Sociologia da Educação e
Formação de Adultos, opõe-se também ao argumento de que a entidade que acolhe
os estagiários "lhes está a fazer um favor" por estes necessitarem do estágio para
exercerem profissões regulamentadas como Advocacia, Arquitectura, Engenharia,
Jornalismo.
"Por mais desqualificadas que sejam as funções, o facto é que eles estão realmente
a trabalhar", destacou, lamentando que muitos estagiários fiquem "completamente
enredados numa teia da qual se torna difícil sair".
Membro da unidade de Investigação e Desenvolvimento de Ciências da Educação da
Universidade de Lisboa, Natália Alves questionou ainda o facto de - como sucede
em algumas sociedades de advogados - 15 licenciados estarem a estagiar em
simultâneo.
"O estágio é suposto ser um período de formação e uma sociedade [de advogados]
que tem 15 licenciados ao mesmo tempo é duvidoso que consiga assegurar a
qualidade da formação", sublinhou a socióloga.
"A palavra exploração, com todo o seu sentido e significado, é a que melhor se
adequa a estas situações. É uma exploração de colarinho branco e nem mesmo me
repugna o uso do termo escravatura", concluiu.
Também Elísio Estanque, investigador do Centro de Estudos Sociais, laboratório
associado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, se afirmou
apreensivo com a condição dos estagiários.
Para o investigador, esta situação "insere-se no problema mais geral da
precariedade crescente no mercado de trabalho" e é "o reflexo de culturas de
prepotência e de abuso de poder".
Em declarações à Lusa, Elísio Estanque assinalou que a utilização abusiva de um
período que devia ser de formação pode estar também relacionada com "clivagens
entre 'status' académicos de grande valor simbólico - o dos estagiários - e baixas
qualificações/formação de chefias e sectores ainda relativamente estáveis".
"Isso faz com que se descarregue alguma frustração sobre o jovem estagiário e
inexperiente", afirmou.
O estagiário, por ser "aquele que mais precisa dessa pequena experiência - mesmo
sendo frustrante - para acrescentar uma linha ao currículo que pode dar acesso ao
tão sonhado emprego", acaba por ser "o elo mais fraco", na opinião do sociólogo,

27
que coordenou o programa de doutoramento em Relações de Trabalho,
Desigualdades Sociais e Sindicalismo.
Elísio Estanque considera que, "num cenário de incerteza e de pessimismo face ao
futuro, as empresas tentam proteger-se aproveitando os recursos mais à mão e
menos dispendiosos" mas essa situação é passível de gerar "insatisfação, mal-estar
e desmotivação pelo trabalho, acentuando o pessimismo e também o individualismo
negativo suportado por sentimentos de ansiedade e de medo".
"Se a aposta na formação e qualificação dos portugueses vier a ser levada a sério,
é necessário que isso se conjugue com boas práticas na liderança das
instituições/empresas e que estas passem a orientar-se para proporcionar aos
empregados e também aos recém-formados (estagiários) o acesso a uma efectiva
estabilidade e oportunidade de carreira perante o mérito e a competência
demonstradas", declarou.
Lembrando que "o acesso ao emprego e o exercício profissional continuam a ser o
eixo principal de conquista de respeito e dignidade social, além do meio
insubstituível para garantir subsistência e autonomia económica", o investigador
apontou a existência de novas formas de "servilismo e dependências laborais".
O problema atinge "um amplo leque de situações e categorias sócio-profissionais"
e, "se não for travado e interdito rapidamente, pode redundar em novas formas de
rebelião e revoltas de consequências imprevisíveis", antevê.
"Em termos políticos, tais situações põem em risco a consolidação da cidadania, o
que, aliás, vem acontecendo, levando as camadas mais jovens ao desinteresse pela
vida cívica e política", rematou.

Inquéritos

• 7º ano

28
Pergunta 1

A- Uso de pessoas em todos os tipos de trabalho


B- Pessoas mal tratadas
C- Não responde adequadamente
D- Tratar mal os escravos e sem condições
E- Fazer o que quiser com outras pessoas (escravos)
F- Fazer o que as pessoas lhe mandam
G- Usar alguém como escravo
H- Ser obrigado a trabalhar sem nada em troca
I- E fazer pouco dos outros
J- E abusar das pessoas
K- Não respondeu
L- Exploração
M- Trabalhos duros
N- Violência
O- Não ter liberdade
P- Sem condições

Pergunta 2

A- Trabalhar mais de 8 h.

B- Trabalhar sem condições

C- Trabalhar sem paragens

D- Trabalhar mais de 16h.

