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SANTO ANDRÉ
2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
SANTO ANDRÉ
2009
Sumário
1. RESUMO ...........................................................................................................................3
2. INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
3. OBJETIVOS.......................................................................................................................6
4. PARTE EXPERIMENTAL................................................................................................7
4.1. Materiais .....................................................................................................................7
4.2. Métodos ......................................................................................................................7
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................8
6. CONCLUSÃO..................................................................................................................10
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................11
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1. RESUMO
O mundo é descrito por meio de grandezas, e estas grandezas são
mensuradas para que o mundo seja compreendido. Diante disso é necessário
utilizar instrumentos de medição apropriados e coletar vários dados e trabalhá-los
estatisticamente para eliminar os erros ocorridos durante o processo de medição.
Neste trabalho, demonstra-se como o valor de π não depende da unidade de
medida, todavia, nota-se que para alcançar um valor mais exato é necessário utilizar
subdivisões mais precisas da unidade de medição – neste caso “o Palito”.
Após a medição de corpos com diâmetros diferentes e passá-los pelo
tratamento estatístico, foi obtido o valor de π = 3,27, muito próximo do valor de π
conhecido como 3,14.
2. INTRODUÇÃO
A descrição do mundo está intrinsecamente ligada com as grandezas que o
constituem. Dessa forma é importante ter bem definidas as unidades que expressam
essas grandezas.
No SI (Sistema Internacional) de medidas, são usadas sete unidades
fundamentais: massa (Kilograma [Kg]), comprimento (metro [m]), tempo (segundo
[s]), temperatura termodinâmica (Kelvin [K]), intensidade de corrente elétrica
(ampère [A]), intensidade luminosa (candela [cd]) e quantidade de matéria
(mol).(FERRARO & SOARES, 1998)
Para se mensurar estas unidades utilizam-se equipamentos de medição
específicos para cada unidade, com o intuito de obter o valor real no momento da
medição.
Entretanto, como todo instrumento é construído de componentes reais, o
instrumento está sujeito a imperfeições e estas dão origens a erros. (BALBINOT &
BRUSAMARELLO, 2006), estes erros podem ser interpretados como variações
estatísticas das variáveis medidas.
A principal medida estatística para os valores centrais de uma distribuição é a
média ( x ), todavia, a média, é somente uma medida de posição, ela é a soma dos
valores observados divididos pelo número de elementos observados.
1 n
x= ⋅ ∑ xi
n i =1 (1.1) (BALBINOT & BRUSAMARELLO, 2006, p.40).
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∑ (x ) 2
i −x
σ 2 ( x) = σ 2 = i =1
∑ (x ) 2
i −x
s 2 ( x) = s 2 = i =1
∑(x )2
i −x
σ = σ2 = i =1
∑ (x ) 2
i −x
s = s2 = i =1
i =1 ∂xi
(1.7)
O valor de π em função do perímetro e do diâmetro é dada pela formula(1.8):
p = 2π r = πφ ⇒ π = p
φ (1.8)
Onde p é o perímetro da circunferência, r o raio e ø o diâmetro (ø está sendo
usado para não haver confusão com o “d” de derivada).
No caso do desvio-padrão, f é a função para se obter π tal que f(p, ø) = p / ø =
p. ø-1:
2 2 2 2
∂( pφ −1 ) 2 ∂( pφ −1 ) 2 −1 ∂p 2 ∂(φ −1 ) 2
2
σπ = .σ p + .σ φ = φ .σ p + p .σ φ
∂p ∂φ ∂p ∂φ
2 2
σ π2 = (φ −1.1) .σ 2p + ( p.(−1)φ −2 ) .σ φ2
(1.9)
1 p2
σ π2 = 2
σ 2p + 4
σ φ2
φ φ
Por meio da fórmula (1.9) pode-se encontrar o desvio-padrão de π a partir dos
médias do diâmetro (φ), do perímetro (p) e de seus respectivos desvios-padrão.
Algumas grandezas físicas podem ser expressas apenas com seu valor
absoluto, estas são ditas escalares, no entanto, outras como distância
(comprimento), velocidade, força, etc. necessitam ter direção e sentido, além do
módulo que corresponde ao valor numérico desta grandeza. (FERRARO &
SOARES, 1998)
As grandezas que necessitam de módulo, direção e sentido para serem
caracterizadas são chamadas de grandezas vetoriais. Para representá-las utiliza-se
a entidade matemática chamada de vetor. (FERRARO & SOARES, 1998)
O vetor possui módulo, direção e sentido e graficamente é um segmento de
reta orientado, indicado por uma letra sobre a qual coloca-se uma seta (Figura 1).
