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Introdução……………………………………………………………………………………………………………….2
Escravatura o que é?....................................................................................................4
Nascimento da escravatura……………………………………………………………………………….…6
Castigo aos esravos…………………………………………………………..……………………………………….7
Os priomerios a preocuparem-se com a escrvatura ……………….......…………………..9
Escravatura de antigamente …………………………………………………………………………………14
Escravatura moderna…….………………………………………………………………………………………..15
Abolição……………………………………………………………..…………………….………………………………..19
Libertos e serviços ………………………………………………………………………………………………..28
Regime de trabalho nas colónias ……………………….……………..……..….……………………….31
Algumas notícias sobre a escravatura …………………………….………..……………………….35
Inquéritos ……………………….………………………………..……………………………………………………..40
Poemas……………………………………………………………………………………………………………………….53
Conclusão……………………….…………………………………..….…..………….………………………………….53
Infografia…………………………………………………….…………………………………………………………57
Introdução
1
É sabido que os homens escravizados tinham uma vida de
solidão, que eram maltratados e, que não comiam quase nada
durante uma semana inteira. Muitos morriam à fome. As mulheres
trabalhavam nas casas, nos trabalhos domésticos. Com o passar dos
anos, as mulheres escravizadas começaram a ser obrigadas a
prostituir-se e, as que recusassem a toda a força, acabavam por
serem mortas. Os filhos mais pequenos também não tinham melhor
destino. Uns trabalhavam em minas e outros eram logo mortos por
terem doenças e assim não davam despesas.
Escravatura – o que é?
2
Se consultarmos o dicionário encontramos: escravatura – comércio de
escravos, escravidão. Esta é uma definição que diz muito pouco acerca desta
prática comercial, política e social. Vamos descrever um pouco no que consiste
escravizar as pessoas.
3
4
Fig.3 – Escrava a ser leiloada na Antiguidade, por Jean-Léon Gérôme.
Nascimento da escravatura
5
No Egipto, as condições de existência dos escravos eram de certa forma
amenizadas pela lei, o que lhes possibilitava mesmo a adopção de um nome
egípcio e a fusão social com a massa camponesa do país, os felahs. Eram
sobretudo estrangeiros, vítimas da guerra, de cativeiro ou bandidos.
Vamos fazer uma pequena abordagem sobre alguns castigos dos escravos.
6
pelos rufos do tambor. E a grande multidão reunia-se na praça do pelourinho
para assistir ao castigo do carrasco abater-se sobre o corpo do próprio escravo
condenado, que ali ficava exposto á execração pública. A multidão excitada
aplaudia, enquanto o chicote abria estrias de sangue no dorso nu do negro
escravo.
• Esfaqueavam o corpo
• Marcas de ferro em brasa
• Mutilações;
• Estupros de negras escravas;
• Castração;
• Amputação de seios;
• Fracturas dos dentes a marteladas;
• ...
Castigos chineses
Um testemunho
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Fig.10 – Gargalheira, instrumento de suplício,
Fig.8 – O tronco, onde Fig.9 – Libambo Fig.11 – outros
formado por dois semicírculos, era colocado
eram condenados os de cativos em objectos de
em torno do pescoço do escravo que se
escravos. viagem. tortura
queria punir.
Primeiros homens
preocupado s com a
escravatura
B artolomeu de Las
Casas
8
Frei Bartolomeu de Las Casas nasceu em Sevilha, no ano de 1472 e
morreu em Madrid, a 17 de Julho de 1566, foi um frade e um grande defensor
dos índios. Era filho de um modesto comerciante.foi um grande protector para os
escravos.
Escravatura antigamente T
es formas durante a Antigüidade.
9
O Império Romano foi uma das sociedades antigas onde a utilização da mão-de-
obra escrava teve sua mais significativa importância. Em geral, os escravos
trabalhavam nas propriedades dos patrícios, grupo social romano que detinha o
controle da maior parte das terras cultiváveis do império. Assim como em Atenas,
o escravo romano também poderia exercer diferentes funções ou adquirir a sua
própria liberdade. A única restrição jurídica contra um ex-escravo impedia-o de
exercer qualquer cargo público.