E- Trabalhar em recintos fechados

F- Prestando serviços

Pergunta 3

N.R.A.- Não responde adequadamente

29
Pergunta 3.1

N.R.A- Não responde adequadamente

N.R.- Não responde

Pergunta 3.2

N.R.- Não respondeu

N.R.C.- Não respondeu adequadamente

A- Agora é proibido e a polícia anda atrás deles

B- Antigamente era pior

Pergunta 4

A- Em todo o Mundo
B- Em lado nenhum
C- Em determinados países
Quais?

A- Pobres
B- África
C- Angola
D- América
E- Não respondeu
F- Iraque

Pergunta 5

30
A- Não sei

B- A alteralaçao nos países mais pobres

C- Contar com as autoridades

D- Mudar as pessoas

E- Existire apoios contra a escravatura

F- Castigar os patrões

G- Não respondeu

H- Nada

I- Diereitos humanos

J- Fazer revoluções

K- Melhorar a forma de vida

L- Não respondeu correctamente

• 8º ano

Pergunta 1

A- Pessoas que trabalham involuntariamente em troca de nada

B- Obrigação de trabalho sem paragem

31
C- Exploração

D- Não ter direitos e só tem deveres

E- Não responde adequadamente

F- Não responde

G- Não ter liberdade

H- Trabalhar sem condições de segurança

I- Obrigar a trabalhar de forma desumana

J- Massacro humano

Pergunta 2

A- Trabalhar mais de 8h

B- Trabalhar mais de 16h

C- Trabalhar sem paragens

D- Trabalhar sem condições de segurança

32
E- Trabalhar em recintos fechados

F- Trabalhar prestando serviços

Pergunta 3

Pergunta 3.1.

A- Em certos países

B- Antigamente era pior

C- Pensa que não

D- Não

E- Mais ou menos

F- Não sabe

G- Sim

H- É ilegal

I- Não responde

J- É igual

K- Já não é tanto como no passado

Pergunta 3.2.

33
N.R.A.- Não responde adequadamente

N.R.- Não responde

Pergunta 4

Quais?

Pergunta 5

A- Fazer inspecções

B- Não sabe

C- Não responde

D- Dar mais liberdade

E- Prender os mafiosos

F- Estar atento

G- Trabalhar por vontade própria

H- Arranjar melhores condições

I- Proibir a escravatura

J- Educar bem os filhos

K- Controlar mais

L- Fazer leis para minimizar a escravatura

• 9º ano

Pergunta 1

34
• 11º ano

Pergunta 1

A- Obrigar a trabalhar, sem estes quererem

B- Abusar das pessoas

C- Exploração

D- Não ter direitos de trabalho

E- Falta de liberdade

F- Resposta inadequada

G- Não respondeu

H- Maus tratos

Pergunta 2

A- Trabalham mais de 8horas

B- Trabalham mais de 16horas

C- Trabalham sem paragens

D- Trabalham sem condições de segurança

E- Trabalham em recintos fechados

F- Trabalham prestando serviços

35
Pergunta 3

Pergunta 3.1.

A- Não é igual à escravatura de antigamente

B- Mais ou menos

C- É igual à de antigamente em certas regiões do mundo

D- Sim é igual à de antigamente

Pergunta 4

A- Em todo o mundo

B- Em lado nenhum

C- Em determinados países

Quais?

N.R.- Não respondeu

Pergunta 5

36
A- Não respondeu

B- Ter mais informações sobre a escravatura, para detectar e tratar esses


problemas

C- Resposta inadequada

D- Mais fiscalizações

E- Os escravos deviam lutar contra a situção

F- Havendo igualdade entre todos

• 12º ano

Conclusão

Com os inquéritos do 7º ano podemos concluir que na pergunta 1, a maioria


diz que a escravtura é fazer o que se quer com outras pessoas, abusar das pessoas,
violência e não ter liberdade. Na pergunta 2, 22 pessoas dizem que a escravidão é
trabalhar sem condições de segurança, 24 pessoas dizem que é trabalhar sem

37
paragens e 18 pessoas dizem que é trabalhar mais de 16 horas. Na pergunta 3, 18
dos inquiridos, dizem que ainda há escravatura mas, 4 deles dizem que não há. Na
3.1., 9 pessoas dizem que não é igual e 8 dizem que é igual. Na 3.2, dizem que
antigamente era pior fizeram questão de salienter que agora a escravatura é
proibida e que a polícia anda em cima dos traficantes de escravos. Na 4, 15 pessoas
dizem que há escravatura em todo o mundo, 10 dizem que só há em determinados
países, entre os quais, África, Angola América, etc. Na 5, dizem que se deve fazer
apoios contra a escravatura, contactar os países pobres e que se deve castigar os
patrões.