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Figura 1 – Vetor
Os vetores podem ser escritos em função de suas componentes, quando se
utiliza um sistema de coordenadas. No caso dos eixos X, Y e Z, um vetor a será a
soma vetorial de suas componentes em cada eixo multiplicadas pelos versores
auxiliares iˆ , ĵ e k̂ .
a = (ax , a y , az ) = a1iˆ + a2 ˆj + a3 kˆ
(1.10)
Os vetores podem ser somados e subtraídos entre si, multiplicados por um
escalar (número real), ou por outro vetor, podendo ser neste caso um produto
escalar ou vetorial (FERRARO & SOARES, 1998).
A soma de um vetor a com um vetor b , resulta em um vetor c (Figura 2):
c = a +b (1.11)
b
a
c
Figura 2 – Soma de vetores
O produto de um vetor a por um escalar r , resulta em um vetor b :
b = ra (1.12)
O produto escalar dos vetores a e b , sendo α o ângulo entre eles:
a ib = a . b .cos α (1.13)
3. OBJETIVOS
Esta experiência tem por objetivo a compreensão da importância da ferramenta
estatística para analisar dados e reduzir erros amostrais. Para isto, será utilizada
uma unidade de medida de comprimento arbitrária, denominada palito, e com o uso
desta unidade, determinar o valor de π.
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4. PARTE EXPERIMENTAL
4.1. Materiais
Os materiais utilizados neste experimento foram:
- 1 Palito de madeira com 52,66 mm.
- 1 Régua de 30 cm e 1 régua de 15 cm.
- 1 Pedaço de barbante de aproximadamente 50 cm.
- 1 Paquímetro com capacidade de 200 mm e resolução 0,02 mm.
- 1 Béquer.
- 1 Cilindro de alumínio.
- 1 Tubo de ensaio.
4.2. Métodos
Para a medição do perímetro dos três objetos circulares, tendo o palito como
escala de medida, foi utilizado um fio de barbante de aproximadamente 50 cm. Cada
objeto – béquer, cilindro de alumínio e tubo de ensaio – foi medido contornando o
barbante à sua volta e marcando com auxílio de uma caneta o ponto em que o fio de
barbante completava uma volta em torno do objeto. Posteriormente, a parte marcada
no fio de barbante, que corresponde ao perímetro do objeto, foi medida com o palito.
Cada objeto foi medido 8 vezes, com exceção do cilindro de alumínio, medido
16 vezes.
Para a medição dos diâmetros, foi montado o esquema da Figura 3, para
permitir visualizar facilmente o diâmetro em função do tamanho do palito.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As tabelas 1 a 3 apresentam, respectivamente, os resultados das medições
do cilindro de alumínio, do béquer e do tubo de ensaio. Diante disso, pode-se
calcular aproximadamente o valor de π. Em seguida, são estimados os erros
cometidos.
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6. CONCLUSÃO
O experimento mostra que quando a medição de uma grandeza física é
repetida em condições supostas idênticas, com o mesmo cuidado e procedimento,
não se obtém sempre o mesmo resultado, o que se obtém é um conjunto de valores
diferentes, em que cada um destes constitui um “valor medido” da referida grandeza.
Além disso, como uma medição nunca é exata, cada valor medido representa uma
aproximação do “valor verdadeiro” ou “valor real”.
As medidas referentes aos objetos do experimento, possuem uma incerteza
intrínseca que advém das características dos equipamentos utilizados na sua
determinação e também do operador. Foi possível constatar que essas fontes de
erro influem nas medições, ocasionando limitações, em que tais medições só
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poderão ser obtidas com um grau finito de precisão. Portanto, esses fatores fazem
com que as medições realizadas, por mais cuidadosas que sejam, estejam afetadas
por erros experimentais.
Diante dos dados, foi possível obter um valor de π, muito próximo do valor
encontrado há séculos e difundido pela humanidade de 3,14. Percebe-se que a
unidade de medida não interfere no valor da constante trigonométrica.
Entretanto, o uso da unidade Palito, sendo esta unidade equivalente a 52,66
mm, mostrou muito grande para a medição dos objetos usados porque em diversos
momentos o valor da medida em frações de Palitos tornou-se muito impreciso, dado
o limite de uso de uma casa decimal de palito.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALBINOT, Alexandre; BRUSAMARELLO, Valner J. Instrumentação e
fundamentos de medidas. Rio de janeiro: LTC, 2006. V.1. p. 13-21; 42-44.
BUSSAB, Wilton O.; MORETTIN, Pedro A. Estatística básica. 5.ed. São Paulo:
Saraiva, 2006.
COSTA NETO, Pedro L.O. Estatística. São Paulo: Edgar Blücher, 1977.
FERRARO, G.N.; SOARES, P.A.T. Física Básica. Volume Único. Editora Atual
1998.