Escravatura Moderna
10
ao A abolição no Brazil
Peia
Por mais que a Princesa Isabel tenha ficado com fama de boazinha na história, o
real motivo para a abolição da escravatura não foi “bondade” e sim econômico.
Quando o Brasil estava crescendo economicamente com as lavouras e vários
escravos trabalhando nelas, os ingleses estavam dominando território africano,
fazendo colônias e mais colônias. Com tudo, não era lucrativo para a Inglaterra ter
a população de suas colônias sendo “roubadas” por exploradores de outros países
para serem usados como mão-de-obra escrava eu uma colônia na América. Por isso,
exigiu à coroa portuguesa que o tráfico negreiro para o Brasil fosse proibido,
ameaçando suas alianças políticas e econômicas. Com vista disso, a princesa Isabel
resolveu abolir a escravatura, tornando o escravo que aqui vivia livre e impedindo o
tráfico negreiro, para concordar com o contrato inglês.
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Causas que levam à abolição da escravatura
O primeiro passo
A luta pela abolição da escravatura
Um dos capítulos mais apaixonantes, polémicos e gloriosos, da história
moderna foi o que conduziu à abolição do tráfico negreiro e a total supressão
da escravatura no decorrer do século XIX.
12
aquém daquele gerado por homens livres. Viam-na como parte de um sistema
de monopólio e privilégio especial, onde um homem desprovido de liberdade
não tinha nenhuma oportunidade de garantir a propriedade do que quer que
fosse e que seu interesse em trabalhar era o mínimo possível.
Mais radical do que ele foi o pensamento de J.J. Rousseau (in Le Contrat
Social, 1762) para quem “os homens haviam nascido livres e iguais” e que a
renúncia da liberdade equivalia a renúncia da vida. Como a escravatura
repousava sempre a força bruta “...os escravos não tinham nenhuma obrigação
ou dever para com os seus amos”.
13
Abolition Act) que libertou 776 mil homens, mulheres e crianças. Nesse período
a Inglaterra declarou guerra aberta ao tráfico. Nenhum barco negreiro poderia
mais singrar os oceanos sem ser vistoriado (Aberdeen Act). Se fosse capturado
os escravos deveriam ser devolvidos. Por pressão inglesa, o Brasil finalmente
concordou em abolir com o tráfico pela Lei Eusébio de Queirós, em 1850.
Mesmo assim, continuou recebendo, em desembarques clandestinos, braços
contrabandeados, o que gerou sérios atritos com a marinha inglesa.
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O Fontismo e, de certa maneira, já o Cabralismo antes dele, tentaram nas
províncias ultramarinas, conquanto de forma muito mais moderada, o que
procuravam realizar na Metrópole, isto é, o desenvolvimento das infra-
estruturas como meio de fomento do comércio e da agricultura. Esta política foi
efectivada quase sem interrupções até à revolução de 1910 e, depois,
continuada pelos governos republicanos. Só nos fins da década de 1860 e
começos da de 70 é que as necessidades ou as preocupações de economias
fizeram afrouxar os investimentos públicos nas colónias.
As primeiras preocupações
A questão da escravatura pairou sobre toda administração colonial
portuguesa até ao século XX. Em boa verdade, e de forma mais disfarçada,
prolongou-se mesmo até à década de 1950. Claro que Portugal não se
encontrava isolado perante esse problema que todas as nações coloniais, com
maior ou menor intensidade, tiveram de resolver também.
