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definida para cada tipo de artigo, devendo-se para tal seguir os seguintes
indicadores1:
1. Especificação do artigo;
2. Referenciação do artigo;
3. Codificação do artigo;
4. Data de aquisição;
5. Empresa fornecedora;
6. Características técnicas de funcionamento;
7. Limitações técnicas;
8. Cuidados de limpeza;
9. Normas de manutenção;
10. Avarias (data, tipo e causa);
11. Reparações (data, tipo, entidade responsável e data de entrega);
Num inventário, a codificação permite dividir os materiais por grupos de utilização
específica, facilitando a sua localização espacial em armazém. Neste sentido, para o
caso das instalações desportivas, podemos apresentar a seguinte divisão:
Material desportivo: balizas, tabelas, marcadores electrónicos,
bancos de suplentes;
Subresselentes específicos: peças de reserva dos equipamentos
fornecidas pelos respectivos fabricantes;
Peças de reserva comuns: peças disponíveis do mercado com
aplicação em vários equipamentos (ex: rolamentos, filtros, válvulas,
rede);
Material de consumo: artigos de aplicação em muitos objectos e
situações de manutenção (ex: trapos, deperdícios, cabos, tubos e
mangueiras, parafusos);
Lubrificantes e afins;
Ferramentas.
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Em anexo podemos ver um exemplo de uma ficha de armazenamento.
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SISTEMA DE SANT COUGAT SISTEMA DE HERNANDEZ
Constantino, 1990
A principal questão da gestão de stocks tem a ver com a quantidade e diversidade
de material que se deve manter em armazém. Em primeiro lugar pelos valores de
imobilizado passíveis de serem disponibilizados e depois, pela própria disponibilidade
em termos de espaço e até mesmo de mão de obra qualificada disponível para o
operacionalizar.
Uma das técnicas mais utilizadas em materiais de desgaste rápido é a definição
de um número mínimo de unidades a partir do qual se realiza uma nova encomenda,
de forma a nunca se atingir uma situação de ruptura. A definição deste número limite
está directamente ligado ao conhecimento prévio da capacidade de resposta do
fornecedor2 e à velocidade de processamento da aquisição de novas remessas, por
parte dos serviços administrativos internos à instalação.
Hoje, dado o recurso cada vez mais frequente a software de gestão de stocks,
todo este processo se tornou muito mais claro e normalizado. Contudo, dada a
pequena dimensão das estruturas desportivas e perante a falta de cultura relativa a
estes princípios de funcionamento, exige-se dos gestores soluções mais expeditas e
tradicionais, sem comprometer a eficácia das operações.
Ainda que possa parecer que numa micro ou média organização os custos de uma
política de controlo dos materiais e equipamentos possa ser exagerada, facilmente
chegaremos a conclusões bem diferentes quando avaliamos o aumento dos períodos
de vida activa dos materiais, por mais pequenos e insignificantes que sejam.
Na prática desportiva existem milhares de pequenos elementos fundamentais para
o desenvolvimentos da actividade. O seu custo é muitas vezes diminuto mas, quando
analisados do ponto de vista do funcionamento global, verifica-se que correpondem a
investimentos muito elevados, logo, todo o seu processo de gestão deve ser
optimizado.
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Tempo necessário e quantidade de produto disponível para a entrega.
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Pensemos, por exemplo, no ciclo de vida das bolas das diferentes modalidades.
Longe vão os tempos em que os treinos se realizavam quase com uma bola para
toda a equipa. Hoje, rara é a modalidade onde não se exige quase uma bola por
jogador. Quanto custa cada bola? Qual o seu período de vida útil?
Para que a vida útil seja prolongada é necessário controlo, para que o artigo não
se perca ou seja roubado, e manutenção, para que não deteriore rapidamente as
suas características fundamentais.
No exemplo anterior, tal como em muitos outros produtos, é provavel que ao longo
da vida útil, estes venham a sofrer um desgaste que condicione a sua utilização
plena, permitindo, no entanto, utilizações parciais ou de menor exigência (ex: uma
bola de jogo passa ao fim de algum tempo para bola de treino e as bolas das equipas
principais passam para as equipas de formação ou para a utilização em trabalhos
mais específicos).
Um correcta elaboração do inventário permitirá aos gestores:
Maior facilidade na recolha de informações para a elaboração dos
planos e orçamentos anuais, com afectações mais adequadas para
as rúbricas de aquisição, manutenção e avarias;
Reduzir o imobilizado em armazém;
Identificar e eliminar os artigos considerados monos;
Possibilitar a cada momento a avaliação da quantidade de artigos
em armazém e do seu valor;
Dispor dos materiais necessários nos momentos certos;
Diminuir o tempo de procura;
Aumentar a eficácia e rigor na atribuição de custos;
Motivar o pessoal responsável e evidenciar uma imagem de
qualidade e eficácia.
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Defende-se que, quanto melhor armazenado estiver o material, maior será o seu
controlo e a sua utilização, aumentando obviamente o seu ciclo de vida útil.
O local de armazenamento do material desportivo deve permitir a correcta
distribuição do material, por armários, prateleiras, paletes e reserva de áreas livres
para materiais de maiores dimensões.
Actualmente, existem instalações desportivas de diversos tipos, que exigem
cuidados específicos, tanto no que diz respeito à manutenção como relativamente ás
exigências dos locais utilizados para o armazenamento de materiais e equipamentos.
A importância e o impacto destas duas actividades varia com o tipo de infra-estrutura.
Mas face à evolução que as mesmas vão sofrendo no sentido da polivalência e da
utilização simultanea ou alternada dos mais diversos tipo de praticantes e
actividades, estes aspectos vão ganhando cada vez maior importância na avaliação
global da concepção e funcionamento de cada instalação.