Com os do 8º ano, ficamos a saber que acham que a escravatura é trabalhar


em troca de nada, é explorar as pessoas, não ter liberdade e é obrigar a trabalhar
e forma desumana. Na pergunta 2, 20 pessoas, acham que trabalhar mais de
16horas, é uma forma de escravatura,24 pessoas dizem que é trabalhar sem
paragens e 19 pessoas dizem que é trabalhar sem condições de segurança.Na 3, 25
pessoas dizem que ainda há escravatura e, apenas 1 diz que não há, dizendo na 3.1.,
que já não há tanto como no passado e que antigamente era pioe. Na 4, 18 pessoas
dizem que há escravatura em todo o mundo, 8 dizem que só em determinados
países, como a Ásia e os países mais pobres. Na pergunta 5, acham que se deve
fazer inspecções, proibir a escravatura, prender os “mafiosos”, etc.

Com os inquéritos do 9º ano, ficamos a saber que, 17 pessoas acham que


escravatura é obrigar a trabalhar sem as pessoas quererem, e sem receberem
ordenados, é ter falta de liberdadee sem direitos cde trabalho. Na 2, 19 pessoas
acham que trablhar mais de 16horas é escravatura, 20, acham que é trabalhar sem
paragens e 16, acham que é trabalhar sem condições de segurança. Na 3, 25
pessoas acham que ainda há escravatura e, apenas uma diz que não há. Na 3.1., 17
pessoas acham que a escravatura de antigamente era pior, era parecida mas, 5
pessoas acham que é igual à de antigamente.na 4, 17 pessoas dizem que há
escravatura em todo o mundo, 8 dizem que só há em determinados países como os
países africanos, Índi, China,Ásia e países em desenvolvimento. Na 5, acham que
para acabar a escravtura se deve estar alerta, fazer leis contra a escravatura e
fazer mais fiscalizações pelo governo.

Com os inquéritos ficamos a saber que, no 10º ano, 6 dos inquiridos


responderam à pergunta 1 dizendo que a escravatura é obrigar as pessoas a
trabalhar em troca de nada e os restantes dizem que é falta de liberdade, racismo
e até exploraçao. Na pergunta 2, 23 dos inquiridos consideram que trabalhar sem
condiçoes de segurança é escravatura, 19 pessoas dizem que é trabalhar sem
paragens, 16 pessoas dizem que a escravidão é trabalhar mais de 16 horas e 12
pessoas consideram trabalhar em recintos fechados, prestar serviços e trabalhar

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mais de 8 horas. Na pergunta 3, 24 dos 26 inquiridos disseram que actualmente
ainda existe escravatura. Na pergunta 3.1., muitos desses alunos dizem que não é
igual à de antigamente, e os restantes dizem que antigamente era pior, e que não é
totalmente igual. Na pergunta 3.2., a maioria não respondeu a esta questão, outros
3 inquiridos dizem que agora não é tão sacrificante. Na questão 4, 16 pessoas
dizem que há escravatura em todo o mundo, 12 pessoas dizem que só há em
determinados países, como em África, Ásia, América do sul e nos países pobres. Na
resposta à 5, dizem que para minimizar este problema, tem de contactar a ASAE,
ajudar os países em desenvolvimento, publicar leis para minimizar a escravatura,
uma maior controlação do ministério.

Com os inquérito do 11º ano, ficamos a saber que, na pergunta 1, 7 pessoas


acham que a escravatura é explorar as pessoas, 3 pessoas dizem que é maus tratos
e 2 pessoas dizem que é não ter direitos no trabalho. Na 2, 15 inquiridos acham
que trabalhar mais de 16horas é uma forma de escravatura e 16 acham que é
trabalhar sem condições de segurança. Na 3, todos responderam que ainda há
escravatura e na 3.1., 12 pessoas acham que a escravatura de agora não é igual à de
antigamente, mas outras dizem que em certas regiões é igual à de antigamente. Na
4,13 pessoas dizem que há escravatura em todo o mundo e 7 dizem que só há em
certos países como a América, Ásia, Europa e nos países ocidentais. Na 5, eles
dizem que devia haver mais fiscalizações, tinha de haver igualdade entre todos e
que os escravos deviam lutar contra a situação.

Infografia

http://www.minerva.uevora.pt/publicar/racismo/racista_eu.htm

http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/escravidao-na-antiguidade-
classica.htm#

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http://www.ciranda.net/spip/article1306.html

http://volensamerica.org/Escravidao-moderna.html?lang=es

http://1.bp.blogspot.com/_5W-
tkYEjd90/RaLbrLoosOI/AAAAAAAAAL4/g20fj1AvFc4/s400/escravatura
%2B2.jpg

http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=686758

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=281047&page=1

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1372263

http://www.blogers.com.br/resumo-da-abolicao-da-escravatura/

http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia
_trab/abolicaoescravatura.htm

Também fomos a clipart do programa Microsoft Office 2007 e escrevemos Luz .

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