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Os decretos do governo da metrópole, por conseguinte, iam causar
resistência e descontentamento generalizado. Durante muitas décadas, a
efectuação de uma política anti-escravos teve muito de sonho e utopia…
(Manuel Pinheiro Chagas, As Colónias Portuguesas no século XIX – 1811 a 1890, Lisboa,
1890, pp. 125 – 126)
“Tendo sido promulgadas nos últimos vinte e dois anos muitas e eficazes
providências tendentes a aproximar a época em que, sem prejudicar direitos
consagrados pela organização social de outras eras, se possa acabar
inteiramente nas províncias ultramarinas com o estado de escravidão, cuja
duração indeterminada se torna incompatível com os princípios proclamados na
Carta Constitucional da Monarquia; considerando, que para complemento deste
sistema, que com tanto empenho e perseverança se tem seguido, cumpre
estabelecer ao menos um limite aquela duração, pois que as actuais
circunstancias da Fazenda Publica não permitem pôr-lhe termo desde já;
considerando que, não podendo o conjunto das aludidas providências deixar de
produzir o resultado de se ir constante e consideravelmente diminuindo o número
dos escravos nas referidas províncias, há por consequência todo o fundamento
para esperar que no fim do prazo de vinte anos esse número se ache a tal ponto
reduzido, que as indemnizações que se houverem de pagar aos legítimos
senhores dos que ainda então existirem, para a todos, sem excepção se dar
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liberdade, poderão ser satisfeitos com uma quantia moderada; considerando que,
deste modo, já se pode fixar o dia em que semelhante estado seja
completamente extinto nas mesmas províncias, e consequentemente em toda a
monarquia portuguesa; considerando, finalmente, o que foi proposto pelo
Conselho Ultramarino em consulta de 17 de Novembro de 1854; Hoje por bem,
usando da faculdade conferida pelo artigo décimo quinto, paragrafo primeiro do
Acto Adicional à Carta Constitucional da Monarquia, depois de ouvir o Conselho
de Ministros, decretar o seguinte:
Artigo 1.º O estado de escravidão ficará inteiramente abolido em todas as
províncias portuguesas do ultramar, sem excepção alguma, no dia em que se
completarem vinte anos, contados da data deste Decreto.
Artigo 2.º As pessoas que, no dia designado no artigo precedente para a total
abolição do estado de escravidão nas províncias ultramarinas, ainda ali
possuírem escravos, serão indemnizados do valor deles pela forma que uma Lei
especial determinará.
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Ainda sobre o tratado anglo-português, passo a transcrever um texto
acerca desse assunto:
“No dia 13 de Julho firmou-se enfim o célebre tratado em que as duas nações –
Portugal e Inglaterra – se uniram para pôr termo ao tráfico da escravatura. Esse
tratado dava o direito aos navios de guerra das duas nações, munidos dos
documentos necessários que a isso autorizassem, de visitar os navios de uma e de
outra nação que fossem suspeitos de escravatura, e estabelecia comissões mistas
compostas de indivíduos das duas nações em número igual que julgassem os casos
de escravatura, e apreciassem o procedimento dos oficiais de marinha que
apressassem os navios suspeitos. O governo português declarou que passaria a
considerar como piratas o tráfico da escravatura. Era firmado o tratado pelo duque
de Palmela e por Lord Howard de Walden.”
(Manuel Pinheiro Chagas, As Colónias Portuguesas no século XIX [1811 a 1890], Lisboa,
1890, pp. 82 - 83)
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Um Chocolateiro inglês, de nome William Cadbury recebeu o encargo de
investigar o assunto. Esteve em Lisboa, em S.Tomé e Príncipe e em Angola
escrevendo e publicando posteriormente um relatório que causou grande
agitação no momento, onde atacava as formas existentes de contrato de mão-
de-obra, comparando-as com completa escravatura.
Fig.23 – William Cadbury, marcante pela sua posição contra os métodos portugueses usados nas
colónias.
19
qual o chocolateiro Cadbury, ao abrigo do tratado anglo-português, introduziu-
se nesta ilha e fez um polémico relatório com a descrição das condições dos
trabalhadores (escravos). Está todo este cenário desenhado no Equador, livro
que adorei ler e que recomendo.
(João de Andrade Corvo, Estudos sobre as Províncias Ultramarinas, vol. I, Lisboa, 1883, pp.
114 - 116)
20
civilizacionais. Mais ou menos todas as potências coloniais da época perfilhavam
este ponto de vista, defendendo que o trabalho representava uma obrigação
moral e legal.