No que diz respeito à arrumação do material, aconselhamos a que se levem em
consideração três princípios:
1. Disposição de acordo com a utilização;
2. Recurso a armários de prateleiras para materiais pequenos;
3. Armários com rodas para transporte.
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No caso particular das piscinas sugere-se a existência de dois armazéns. Um
localizado na zona de cais, possibilitando o manuseamento rápido, seguro e
controlado de todo o material passível de ser utilizado no plano de água, e um outro,
mais perto da casa das máquinas, com ligação directa ao exterior, onde se possam
armazenar todos os materiais ligados com o circuito de água, o seu aquecimento,
refrigeração e tratamento. Sugere-se uma atenção muito especial com o
armazenamento dos produtos químicos, quer pelos cuidados a ter no seu
manuseamento quer pela possibilidade de interferirem com alguns dos automatismos
dos diversos sistemas e materiais envolvidos no funcionamento da piscina 3.
Pavilhões
Os pavilhões não param de aumentar a sua complexidade devido essencialmente
ao novo quadro de exigências sobre a qualidade e a temperatura do ambiente. Outro
dos motivos deste progressivo aumento de complexidade está directamente
relacionado com a polivalência de utilização que exige o recurso a novos materiais e
a tecnologias de montagem e desmontagem.
Neste sentido, somos da opinião que, para se atingir a máxima rentabilização
destas estruturas, é fundamental a existência de um acesso directo de grandes
dimensões, do exterior à área de jogo. Também neste caso, é fundamental a
existência de uma área de armazenamento junto ao recinto de jogo com dimensão
suficiente para permitir a mobilidade de equipamentos desportivos (ex: carros de
basquetebol, balizas, postes de voleibol, palcos desmontáveis e diversos tipos de
pisos amoviveis). Esta área, deve não só garantir o armazenamento como a
movimentação rápida e fácil dos materiais referidos, para além do armazenamento
de materiais mais pequenos. Deverá igualmente permitir a utilização, cada vez mais
frequente, de armários móveis, que facilitam o transporte de artigos como bolas de
diversas modalidades ou outros artigos técnicos ao centro do recinto de jogo.
Os tradicionais elementos gímnicos, utilizados com frequência em alguns ginásios,
deverão também ser motivo de muita atenção, quer pelo seu peso e dimensão (por
vezes elevadas), quer pelas suas particularidades (dificil manuseamento). Como
exemplos de materiais utilizados podemos mencionar: colchões, plintos, traves,
minitrampolins, camas elásticas, boks, etc., muito utilizados nas instalações
escolares.
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Estes produtos podem corroer alguns dos materiais pertencentes a equipamentos de tratamento e
controlo da qualidade da água.
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Instalações de ar livre
Nas instalações de ar livre, com especial ênfase para os campos de futebol, é
também importante a existência de infra-estruturas para armazenar o material
utilizado em treinos e jogos, que integra hoje um grande número de artigos (ex:
mecos, barreiras, balizas, bolas, etc.).
De acordo com o tipo de piso (ex: relva natural, saibro ou relva artificial), torna-se
necessário criar armazéns para guardar, não só o material de reparação e
substuição, como todas as alfaias, veículos e restantes equipamentos e produtos
necessários para o tratamento e manutenção dos pisos.
Em todas as restantes instalações desportivas que não incluídas nestas três
categoria, a necessidade de grandes áreas de armazenamento de material é ainda
maior. Referimo-nos aos casos das pistas de atletismo, autódromos, postos náuticos,
etc., dadas as dimensões e o número de equipamentos e materiais que são
necessários proteger e guardar.
Esta necessidade de conceber áreas e instalações adequadas para o
armazenamento de materiais nas diversas instalações desportivas irá certamente
evoluir. A sofisticação do desporto obrigará ao recurso a sistemas mais evoluídos de
inventariação, armazenamento e movimentação de materiais, exigindo a existência
de pessoal qualificado e de sistemas informáticos que agilizem todo o funcionamento
da instalação.
Na concepção do local de armazenamento, sugerimos que se respeitem as
seguintes normas:
Dimensão adequada ao material;
Pé direito nunca inferior a 2,50 m;
Portão e acessibilidades adequadas ao tipo de materiais;
Localização no mesmo piso do recinto desportivo, evitando
percursos longos;
Ventilação adequada, evitando humidades e alterações rápidas e
profundas de temperatura;
Iluminação suficiente de acordo com as regras das modalidades;
Segurança;
Boas acessibilidades tanto para o exterior como para o interior da
instalação.
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Glossário
Selecção do material
Fase de grande complexidade, onde se tenta detectar as necessidades de determinada
instalação ou actividade e se tenta encontrar, entre o material disponível no mercado, aquele
que de acordo com as disponibilidades existentes garante uma maior qualidade de
funcionamento.
Aquisição
Fase em que se opta por uma determinada proposta em função das condicionantes técnicas,
económicas, de garantia, de facilidade de manutenção e dos prazos de entrega.
Utilização
Rentabilização do investimento através de uma adequada e equilibrada utilização dos
materiais, sempre de acordo com as condições impostas pelos fabricantes.
Manutenção
Conjunto de acções que evitam a deterioração dos materiais e intervêm quando o estado de
conservação dos mesmos põe em risco os seus possíveis utilizadores.
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Anexos
Ficha de armazenamento
Fornecedor: Equipsport
Limitações não utilizar em pisos de cimento; não jogar com os pés; não
técnicas: passar por água
Cuidados de nenhuns
limpeza:
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Bilbiografia
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