21
de Norton de Matos e de alguns sucessores seus foi sendo, aos poucos, posta
de parte, esquecida, ou simplesmente revogada. E as tais «formas disfarçadas»
de escravatura voltaram a nascer aqui e além.
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uma taxa, por vezes muito elevada, de mortalidade, entre esses emigrantes (4
a 5 % na década de Vinte).
“ […] Um dos grandes males das nossas colónias é este. Faltam verdadeiros
colonos. A imigração portuguesa busca a América e não a África. Há razões para
isso; e essas, essencialmente práticas, não se destroem com vãs declamações. A
emigração é uma lei natural da humanidade. A liberdade de emigrar é um
direito; o uso desse direito não pode ser sujeito a restrições, senão aquelas que
tenham por fim proteger os incautos e evitar fraudes e enganos. Mas, por isso
mesmo que a liberdade de emigrar é um direito, por isso mesmo não está
dependente senão dos impulsos do próprio interesse. Querê-lo sujeitar a regras,
querer estabelecer preceitos contra a liberdade individual. Se queremos atrair a
emigração, - uma emigração sã e válida. E o país prepara-se pela construção de
caminhos; pelo estabelecimento de comunicações para os territórios mais
produtivos e mais solubres; pelo melhoramento das condições higiénicas; pela
atracção lucrativa dos capitais; pela criação de uma população nativa, que
livremente trabalha, e que venha a interessar-se pela prosperidade dos colonos,
partilhando com eles as vantagens da civilização. Não há meio termo: ou fazer
dos negros trabalhadores livres, e civiliza-los por exemplo, pela doutrinação, pelo
trabalho; ou repelir as populações indígenas, sacrifica-las ao nosso interesse e
ocupar o solo que elas abandonarem. É assim que sucedeu na América do Norte
e na Austrália. Mas, aqui na África, há outro inimigo a combater, e esse
invencível, é o clima, que inabilita o colono europeu a entregar-se aos trabalhos
rudes do campo. Isso explica, mas não justifica a escravidão. Porém, hoje, esse
estado degradante não pode continuar; a moral e a civilização não o consentem.
Em tal caso não há senão uma solução: a criação do trabalho livre negro, e a
civilização deste pelo trabalho. […]”
(João Andrade Corvo, Estudos sobres as Províncias Ultramarinas, vol. III, Lisboa, 1885, pp.
57 - 58)
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Algumas notícias sobre o tema
28-01-2007
Católica convicta e praticante, a deputada socialista considera que as mulheres têm
hoje menos razões para abortar do que há nove anos. Há mais planeamento familiar,
a medicina evoluiu e a baixa natalidade assim o requer a bem da economia nacional e
europeia. José Sócrates, garante Matilde Sousa Franco, ao JN, deu-lhe "total
liberdade" para fazer campanha pelo "não".
As mulheres portuguesas têm menos direitos que as europeias. Trabalham mais e
não recebem os mesmos apoios à maternidade que uma alemã, belga, francesa ou
austríaca. Se tivessem as mesmas condições, acredita Matilde Sousa Franco, não
seria necessário "liberalizar-se o aborto". A lei, no entanto, deveria sempre ser
mudada. "As mulheres não devem ir a tribunal em nenhuma semana de gravidez",
afirmou ao JN.
JN|Há nove anos o "Não" venceu e hoje uma das críticas do "Sim" é que não
fizeram nada...
Matilde Sousa Franco|E o que fizeram os do sim? Nada. O que se dá agora não é
uma escolha mas outra escravatura deixar matar filhos saudáveis até às dez
semanas e se for dez semanas e um dia continuam a ir para tribunal. Não quero
mulheres em tribunal em semana nenhuma de gravidez, quero é que tenham
condições para criar os filhos. As mulheres portuguesas são umas autênticas
escravas.
Uma mulher deve ser presa por abortar?
Não. De forma alguma. Temos uma lei mal feita que, como tal, deve ser emendada.
Como?
Não sou jurista, mas temos óptimos no país para emendar o problema. Uma lei que
está mal feita não pode continuar a existir .
Como se deve combater o aborto clandestino?
Esse problema é muito discutível. Em 1998 os apoiantes do Sim falavam em 200 mil
casos, hoje falam em 18 mil, mas segundo dados da Direcção-Geral de Saúde não
devem chegar a 1500 os internamentos por aborto clandestino.
Então não existe um problema?
Não, sei que os dados não são fiáveis...
Então, como deve combater- -se?
Muito facilmente, dando condições às mulheres para terem os filhos que
entenderem. Tal como a existente noutros países europeus como a Alemanha ou a
Áustria. O problema da liberalização do aborto surgiu há meio século. Hoje os
condicionalismos são totalmente diferentes o planeamento familiar é muitíssimo
bom, a ciência evoluiu imenso e os economistas dizem, por todo o mundo, que é uma
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mais valia haver mais crianças, existirá mais mão de obra e ajudarão a pagar as
reformas. É que mesmo com milhões de imigrantes na União Europeia, em 2030
haverá falta de 20 milhões de trabalhadores na Europa a 25 e em 2050, 48
milhões. Em Portugal temos desde o início dos anos oitenta falta de um milhão de
crianças. São todos argumentos a favor do Não.
O que sentiu quando o líder do partido - José Sócrates - classificou de hipócrita a
solução defendida por si e outras duas deputadas do PS de suspensão provisória
dos processos sobre crimes de aborto?
Não senti nada, porque queria uma reforma maior mais planeamento familiar e
apoio à maternidade. Uma legislação em que não fosse possível famílias
desequilibradas tratarem mal as crianças só por serem filhos biológicas. Depois,
quando o engenheiro José Sócrates me defendeu para ser cabeça de lista por
Coimbra, informei-o das minhas ideias. Ele achou muito bem. Defendia-as na
campanha e tive a melhor votação de sempre. Pedi licença para fazer campanha
pelo não e ele também me disse que achava lindamente. Deu-me toda a liberdade.
Tem receio da abstenção?
Tenho muito receio porque a pergunta está muito confusa.
A campanha tem decorrido de forma serena e esclarecedora?
É difícil, as pessoas não admitem outras opiniões. Estive num debate onde a maioria
das pessoas era do sim e fui completamente metralhada, mas também não de me
deixar intimidar e fui dando argumentos até que as pessoas acabaram por se ir
embora com ar zangadíssimo.
O "sim" também acusa o "não" de fazer uma campanha agressiva, por exemplo os
cartazes...
Não acho nada. Que cartazes? Falar que bate um coração? Falar-se nos gastos
públicos? É a pura da realidade. No outro dia, os do Sim também trouxeram cá uma
francesa para dar conselhos sobre o aborto. Ora a França não é exemplo para
ninguém porque tem cerca de 200 mil abortos por ano, e os imigrantes
reproduzem-se muito mais que os europeus. Essa senhora teve o despudor de numa
entrevista dizer que não se fazem abortos por prazer e que há mulheres que ficam
chocadas com o produto que sai - o que é um atentado, senão à ciência, à
sensibilidade elementar.
Acha possível alguma mulher recorrer ao aborto como uma prática contraceptiva?
Acho, então não vemos tantas maltratarem crianças. Há pessoas com uma
insensibilidade enorme.
Concorda que uma mulher que tenha sido violada aborte, apesar do embrião ser
saudável?
Aceito. Se o conseguir psicologicamente óptimo, mas acho que é pedir-lhe
demasiado, afinal já foi vítima de uma barbaridade. Compreendo perfeitamente
esses casos, chamados desculpabilizantes e a igreja católica também.
25
China: Polícia resgata 379 escravos de fábricas de tijolos
26
Sem remuneração e com atribuição de funções desadequadas aos recém-
licenciados, estágios são entendidas como uma forma de exploração.
Para Natália Alves, socióloga e professora auxiliar na Faculdade de Psicologia e
Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, concluir um curso como o de
Direito, que até há pouco tempo era de cinco anos, "e ainda ter mais dois anos em
que se trabalha a custo zero" leva os jovens "a protelarem os seus projectos de
vida".
"É, de alguma forma, manter a vida em suspenso", assinalou, considerando que não
pagar aos estagiários sob o pretexto de que estão num contexto de formação "é
uma exploração da mão-de-obra", pois, no caso do Direito, "se é certo que eles não
são tão produtivos como um advogado com experiência, a verdade é que eles
produzem".
Natália Alves, que lecciona e investiga nas áreas de Sociologia da Educação e
Formação de Adultos, opõe-se também ao argumento de que a entidade que acolhe
os estagiários "lhes está a fazer um favor" por estes necessitarem do estágio para
exercerem profissões regulamentadas como Advocacia, Arquitectura, Engenharia,
Jornalismo.
"Por mais desqualificadas que sejam as funções, o facto é que eles estão realmente
a trabalhar", destacou, lamentando que muitos estagiários fiquem "completamente
enredados numa teia da qual se torna difícil sair".
Membro da unidade de Investigação e Desenvolvimento de Ciências da Educação da
Universidade de Lisboa, Natália Alves questionou ainda o facto de - como sucede
em algumas sociedades de advogados - 15 licenciados estarem a estagiar em
simultâneo.
"O estágio é suposto ser um período de formação e uma sociedade [de advogados]
que tem 15 licenciados ao mesmo tempo é duvidoso que consiga assegurar a
qualidade da formação", sublinhou a socióloga.
"A palavra exploração, com todo o seu sentido e significado, é a que melhor se
adequa a estas situações. É uma exploração de colarinho branco e nem mesmo me
repugna o uso do termo escravatura", concluiu.
Também Elísio Estanque, investigador do Centro de Estudos Sociais, laboratório
associado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, se afirmou
apreensivo com a condição dos estagiários.
Para o investigador, esta situação "insere-se no problema mais geral da
precariedade crescente no mercado de trabalho" e é "o reflexo de culturas de
prepotência e de abuso de poder".
Em declarações à Lusa, Elísio Estanque assinalou que a utilização abusiva de um
período que devia ser de formação pode estar também relacionada com "clivagens
entre 'status' académicos de grande valor simbólico - o dos estagiários - e baixas
qualificações/formação de chefias e sectores ainda relativamente estáveis".
"Isso faz com que se descarregue alguma frustração sobre o jovem estagiário e
inexperiente", afirmou.
O estagiário, por ser "aquele que mais precisa dessa pequena experiência - mesmo
sendo frustrante - para acrescentar uma linha ao currículo que pode dar acesso ao
tão sonhado emprego", acaba por ser "o elo mais fraco", na opinião do sociólogo,
27
que coordenou o programa de doutoramento em Relações de Trabalho,
Desigualdades Sociais e Sindicalismo.
Elísio Estanque considera que, "num cenário de incerteza e de pessimismo face ao
futuro, as empresas tentam proteger-se aproveitando os recursos mais à mão e
menos dispendiosos" mas essa situação é passível de gerar "insatisfação, mal-estar
e desmotivação pelo trabalho, acentuando o pessimismo e também o individualismo
negativo suportado por sentimentos de ansiedade e de medo".
"Se a aposta na formação e qualificação dos portugueses vier a ser levada a sério,
é necessário que isso se conjugue com boas práticas na liderança das
instituições/empresas e que estas passem a orientar-se para proporcionar aos
empregados e também aos recém-formados (estagiários) o acesso a uma efectiva
estabilidade e oportunidade de carreira perante o mérito e a competência
demonstradas", declarou.
Lembrando que "o acesso ao emprego e o exercício profissional continuam a ser o
eixo principal de conquista de respeito e dignidade social, além do meio
insubstituível para garantir subsistência e autonomia económica", o investigador
apontou a existência de novas formas de "servilismo e dependências laborais".
O problema atinge "um amplo leque de situações e categorias sócio-profissionais"
e, "se não for travado e interdito rapidamente, pode redundar em novas formas de
rebelião e revoltas de consequências imprevisíveis", antevê.
"Em termos políticos, tais situações põem em risco a consolidação da cidadania, o
que, aliás, vem acontecendo, levando as camadas mais jovens ao desinteresse pela
vida cívica e política", rematou.
Inquéritos
• 7º ano
28
Pergunta 1
Pergunta 2
A- Trabalhar mais de 8 h.
F- Prestando serviços
Pergunta 3
29
Pergunta 3.1
Pergunta 3.2
Pergunta 4
A- Em todo o Mundo
B- Em lado nenhum
C- Em determinados países
Quais?
A- Pobres
B- África
C- Angola
D- América
E- Não respondeu
F- Iraque
Pergunta 5
30
A- Não sei
D- Mudar as pessoas
F- Castigar os patrões
G- Não respondeu
H- Nada
I- Diereitos humanos
J- Fazer revoluções
• 8º ano
Pergunta 1
31
C- Exploração
F- Não responde
J- Massacro humano
Pergunta 2
A- Trabalhar mais de 8h
32
E- Trabalhar em recintos fechados
Pergunta 3
Pergunta 3.1.
A- Em certos países
D- Não
E- Mais ou menos
F- Não sabe
G- Sim
H- É ilegal
I- Não responde
J- É igual
Pergunta 3.2.
33
N.R.A.- Não responde adequadamente
Pergunta 4
Quais?
Pergunta 5
A- Fazer inspecções
B- Não sabe
C- Não responde
E- Prender os mafiosos
F- Estar atento
I- Proibir a escravatura
K- Controlar mais
• 9º ano
Pergunta 1
34
• 11º ano
Pergunta 1
C- Exploração
E- Falta de liberdade
F- Resposta inadequada
G- Não respondeu
H- Maus tratos
Pergunta 2
35
Pergunta 3
Pergunta 3.1.
B- Mais ou menos
Pergunta 4
A- Em todo o mundo
B- Em lado nenhum
C- Em determinados países
Quais?
Pergunta 5
36
A- Não respondeu
C- Resposta inadequada
D- Mais fiscalizações
• 12º ano
Conclusão
37
paragens e 18 pessoas dizem que é trabalhar mais de 16 horas. Na pergunta 3, 18
dos inquiridos, dizem que ainda há escravatura mas, 4 deles dizem que não há. Na
3.1., 9 pessoas dizem que não é igual e 8 dizem que é igual. Na 3.2, dizem que
antigamente era pior fizeram questão de salienter que agora a escravatura é
proibida e que a polícia anda em cima dos traficantes de escravos. Na 4, 15 pessoas
dizem que há escravatura em todo o mundo, 10 dizem que só há em determinados
países, entre os quais, África, Angola América, etc. Na 5, dizem que se deve fazer
apoios contra a escravatura, contactar os países pobres e que se deve castigar os
patrões.
38
mais de 8 horas. Na pergunta 3, 24 dos 26 inquiridos disseram que actualmente
ainda existe escravatura. Na pergunta 3.1., muitos desses alunos dizem que não é
igual à de antigamente, e os restantes dizem que antigamente era pior, e que não é
totalmente igual. Na pergunta 3.2., a maioria não respondeu a esta questão, outros
3 inquiridos dizem que agora não é tão sacrificante. Na questão 4, 16 pessoas
dizem que há escravatura em todo o mundo, 12 pessoas dizem que só há em
determinados países, como em África, Ásia, América do sul e nos países pobres. Na
resposta à 5, dizem que para minimizar este problema, tem de contactar a ASAE,
ajudar os países em desenvolvimento, publicar leis para minimizar a escravatura,
uma maior controlação do ministério.
Infografia
http://www.minerva.uevora.pt/publicar/racismo/racista_eu.htm
http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/escravidao-na-antiguidade-
classica.htm#
39
http://www.ciranda.net/spip/article1306.html
http://volensamerica.org/Escravidao-moderna.html?lang=es
http://1.bp.blogspot.com/_5W-
tkYEjd90/RaLbrLoosOI/AAAAAAAAAL4/g20fj1AvFc4/s400/escravatura
%2B2.jpg
http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=686758
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=281047&page=1
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1372263
http://www.blogers.com.br/resumo-da-abolicao-da-escravatura/
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia
_trab/abolicaoescravatura.htm
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